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Apostila perícia contábil

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APOSTILA 
 
 
 
 
PERÍCIA CONTÁBIL 
E 
ARBITRAGEM 
 
 
 
 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo 
 
 
PERÍCIA CONTÁBIL E ARBITRAGEM Página 2 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo - mcda@terra.com.br 2012 
Sumário 
CAPÍTULO - I ------------------------------------------------------------------------------ 4 
A PERÍCIA CONTÁBIL E SUAS ESPÉCIES ----------------------------------------------------------------------------------------- 4 
1.2 – LEGISLAÇÃO APLICADA A PERÍCIA CONTÁBIL ------------------------------------------------------------------------- 4 
1.3 - DA DETERMINAÇÃO DA PERÍCIA ------------------------------------------------------------------------------------------ 5 
1.4 - INDEFERIMENTO DE PERÍCIA ----------------------------------------------------------------------------------------------- 5 
1.5 - AS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PERÍCIAS E OS FÓRUNS ----------------------------------------------------------------- 5 
1.6 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO----------------------------------------------------------------------------------------------------- 7 
CAPITULO – II ---------------------------------------------------------------------------- 8 
FUNDAMENTOS DA PERÍCIA CONTÁBIL ---------------------------------------------------------------------------------------- 8 
2.1 - PERÍCIA CONTÁBIL Vs AUDITORIA ---------------------------------------------------------------------------------------- 8 
2.2 - NOÇÕES GERAIS SOBRE A PROVA ----------------------------------------------------------------------------------------- 9 
2.3 - CARACTERÍSITICAS DA PROVA PERICIAL CONTÁBIL ---------------------------------------------------------------- 14 
2.4 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------------- 15 
CAPÍTULO – III ------------------------------------------------------------------------- 17 
O PERITO CONTADOR ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 17 
3.1 - PERITO CONTÁBIL ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 17 
3.2 - PERFIL ÉTICO-PROFISSIONAL DO PERITO ------------------------------------------------------------------------------ 17 
3.3 - QUALIDADE DO TRABALHO DO PERITO ------------------------------------------------------------------------------- 18 
3.4 - ESCOLHA DO PERITO ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 19 
3.5 - RECUSA E SUBSTITUIÇÃO DO PERITO ---------------------------------------------------------------------------------- 19 
3.6 - IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------------- 20 
3.7 - DIREITOS E DEVERES FUNCIONAIS -------------------------------------------------------------------------------------- 22 
3.8 - PENALIDADES CIVIS E CRIMINAIS --------------------------------------------------------------------------------------- 24 
3.9 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------------- 25 
CAPÍTULO IV ---------------------------------------------------------------------------- 33 
PERÍCIA JUDICIAL ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 33 
4.1 - OPERACIONALIZAÇÃO DA PERÍCIA CONTÁBIL ----------------------------------------------------------------------- 33 
4.2 - ELABORAÇÃO E ENTREGA DO LAUDO PERICIAL --------------------------------------------------------------------- 34 
4.3 - CICLO NORMAL DA PERÍCIA JUDICIAL ---------------------------------------------------------------------------------- 35 
4.4 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------------- 35 
CAPÍTULO – V --------------------------------------------------------------------------- 39 
PLANEJAMENTO DO TRABALHO PERICIAL ----------------------------------------------------------------------------------- 39 
5.1 - PROCEDIMENTOS PRELIMINARES --------------------------------------------------------------------------------------- 39 
5.2 - O PLANEJAMENTO DO TRABALHO PERICIAL ------------------------------------------------------------------------- 39 
5.3 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------------------- 40 
CAPÍTULO – VII ------------------------------------------------------------------------- 41 
DILIGÊNCIAS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 41 
6.1 – CONCEITOS: ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 41 
6.2 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------------- 41 
CAPÍTULO – VII ------------------------------------------------------------------------- 42 
QUESITOS ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 42 
7.1 - MOMENTO PARA APRESENTAÇÃO DOS QUESITOS ---------------------------------------------------------------- 42 
7.2 - CATEGORIAS OU CLASSES E TIPOS DE QUESITOS ------------------------------------------------------------------- 43 
7.3 - LÓGICAS DOS QUESITOS -------------------------------------------------------------------------------------------------- 43 
7.4 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------------- 45 
CAPÍTULO – VIII ------------------------------------------------------------------------ 46 
LAUDO PERICIAL CONTÁBIL ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 46 
 
