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Resumo Bioquimica II

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Resumo Bioquimica II
METABOLISMO ENERGÉTICO:
Metabolismo energético constitui um conjunto de reações que a celula executa para se manter viva. É uma via essencial no metabolismo celular, já que é o meio de obtenção de energia da célula.
Metabolismo envolve reações anabólicas e catabólicas. As catabólicas apresentam quebra e modificação em compostos mais simples. O metabolismo energético envolve quebra de nutrientes com sínteses de moléculas energéticas como ATP, NADH e FADH2. O ATP é a moeda energética utilizada nas reações anabólicas como as que envolvem síntese de moléculas complexas como proteínas, polissacarídeos, etc.
De acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica, todo sistema tende a um máximo de entropia (ΔG). Ao se organizar a célula desorganiza o ambiente em um sistema aberto, onde há troca de massa e energia. Utiliza-se a Energia Livre de Gibs: ΔG= - R.T.lnKeq . Se Keq =1, ΔG = 0. Se Keq <0, o equilíbrio está deslocado no sentido dos reagentes e ΔG>0. Se Keq >0, o equilíbrio está deslocado no sentido dos produtos e ΔG<0.
A célula como se encontra em um sistema aberto, não se encontra em equilíbrio, havendo fluxo de produtos e reagentes, logo não será usado um ΔG no em equilíbrio, mas um ΔG dinâmico, que considera as concentrações reais, em determinado momento na célula.
ΔG<0 – reação exergônica - espontânea, onde a energia dos reagentes é maior que a energia dos produtos.
ΔG = 0, energia dos produtos é igual a dos reagentes.
ΔG>0 – reação endergônica – não espontânea, onde a energia dos produtos é maior que a dos reagentes.
Quando avalia o ΔG não se tem informação sobre velocidade, a qual esta contida na energia de ativação, e as enzimas alteram este energia de ativação.
Reação de formação ATP:
ADP+Pi ATP – reação de síntese, processo endergônico.
ATP ADP+Pi – reação de hidrolise, processo exergônico
A célula faz processo exergônico (com liberação de energia) para executar processos endergônicos (com consumo de energia).
Se o ATP se hidrolisasse espontaneamente, não seria tão vantajoso para célula.
Compostos de fosfato de alta energia como fosfocreatina e 1,3 –bifosfoglicerato são moléculas passíveis de formarem ATP. Enquanto compostos de fosfato de baixa energia como glicose-6-fosfato, glicerol-3-fosfato, não são passiveis de formar ATP
No metabolismo energético há economia de intermediários, os quais participam de mais de uma via metabólica.
Metabolismo de Glicose: Glicólise (citoplasma) - Ciclo de Krebs (matriz mitocondrial) - Cadeia Respiratória (cristas mitocondriais) – Fosforilação Oxidativa (membrana interna mitocondrial)
É um processo de oxirredução, onde a glicose vai a CO2, e nessas oxidações e reduções a célula vai obtendo energia. Esse processo de oxirredução é controlado enzimaticamente.
Os elétrons da oxidação necessitam de moléculas especiais NAD e FAD, que captam os elétrons sendo reduzidos a NADH e a FADH2. NADH – NAD é um processo exergônico, enquanto NAD – NADH é um processo endergônico. FAD e NAD são compostos estáveis tanto na forma reduzida quanto na oxidada. Ambos possuem um anel, no qual os elétrons que captam são adicionados. A célula apresenta conjuntos de NAD e FAD tanto no citoplasma quanto nas mitocôndrias.
Há perda de energia intencional para que aconteça a oxidação, bem como outras perdas, que justificam a liberação de 3000 calorias na reação glicose CO2 + H2O, gerando um saldo total de 32 ATPs. Este numero de calorias pode ser aumentado na oxidação de ácidos graxos, pois estes se encontram menos oxidados em relação a glicose.
