Buscar

Trabalho_de_Conclusão_de_Curso_Sidinei_Sembranel

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - UnC
SIDINEI SEMBRANEL
diagnóstico ambiental DO RIO XANXERÊ DA NASCENTE ATÉ O INICIO DO PERIMETRO URBANO DO MUNICIPIO de xanxerÊ- sc
CAMPUS CONCÓRDIA
2015
SIDINEI SEMBRANEL
diagnóstico ambiental DO RIO XANXERÊ DA NASCENTE ATÉ O INICIO DO PERIMETRO URBANO DO MUNICIPIO de xanxerÊ- sc
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), apresentado como exigência para a obtenção do titulo de Engenheiro Ambiental e Sanitarista, do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária ministrado pela Universidade do Contestado – UnC, Concórdia, sob orientação do professora, Cristiane Spagnol, Doutora em Química.
CONCÓRDIA
2015
diagnóstico ambiental DO RIO XANXERÊ DA NASCENTE ATÉ O INICIO DO PERIMETRO URBANO DO MUNICIPIO de xanxerÊ- sc
SIDINEI SEMBRANEL
Monografia foi submetida ao processo de avaliação pela Banca Examinadora para obtenção do título de:
Engenheiro Ambiental e Sanitarista.
E aprovada na sua versão final em 05/12/2015, atendendo às normas da legislação vigente da Universidade do Contestado e Coordenação do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária.
_____________________________________________
Drª. Cristine Spagnol
BANCA EXAMINADORA:
_________________________
_________________________
RESUMO
SEMBRANEL, Sidinei. diagnóstico ambiental DO RIO XANXERÊ DA NASCENTE ATÉ O INCIO DO PERIMETRO URBANO DO MUNICIPIO de xanxerÊ- sc. 
Concórdia: Universidade do Contestado – UnC: Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, 2015. 43 p.
O presente estudo foi realizado na bacia do Rio Xanxerê, que está localizado na cidade de Xanxerê - SC, e teve por objetivo principal a realização de um diagnóstico ambiental no trecho das nascentes e leito do rio até o inicio da área urbana no município de Xanxerê – SC. Através da utilização de ferramentas como a aplicação de questionário sócio econômico com os produtores rurais lindeiros, realização de visitas a campo com coleta de amostras de água e levantamento das possíveis fontes de poluição ocasionadas pelas atividades antrópicas realizadas, além de propor medidas de recuperação ambiental das faixas ciliares já degradadas ou em processo de degradação. Diversos impactos ambientais foram constatados, principalmente oriundos das atividades da agricultura, pecuária e suinocultura. Foi possível verificar que a faixa ciliar da principal nascente, dos banhados e do trecho do rio está em sua maioria fragilizada pelo acesso livre de animais e maquinas agrícolas e as águas apresentavam um índice alto de contaminação por Escherichia coli chegando a atingir índices maiores que 170 vezes além do permitido pela portaria 357/2005 do CONAMA que classifica as águas dos rios em classes estabelecendo limites máximos aos poluentes. Com os resultados obtidos neste estudo foi possível observar que o rio Xanxerê está fragilizado, pois está sofrendo muitos impactos ambientais, sendo que para mitiga-los uma ação imediata com envolvimento da sociedade, proprietários ou usuários em conjunto com o poder público deve acontecer.
Palavras chave: Atividades Socioeconômicas. Poluição Hídrica. Faixa Ciliar.
ABSTRACT
SEMBRANEL, Sidinei. diagnóstico ambiental DO RIO XANXERÊ DA NASCENTE ATÉ O INICIO DO PERIMETRO URBANO DO MUNICIPIO de xanxerÊ- sc. Concórdia: Universidade do Contestado – UnC: Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, 2015. p.
This study was conducted in River basin Xanxerê which is located in the city of Xanxerê - SC, and was primarily engaged in conducting an environmental diagnosis in the stretch of the springs and the river bed until the beginning of the urban area in the municipality of Xanxerê - SC. By using tools such as the application questionnaire economic partner with the bordering farmers, conducting field visits to collect water samples and survey of potential sources of pollution caused by human activities, in addition to proposing environmental recovery measures riparian strips degraded or degradation process. Several environmental impacts were found, mainly arising from the activities of agriculture, livestock and swine. It found that the ciliary band of the main spring, the wetlands and the stretch of the river is mostly weakened by animals free access and agricultural machinery and the water had a high rate of contamination with Escherichia coli reaching higher rates than 170 times beyond that permitted by ordinance 357/2005 CONAMA which ranks the waters of the rivers in classes setting maximum limits for pollutants. With the results obtained in this study it was observed that the river Xanxerê is fragile because it is suffering from many environmental impacts, and to mitigate them immediate action involving the company, owners or users together with the government should happen.
Keywords: socio-economic activities. Water pollution. Riparian Strip.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	7
2 OBJETIVOS	9
2.1 Objetivo Geral	9
2.2 Objetivos Específicos	9
3 REFERENCIAL TEÓRICO	10
3.1 Degradação ambiental x Sustentabilidade	10
3.2 Recursos Hídricos	13
3.3 Qualidade da Água	15
3.4 Usos da Água	16
4 MATERIAL E MÉTODOS	18
4.1 Identificação da área de estudo	18
4.2 Coleta e compilação dos dados obtidos	20
4.3 Quantificação de bactérias Escherichia coli e pH	20
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES	21
5.1 Atividades socioeconômicas	21
5.1.1 Perfil da População Residente	21
5.1.2 Perfil das Propriedades	21
5.2 Levantamento ambiental e recuperação das áreas degradadas	22
5.3 Qualidade da Água	28
6. CONCLUSÃO	31
REFERÊNCIAS	33
ANEXO A – MODELO DE QUESTIONÁRIO	40
1 INTRODUÇÃO
Dentre os problemas ambientais mais discutidos em âmbito mundial á contaminação da água é um dos principais assuntos, o que faz a humanidade perceber que a gestão de recursos hídricos esta sendo feita de forma ineficiente, prejudicando consideravelmente sua disponibilidade no que se refere à quantidade e qualidade (Santin & Goellner, 2013).
Embora as discussões sobre a degradação do meio ambiente sejam difundidas nas grandes cidades, onde os impactos causados pela urbanização desenfreada nos ambientes naturais é intensa, é possível verificar que os municípios de médio e pequeno porte estão em situação crítica referente à falta de gestão no planejamento municipal de ocupação e uso dos solos e da água (SOARES et al.,2006).
Conforme Kessler (2002) á água é fonte essencial de existência para todos os seres vivos, mas para a humanidade além deste fator, ela tem um papel fundamental no processo de desenvolvimento econômico e social. A prosperidade do ser humano em sua história sempre dependeu das disponibilidades de recursos naturais em especial à água.
A permanente demanda de água para atender as necessidades dos setores agrícolas e industriais, tem gerado forte pressão sobre esse bem, que é finito. Desde meados de 1960 com a intensificação da produção agrícola houve um acréscimo no consumo de água, principalmente para irrigação, para a produção de suínos, de aves e dessedentação de animais (Santin & Goellner, 2013).
Kessler (2002) indaga que a pressão, contaminação e degradação dos mananciais superficiais e subterrâneos de água são decorrentes de todas as atividades econômicas desenvolvidas pela sociedade moderna, combinadas com o acelerado crescimento da demanda populacional e urbana.
Entende-se que com o aumento das populações humanas, das atividades agrícolas e industriais, a qualidade da água disponível fica sobre ameaça e um cenário em que as mudanças climáticas poderão provocar grandes alterações no ciclo hidrológico. Com baixa qualidade, a água põe em risco a saúde humana e dos ecossistemas, prejudicando seus usos para outras finalidades de produção econômica além de diminuir drasticamente as oportunidades de desenvolvimento (DOMINGUES, 2011).
Ainda, conforme Domingues (2011), a adoção de politicaspúblicas para a recuperação dos recursos hídricos é essencial à manutenção da qualidade de vida de todas as espécies do planeta, a garantia da qualidade e disponibilidade de água é um assunto primordial para a sociedade. 