PERÍCIA CONTÁBIL E ARBITRAGEM Página 3 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo - mcda@terra.com.br 2012 
8.1 - CONCEITOS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 46 
8.2 - ESTRUTURA DOS LAUDOS ------------------------------------------------------------------------------------------------ 47 
8.3 - ESTÉTICA DO LAUDO ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 48 
8.4 - ANEXOS DOS LAUDOS ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 49 
8.5 - LAUDO INSUFICIENTE ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 49 
8.6 - NOMEAÇÃO DE NOVO PERITO E NOVA PERÍCIA -------------------------------------------------------------------- 49 
8.7 - ESCLARECIMENTO DE LAUDO -------------------------------------------------------------------------------------------- 50 
8.8 - ENTREGA DO LAUDO ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 50 
8.9 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------------- 52 
CAPÍTULO – IX -------------------------------------------------------------------------- 54 
PARECER PERICIAL CONTÁBIL -------------------------------------------------------------------------------------------------- 54 
9.1 - ESTRUTURA DO PARECER PERICIAL CONTÁBIL ---------------------------------------------------------------------- 55 
9.2 - PARECER TÉCNICO PERICIAL DIVERGENTE ---------------------------------------------------------------------------- 55 
9.3 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------------------- 56 
CAPÍTULO – X ---------------------------------------------------------------------------58 
REMUNERAÇÃO DO TRABALHO PERICIAL ----------------------------------------------------------------------------------- 58 
10.1 - PERITO DO JUÍZO: ESTIMATIVA E ARBITRAMENTO --------------------------------------------------------------- 58 
10.2 - PROPOSTA DE HONORÁRIOS – DEPÓSITO PRÉVIO ---------------------------------------------------------------- 59 
10.3 - RECURSOS DAS PARTES E DO PERITO DO JUÍZO ------------------------------------------------------------------- 62 
10.4 - ASSISTENTE TÉCNICO ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 62 
10.5 - EM JUÍZO ARBITRAL ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 62 
10.6 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------- 63 
CAPÍTULO – XI -------------------------------------------------------------------------- 64 
ARBITRAGEM ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 64 
11.1 - CONCEITOS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 64 
11.2 - CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM E SEUS EFEITOS ------------------------------------------------------------------- 65 
11.3 - POLEMICAS E IMPEDIMENTOS A ARBITRAGEM ------------------------------------------------------------------- 65 
11.4 - CLAUSULA ARBITRAL PERFEITA E COMPROMISSO ARBITRAL -------------------------------------------------- 66 
11.5 - EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO -------------------------------------------------------------------------- 68 
11.6 - ÁRBITROS -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 68 
11.7 - RESPONSABILIDADE FUNCIONAL DO ÁRBITRO (CRIMINAL) ---------------------------------------------------- 70 
11.8 - RESPONSABILIDADE FUNCIONAL DO ÁRBITRO (CIVIL) ----------------------------------------------------------- 71 
11.9 - PROCEDIMENTO ARBITRAL --------------------------------------------------------------------------------------------- 71 
11.10 - SENTENÇA ARBITRAL ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 72 
CAPÍTULO - XII ------------------------------------------------------------------------- 74 
PRÁTICA EM PERÍCIA ------------------------------------------------------------------ 74 
12.1 - PERÍCIA TRABALHISTA – CONCEITOS E PRÁTICA ------------------------------------------------------------------- 74 
EXERCÍCIOS -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 85 
12.2 - EXERCÍCIOS PRÁTICOS – ÁREA CIVIL ---------------------------------------------------------------------------------- 88 
 
 
 
 
PERÍCIA CONTÁBIL E ARBITRAGEM Página 4 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo - mcda@terra.com.br 2012 
CAPÍTULO - I 
A PERÍCIA CONTÁBIL E SUAS ESPÉCIES 
 
1.1 - CONCEITO DE PERÍCIA CONTÁBIL 
Perícia Contábil é a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado visando oferecer 
opinião, mediante questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames, vistorias, indagações, investigações, 
avaliações, arbitramentos, em suma todo e qualquer procedimento necessário à opinião. (Antônio Lopes de 
Sá). 
Outra definição nos é dada por Palombo: “Perícia Contábil é um instrumento técnico - cientifico de 
constatação, prova ou demonstração, quanto à veracidade de situações, coisas ou fatos oriundos das relações, 
efeitos e haveres que fluem do patrimônio de quaisquer entidades”. 
A Perícia Contábil se caracteriza como incumbência atribuída a contador, para examinar determinada 
matéria patrimonial, administrativa e de técnica contábil, e asseverar seu estado circunstancial. 
A expressão perito é prevista no Código de Processo Civil (CPC), em seus artigos 145 a 421: 
“Art. 145 - Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será 
assistido por perito, segundo o disposto no artigo 421. 
 Art. 421 - O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para entrega do laudo,” 
 
1.2 – LEGISLAÇÃO APLICADA A PERÍCIA CONTÁBIL 
No Brasil, no ano de 1939, foram estabelecidas, no CPC – Código do Processo Civil as 
primeiras regras sobre perícia. Somente com o decreto-lei 9.245 de 1946, é que foram definidas as 
atribuições dos profissionais da contabilidade e a competência para a realização de perícias. 
 As regras sobre perícia ainda continuaram vagas até a promulgação do Código de Processo 
Civil de 1973, quando a legislação tornou-se mais clara, ampla e aplicável. 
 
• NORMAS PROFISSIONAIS 
o NBC P 2 - Normas Profissionais do Perito 
o NBC P 2.1 - Competência Profissional 
o NBC P 2.3 - Impedimento e Suspeição 
o NBC P 2.4 - Honorários 
o NBC P 2.6 - Responsabilidade e Zelo 
o NBC P 2.7 – Responsabilidades por trabalhos de terceiros 
 
• NORMAS TÉCNICAS 
o NBC TP 1 – Normas Técnicas da Perícia Contábil 
 
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Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo - mcda@terra.com.br 2012 
o NBC T 13 - Perícia Contábil 
o NBC T 13.2 - Planejamento da Perícia 
o NBC T 13.6 - Laudo Pericial Contábil 
o NBC T 13.7 - Parecer Pericial Contábil 
o NBC T 13 - IT - 01 - Termo de Diligência 
o NBC T 13 - IT - 02 - Laudo e Parecer de Leigos 
o NBC T 13 - IT - 03 - Assinatura em Conjunto 
 
1.3 - DA DETERMINAÇÃO DA PERÍCIA 
A perícia pode ser determinada na fase de conhecimento do processo, elucidando o fato para 
convicção no julgamento do mérito, ou na fase de execução – principalmente para determinar o quantum 
devido, que atenda a sentença liquidanda. 
O juiz, entretanto, pode indeferir a perícia, julgando-a desnecessária, por não depender, a prova do 
fato, de conhecimento técnico ou já existiram provas suficientes. 
 