 Glicólise:A Hexoquinase ao adicionar fosfato a molécula de glicose está preparando-a para as reações posteriores, pois a glicose sozinha não é muito reativa.
Glicose
	 1	ATP	Hexoquinase
			 ADP
Glicose-6-fosfato
		2		Fosfoglicoisomerase
		Frutose-6-fosfatoAs etapas 1, 3, 5, 7 e 10 são etapas irreversíveis, as quais são etapas de regulação da glicólise. A etapa 3 é a principal. Com a presença de ATP a fosfofrutoquinase 1 (PFK1) fica menos sensível ao seu substrato (frutose-6-fosfato), reduzindo seu Km, como se esta enzima perdesse sua afinidade pelo substrato. No entanto, o aumento de AMP leva a aumento do Km.
	3	Fosfofrutoquinase1
		Frutose -1,6 -bifosfato 
	4	Aldolase
	Gliceraldeído-6-fosfato
 + Diidrixicetona – 1-fosfato
 	5	Gliceraldeído desidrogenase
	Gliceraldeído-3-fosfato
	6	2NAD+	Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase
	2 NADH
		1,3 - bifosfogliceratoO metabolismo é controlado pelas enzimas que identificam a concentração dos reagentes e produtos. O aumento das enzimas a nível transcricional e traducional implica em uma regulação mais lenta.
Regulação alostérica: a atividade de uma enzima é regulada com a ligação de moléculas em sítios alostéricos (sítios da enzima, mas que não são os sítios ativos).
A hexoquinase é inibida pelo produto (frutos-6-fosfato), o qual se liga a enzima em seu sitio alostérico e inibi-a. O Pi ativa a hexoquinase
A fosfofrutoquinase 1 (PFK1) é inibida por ATP e ativada por AMP. Citrato, que é o primeiro intermediário do Ciclo de Krebs também inibe a PFK1, onde sai da mitocôndria indo para o citoplasma onde se liga ao sitio alostérico da PFK1.
A piruvato quinase é inibida por ATP e NADH e ativada por ADP.
Aumento e diminuição de ATP levam a diminuição do Km da PFK1, enquanto a presença de AMP reverte parte dessa baixa de Km.
	2 ADP
	7	2 ATP	Fosfoglicerato quinase
		3 - fosfoglicerato
	8	Fosfoglicerato mutase
		2 - fosfoglicerato
 9	Enolase
	2 H2O
		Fosfoenolpiruvato
	10	2 ADP	Piruvato quinase
	2 ATP
		 2 Piruvato
Fermentação láctica:
 Piruvato
	NAD	Lactato desidrogenase
	NADH
	Lactato
Fermentação alcóolica:
 Piruvato
		Piruvato descarboxilase
Acetaldeído 
	Álcool desidrogenase
 NAD	NADH	
Etanol + CO2
Dependendo da função do órgão o metabolismo energético pode ser diferente, como no fígado, onde a hexoquinase é substituída pela glicoquinase, sendo a hexoquinase mais ávida por glicose que a glicoquinase. Como o fígado é reservatório é glicose é interessante que a glicoquinase não seja tão ávida pela glicose e não seja inibida pela glicose-6-fosfato.
GLUT é uma classe de transportadores que atuam no transporte de glicose, a favor do gradiente de concentração, bombeando glicose para o meio extracelular. É interessante que a glicose sofra a ação da hexoquinase e vá a glicose-6-fosfato, não sendo reconhecida pelo GLUT não saindo da célula. GLUT 2 – fígado, rins, pâncreas; GLUT 3 – cérebro; GLUT 4 – eritrócitos, barreira Hematoencefálica, placenta, retina, sptz; GLUT 5 – epitélio intestinal. Para que as células não consumam glicose bloqueia-se o GLUT. É o que acontece com o GLUT 4, o qual se encontra em vesículas e quando a insulina sinaliza que há glicose suficiente fazendo o GLUT 4 ir para a membrana possibilitando a entrada de glicose na célula. Já o GLUT 2 funciona como sensor de glicose no fígado e no pâncreas. Essa ação de sensor do GLUT 2 atua como regulador da liberação da insulina. Glicose Bomba Na+/K+ Bomba Ca++ liberação insulina.