Os problemas enfrentados pela humanidade em decorrência da degradação ambiental remontam no tempo. O meio ambiente que sempre agiu como um agente principal de depuração com eficiência, atualmente encontra-se com sua capacidade depuradora sobrecarregada sofrendo risco de exaustão, não conseguindo em determinadas ocasiões recuperar-se por si só (SOUZA, 2004).
Felicidade (2001) indaga que para obter sucesso no uso e gestão de recursos hídricos, é necessário ter o conhecimento do ambiente e das atividades exercidas na área de abrangência da bacia, somente após a elaboração do diagnóstico, os impactos podem ser conhecidos e apresentados pelo comitê da bacia ou pela sociedade através das entidades publicas aos usuários da água, e por fim as ações de planejamento das mitigações em conjunto podem ser definitivamente efetuadas. No entanto para obter o conhecimento de tais fatores faz-se necessário o levantamento dos dados considerando os fatores ambientais ou ecológicos e humanos de interferência da bacia hidrográfica (SEIFFERT 2009).
O rio Xanxerê é um importante manancial do município de Xanxerê que de acordo com Batiston (2012), passou por um período de grande ocupação de suas margens, com uma infraestrutura precária que ocasionaram varias inundações desde a década de 1950.
Acompanhando o estilo histórico da maioria das ocupações humanas a cidade de Xanxerê cresceu em torno do rio, tendo suas margens totalmente alteradas pelas inúmeras atividades agrícolas exercidas na área rural, bem como as construções, atividades indústrias e pavimentações ocorridas na área urbana. 
Sendo que um diagnóstico ambiental faz-se necessário para que sejam conhecidos os usuários da água e suas classes sociais e os agentes causadores da poluição. Contudo questiona-se: Qual é a atual qualidade ambiental do rio Xanxerê no trecho de 4,5 km, entre a nascente até o inicio do perímetro urbano, usando como base de pesquisa: a quantidade de faixas ciliares existentes; as atividades socioeconômicas realizadas e a qualidade de água.
2 OBJETIVOS 
2.1 Objetivo Geral
Realizar um diagnóstico ambiental no trecho da nascente do rio Xanxerê e leito até o inicio do perímetro urbano no município de Xanxerê - SC.
2.2 Objetivos Específicos
Caracterizar as atividades socioeconômicas realizadas na área de influência direta da nascente e no leito principal do rio Xanxerê até o inicio do perímetro urbano através de aplicação de questionário com os usuários da agua e solo da bacia pesquisada; 
Averiguar a atual extensão e largura das faixas ciliares existentes da nascente e do canal principal do rio até o inicio do perímetro urbano;
Avaliar a qualidade de água através de analises microbiológicas do rio com os parâmetros Escherichia coli e pH e realizar a comparação com os limites estabelecidos no CONAMA 357/2005 para rio de classe 2.
Propor medidas de restauração das áreas degradadas.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Degradação ambiental x Sustentabilidade
As modificações nos ecossistemas das florestas ao longo da história aconteceram por meio de alterações climáticas naturais ocorridas durante longos períodos de tempo. Atualmente, com a ação humana, elas levam apenas décadas. Estudiosos no assunto têm concentrado suas investigações nas mudanças drasticamente aceleradas pelo homem, como a agricultura em larga escala, a construção de represas e estradas, produção industrial em expansão, e o crescimento de cidades com vastas áreas de asfalto (MORAM & OSTROM, 2009; MENEZES et al., 2014).
O ambiente natural desempenha o duplo papel de ofertar recursos e receber rejeitos. Bem como proporcionar outros benefícios, que vão desde as belas paisagens até a proteção da vida pela camada de ozônio, o fato é que os serviços prestados pela natureza não estão sendo adequadamente valorizados pelos humanos no sistema capitalista de economia neoclássica (Seiffert, 2009).
Odum & Barrett (2007) cita que devido às conquistas tecnológicas, pode parecer que os humanos dependem menos do ambiente natural para suas necessidades diárias, muitos esquecem da dependência humana contínua da natureza em termos de ar e água.
O ser humano percebeu que a forma como vem conduzindo seus processos produtivos, desde a revolução industrial, provoca problemas socioambientais, com um potencial crescente de impactos que afetam de maneira drástica e de modo altamente negativo sua saúde e qualidade de vida. A polêmica sobre a necessidade de o homem repensar, seus processos produtivos, a fim de moldar segundo a ótica da sustentabilidade, não é um fato recente (Seiffert, 2009).
Em nível mundial, de acordo com Moura (2002), foi a partir da década de 60 que começou a mudar a situação do descaso com a relação à emissão de poluentes. Alguns recursos naturais passaram a ser mais valorizados, já com a preocupação do aumento da população e consumo, visualizando o seu esgotamento futuro (petróleo, madeira, água etc.), e da ocorrência de alguns grandes acidentes que alertaram a humanidade para a magnitude das agressões à natureza e suas repercussões sobre a vida. 
A degradação ambiental no Brasil cresceu muito nas últimas duas décadas, comumente como resultado de modelos desenvolvimentistas, do descaso e insensatez do poder público e não conscientização da população em relação à necessidade de proteção dos recursos naturais. 
Embora o setor ambiental venha sendo estruturado nos planos federal, estadual e municipal para cumprir preceitos constitucionais, ainda carece de medidas para adoção de estruturas organizativas e construção de uma previsibilidade do fluxo de recursos e coordenação descentralizada da politica ambiental brasileira (Brito & Câmara, 1998).
Seiffert (2009) descreve que como consequência do modelo de crescimento econômico adotado, que fundamentava no lucro a qualquer preço, atrelado à lógica do aumento da produção, os recursos naturais são utilizados sem o respeito à capacidade natural de recomposição dos ecossistemas e a natureza é vista como um grande supermercado gratuito, com reposição infinita de estoque, observando-se os benefícios econômicos e desprezando-se os custos socioambientais.
Na visão de McMichael (2000), a vida urbana traz perdas ecológicas, os centros urbanos ou cidades trazem inúmeros conhecimentos tecnológicos, porém são fontes de pobreza, desigualdade e riscos para a saúde do meio ambiente. Com a expansão urbana das cidades há o aumento antrópico dos espaços para habitação, mas não podendo ser mais adotada a politica ainda atual de modo inadequado e sem planejamento. 
Na expansão urbana devem ser observadas as leis e parâmetros ambientais vigentes, minimizando os impactos causados aos recursos hídricos, pois quando o homem causa grandes impactos, à natureza modifica drasticamente o ciclo e trazem consigo impactos significativos para o próprio homem e a natureza, ou seja, gera escassez em termos de quantidade e qualidade de água (MENEZES et al., 2009).
Felicidade (2001) indaga que uma transformação social significativa está em curso, induzindo os gestores públicos e usuários em geral a refletir nas dimensões não apenas econômicas mais sociais no acesso e uso da água. A valorização de alguns dos direitos de cidadania, como critérios de sustentabilidade ambiental, está inclusa em tais dimensões. Parece absurdo em um país caracterizado pela fartura de água, em situação privilegiada perante quase a totalidade dos demais no planeta, discutir o acesso e o uso da água. Contudo a fartura desse recurso no Brasil subjaz tanto sua má distribuição geográfica quanto a social.
	Sobre o disposto, à sustentabilidade é um novo paradigma, como um elemento chave para todas as versões significativas do pensamento ambientalista e não apenas o apelo econômico. Institui economia ambiental a abordagem entre os elementos econômicosnaturais e sua inter-relatividade com as ações humanas. Nesta perspectiva, destacam-se três cursos: economia ambiental neoclássica, economia ecológica e economia ambiental marxista (Montibeller, 2004).[1: Economia Ambiental Neoclássica: considera que os recursos não representam, em longo prazo, um limite absoluto à expansão da economia (Romeiro, 2001).Economia Ecológica: que vê o sistema econômico como um subsistema de um todo maior que o contém, impondo uma restrição absoluta à sua expansão (Romeiro, 2001).Economia Ambiental Marxista: as forças naturais são consideradas como forças produtivas auxiliares da acumulação de capital, onde a lei do valor não atua, posto que sejam forças (naturais) que não contêm trabalho humano (Stroh, 1994).]