1.4 - INDEFERIMENTO DE PERÍCIA 
Compete ao juiz deferir ou indeferir o pedido de perícia. Em geral, há indeferimento quando o juiz 
entende que os documentos apresentados são suficientes, inquestionáveis, formando prova suficiente ou 
quando este se satisfaz com um parecer técnico ou depoimento de peritos (Lei nº 8.455/92). O Supremo 
Tribunal Federal (DJU, 26-09-1975, p. 6906) decidiu que, quando a documentação é suficiente, pode também 
ser aceito o indeferimento de perícia. 
Só se admite o indeferimento de perícia quando as provas dos autos são suficientes e inquestionáveis, 
sendo consistentes. O juiz tem o arbítrio de indeferir, e a parte interessada de recorrer da decisão do juiz. 
 
1.5 - AS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PERÍCIAS E OS FÓRUNS 
Diversos são os fatores que podem ser citados como responsáveis pelo alargamento do campo da 
perícia contábil, quer judicial, quer extrajudicial. 
a) PERÍCIA JUDICIAL 
A perícia judicial é aquela realizada dentro dos procedimentos processuais do Poder Judiciário, por 
determinação, requerimento ou necessidade de seus agentes ativos, e se processa segundo as regras legais 
específicas. Esta espécie de perícia subdivide-se, segundo suas finalidades precípuas no processo judicial, em 
meio de prova ou de arbitramento. 
A perícia judicial ocorrerá quando o juiz necessitar de conhecimento técnico ou especializado de um 
profissional, para poder tomar certas decisões nos julgamentos. Tanto o juiz como qualquer uma das partes 
poderá solicitar a perícia. 
 
PERÍCIA CONTÁBIL E ARBITRAGEM Página 6 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo - mcda@terra.com.br 2012 
Assim, que o juiz compreende que haverá necessidade da prova pericial, ele nomeia o perito, que por 
sua vez, terá prazo de 5 (cinco) dias para fixar o valor dos seus honorários, os quais deverão serpagos por 
quem solicitou a perícia ou quem o juiz determinar. 
 É nesse momento que surge o perito, auxiliando o juiz com seus conhecimentos técnicos ou 
especializados, esclarecendo o litígio de acordo com as imposições determinadas pelo juiz, visando a 
apresentação de um parecer técnico, ou excepcionalmente, uma apresentação verbal 
 
_ Nas Varas Criminais: fraudes e vícios contábeis, adulteração dos lançamentos e registros, 
desfalques, apropriações indébitas, inquérito judicial para efeitos penais, crimes contra a ordem econômica e 
tributária, e outras. 
_ Na Justiça do Trabalho: indenizações de diversas modalidades, litígios entre empregadores e 
empregados de diversas espécies. 
_ Nas Varas de Falências e Concordatas: perícias falimentares em geral e concordatas preventivas, 
suspensivas. 
_ Nas Varas da Fazenda Pública e Execuções Fiscais: perícias envolvendo tributos de um modo 
geral, tais como: ICMS; ISS; IPTU. 
_ Nas Varas de Família: avaliação de pensões alimentícias, avaliação patrimonial e outras. 
_ Na Justiça Federal: execuções fiscais (INSS; FGTS; tributos federais em geral), ações que 
envolvem a União (desapropriação de terras por parte da União), etc. 
 
b) PERÍCIA SEMIJUDICIAL 
A perícia semijudicial é aquela realizada dentro do aparato institucional do Estado, porém fora do 
Poder Judiciário, tendo como finalidade principal ser meio de prova nos ordenamentos institucionais usuários. 
Enaudram-se o âmbito dos inquéritos policiais, comissões parlamentares (CPIs). Inquéritos na Administração 
Pública, tributária e conselhos de contribuintes. 
 
c) PERÍCIA EXTRAJUDICIAL 
A perícia extrajudicial é aquela realizada fora do Estado, por necessidade e escolha de entes físicos e 
jurídicos particulares – privados – no sentido estrito, ou seja, não submetíveis a uma ou outra pessoa 
encarregada de arbitrar a matéria conflituosa (fora do juízo arbitral, também). Pode-se dizer que a perícia 
extrajudicial é a perícia amistosa consentida pelas partes. 
 
d) PERÍCIA ARBITRAL 
Temos a perícia arbitral, que é aquela perícia realizada no juízo arbitral – instância decisória criada 
pela vontade das partes – não sendo enquadrável em nenhuma das anteriores por suas características 
especialíssimas de atuar parcialmente como se judicial e extrajudicial fosse. 
 