A Glicólise apresenta 2 etapas:
Preparatória: investimento de duas moléculas de ATP para ativar a Glicólise.
Pagamento: saldo de 4 ATPs, com rendimento de 2 ATPs.
Se continuar a Glicólise e piruvato não for utilizado, o NADH se acumula e não pode ser reoxidado, pois não vai entrar na cadeia respiratória e ser reduzido estando livre para ser reoxidado, o que para o processo. Com a fermentação o NADH é reoxidado, através da redução do piruvato a lactato ou a etanol.
Isoenzima: são diferentes sequencias primárias que levam a enzimas diferentes, mas com mesma função. Ex: Hexoquinase x Glicoquinase, onde a primeira apresenta menor Km e a segunda maior, além da glicose-6-fosfato inibir a primeira e não a segunda.
No fígado acontecem a glicogenólise, glicogênese e gliconeogênese. Como as vias metabólicas tendem a economia de intermediáriosa glicogênese e a gliconeogênese se conectam com a glicose na altura da etapa 2.
Primeiro as demais células captam glicose, e quando a hexoquinase fica inibida, o fígado começa a atuar com a glicoquinase, a qual produzirá glicose-6-fosfato sem ser inibida, podendo acumular glicose-6-fosfato, atuando como substrato para a glicogênese.
A frutose-2,6-bifosfato deriva da frutose-6-fosfato, e aumenta o Km da PFK1 em sua presença e diminui em sua ausência.Aumento de frutose-6-fosfato leva a ativação da PFK2, enquanto sua redução leva a ativação da F2,6BP. Ativando as duas ao mesmo tempo é um ciclo fútil, onde nada é regulado e há gasto de ATP.
Frutose-6-fosfato 	Frutose-2,6-bifosfato
	PFK2
Frutose-2,6-bifosfato	Frutose-6-fostato
	F2,6BP(Frutose-2,6-bifosfatase)
A enzima bifuncional apresenta afinidade tanto para PFK2 quanto para F2,6BP, onde uma modificação covalente com adição de Pi há a ativação da PFK2 e, a retirada de Pi há a ativação de F2,6BP. Essa reação de adição de fosfato é catalisada pela proteína quinase e pela proteína fosfatase que catalisa a retirada de fosfato. Glucagon e insulina soa sinalizadores, onde o glucagon sinaliza a ativação da F2,6BP, pois com a redução do quantidade de glicose deve ocorrer a redução da velocidade da glicólise e a insulina sinaliza a ativação da PFK2, que com glicose disponível aumenta a ativação da glicólise.
				PFK2 (A)
				F2,6BP (I)	 ATP
	Pi	
 Proteína quinase glucagon ativa
Proteína fosfatase 	
	ADP
insulina H2O	 PFK2 (I)
ativa				 F2,6BP (A)
A piruvato desidrogenase também é inibida pelos ácidos graxos, os quais podem sofrer β-oxidação e dar origem a AcetilCoA. Com isso pode-se dizer se o metabolismo é glicolítico ou dependente de ácidos graxos.
Ciclo de Krebs:
Glicose
A piruvato desidrogenase é ativada por AMP, CoA, NAD+ e Ca++ e inibida por NADH e AcetilCoA.
No ciclo de Krebs não entra piruvato e sim AcetilCoA, pois o último é mais fácil de ser oxidado. 
 Piruvato
	NAD
	Piruvato desidrogenase
	NADH
	CO2
			Acetil CoA
	Citrato sintase
O complexo piruvato desidrogenase é composto por 4 subunidades (E1 a E4), em um arranjo onde os produtos estão próximos para a próxima reação, aumentando a eficiência catalítica do processo. A Tiamina (B1)é utilizada pelo complexo piruvato desidrogenase.