Portanto esse novo paradigma admite um mínimo de custos sociais e ambientais. Os custos sociais são os passivos ambientais já gerados e não assumidos pelo sistema privado, estes estando por conta da sociedade. São caracterizados em três tipos: sociais trabalhistas; sociais ecológicos; sociais econômicos. Os sociais trabalhistas são caracterizados pelas condições precárias de trabalho, os quais são relativos ao trabalho realizado e não pago. Os sociais ecológicos são oriundos dos impactos causados como, por exemplo, a poluição do ar, recursos hídricos, solo, entre outros. Já os econômicos referem às desigualdades sociais, espaciais e disfunções ociosas (Beckenbach, 1989).
Por fim Muller (1996, apud Montibeller, 2004), cita que o modelo de desenvolvimento econômico atual, priva o meio ambiente de dignidade transformando a natureza de domínio exclusivo das atividades antrópicas do homem. Por esse fator está abrindo espaço para inserção do desenvolvimento sustentável com a pesquisa e disposição no mercado de novas tecnologias produtivas menos impactantes.
3.2 Recursos Hídricos
Bacia hidrográfica conforme Odum (2007) é igualmente definida como área de ambiente terrestre drenada por um riacho ou rio em particular. A unidade básica utilizada para a gestão dos recursos hídricos é a bacia hidrográfica apresentando uma estrutura de espinha de peixe onde vários afluentes ou rios tributários apresentam sua foz em um rio maior ou canal principal, os divisores de água que são os pontos mais altitude fazem a separação das bacias hidrográficas, nessas áreas estão localizadas as nascentes principais dos rios (Seiffert, 2009).
	Felicidade et al., (2001) afirma que o tema gerenciamento de recursos hídricos começou a ser discutido no Brasil em 1983, com a realização no Instituto de Engenharia de São Paulo, do seminário Politica estadual de recursos hídricos.
	Já Settiet al., (2001) assegura que no sentido mais amplo, a gestão de recursos hídricos é a forma pela qual pretende equacionar e resolver as questões de escassez dos recursos hídricos, bem como desempenhar o uso adequado, visando a otimização dos recursos e, portanto, realizar diante procedimentos integrados o planejamento e administração dos recursos.
Leis (1991) relata que o processo de urbanização significou o crescimento das atividades comerciais, financeiras e de construção, provocando graves problemas de transporte e de comunicações; os ruídos, o lixo, a contaminação do ar e das águas são a expressão de um profundo processo de crise ambiental. 
Em áreas urbanas o crescimento acelerado da população aliado à falta de planejamento habitacional, e o aumento no fluxo migratório para as cidades em busca de melhores condições de vida, origina a ocupação desordenada do espaço, e como consequência causa a escassez de recursos naturais, principalmente o recurso hídrico (Santos& MOREAU, 2012).
Leis (1991) contextualiza que a erosão dos solos tornou um problema grave que afeta a agricultura latino-americana, apresentando fortes desdobramentos de salinização e sedimentação progressiva dos cursos de água.
Segundo Costa & Matos (1997) ocasionado pelo impacto da erosão anualmente são careados 130 milhões de toneladas de solo nos cursos de água, várzeas e reservatórios, tendo como consequência o assoreamento e a eutrofização das águas.
Sendo que como aspecto ecológico Rieger et al. (2014), descreve que no Brasil, um dos principais fatores de degradação dos solos é a erosão hídrica, amplificada na decorrência da interferência antrópica, devido a isso, a avaliação das perdas de solo nos processos de produção agrícola assume importância fundamental na escolha e adoção de práticas que visam minimizar a degradação.
Prado et al. (2010), expõe que o Brasil possui aproximadamente, 65% do seu território com potencial agrícola, com mais de 5,5 milhões de km2 podendo ser utilizados para a produção agropecuária. No entanto, novas fronteiras agrícolas continuam sendo abertas, pressionando remanescentes florestais e reservas naturais em todos os biomas brasileiros.
O solo e a água são elementos fundamentais de sustentação dos sistemas agrícolas e naturais. Reverter o quadro de degradação de extensas áreas, aperfeiçoar o uso dos solos e da água visando aumentar a produção agrícola, cooperar para a mitigação de impactos ambientais e desenvolver novos insumos e sistemas de produção, capazes de promover a sustentabilidade ambiental, social e econômica pelas gerações presentes e futuras são alguns dos desafios para o manejo e a conservação do solo e água para os diversos ambientes, usos e estado de degradação das terras (Prado, 2010).
Como aspecto ecológico sanitário, Freitas (2000), faz referência de que a poluição hídrica é todo o ato ou fato pelo qual lance na água qualquer produto que provoque a alteração de suas características ou, a torne imprópria para o uso. A água é considerada poluída quando a sua composição está alterada, de forma que esteja inadequado seu uso no estado natural. 
As alterações de propriedades físico-químicas ou biológicas da água há tornam nocivas à saúde e o bem estar da população, ou imprópria para o uso, tanto para fins domésticos, agrícolas, industriais e recreativos como para a fauna e a flora. Um nível ótimo de poluição sobrepõe-se ao fato de que um instrumento de gestão ambiental deve ser estruturado de modo a considerar um equilíbrio entre os prejuízos e os benefícios sociais e privados (SEIFFERT, 2009).
Costa (2012) cita que a degradação da qualidade dos recursos hídricos traz impactos sociais, econômicos e ambientais, pois ocasionam a perda da biodiversidade e o aumento de doenças hídricas, também aumenta os custos de tratamento de água potável destinadas aos diversos usos humanos, na perda de produtividade na agricultura e na pecuária, na redução da pesca e na perda de valores turísticos, culturais e paisagísticos.
3.3 Qualidade da Água
A pressão exercida pelas atividades humanas degrada o meio ambiente com alteração da qualidade e quantidade dos recursos naturais hídricos, a falta de tratamento adequado dos esgotos sanitários e efluentes industriais aliadas as atividades de mineração e agropecuária são observadas como principal potencial poluidor, merece especial atenção em função da elevada carga orgânica produzida à atividade da suinocultura em algumas bacias (Costa, 2012).
Os impactos ambientais decorrentes da suinocultura têm aumentado nos últimos anos, em decorrência da adoção do sistema intensivo de criação de suínos. O estado de Santa Catarina é o maior produtor de suínos do país, com cerca de 6,2 milhões de cabeças e em torno de oito mil suinocultores com produção em escala comercial. (SILVA 2012)
A produção intensiva de suínos tem como principal característica a concentração de animais por área, visando atender o consumo interno e externo de carne, produtos e derivados. Observa-se, como consequência, generalizada poluição hídrica (alta carga orgânica e presença de coliformes fecais) proveniente dos dejetos, que somada aos problemas de resíduos domésticos e industriais, tem causado sérios problemas ambientais, como a destruição dos recursos naturais renováveis, especialmente água. (SILVA 2012)
Quando lançados em cursos de água os efluentes da produção leiteira provocam alteraçãofísicas e químicas que trazem riscos a saúde humana e para o abastecimento publico. (SPERLING, 1998).
A poluição das águas decorre da adição de poluentes que diretamente ou indiretamente, alteram as características físicas e químicas do corpo d’água de maneira que deprecie a utilização das suas águas para usos benéficos (Pereira, 2004).
Lima (2011) destaca que os efluentes provenientes da suinocultura, bovinocultura, avicultura e aquicultura, quando não armazenados e tratados adequadamente provocam contaminação de corpos d’água.
A portaria do CONAMA 357 de 2005 que revoga a portaria nº 20 de 1986 classifica dos recursos hídricos em quatro classes. As classes de água doce são definidas por enquadramento em quatro tipos distintos conforme a prioridade de seu uso, onde são estabelecidos limites máximos de lançamento de poluentes para cada classificação (BRASIL, 2005).
Segundo Silva (2012), a portaria 357/2005 observou as recomendações da constituição federal de 1988, pois definiram padrões mais restritivos as classes de água proibindo os lançamentos de efluentes em níveis considerados nocivos ao consumo humano e para as demais formas de vida.
	Para compreensão da característica de cada poluente Laurenti (1997), cita que o pH (Potencial Hidrogeniônico) é uma escala que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. Sendo que é um dos testes mais importantes para caracterização físico química da água e efluentes.