 
PERÍCIA CONTÁBIL E ARBITRAGEM Página 7 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo - mcda@terra.com.br 2012 
1.6 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1 - Qual o conceito de perícia contábil? 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
2 – Descreva com suas palavras o que você entende por: 
Perícia Extrajudicial: ___________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
Perícia Judicial: _______________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
Perícia Semijudicial: ___________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
Perícia Arbitral: _______________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
3 - Das espécies de Perícia Contábil, assinale a que é realizada por necessidade e escolha de entes físicos e 
jurídicos particulares - privados? 
a) ( ) Perícia Judicial. b) ( ) Perícia Extrajudicial. 
c) ( ) Perícia Semi-Judicial. d) ( ) Perícia Particular. 
 
 
PERÍCIA CONTÁBIL E ARBITRAGEM Página 8 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo - mcda@terra.com.br 2012 
4 - A indicação do assistente técnico é feita: 
a) ( ) pelo Juiz. 
b) ( ) pelas partes. 
c) ( ) pelo Perito Contábil. 
d) ( ) pelo Empresário 
 
5 - Marque a alternativa que representa a modalidade de perícia extrajudicial: 
a) ( ) Laudo nas concordatas e falências. 
b) ( ) Laudo para fusões, incorporações e cisões. 
c) ( ) Litígio entre empregados e empregadores. 
d) ( ) Avaliação de pensões alimentícias. 
 
6 - Relacione as colunas quanto às espécies de perícias: 
a) Perícia Extrajudicial 
b) Perícia Judicial 
c) Perícia Semijudicial 
d) Perícia Arbitral 
 
( ) é aquela realizada dentro do aparato institucional do Estado, porém 
fora do poder judiciário. 
( ) é realizada fora do Estado, por necessidade e escolha de pessoas 
físicas e/ou jurídicas – direito privado. 
( ) é aquela realizada dentro dos procedimentos processuais, e se processa 
segundo as regras legais do poder estatal, visando contribuir para a 
convicção do magistrado. 
( ) é aquela realizada no juízo arbitral – instancia decisória criada pela 
vontade das partes. 
 
 
CAPITULO – II 
FUNDAMENTOS DA PERÍCIA CONTÁBIL 
2.1 - PERÍCIA CONTÁBIL Vs AUDITORIA 
Perícia não se confunde com auditoria. 
A Perícia serve a um questionamento, a uma necessidade, é uma tarefa requerida, que se destina a 
produzir uma prova técnica a fim de suprir uma eventualidade, com objetivo determinado. 
 
PERÍCIA CONTÁBIL E ARBITRAGEM Página 9 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo - mcda@terra.com.br 2012 
A principal diferença entre auditoria e perícia é que a auditoria opera através de um processo de 
amostragem, e a perícia sobre um determinado ato, ligado ao patrimônio das entidades físicas ou jurídicas, 
buscando a apresentação de uma opinião através do laudo pericial. 
Assim, pelo desconhecimento que se tem acerca das diferenças das técnicas contábeis, o termo 
AUDITORIA, por ser mais conhecido é utilizado para nomear a ação que se deseja de examinar um 
determinado órgão ou setor, quando na realidade, o correto seria a realização de uma PERÍCIA, pois o que se 
pretende é obter prova contra alguém. 
A perícia contábil difere da auditoria pela delimitação do escopo de trabalho e também pelo objetivo, 
pois a auditoria, utilizando a amostragem, busca identificar a veracidade das informações prestadas pela 
entidade através dos procedimentos administrativos e das demonstrações contábeis, enquanto que a perícia, 
raramente usando o método da amostragem, consiste em obter prova fundamentada que poderá trazer à luz a 
verdade, podendo assim auxiliar o magistrado em seu julgamento. 
 
QUADRO COMPARATIVO 
PERÍCIA AUDITORIA 
1 – Executada apenas por pessoa física, profissional 
de nível universitário (CPC, art. 145). 
1 – Pode ser executada tanto por pessoa física como 
jurídica. 
2 – A perícia serve a uma época. Questionamento 
específico. Por exemplo a apuração de haveres na 
dissolução de sociedade. 
2 – Tende a necessidade constante, como por 
exemplo: auditoria de balanço, repetindo-se 
anualmente. 
3 – A perícia se prende ao caráter científicode uma 
prova com o objetivo de esclarecer controvérsias. 
3 – Auditoria se prende à continuidade de uma 
gestão: parecer sobre atos e fatos contábeis. 
4 – É específica, restrita aos quesitos e pontos 
controvertidos, especificados pelo condutor judicial. 
4 – Pode ser específica ou não, por exemplo: 
auditoria de Recursos Humanos, ou em toda a 
empresa. 
5 – Sua análise é irrestrita e abrangente. 5 – Feita por amostragem. 
6 – As Norma Técnicas são: 
• Resolução CFC no 857/99 – trata das normas 
profissionais do perito; 
• Resolução CFC no 858/99 – trata da perícia 
contábil. 
6 – As normas técnicas são: 
• Resolução CFC no 700/91 – trata das normas de 
auditoria independente. 
• Resolução CFC no 701/91 – trata das normas 
profissionais do Auditor Independente. 
7 – Usuário do serviço: 
As partes e principalmente a justiça 7 – Usuários do serviço: Sócios, investidores, 
administradores. 
 