E1 – pega o piruvato, tira CO2, rompeno ligação C-C e um dos C fica (-), o qual vai ser estabilizado pela B1.
E2 – ligação dissulfeto rompida (S-S) e é reduzida (S-H), o OH do piruvato se transforma na carbonila, formando acetil, que se ligará a CoA.
E3 – S-H é oxidado a S-S, e tal oxidação leva a redução de NAD a NADH.
Regulação Do Ciclo de Krebs acontece nas etapas:
Citrato sintase (síntese de citrato a partir de acetilCoA),onde a citrato sintase é ativada por ATP e inibida por citrato ;
Isocitrato desidrogenase (isocitrato dá origem ao α-cetoglutarato), onde a isocitrato desidrogenase é ativada por ADP e Ca++ e inibida por ATP;
α-cetoglutarato desidrogenase (α-cetoglutarato dá origem ao Succinil CoA), onde a α-cetoglutarato desidrogenase é ativada por Ca++ e inibida por Succinil CoA e NADH.
Regulação sobre o complexo piruvato desidrogenase acontece principalmente na subunidade E1:
Piruvato desidrogenase quinase adiciona fosfato a piruvato desidrogenase, tornando-a inativa, e a piruvato desidrogenase fosfatase retira fosfato e torna a piruvato desidrogenase ativa.
Aumento de NADH e AcetilCoA aumenta a atividade da piruvato desidrogenase quinase inativando a piruvato desidrogenase. Aumento de piruvato, NAD e CoA reduz a atividade da quinase e aumenta a da fosfatase ativando a piruvato desidrogenase.
O Ciclo de Krebs não acontece na ausência de O2, pois sem este não haveria renovação (oxirredução) dos aceptores de elétrons NAD e FAD .
O ciclo de Krebs participa de outas reações dentro da célula, onde alguns intermediários entram em outras vias metabólicas. Como exemplo, α-cetoglutarato, glutamato e outros aas são doadores de intermediários para outras rotas biossintéticas, participando tanto de anabolismo quanto de catabolismo, e isso chama-se metabolismo intermediário.
Para o Ciclo de Krebs acontecer deve ocorrer o encontro entre AcetilCoA e o Oxalacetato. Uma redução de α-cetoglutarato e de Oxalacetato leva a uma redução da atividade do Ciclo de Krebs.
Para repor o Oxalacetato:
Piruvato 
	Piruvato carboxilase
Fosfoenolpiruvato 
	Oxalacetato
	Fosfoenolpiruvato quinaseEstas reações alternativas de formação de Oxalacetato são as reações anapleróticas.
Fosfoenolpiruvato 
 	Fosfoenolpiruvato carboxilase
 
As reações anapleróticas nutrem o Ciclo de Krebs quando há retirada de intermediários.
No Diabetes há baixa assimilação de glicose, logo há pouco piruvato e pouca reposição de Oxalacetato, levando ao acúmulo de AcetilCoA, o que leva a produção de corpos cetônicos.
Cadeia Respiratória:Complexo I – NADH desidrogenase.
Complexo II – Succinato desidrogenase.
Complexo III - Ubiquinona-Citocromo C oxidase.
Complexo IV – Citocromo C oxidase.
Complexo I Complexo III	Complexo IV
 
 NADH	UBQoxi Citocromo C red	O2
 NAD+ UBQred	Citocromo C oxi	H2O
Os complexos se encontram na membrana interna da mitocôndria.
FADH2
	Complexo II
FAD+
Ubiquinona é uma molécula estável tanto na fase oxidada quando na reduzida (ubiquinal).
Os Citocromos são proteínas altamente hidrofóbicas que fiam retidas na membrana interna da mitocôndria. São proteínas que apresentam o grupamento Heme como grupo prostético, do qual desfruta a estabilidade de ser estável reduzido e oxidado. O grupo Heme dos Citocromos apresentam afinidade com a HB, mas não é o mesmo. Os Citocromos absorvem a luz de modo diferente quando reduzidos ou oxidados, o que é similar a HB.