	A Escherichia coli (E coli) é um patógeno que habita o interior do intestino delgado e do intestino grosso do homem e dos animais de sangue quente, mas também pode ser encontrada variações em animais de sangue frio como os peixes, pois podem contrai-la através do esgoto sendo segregado novamente no ambiente (KULTURBAU ,1997).
	Para garantia da qualidade e quantidade disponível da água, devem ser observados através de monitoramento, os valores máximos permitidos no enquadramento da bacia hidrográfica. E de obrigatoriedade dos agentes de poluição ou usuários o monitoramento das cargas de poluentes que são destinadas aos recursos hídricos para que sejam evitados os conflitos de uso da água (Montibeller, 2004).
3.4 Usos da Água
	Santin&Goellner (2013) definem o tema água, como um dos assuntos mais discutidos em âmbito mundial na atualidade, fato este que expõe a realidade do uso dos recursos hídricos de forma descontrolada por múltiplos setores, prejudicando sua qualidade e quantidade.
Para Ramos (2008), á agua é de suma importância para a qualidade de vida de todos os seres humanos e esse conhecimento esta disseminado na mente de todos, porém com o avanço da modernização, este recurso passou a ter importância ainda mais elevada, pois não existe nenhum sistema produtivo (agricultura, indústria, entre outros), que não necessite deste precioso recurso natural. 
Felicidade (2001) expõe que de maneira geral, os recursos naturais são definidos como um conjunto de “bens” que não são passíveis de ser produzidos e/ou reproduzidos pelo homem. Água, ar e oxigênio são alguns dos elementos fundamentais à manutenção da existência humana, os quais não podem ser fabricados a segundo o bel-prazer de nossa espécie. 
Segundo Silva (2003), a disponibilidade de água doce esta dividida de maneira desigual sobre o planeta, totalizando 1% de água para o consumo, sendo esta quantidade suficiente em muitas regiões do mundo, porém, não significando que não deva ser gerenciada com eficiência e eficácia sendo observados os desperdícios e o consumo impróprio. Conforme Freitas (2000), um bilhão de pessoas (um quinto da humanidade) não dispõe de água potável e quase o dobro disso 1,8 bilhão, não tem acesso a saneamento básico.
Por fim o consumo de água está em escala ascendente, maiores que a taxa de crescimento populacional que cresceu a uma ordem de três vezes o seu tamanho e o consumo de água ampliou-se em cerca de seis a sete vezes, ocasionando cada vez mais as pressões sobre os aquíferos e estes já apresentam sinais de esgotamentos e poluição. Os sinais tornam visíveis perante a analise da qualidade da água dos aquíferos, detectando a alta concentração de nitrato, frequência elevada da presença de pesticidas, aumento nas concentrações de íons, alteração nas condições de oxido-redução (MENEZES et al., 2014).
A maior parte das águas por um lado está sujeita a usos múltiplos antropogênicos e por outro sujeita a exigências ecológicas legitimas. Referente ao planejamento da gestão dos recursos hídricos e a proteção da natureza, são imprescindíveis os conhecimentos técnicos sobre causa ou consequência ambiental das substancias lançadas, tais conhecimentos visam à preservação do meio ecológico e garantia da continuidade dos usos (JUNCHEM, 1994).[2: Consuntivos: referem-se aos usos que retiram a água de sua fonte natural diminuindo suas disponibilidades, espacial e temporalmente. (LANNA 2004).Não Consuntivos: referem-se aos usos que retornam à fonte de suprimento, praticamente a totalidade da água utilizada, podendo haver alguma modificação no seu padrão temporal de disponibilidade. (LANNA 2004).Local: refere-se aos usos que aproveitam a disponibilidade de água em sua fonte sem qualquer modificação relevante, temporal ou espacial, de disponibilidade. (LANNA 2004).]
A Lei 9.433/97 define a cobrança dos usos de água ou outorga de uso, como um instrumento de gestão ambiental e atribui a Agencia Nacional de Águas - ANA a competência de implementar e articular os comitês de bacias hidrográficas (BRASIL, 1997). 
A politica publica envolvendo a gestão de recursos hídricos e o usuário das águas foi à ligação necessária para superar a abordagem inicial de atacar apenas as decorrências locais de poluição e demanda crescente. Com essa percepção as bacias hidrográficas são ideais para o bom emprego dos instrumentos de gestão, como a outorga do direito de uso da água e a cobrança pelo mesmo uso, garantem, nos países em que são aplicados, resultados efetivos na recuperação e na conservação dos recursos hídricos, bem como no seu melhor compartilhamento (Santin & Goellner, 2013).
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Identificação da área de estudo
Localizado na região Oeste de Santa Catarina, o Município de Xanxerê possui uma população de 44.642 habitantes, com área de 378 km2, (XANXERÊ, 2015). A economia está baseada na agricultura (70%), com 960 propriedades rurais, onde destacam-se a produção de milho, feijão e soja. Além disso, possui um rebanho de aproximadamente 2.562,756 cabeças em 2011, distribuídas entre suinocultura, bovinocultura, caprinocultura e criação de aves. A indústria e comercio são variados destacando-se as agroindústrias, o setor metal mecânico e a construção civil (XANXERÊ, 2015) 4.[3: Acessado no site da Prefeitura Municipal de Xanxerê, disponível:http://www.xanxere.sc.gov.br/.]
O município de Xanxerê pertence à bacia do Rio Uruguai e às sub-bacias do rio Chapecozinho e do rio Irani, subdividindo-se em cinco microbacias principais, assim denominadas: Arroio Baliza, Alto rio Xanxerê, baixo rio Xanxerê, Lajeado Perau das Flores e Lajeado Cambuizal (SANDRIN, 2004).
Através do levantamento realizado em 2007 pela Prefeitura Municipal de Xanxerê – SC o rio Xanxerê percorre aproximadamente 28,5 km, sendo 4,5 km na área urbana do município e 24 km em área rural, apresenta suas nascentes iniciais em linha Invernada Grande, nas coordenadas UTN; Latitude 7028571.00 S e Longitude 366415.00 E, e sua foz em Linha Santa Rosa nas coordenadas UTN; Latitude 7013595.45 S e longitude 356972.02 E, no município de Xanxerê – SC.
Figura 01- Mapa bacia do Rio Xanxerê, limites do município, banhados estratégicos e propriedades com vegetação nativa relevante.
Fonte: Xanxerê, (2007) adaptado pelo autor.
A área onde o estudo foi realizado possui 4,5 km de calha de rio e está delimitada na Figura 02 abaixo, onde também se observa os pontos de coleta das amostras de água.
Figura 02: Delimitação da área de estudo e pontos de coleta de amostras de água no trecho do rio Xanxerê.
Fonte:Xanxerê (2007) adaptado pelo autor.
4.2 Coleta e compilação dos dados obtidos
Para o levantamento de dados desta pesquisa foram realizadas visitas a campo nos dias 18,19 e 20 de agosto, 14,15 e 16 de setembro e 19, 20 e 21 de outubro.
A caracterização das atividades socioeconômicas foi realizada através de aplicação de questionários (Anexo A) com os proprietários e/ou arrendatários das propriedades, localizadas na área de influência das nascentes e do trecho principal do rio Xanxerê na área rural do município de Xanxerê – SC.
A Identificação visual de possíveis fontes poluidoras da água foi realizada por meio de visitas a campo, e registros fotográficos e medidas de GPS (Global Position System) utilizando o aparelho do modelo GPS Garmin Etrex 10®.
Por ultimo foi estabelecida a comparação dos dados levantados em campo, com a interpretação estatística dos resultados obtidos pelas análises e o estabelecimento de uma comparação com a resolução do CONAMA 357/2005, bem como foram propostas as medidas de restauração das áreas degradadas.
4.3 Quantificação de bactérias Escherichia coli e pH
 Amostras de água foram coletas em cinco pontos distribuídos ao longo do trecho do rio Xanxerê e identificados na Figura 02. 
As amostras coletadas foram processadas utilizando a metodologia de NMP descrita por Silva (2005), por meio do caldo LST duplo e simples para teste presuntivo, e caldo EC para teste confirmativo.