2.2 - NOÇÕES GERAIS SOBRE A PROVA 
CONCEITO DE PROVA 
Provar é demonstrar a veracidade, a consistência, a realidade. Enfim, aquilo que faz conhecer 
determinada coisa ou fato. No ramo processual, busca-se demonstrar a existência ou a inexistência de 
determinado fato, o qual formará ou não o direito. 
 
PERÍCIA CONTÁBIL E ARBITRAGEM Página 10 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo - mcda@terra.com.br 2012 
É o meio que busca mostrar a verdade de determinado fato, com isso conseguir o convencimento do 
juiz para constituir ou não o direito. 
Dentro do que recomenda a NBC T 13/99, os procedimentos de perícia contábil, tem como objetivo a 
fundamentação das conclusões que são apresentadas nos laudos ou parecer contábil. 
 
OBJETO DA PROVA 
Objeto da prova é a comprovação para o juiz da existência dos fatos alegados, impulsionando-lhe a 
aplicação do direito no caso concreto, sendo a regra a comprovação de todos os fatos alegados. 
Cabe salientar que se busca a demonstração dos fatos litigiosos que influenciam na decisão da lide, 
devendo ser desconsiderados os demais. 
Não é necessária a comprovação do direito. Presume-se que o juiz tenha conhecimento da lei. 
Também não é aceitável a alegação de desconhecimento da lei por pelas partes na justificativa de 
determinados atos. 
 
MEIOS DE PROVA 
Como foi visto anteriormente, não basta apenas o conhecimento das partes com relação aos fatos, é 
necessária a demonstração em juízo. A atividade que a parte desempenha em produzir a prova, mostrando a 
veracidade, é tida como meio de prova. 
De uma maneira mais ampla, podemos definir como o instrumento pelo qual se busca o 
conhecimento dos fatos. 
A prova tem por finalidade demonstrar a verdade ou não verdade de uma afirmação. 
O Código de Processo Civil, art. 332, quanto aos meios de prova, assim dispõe: 
“Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste 
código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. 
a) Confissão 
b) Prova Documental 
c) Prova Testemunhal 
d) Da Inspeção Judicial 
e) Da Prova Pericial” 
 
Em se tratando de elementos contábeis, temos: 
a) Inventários 
 
PERÍCIA CONTÁBIL E ARBITRAGEM Página 11 
 
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b) Balanço Patrimonial 
c) Demonstração do Resultado do Exercício 
d) Demais Relatórios contábeis 
O juiz, de ofício ou a requerimento, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou 
coisas, a fim de se esclarecer sobre o fato, que interesse à decisão da causa. 
Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo o que for 
útil ao julgamento da causa. 
O auto circunstanciado poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia. 
A ausência de documentos efetivos e formais coloca sempre em risco a formação de opinião. Os 
documentos deverão estar revestidos de formalidades legais para serem aceitos. 
Exemplo de documentos a serem analisados: 
• Escritura pública, lavrada em cartório, local e data, identificação completa das partes, representantes, 
intervenientes, regime de casamento, manifestação clara da vontade da transição, cumprimento das 
exigências legais e fiscais, declaração de que foram lidos os documentos, assinatura de fechamento do 
tabelião, redação em idioma nacional, tradução por tradutor público. 
• Instrumentos particulares, somente terão validade se fizer prova perante terceiros. Terá que ter registro 
público (Artigo 221 código civil brasileiro). 
• Telegramas, cópias e fotografias de documentos, as cópias possuem valor relativo de prova e podem ser 
contestadas, mas, se assinadas pelos emitentes, conferidas por tabeliões e aceitas pelas partes em litígio, 
são válidas. (artigo 222 a 225 do Código civil brasileiro) 
• Filmes, fotos, gravações podem estar sujeitos a montagens que adulterem a verdade, debilitando ou até 
anulando a realidade. 
• Se uma das partes contestar o assunto deve ser revisto com mais acuidade. O contador deve tomar muito 
cuidado com este tipo de prova pois não é especialista nesta matéria. 
 
PROCEDIMENTO PROBATÓRIO 
Tem-se por procedimento probatório o conjunto de atos praticados no processo para a produção das 
provas especificamente determinadas. 
Em outras palavras, é o momento em que a parte leva o que possui de prova a apreciação do 
magistrado, facultando a parte contrária impugnar o incorreto. 
 
FORMA DA PROVA 
O momento primordial da prova é aquele em que ela vai a juízo. A maneira com que é apresentada a 
prova é chamada de forma da prova. Subdivide-se em: 
 
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a) Testemunhal; 
b) Documental; 
c) Material. 
 
MODALIDADES DA PROVA PERICIAL 
As provas produzidas com a interveniência de perito são qualificadas pelo Código de Processo Civil 
como a prova pericial, dividida em três modalidades: 
a) Exame: análise dos elementos pertinentes ao assunto (livros, registros das transações e 
documentos); 
b) Vistoria: verificação do estado circunstancial do objeto, pessoa, máquina, documento, condições 
ambientais; 
c) Avaliação: Constatação do valor real das coisas (bens, receitas, despesas, etc.). 
 
FUNÇÃO DA PROVA PERICIAL 
Vamos encontrar a função da prova nos seguintes termos: para demonstrar incidência da forma 
jurídica é mister provar a existência do fato da vida a que se ajusta a norma ou princípio de direito. 
Isso significa ser crucial provar-se, em primeiro plano, os fatos técnico-científicos, em nossa área de 
estudo, os fatos contábeis. Assim, adquirida a certeza jurídica sobre os fatos da causa, pode o magistrado 
aplicar a lei correspondente. 
Por isso é que ao magistrado não é permitido tomar decisão adotando suas convicções pessoais, e 
tampouco supor qualquer coisa. Sua convicção é adquirida com base nas provas produzidas nos autos. 
 