Para diferenciar Citocromos e HB usou-se sistemas, como os de insetos, cujo sangue não apresenta HB, mas apresenta Citocromos.
Os complexos apresenta proteínas associadas que aumentam seu potencial de oxirredução:
	Complexo
	Proteínas
	Complexo I
	FMN, Fe-S
	Complexo II
	FAD, Fe-S
	Complexo III
	Heme, Fe-S
	Complexo IV
	Heme, Cu+2 , Cu+3
NADH UBQ Citocromo C O2
	
	Aumento potencial de oxirredução
Cada elemento oxirredução diferente ao passar para outro com maior potencial e afinidade ao elétron, liberando energia, sendo um processo exergônico e espontâneo.
Cada um dos complexos usa da energia livre para bombear prótons da matriz para o espaço intermembranar. Esse bombeamento não acontece no complexo II, pois nesse a energia livre é quase zero. Esse bombeamento de prótons gera um gradiente eletroquímico.
Há inibidores dos complexos:O CN apresenta alta afinidade com o grupo Heme.
	Inibidor
	Complexo 
	Efeito
	Rotenona
	Complexo I
	NAD reduzido e todo o resto oxidado
	Antimicina A
	Complexo III
	NAD, UBQ e Citocromo B reduzidos e o resto oxidado
	Cianeto
	Complexo IV
	Tudo reduzido e O2 oxidado
A ATPsintase usa da força próton motora como fonte de energia para a síntese de ATP.
Os problemas da mitocôndria estão relacionados com sua atividade de transporte de elétrons, no qual qualquer fuga de elétrons causa danos celulares. Atletas tem chance aumentada de fuga de elétrons devido ao alto uso da cadeia respiratória, configurando um quadro chamado estresse oxidativo. Supõe-se que no complexo III haja maior fuga de elétrons.
Os elétrons quando fogem tendem a formar espécies reativas de oxigênio, os chamados radicais livres, altamente reativos, porém menos reativos que os elétrons, os quais podem reagir com o DNA, membrana,etc e levando a apoptose.
Há enzimas especificas (ROS) que atuam na detoxificação de espécies reativas, aumentando sua velocidade de degradação, como a superóxido dismutase.
Células tumorais aumentam tolerância a espécies reativas de oxigênio, bem como baixos níveis de ROS.
Fosforilação Oxidativa:
As mitocôndrias são organelas superespecializadas para lidar com elétrons, conferindo proteção a célula contra esses e os processos nos quais estão envolvidos.
Os Citocromos estão na membrana interna enquanto a UBQ está na matriz. 
O ΔG FAD – UBQ= quase zero.
Com a energia livre oriunda da liberação dos complexos I, III e IV, há o bombeamento dos prótons da matriz para o espaço intermembranar.
Queda no potencial da membrana interna da mitocôndria leva a saída dos citocromos da membrana, os quais vão para o citoplasma sinalizando apoptose.
A energia química contida no NADH é convertida em energia potencial e novamente convertida em energia química na forma de ATP.
A ATPsintase dissipa o gradiente com liberação de energia através da permissão da passagem dos prótons da matriz para o espaço intermembranar. A ATPsintase é uma sofisticada transformadora de energia potencial em energia química.
A F1F0 ATPase apresenta também a capacidade de hidrólise de ATP.
A porção F1 é a porção catalítica, enquanto a porção F0 constitui um poro para a passagem de prótons. 
A ATPsintase quando encontra potencial eletroquímico, permite a passagem do prótons para a matriz mitocondrial, através da porção F0. Com isso há a transdução de energia, onde a energia potencial do gradiente eletroquímico se transforma em energia de ATP com a produção de ATP na porção F1. A ATPsintase, em sua porção F1, apresenta uma serie de subunidades, dentre as quais há abundância das subunidades α e β, as quais formam um complexo de 3 conjuntos de α e β. A porção F1 apresenta 3 conformações:
Sitio aberto – onde acontece a entrada de ADP + Pi.