As analises de Escherichia coli foram realizadas no laboratório da UNC-Universidade do Contestado campus Concórdia, conforme os procedimentos descritos no Standard Methods (APHA 2005).
As analises de pH dos pontos coletados foram realizadas pelo autor no momento da coleta utilizando um pHmetrô digital da marca Gehaka, modelo PG 1800 devidamente calibrado.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 Atividades socioeconômicas 
Com a coleta de dados para o levantamento das atividades socioeconômicas e ambientais realizadas nos meses de setembro e outubro, foi possível observar que a bacia do rio pesquisado tem uma área de aproximadamente 640 hectares e que o rio percorre 12 propriedades distribuídas em 03 linhas rurais, linhas: Invernada Grande, Baliza e linha Passo Trancado até entrar no perímetro urbano entre os bairros dos Esportes e Nossa Senhora de Lourdes. [4: Dado obtido através de programas de edição, Auto CAD®, Google Earth®.]
5.1.1 Perfil da População Residente
O numero de habitantes por propriedade varia de 02 a 06 pessoas, sendo que a renda familiar ficou em sua maioria 84% inferior e 16,6% superior a cinco salários mínimos mensais.
Referentes ao grau de instrução, 5% dos entrevistados possuem ensino superior, sendo que nenhum na área ambiental, seguidos de 32,93% que estão cursando o ensino superior, 31,04% que possuem o ensino médio, 17,24% que possuem o ensino primário e 13,79% que não possuem qualquer instrução.
Como fonte de abastecimento de água 66,66 % das propriedades utiliza de fonte superficial seguida de 33,34 % que possuem poços artesianos.
5.1.2 Perfil das Propriedades
O tamanho das propriedades varia entre 4 a 320 hectares ou: menor que 1 e maior que 4 módulos fiscais, considerando o índice do município de Xanxerê que determina 18 hectares por modulo, esse enquadramento é necessário para efeitos de aplicação do novo código florestal lei 12.651 de 25 de maio de 2012, sendo que todas possuem suas reservas legais averbadas e registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR).[5: Acessado site do Sistema Nacional de Cadastro Rural, disponível: <http://www.senar.com.br/portal/faesc/downloads/14_MODULO_FISCAL.pdf> data do acesso 12/03/2015.]
As principais atividades econômicas desenvolvidas são a agricultura, pecuária leiteira, avicultura e pecuária de corte, seguidas da suinocultura, piscicultura (como pesque e pague) e cultivos de hortaliças conforme mostra o gráfico 03.
 
. Figura 03: Gráfico de tipologia e quantidade das econômicas desenvolvidas.
 
 Fonte: Dados da pesquisa, (2015).
Foi possível observar que todas as propriedades trabalham com a agricultura familiar. A maioria das propriedades além da atividade principal exercem atividades secundárias para complementação da renda familiar trabalhando, por exemplo, com a avicultura e pecuária leiteira. 
5.2 Levantamento ambiental e recuperação das áreas degradadas
Com o levantamento ambiental em campo, observando as fontes poluidoras ou de degradação, que conforme Cruz (2015), são caracterizadas como qualquer atividade antrópica que cause danos ao meio ambiente e a qualidade de vida do ecossistema e da população, verificou-se que na área da nascente principal do rio Xanxerê localizada na Linha Invernada Grande nas coordenadas UTN longitude: 366415.00 E Latitude 7028571.00 N, são praticadas culturas tradicionais da agricultura como o cultivo de soja e milho através do plantio direto. 
O plantio direto segundo Alvarenga (2001) é adequado para estabelecer as condições físicas químicas e biológicas do solo e contribui para diversos controles como de plantas daninhas, mantendo, estabilizando e realizando a manutenção do solo evitando assim erosões.
O plantio direto é uma prática que visa à proteção do solo, porém não é admitido em áreas de preservação permanentes de rios e nascentes de água, estas devem ser obrigatoriamente formadas de espécies de vegetação arbóreas para a proteção da qualidade e quantidade da água entre outra funções ecológicas e devem ser mantidas para o uso das presentes e futuras gerações (BRASIL, 2012).
Considerando o novo código florestal a área da nascente deveria possuir uma faixa de vegetação permanente de 50 metros, entretanto foi detectada uma faixa ciliar existente de em média 1 metro (BRASIL, 2012).
Observou-se o uso para a atividade agrícola da área de preservação permanente com plantio das culturas tradicionais como soja e milho, além da existência de uma estrada que dá acesso ao meio da área de banhado, que é utilizada para a retirada da água para os diversos usos conforme figuras 04 e 05 abaixo. [6: Banhados: “Áreas alagadas permanente ou temporariamente, conhecidos na maior parte do país como brejos, são também denominados de pântanos, pantanal, charcos, varjões e alagados, entre outros” (SANTOS 2011).]
Figura 04: Plantio em APP Nascente do Rio Xanxerê
 NASCENTE PRINCIPAL
Fonte: O autor, 2015. 
Na imagem 04 é possível observar a invasão da área de preservação permanente (APP) da nascente principal para plantação de culturas tradicionais, o que se observa também na imagem 05, porém na faixa ciliar do rio Xanxerê.
 
Figura 05: Plantio em APP rio Xanxerê. 
RIO XANXERÊ
Fonte: O autor, 2015.
Essa constatação vai de encontro a de Collet, et al (2014), relatando que 43,33% das nascentes dos rio Xanxerê pesquisadas apresentam alguma proteção, mas em 63,33% a vegetação é escassa, e em 60% das nascentes a vegetação é ausente. Sendo que 36,84% dos proprietários das áreas das nascentes alegam que conhecem que é realizada a prática de drenagem dessas nascentes, entretanto em 100% das nascentes visitadas a vegetação existente estava fora dos padrões e metragens exigidas no código florestal.
Conforme Marconato (2010), a constante busca de terras produtivas pelos agricultores para atender a demanda crescente de produção de alimentos, fez com que a mata atlântica sofresse uma elevada degradação ambiental. Sendo a faixa ciliar que exerce além de outras funções a de proteção ambiental dos rios e nascentes, a mais degradada como consequência à redução da quantidade e qualidade da água disponível. 
Já para os primeiros trechos do rio, a faixa ciliar existente deveria ser de 30 metros considerando que a área total da propriedade é superior a 4 módulos fiscais (BRASIL, 2012), porém foi observado faixa ciliar uma metragem média de 10 metros, realidade esta observada em 41,66% das propriedades visitadas na área de influência da bacia do rio. 
As propriedades que se enquadraram no limite de módulos menor que 1, ou seja, 25%e maior que 1 a menor que 2 com 16,66%, devem manter uma faixa ciliar de 5 e 8 metros respectivamente, de acordo com o verificado em campo estas estão em conformidade com norma, porém o livre acesso a faixa ciliar pelo gado compromete o restabelecimento ecológico das espécies vegetais existentes (BRASIL, 2012).
Seguindo na linha das prerrogativas ambientais do novo código florestal as propriedades rurais enquadras entre maior que 2 a menor que 4 módulos somam um total de 16,66% estas devem manter uma faixa ciliar de 15 metros, foi verificado no levantamento a existência média de 8 metros de vegetação de condições secundárias de regeneração ambiental. 
Os aspectos culturais e os usos corriqueiros do solo em áreas de preservação permanente do rio Xanxerê estão atenuando os aspectos negativos ao ecossistema, o registro dessas atividades devem ser realizados para que a comunidade já estruturada possa atuar na preservação e conservação dessas áreas (Collet, et al 2014).
Observou-se o plantio de espécies exóticas como eucalipto na faixa ciliar e também o livre acesso dos animais, o que compromete as condições da reabilitação ambiental, pois conforme Zanzarini (2008), os animais como o gado causam o pisoteio das mudas em recuperação, além de formar poços que retém a água e podem causar o apodrecimento das raízes comprometendo o crescimento das mudas e como consequência a qualidade ambiental das áreas em recuperação.
De posse da planta de zoneamento ambiental e econômico do município de Xanxerê e considerando as diretrizes do novo código florestal de 2012, foi possível a elaboração de um mapa de quantificação da vegetação nativa existente. Nesse mapa também consta o detalhamento de uso do solo na área de abrangência do divisor de águas. 