ÔNUS DA PROVA 
A palavra ônus é entendida pelos juristas pátrios não como dever para com outrem, seja a parte 
contrária seja o próprio magistrado. Quem afirma ou nega determinado fato é que tem o ônus, o interesse de 
oferecer ou produzir as provas necessárias que entende possam vir a corroborar as alegações oferecidas. 
O dever de provar compete a quem alega, a quem afirma ou nega determinados fatos da causa. Quem 
busca a proteção da justiça depara-se com a necessidade de produzir suas provas. Quem oferece as provas 
mais convincentes fatalmente obterá sucesso. 
É de se notar que ninguém está obrigado a produzi-las; todavia, não o fazendo, arcará com as 
conseqüências. Não se entende ônus como dever ou exigência, mas simplesmente a necessidade de provar 
para conseguir a aplicação jurisdicional. O convencimento do juiz depende da concretização dos fatosalegados, prevalecendo a verdade material (a trazida aos autos). 
O Código de Processo Civil trata a questão como incumbência, em seu art. 333, estipulando que: 
 
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“incumbe: I- ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II- ao réu, quanto à existência 
de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor”. 
 
 A PERÍCIA CONTÁBIL NO BRASIL 
O Código de Processo Civil de 1939 já falava dos exames periciais. A partir de advento do Decreto-
lei nº 1.608 de 18/09/1939, admitia-se a perícia como prova de fato que depende de conhecimento especial. 
O Conselho Federal de Contabilidade, via decreto-lei nº 9.295/46, imprimiu as primeiras atribuições 
de cunho legal do contador, conferindo caráter privativo aos contadores diplomados e registrados junto ao 
CRC. 
A relevância da prova contábil é o ápice de todas as demandas que envolvem direito patrimonial, 
pois o perito contábil, quando a prova do fato depender do conhecimento técnico e científico, é o profissional 
que ilumina o Magistrado, fato determinado pela Lei, no CPC, art. 145. 
 
A PROVA PERICIAL FRENTE À JUSTIÇA 
Quando a prova depender de conhecimento tecnológico e científico contábil, o Juiz, que é leigo na 
matéria, será assistido por um perito. Por tratar-se de profissional de confiança do Juiz, este tem total 
liberdade de escolha, e o faz entre os profissionais de nível superior, devidamente inscritos no CRC. 
A perícia contábil como a mais robusta das provas, é a rainha da verdade. 
 
DISPENSA DE PROVA PERICIAL – PODE O JUIZ NEGAR A PRODUÇÃO DE PROVA 
PERICIAL CONTÁBIL? 
SIM. O Magistrado pode negar a produção de prova pericial contábil ou de qualquer outra natureza 
quando: 
1. A seu critério o fato não depender de prova técnica elaborada por especialista (perito). 
2. Quando desnecessária à vista dos fatos relatados e dos documentos e outras provas já colocadas 
nos autos do processo, como é o caso de pareceres técnicos juntados pelas partes; considerados suficientes 
para alcançar a convicção que lhe permita emitir a sentença. 
3. Quando, em face da transitoriedade dos fatos objeto da ação a verificação pericial seja impossível 
ou inócua para o julgamento da lide. 
Todavia, será um caso raro se, quando pedida a prova pericial por qualquer das partes for negada 
pelo magistrado, pois é sua função dar-lhes o amplo direito de defesa e de contestação. 
Caso o Magistrado negue a produção da prova pericial, a parte que se sentir lesada, tem o direito de 
apelar à instância superior mediante Agravo de Instrumento. Por outro lado, a prática de juntar com a peça 
Inicial um parecer técnico, desde logo não facilita o trabalho de magistrado. O mesmo deve ser dito quando o 
parecer técnico faz parte dos anexos juntados com a Contestação. 
 
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O CERNE1 DA PROVA PERICIAL CONTÁBIL 
A Prova Pericial Contábil é aquilo que atesta a veracidade ou autenticidade de alguma coisa. Ex.: 
um documento válido atesta o que nele está escrito. 
É o Ato que atesta ou garante uma intenção de fazer algo ou de um sentimento. Ex.: transportar 
mercadorias sem nota fiscal induz à intenção de sonegar ao Fisco. 
É o Testemunho em juízo ou fora dele. Ex.: declaração espontânea e assinada pelo contador, no qual 
confirma que deixou de contabilizar receitas com a intenção de reduzir a carga tributária da empresa. 
Mas pode ser uma Garantia. Ex.: o certificado de garantia de bom funcionamento de um 
equipamento novo. 
Prova também pode ser um processo pelo qual se verifica a exatidão de um cálculo. Ex.: planilha de 
cálculo que revela o valor das prestações mensais devidas pelo mutuário e o saldo devedor de seu 
financiamento habitacional, elaborada segundo teses jurídico/financeiras defendidas pelo advogado que 
representa seus interesses. 
 