Sitio fechado – onde acontece a síntese de ATP.
Sitio frouxo – onde há a liberação do ATP
A energia do gradiente é usada para essas mudanças de conformação da porção F1.
Dinitrofenol (DNP) atravessa a membrana externa da mitocôndria, chegando perto da membrana interna, no espaço intermembranar, o qual vai apresentar pH ácido, o que vai levar ao protonamento do fenol, possibilitando que este atravesse a membrana interna, roube prótons, reduzindo o potencial de membrana do espaço intermembranar, o que estimula a cadeia respiratória a bombear mais prótons, mas a síntese de ATP diminui, pois há a redução da força próton motora, o que tenta ser compensado pela cadeia respiratória.
Cadeia respiratória + síntese de ATP = processos acoplados. O DNP é um desacoplador, o qual separa a cadeia respiratória da fosforilação oxidativa, aumentando a primeira e reduzindo a segunda. Com isso há redução de ATP e NADH. Com a redução do NADH há um aumento na velocidade do Ciclo de Krebs, para tentar compensar.
Células tumorais e metabolismo alterado:
Energia é obtida com glicólise que funciona de forma exacerbada.
Inibidores da glicólise tanto normal quanto das células tumorais. Afetam principalmente células com intensão divisão celular.
2 deoxyglicose – inibe hexoquinase, pois e liga no sitio ativo por ser parecida com a glicose.
3 bromo-piruvato – inibe várias enzimas
Glicogênio:
É um polímero ramificado de glicose, que apresenta ligações glicosídicas α(1-4) e nas ramificações α(1-6). Constitui função de reserva de glicose, principalmente para órgãos que utilizam exclusivamente a glicose, como cérebro, medula renal, além dos eritrócitos, com função de manter a glicemia em níveis satisfatórios, no fígado, enquanto no músculo constitui a reserva energética para quando cessar o metabolismo aeróbio a fim de que possa ocorrer a fermentação.
A síntese de glicogênio reduz a osmolaridade celular.
Até 14 horas de jejum o glicogênio pode atuar mantendo a glicemia em níveis estáveis.
Simultaneamente a glicogenólise acontece a degradação de lipídeos, em função de suprir a necessidade energética de órgãos que não dependem exclusivamente da glicose. 
A glicogenólise é preferida a gliconeogênese, pois a segunda apresenta alto gasto energético, em função dos contornos das reações irreversíveis da glicólise.
Um pequeno polímero de glicose formado pela glicogenina é associado a moléculas de UDP-glicose, que são adicionadas aumentando a cadeia pela glicogênio sintase.
A molécula de glicose é transformada, no fígado em glicose-6-fosfato pela glicoquinase, e esta molécula de glicose sobre isomerização pela fosfoglicomutase e vai a glicose-1-fosfato. A glicose-1-fosfato se liga ao UTP, liberando um Pi, formando a molécula de UDP-glicose.
A glicogenina vai sintetizar o pequeno polímero de glicose, ao qual a glicogênio sintase vai adicionando moléculas de UDP-glicose. 
No entanto, a glicogênio sintase catalisa apenas as ligações glicosídicas lineares α(1-4), sendo necessária a presença de outra enzima, a enzima ramificadora, para a formação das ligações α(1-6).
As células musculares não apresentam a glicose-6-fosfatase, enzima que transforma glicose-6-fosfato em glicose, no fígado. Com isso o glicogênio do músculo não pode ser quebrado com o objetivo de levar glicose para o sangue.
A glicose-6-fosfatase transforma glicose-6-fosfato em glicose, no RE dos hepatócitos e com isso a glicose pode sair através do GLUT 2 para a corrente sanguínea, elevando a glicemia.