 Figura 06- Mapa de uso de solo e vegetação nativa existente.
 
 Fonte: Xanxerê (2007) adaptado pelo autor.
Para Marconato (2010), o mapeamento do parcelamento de uso dos solos é necessário para o planejamento das ações a serem realizadas, ou seja, para a recuperação ou regeneração das áreas degradadas, o estabelecimento das funções ecológicas das áreas de preservação permanente, visando o uso sustentável dos recursos naturais e a proteção do meio ambiente.
Com as visitas em campo foi possível observar que as faixas ciliares do rio estão em sua maioria comprometidas, com acesso livre aos animais e que as atividades agrícolas estão exercendo grande pressão sobre as áreas de preservação permanente, além da existência de terraplanagens para novos loteamentos próximos a área urbana e o aterramento de áreas de banhado para a execução das obras do contorno viário leste do município.
Como medidas de recuperação das áreas degradadas é possível à aplicação de variáveis técnicas com custos econômicos baixos, portanto acessíveis à maioria dos produtores lindeiros, com o diagnóstico foi possível observar que dentre essas técnicas para as áreas onde a faixa ciliar ainda é existente, porem não atinge a metragem garantida por lei, aplica-se a técnica de condução da regeneração natural ou abandono da área com cercamento (Santos 2011). 
Essa técnica visa o abandono da área para que ocorra o processo natural de desenvolvimento da vegetação ou regeneração, no entanto para que isso ocorra de maneira eficiente é preciso à existência de no mínimo indivíduos florestais em estágios primários e secundário de regeneração, que possam servir como banco de sementes (Marconato, 2010). Foi possível verificar com as visitas a campo a existência de vegetação nativa de estágio primário e secundário de regeneração, pois os indivíduos ainda existentes possuem um porte médio atual entre 3 a 4 metros de altura e diâmetros variados de 8 a 20 cm. Compostas de espécies nativas da mata atlântica como Canelas, Araucárias, Ipês, Bracatingas entre outras, formadoras da floresta ombrófila mista da região do Alto Uruguai Catarinense e Gaúcho (Carlussi, 2011).
A técnica de abandono de áreas descritas acima poderia ser aplicada em 85% das áreas de preservação pesquisadas, já os outros 15% restantes onde não há faixa ciliar ou encontra-se em estado de vegetação rasteiras ou capoeira, principalmente no trecho próximo aos bairros dos Esportes e Nossa Senhora de Lourdes além do cercamento das áreas de APP, uma técnica recomendada a ser aplicada é a técnica de plantio de espécies arbóreas nativas.
 Segundo Morais (2013), o plantio de espécies arbóreas nativas deve ser realizado quando o meio ambiente está com a capacidade baixa de recuperação ou não consegue se reestabelecer por si só, pois já sofreu alterações significativas com a perda total da biodiversidade local, visa o restabelecimento acelerado da sucessão florestal secundária melhoramento sua estrutura ou propiciando as condições para que isso ocorra. Os plantios funcionam como verdadeiros poleiros, atraindo principalmente aves e morcegos dispersores de frutos e sementes, responsáveis pela introdução de novas espécies na área e pela intensificação do processo. 
	Nesse processo de monitoramento, as práticas edáficas devem ser aplicadas no coroamento, no combate às vegetações nativas invasoras bem como o ataque de formigas cortadeiras entre outros, sendo que as mudas devem encontrar um ambiente adequado para seu desenvolvimento (Morais, 2013).
	Por fim estabelecendo e protegendo a faixa ciliar das nascentes de rios utilizando a técnica de reflorestamento com espécies nativas e ou o abandono das áreas, além do cercamento, é uma forma de resolver o problema atual de degradação e perda da biodiversidade, pois as áreas de preservação permanente desempenham a “função de controlar o excesso de água das chuvas no solo; evitar a perda de água dos rios evitar o escoramento e a erosão do solo, além de fornecer alimentação e abrigo para agentes polinizadores” (SANTOS 2011).
5.3 Qualidade da Água 
Os resultados da quantificação de Escherichia coli estão descritos na figura 05. 
 
 Fonte: O autor, 2015.
		Todos os pontos de coleta em todos os meses apresentaram um incide acima do permitido que é de 1000 coliformes termotolerantes por 100 mL, conforme o artigo 15§ 2º da portaria do CONAMA357/2005 que classifica os padrões de potabilidades da água de rio da classe II também onde rio Xanxerê se enquadra, com exceção de uma amostra do ponto 5 na campanha de coleta de do mês de outubro que apresentou estar em conformidade com o estabelecido, sendo importante ressaltar que a E. coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente (BRASIL, 2005).[7: CONAMA-Conselho Nacional de Meio Ambiente.]
	O ponto 1 apresentou um índice de até 4 vezes acima dos limites permitidos, sendo o menor índice de contaminação entre os demais pontos, considerando que é localizado na nascente principal do rio Xanxerê.
	Os resultados obtidos com as amostras do ponto 2 apresentaram uma taxa alta de variação, sendo que na coleta do mês de outubro chegaram a valores de até 170 vezes acima dos limites, dados esses também observados na coleta do ponto 4 no mês de setembro, Os pontos 3 e 5 apresentaram um índice >35 vezes, sendo que no ponto 5 observou-se uma amostra dentro dos limites estabelecidos na portaria 357/2005.
Essa variação pode ser explicada pela uso do solo na bacia pesquisada, considerando que todos os pontos estão inseridos na área agrícola e há proximidade desses pontos com os produtores de suínos da região, que utilizam outras terras além das suas para distribuição dos dejetos, o que conforme relata Viancelli, et al (2015), em áreas de plantio o uso de fertilizantes oriundos de animais é prática habitual e estes podem ter como destino final as águas subterrâneas e superficiais.
A temporalidade da distribuição e quantidade dos desejos de suínos próximos a esses pontos, além da qualidade do tratamento a que foram submetidos também deve ser considerada, já que um dos principais fatores que é a variação da quantidade das chuvas ocorridas 24 horasanteriores à coleta manteve-se instável conforme dados do INMET , sendo que em média permaneceram de 0 a 15 mm.[8: INMET-Instituto Nacional de Meteorologia: http://www.inmet.gov.br/sonabra/pg dspDadosCodigosim.pht?QTg1OA==> Data do acesso 22/10/2015.]
	O resultado obtido no ponto 5 no mês de outubro atendeu a normativa, ficando com valores menores que 1000 coliformes termotolerantes por 100 mL, provavelmente pela contribuição de diluição dos demais afluentes, porem nas coletas dos meses de agosto e setembro também apresentou índices elevados de contaminação. 
Esses resultados se equiparam aos de outras pesquisas, sendo a contaminação uma característica já apresentada em mais estudos de qualidade da água de bacias hidrográficas regionais, onde há ocorrência do uso de fertilizantes orgânicos oriundos da suinocultura com a finalidade de adubação do solo, além do livre acesso a animais como gado aos rios e nascentes para a sedentação.
Por isso esta é uma realidade que merece ser enfrentada com grande preocupação, significando grande impacto ambiental em todos os rios da região oeste catarinense, “Análises realizadas demonstraram que a maior parte dos rios da região está contaminada com coliformes fecais” (SILVA, 2012).
Segundo Silva (2012), mesmo sendo potencialmente poluidora a sociedade não pode se abster ou parar a produção que é de importante relevância econômica, pois “a suinocultura constitui o principal pilar da economia na região, empregando de forma direta em torno de 65 mil e, indiretamente, mais de 140 mil pessoas”.
Porém a implantação de um sistema sustentável com o tratamento adequado dos dejetos de suínos com a remoção dos patógenos como a E coli entre outros, que vise principalmente à preservação do meio ambiente é fundamental para harmonização do prosseguimento da cadeia produtiva, com “o uso racional dos recursos naturais e a preservação da qualidade ambiental nas regiões de maior concentração de suínos” (CADIS 2014).
No gráfico 03 abaixo é possível observar os dados obtidos com as análises de pH-Potencial Hidrogeniônico. 
 Figura 06 Resultados do parâmetro pH. 
 
 Fonte: O autor, 2015.