2.3 - CARACTERÍSITICAS DA PROVA PERICIAL CONTÁBIL 
1. Quanto ao Objeto: o objeto da prova é o tema da ação, são os fatos e as causas deles decorrentes. 
São os fatos sobre os quais versa a contenda e que devem ser verificados pelo perito. 
2. Quanto ao Objetivo: o objetivo da prova é elucidar, por completo e com total clareza, ao 
magistrado e aos demais interessados, a respeito do que seja a verdade sobre as controvérsias guerreadas no 
processo. 
3. Quanto ao Sujeito: o sujeito da prova é a pessoa física ou jurídica ou a coisa de quem ou de que 
se busca a verdade dos fatos. 
4. Quanto à Fonte: fonte da prova é tudo que possa fornecer conhecimento úteis para se chegar à 
verdade que se quer conhecer. 
5. Quanto aos Elementos: elementos de prova são os fatos, as circunstâncias, os documentos, os 
livros, os depoimentos, os pareceres técnicos já juntados aos autos do processo e tudo o mais que servir para 
formar a convicção técnica do perito contador, com base nos quais responderá os quesitos e fornecerá suas 
conclusões. 
6. Quanto às Formas: a prova pode ser obtida pelas seguintes formas ou meios: 
a) pela exibição de livros e documentos (públicos e particulares) = Prova Documental. 
b) pela Confissão = Prova Testemunhal. 
c) pelos depoimentos pessoais = Inquirição de pessoas ou Prova Testemunhal. 
 
1 Cerne = Rigidez. 
 
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d) pela Inspeção Judicial = Pela vistoria de pessoas ou coisas, feito pelo Magistrado, 
acompanhado de perito, sobre assunto objeto de inspeção ou pelo próprio perito por 
mandado judicial específico. 
e) pela perícia = Prova Pericial. 
Todas as seis formas de prova citadas acima são de interesse do perito por trazerem informações que 
podem ser úteis ao seu trabalho. 
7. Quanto à Polaridade: a prova pode ser positiva quando confirma os fatos alegados, ou negativas 
quando os nega. A partir do momento em que o Laudo Pericial Contábil for juntado aos autos do processo, 
converte-se em prova. Chama-se prova pericial contábil a que visa a fornecer à Justiça a certeza jurídica 
que se quer conhecer a respeito da matéria de fato, tratada nos autos. 
 
2.4 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1 - Para quem se destinam às provas produzidas em um processo judicial? 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
2 - Quais são as provas aceitas no Direito Brasileiro? Comente-as: 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________ . 
3 - Quais são as modalidades da prova pericial? Comente sobre elas. 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
4 – O Magistrado pode negar a produção de prova pericial contábil? Se sua resposta for “SIM”, justifique. 
______________________________________________________________________________ 
 
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______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________ . 
 
5 - A quem incumbe o ônus da Prova? 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
6 - Quanto as forma de prova – relacione: 
a) Testemunhal 
( ) É quando a prova se faz de maneira escrita ou gravada, exemplo: as 
escritura pública, plantas, projetos, etc. 
b) Documental 
( ) É quando a prova consiste na materialidade do fato comprovado, 
exemplo: o exame de corpo e delito, os exames periciais, etc. 
c) Material ( ) É a prova produzida de forma oral, podendo ser a oitiva das testemunhas, 
o depoimento das partes e o juramento. 
 
7 - Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que serão levadas ao laudo pericial 
contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem total ou parcialmente, segundo a natureza e a complexidade 
da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação. A 
indagação corresponde: 
a) A diligência que objetiva a verificação e a constatação de situações de forma circunstancial. 
b) A busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto da perícia. 
c) A determinação de valores ou a solução de controvérsia por critério técnico. 
d) A análise de livros, registros das transações e documentos. 
8 - O arbitramento, como procedimento de Perícia Contábil, é: 
a) A determinação de valores ou a solução de controvérsia por critérios aleatórios. 
b) A determinação de valores ou a solução de controvérsia por critério técnico. 
c) Diligência que objetiva a quantificação do valor. 
d) O ato de estabelecer a quantificação de direitos. 
 
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CAPÍTULO – III 
O PERITO CONTADOR 
 
A Norma diz que perito é o Contador regularmente registrado em Conselho Regional de 
Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas 
qualidades e experiência, da matéria periciada. 
A perícia é desconsiderada se o perito não tem o conhecimento técnico ou científico necessário para 
exarar laudo conclusivo. 
 
3.1 - PERITO CONTÁBIL 
O profissional que executa a perícia contábil precisa ter um conjunto de capacidades, que são suas 
qualidades. Entre elas estão: 
1. legal; 
2. profissional; 
3. ética; 
4. moral. 
 
O decreto-lei nº 9.295 de 1976 definiu as atribuições do contador da seguinte forma: 
 Perícias judiciais ou extrajudiciais, revisão de balanço e de contas em geral, verificação de haveres, 
revisão permanente ou periódica de escritas e quaisquer outras atribuições de natureza técnica conferida por 
lei aos profissionais de contabilidade. 
 