Glicogênio fosforilase:
Fosforilase a 
(fosforilada)
No músculo é ativada por epinefrina
Fosforilase fosfatase
	Fosforilase quinase
Fosforilase b	 ativada por glucagon, AMP e Ca++Inibida por glucagon
(desfosforilada)
Músculo				Fígado
 Receptor de epinefrina			Receptor de glucagon
					Proteína G
	Adenilato ciclase
	AMPc
		 PKA		Glicemia (F)
 Fosforilase quinase (i) 		 Fosforilase quinase (a)
 Fosforilase b		 Fosforilase a					 
 Glicose-1-fosfato Glicose Glicólise (M)
Glicogênio sintase:
 Sintase desfosforilada
 ativa
Insulina estimula
GSK3 inibe
CK2 inibe
 Glucagon/Epinefrina estimula
PP1 inibe
 Sintase fosforilada
 Inativa
Gliconeogênese:
É o processo celular que sintetiza glicose a partir de via reversa a glicólise, desempenhado pelo fígado.
Pode ser usado lactato na reversão da glicólise a fim de se formar glicose. No entanto, a glicólise apresenta reações irreversíveis, como as etapas 1, 3 e 10. Na etapa 1 a glicose-6-fosfatase tem como produto glicose mais Pi; na etapa 3 a F-1,6-BPase tem como produto frutose-6-fosfato e Pi e na etapa 10 há a necessidade de reações mais complexas do que enzimas que fazem o caminho inverso da hexoquinase e da PFK1, respectivamente. Para a reversão da etapa 10, a piruvato descarboxilase adiciona CO2 a molécula de piruvato transformando em oxalacetato, o qual sofre ação da fosfoenolpiruvato carboxilase transformando-o em fosfoenolpiruvato, com investimento de ATP e GTP.
 A biotina esta ligada a piruvato carboxilase, e através de sua ligação com bicarbonato ativa a enzima formando oxalacetato.
O saldo da gliconeogênese é: 2piruvatos + 4ATPs + 2GTPs + 2NADHs + 2H+ + 4H2O glicose + 4ADPs + 2GDPs + 2NAD+ + 6Pi.
Com a equação acima pode-se perceber que a gliconeogênese é cara, sendo apenas utilizada quando o estoque de glicogênio acabar. Logo não pode acontecer a todo tempo.
Moléculas que tendem a ativar a glicólise inibem a gliconeogênese e vice-versa.
A PFK1 é ativada por AMP levando a estimulação da glicólise, no entanto é inibida por ATP, e sua inibição levará a estimulação da F-1,6-BPase, a qual levará a estimulaçãoda gliconeogênese.
A insulina inibe a gliconeogênese, enquanto o glucagon a estimula. A insulina ativa a PFK2 a fim de produzir frutose-2,6-bifosfato, que ativa a PFK1 e a glicólise, já o glucagon estimula a F-1,6-BPase que estimula a gliconeogênese.
Lactato é uma boa fonte para a gliconeogênese, pois sua formação a partir do piruvato é reversível.
 
 Gliconeogênese Glicose	Glicólise
 Glicose-6-fosfatase	 Hexoquinase
	 Glicose-6-fosfato
 Fosfoglicomutase
 Frutose-6-fosfato
	F-1,6-BPase	 PFK1
 Frutose-1,6-bifosfato
	 Aldolase	 
 Gliceraldeído-6-fosfato+ dihidroxicetona-fosfato
 Gliceraldeído desidrogenase
	Gliceraldeído-3-fosfato
 Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase
 1,3-bifosfoglicerato	
 Fosfoglicerato quinase
	3-fosfoglicerato
 Fosfoglicerato mutase
	 2-fosfoglicerato
 Enolase 
 Fosfoenolpiruvato carboxilase Fosfoenolpiruvato
 Piruvato quinase
 Oxalacetato 	Piruvato
	Piruvato carboxilase

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