Os valores de pH não obtiveram grandes variações ficando de 5,3 a 6,8 que estão dentro dos padrões da portaria 357/2005 do CONAMA.
O resultado obtido com o parâmetro pH também é comparado com os resultados obtidos na pesquisa de Kluska (2014), que observou a normalidade deste a portaria 357/2005 do CONAMA, os demais parâmetros analisados: turbidez, temperatura e oxigênio dissolvido também obtiveram dados de conformidade com a norma supracitada. 
6. CONCLUSÃO
Em todos os sentidos o determinante da degradação ambiental das bacias hidrográficas é entendido como a prática da modificação dos processos e padrões ecológicos, abrangendo o meio terrestre, barreiras físicas permeáveis ou impermeáveis, meios aquáticos e barreiras qualitativas (CRUZ, 2015).
Neste contexto foi possível a averiguação de que as modificações antrópicas já consumadas pelas atividades econômicas descritas nessa pesquisa estão causando impactos ambientais de grave cunho, degradando o rio Xanxerê sem que nada ou pouco seja feito para a mudança dessa realidade.
A fragilidade ambiental de suas áreas de preservação permanente é visível em toda a extensão da bacia pesquisada, pois suas margens e nascentes estão sendo utilizadas de forma irregular sem qualquer respeito com o meio ambiente, considerando que as maquinas agrícolas e animais possuem acesso livre, comprometendo ainda mais a reabilitação ambiental com a compactação do solo, além de causar poluição por dejetos. 
Vale lembrar que somente os 2 parâmetros analisados durante um período de 3 meses não provam que o rio esta de fato poluído permanentemente, porem buscou-se a verificação da poluição pontual de suas águas, já que o parâmetro Escherichia Coli, é um indicador de poluição orgânica, pois esta presente nas fezes de animais e humanos.
Ações ambientais como a de restauração das faixas ciliares das nascentes do rio devem ser tomadas o mais rápido possível para que essas degradações sejam combatidas, porém em nenhuma experiência anterior os objetivos foram atingidos sem o envolvimento eficaz da sociedade, dos proprietários ou usuários em conjunto com o poder público.
A educação ambiental deve ser inclusa no processo de restauração devendo ser abrangente, ou seja, transdisciplinar e interdisciplinar utilizando de ferramentas como a gestão ambiental, e não apenas para que a proteção do meio ambiente seja de maneira geral vista como apenas um compromisso obrigatório, sendo assim considerada como um impedimento para o desenvolvimento da economia e o ganho de renda capital, mas sim para que seja difundida a cultura de que não apenas somos parte da natureza, mas sim dependemos dela para sobreviver.
 A busca de um desenvolvimento sustentável e da sustentabilidade ambiental deve ser efetuada por todos, pois somente com essa prerrogativa, podemos ter a garantia da continuidade de produção de alimentos e bens de consumo aliada a preservação ambiental e a qualidade de vida da população.
REFERÊNCIAS
Agencia Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. Bacia do Rio Uruguai. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/area.cfm?id_area=111> Acesso em 12 de marco de 2015.
ALVARENGA, R.C. Plantas de cobertura de solo para sistema plantio direto. Embrapa Milho e Sorgo, 2001. Disponivel em:> http://www.alice.cnptia.embrapa.br 
/handle/doc/485005. Data do acesso: 23/10/2015.
APHA, 2005. Standard Methods for theExaminationofWaterandWasterwater 21sted. American Public Health Association, Washington,DC.
BATISTON et. al. O rio Xanxerê no passado e presente: a percepção dos moradores e as mudanças antrópicas de um dos afluentes. UNOESC, 2012. Disponivel em: > http://editora.unoesc.edu.br/index.php/siepe/article/view/3268.
BENETTI, A.; BIDONE, F. O meio ambiente e os recursos hídricos. IN: TUCCI, C. E. M. Hidrologia: ciência e aplicação. Porto Alegre: Ed. UFRGS/ABRH, 1995. P. 669.
BECKENBACH, Frank. Social cost in modern capitalism. Natures, socialism, 3, p72,1989.
BRITO, F. A.; CÂMARA, J. B. D. Democratização e gestão ambiental: em busca de desenvolvimento sustentável. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
Cadis, Patricia & Henkes, Jairo Afonso. Gestão Ambiental na Suinocultura: Sistema de Tratamento de Resíduos Líquidos por unidade de compostagem. Unoesc & Ciência - ACET, Joaçaba, v. 5, n. 2, p. 169-188, jul./dez. 2014. 
CARLUCCI, M. B. Conservação da Floresta com Araucária no Extremo Sul do Brasil. Programa de Pós-graduação em Ecologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. UFRGS, 2011. Disponivel em <http://doi.editoracubo.com.br/10.4322/natcon.2011.015.> Acesso em 21/04/2015.
CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários. 3 ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983.
COLLET, M. et al. Uso do solo em áreas de nascentes com expansão urbana no município de Xanxerê, SC. Unoesc & Ciência - ACBS, Joaçaba, v. 5, n. 1, p. 115-122, jan./jun. 2014
 
COSTA, L.M.; MATOS, A.T. Impactos da Erosão do solo em recursos hídricos: Programa de Suporte Técnico à Gestão de Recursos Hídricos. Recursos Hídricos e Desenvolvimento Sustentável da Agricultura. Brasília. P. 173-189. 1997.
COSTA, M. P. Panorama da qualidade das águas superficiais do Brasil: Agência Nacional de Águas, Brasília: ed. ANA, 2012.
CRUZ Rafael Cabral. Avaliação ambiental integrada de bacias hidrográficas através da analise de fragilidades ambientais. ANA-Agencia Nacional de Aguas,2015. <Disponivel em:http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio /_arquivos/avaliao_ambiental_integrada_de_bacias_hidrogrficas_atravs_da_anlise_de_fragilidades_ambientais.pdf>
DOMINGUES A. F; et al. Cuidando das águas: soluções para melhorar a qualidade dos recursos hídricos. Brasília: ed. ANA, 2011.
FELICIDADE, N. et al. Uso e Gestão de Recursos Hídricos no Brasil. Ed. RiMa,São Carlos, 2001.
FREITAS, Vladimir P. Águas: aspectos jurídicos e ambientais. Curitiba: Juruá, 2000.
Isaac S.; MOREAU, Mauricio S. Seminário Nacional de Geoecologia e Planejamento Territorial e Seminário do Geoplan. nº 1. 4. 2012. São Cristóvão. Poluição dos Recursos Hídricos e Saneamento Básico no Bairro Nossa Senhora da Vitória, Ilhéus-BA, Universidade Federal de Sergipe, Abril de 2012.
KULTURBAU, D.V.W. Manuais para o Gerenciamento de Recursos Hídricos; Relevância de Parâmetros de Qualidade de Água Aplicado à Aguas correntes.Tradução:Iria Juchem, Florianópolis: FATMA, 1997.
Kluska. M. et al. Caracterização ambiental e analise da água superficial do percurso urbano do rio Xanxerê. Unoesc & Ciência - ACET, Joaçaba, v. 5, n. 1, p. 31-38, jan./jun. 2014
LANNA, A. E. Gestão dos recursos hídricos. In: TUCCI, C. E. M. (Org.). Hidrologia: ciência e aplicação. 3. Ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS/ABRH, 2004. Cap. 19. p. 727- 768.
LAURENT. A. Qualidade da Água I, Florianópolis: ed. Imprensa Universitária, 1997. 
LEIS, Hector R.et al. Ecologia e Política Mundial. Rio de Janeiro: Fase, 1991.
marconato, G. Degradação do Bioma Floresta Atlantica- Matas Ciliares e a necessidade do desenvolvimento de métodos para sua restauração do estado de São Paulo UEPB, 2010. 129f. Dissertação de Mestrado em Botânica, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, São Paulo, 2010.
MENEZES, M. D.et al. Dinâmica hidrológica de duas nascentes, associada ao uso do solo, características pedológicas e atributos físico hídricos na sub-bacia hidrográfica do Ribeirão Lavrinha – Serra da Mantiqueira, MG. ScientiaForestalis, Minas Gerais, v. 37, n. 82, p. 175- 184, 2009.
MORAN, E. F.; OSTRON, E. Ecossistemas Florestais Interação homem –ambiente. São Paulo: Senac São Paulo, 2009.
MOURA , L. A. A. Qualidade e gestão ambiental: sugestões para a implantação das Normas ISSO 14000 nas empresas. 3.ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2002.
MORAIS, L. F. D et al,. Manual técnico para a restauração de áreas degradadas no Estado do Rio de Janeiro. Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 2013.
MCMICHAEL, Anthony J. The urban environmentand health in a world of increasing globalization: issues for developing countries. Bulletin Of The World Health Organization: the International Journal of Public Health, New York, v. 78, n. 9, p. 1.117-1.126, set. 2000.
MEDEIROS, J. de D. et al. Seleção de áreas para criação de Unidades de Conservação na Floresta Ombrófila Mista. In: Biotemas, vol 18, p. 33-50, 2005.
ODUM, E. P.; BARRETT, G. W. Fundamentos da Ecologia. 5 ed. São Paulo: Thomson, 2007. 
Oliveira, P. A. V. Produção e Manejo de Dejetos Suínos: Unidade Embrapa Suínos e Aves, 2004. Disponivel em:> http://www.cnpsa.embrapa.br</pnma/pdf_d
oc/doc_pnma.pdf>Acesso em: 22/04/2015. 
PARIZZOTO K. M. Z; FAVERO R. Agenda 21 de Xanxerê: Exercício de cidadania e plano local de desenvolvimento sustentável, PLDS. Xanxerê, 2008. Disponível em: <http://agenda21xanxere.blogspot.com.br.>Acesso em 01 de abr. 2015.
PEREIRA, R. S. Identificação e caracterização das fontes de poluição em sistemas hídricos. Revista Eletrônica de Recursos Hídricos. IPH – UFRGS. V. 1, n. 1. P. 20-36. 2004. Disponivel em: http://www.abrh.org.br/informacoes/rerh.pdf>A 
cesso em 01 de abr. 2015.
PRADO, Rachel B. et al. Manejo e Conservação do Solo e da no Água no contexto das Mudanças Ambientais. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2010.
Prefeitura Municipal de Xanxerê. Disponivel em: <http://www.xanxere.sc.gov.br/> acesso em 18 de abril de 2015.
RAMOS, J.R. C. Avaliações técnico-operacionais em Estações de Tratamento de Água dos municípios das regiões leste e dos lagos do Estado do Rio de Janeiro, com propostas de melhorias para futura implantação de sistema de gestão ambiental baseado nas normas ISO 14.000. UERJ, 2008. 204f . Dissertação Mestrado em Engenharia Ambiental, Centro de Tecnologia e Ciências, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
RIBEIRO, Ademar R. Economia ou economia política da sustentabilidade; Texto para Discussão. IE/UNICAMP n. 102, set. 2001. Disponível em <http://cursa.ihmc.us> Data do acesso: 29/03/2015.
RICHARDSON, Roberto J. et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1989.
RIEGER, F. A.; ZOLIN C. A. et al. Perda de Água e Sedimentos em Diferentes Usos do Solo.Unidade: Embrapa Agrossilvipastoril, 2014, disponível em: <https://www.embrapa.br/agrossilvipastoril/busca-de-publicacoes> Acesso em: 20/03/2015.
SANDRIN Carla Canton. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS AMAI: Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, Xanxerê, 2004.Disponível em: http://www.pmgirsamai.com.br/xanxere/admin/uploads/Bibliot
eca/arquivo_23_1408540127.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015.
Santin, Janaína R.; Goellner, Emanuelle. A Gestão dos Recursos Hídricos e a Cobrança pelo seu Uso. Sequência: Estudos Jurídicos e Políticos, Florianópolis, v. 34, n. 67, p. 199-221, dezembro 2013.
SANTOS, Tônia Amanda Paz. Por que reflorestar as margens de rios e nascentes é tão importante?. Saúde, Segurança do Trabalho & Meio Ambiente, 2011. Disponível em: https://maesso.wordpress.com/2011/09/07/por-que-refloresta
r-as-margens-de-rios-e-nascentes-e-tao-importante/>. 
SCAPINELLO, F. G. Usucapião de terras devolutas da ex-Colônia Militar de Xapecó. Chapecó, UNOCHAPECÓ, 2010. 83 f. Curso de Direito, Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Chapecó, 2010.
SILVA, A. S. Gestão de conflitos pelo uso da água em bacias hidrográficas urbanas. Belém: UFP, 2003. 151 f. Mestrado em Engenharia Civil Área de Concentração: Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, Universidade Federal do Pará, Belém, 2003.
SILVA, Christian Luiz & Bassi, Nádia Solange Schmidt. Análise dos impactos ambientais no Oeste Catarinense e das tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Suínos e Aves. VI Encontro Nacional da ANPPAS 18 a 21 de setembro de 2012 Belém- Pará. Disponivel em: <http://www.anppas.org.br/encontro6/anais/ARQUIV
OS /GT7-946-803-20120621110037.pdf > Acesso: 10/10/2015.
SOARES, T. S; et al. Impactos Ambientais Decorrentes da Ocupação Desordenada na Área Urbana do Município de Viçosa, FAEFG, Minas Gerais, v.1, n.8 agosto de 2006. 
SOUZA, M. N. Degradação e Recuperação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável. Viçosa: UFV, 2004. 371 f. Magister Scientiae em Ciências Florestais: Programa de Pós Graduação, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, 2004. 
STROH, Paula Y. Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável, Recife ed. INPSO-FUNDAJ, Instituto de Pesquisas Sociais-Fundação Joaquim Nabuco, 1994.
SPERLING, M. Tratamento e destinação de efluentes líquidos da agroindústria. Brasília: ABEAS; Viçosa: UFV, Departamento de Engenharia Agrícola, 1998.
Zanzarini, r. m e ROSOLEM, V. Mata ciliar e nascente no cerrado brasileiro-analises e recuperação ambiental, 2008. Disponível em: <http://www.observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal12/Procesosambientales/Impactoambiental/72.pdf
ANEXO A – MODELO DE QUESTIONÁRIO
LEVANTAMENTO SÓCIO ECONÔMICO RIO XANXERÊ 
(TRECHO RURAL)DADOS GERAIS DA PROPRIEDADE VISITADA
1.1 Localidade: 
1.2Coordenadas geográficas: 
1.3Nome do proprietário:
1.4Tamanho da propriedade:
1.5Atividade principal:
( ) Suinocultura, ( ) Avicultura, ( ) agricultura, ( ) pecuária, ( ) setor de leite, 
( ) cultivo de hortaliças, ( ) piscicultura ( ) outros especificar: 
1.6Abastecimento de água da propriedade: 
( ) fonte superficial, ( ) Açude, ( ) poço artesiano, ( ) poço tubular profundo,
( ) poço superficial, ( ) riacho ou córrego, ( ) abastecimento público, ( ) outros especificar: 
1.7 A propriedade possui reserva legal averbada ( ) Sim ( )Não;
1.8 O registros no CAR da propriedade foi realizado( ) Sim ( )Não;
1.9 Número de habitantes da propriedade:
Grau de instrução:
( ) sem instrução, () primário incompleto, ( ) primário
( ) fundamental incompleto, ( ), Fundamental, ( ) médio incompleto, ( ) médio,
( ) terceiro grau incompleto ou cursando, ( ) terceiro grau completo.
Renda da familiar: 
( ) até 1 salário mínimo ( ) até 5 salários mínimos 
( ) mais de 5 salários. 
Data da coleta dos dados:
Autorizo a divulgação dos dados aqui coletados pelo acadêmico de Eng. Ambiental e Sanitária Sidinei Sembranel para pesquisa do Diagnostico Ambiental do rio Xanxerê.
Assinatura do entrevistado:
kjljg
kjljg
2 DADOS REFERENTES AO RIO:
2.1 Pontos GPS:
2.2 Coordenadas geográficas:
2.3 Principais problemas ambientais encontrados na propriedade:
( ) faixa ciliar inexistente, ( ) assoreamento, ( ) queimadas, ( ) desmatamento da faixa ciliar, ( ) construções na área de faixa ciliar, ( ) outros especificar:

Outros materiais