3.2 - PERFIL ÉTICO-PROFISSIONAL DO PERITO 
Além da capacidade técnico-profissional e da habilitação legal, o perito deve possuir qualidades que 
lhe assegurem um trabalho digno – considerando o importante papel na busca do pleno direito e da justiça. 
O Código de Processo Civil, o Código de Ética da Profissão Contábil e a NBC PP 01 - Norma 
Brasileira de Contabilidade Profissionais do Perito enumeram algumas qualidades e características 
indispensáveis ao exercício da Perícia Contábil. 
1. Imparcialidade e Honestidade: só um trabalho conduzido com verdade levará a uma conclusão 
justa. A conduta imparcial e honesta do perito é que vai fazer valer o justo, o verdadeiro. 
2. Independência: deve o perito, manter total independência para com as partes, a fim de não ficar 
limitado, comprometendo a feitura de um trabalho imparcial e justo que lhe for atribuído. Este atributo é bem 
definido e cobrado pelo próprio Código de Processo Civil em seu art. 423 e na NBC PP 01. 
3. Observador e Crítico: na busca da prova, o perito deve ter senso crítico, perspicaz, observando 
criteriosamente todos os fatos e dados ao seu alcance. 
4. Zelo: é dever do perito cumprir com cautela, dedicação e zelo o encargo que lhe for confiado, 
estendendo-se desde o cumprimento dos prazos a todas as prerrogativas profissionais no exercício de sua 
função. 
 
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5. Sigilo: não poderá o perito divulgar o resultado obtido durante as investigações e nos demais 
procedimentos adotados na execução do trabalho, caracterizando a divulgação como desobediência e 
desrespeito ao Código de Ética Profissional. 
Na busca de um dado, pode-se passar por muitos outros. O profissional tem o dever de nada revelar 
sobre o que conhece ao elaborar seu trabalho nem deve comentar sobre o que realiza, com terceiros. 
 
3.3 - QUALIDADE DO TRABALHO DO PERITO 
A qualidade do profissional quase sempre dita a qualidade do trabalho que executa. 
Existem requisitos essenciais para que uma perícia seja considerada de qualidade. 
Um bom trabalho pericial deve ter: 
1. objetividade; 
2. precisão; 
3. clareza; 
4. fidelidade; 
5. concisão; 
6. confiabilidade inequívoca baseada em materialidades; 
7. plena satisfação da finalidade. 
 
SITUAÇÕES E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
O trabalho pericial tem cunho eminentemente pessoal. Por esta razão, diz-se que é indelegável. 
Contudo, o perito pode obter a colaboração de auxiliares, que operem sob sua permanente orientação e 
supervisão, mantendo-se consciente de tudo que está sendo feito e como está sendo feito. Esse não termina no 
laudo, pois em determinados processos o perito participa nas audiências e aí está a razão principal em saber o 
que se fez e de que forma foi executado o trabalho. Durante as audiências, o perito será argüido pelo juiz, 
sendo vetadas as partes (advogados) de interrogá-lo, porém se desejarem algum esclarecimento, poderão pedi-
lo através do juiz. 
 
FUNÇÃO OU PROFISSÃO 
A perícia judicial é uma função que se executa mediante a nomeação pelo juiz. A perícia não se 
caracteriza como profissão, pois não tem caráter permanente. 
 
 
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3.4 - ESCOLHA DO PERITO 
O exercício profissional da função pericial contábil realiza-se sob duas formas de atuação técnica. 
A primeira oportunidade surge quando o profissional contábil, de nível superior, é nomeado pelo 
magistrado para assumir o encargo de perito judicial. 
Outra forma de atuação ocorre quando o profissional contábil é indicado pela parte para funcionar 
como assistente técnico. 
Nota-se que o magistrado nomeia o perito e a parte indica assistente técnico. Embora esteja no rol de 
auxiliares da Justiça, CPC, art.139, e entre os quais encontra-se o escrivão e o oficial de Justiça, o perito não é 
um funcionário público concursado. 
Trata-se de profissional liberal devidamente habilitado de livre escolha do Magistrado, por ser pessoa 
de sua confiança. 
Sob os olhos das Normas do Conselho Federal de Contabilidade, Resolução nº 857/99, equiparam-se 
os profissionais, ou seja, atribuem-se as mesmas prerrogativas e responsabilidades para o perito contábil 
nomeado pelo Magistrado e ao Assistente Técnico indicado pela parte. Este nivelamento deprerrogativas e 
responsabilidade implica ao Assistente indicado os motivos de impedimento e recusa enquanto o CPC atribui 
tal fator somente ao perito nomeado pela Justiça. 
Aquele profissional que tem a honra de iluminar o Magistrado, responde ilimitadamente pelo 
conteúdo de seu trabalho. A responsabilidade moral, em que o profissional cumpre com total ânimo o seu 
encargo, deve ser pautada pelo dever de lealdade, de prestar todos os esclarecimentos tantas vezes quantas 
forem necessárias, abstendo-se de dar sua convicção pessoal, apreciando com imparcialidade os fatos, além 
de, se for o caso, recusar a nomeação quando não estiver devidamente capacitado para o bem desempenho do 
encargo. 
 
OS PERITOS EM JUÍZO – NOMEAÇÃO, INDICAÇÃO, INTIMAÇÃO 
Nas perícias contábeis, judiciais, três são os peritos: um do juiz e um de cada parte litigante. Na 
verdade, são três contadores; o juiz nomeia o seu e as partes indicam os assistentes. 
Os peritos das partes devem ser indicados no prazo de cinco dias, contados da intimação do despacho 
de nomeação do perito, e, no mesmo prazo, os quesitos são apresentados pelas partes. Isto é o que regula o 
artigo 421 do Código de Processo Civil. 
Aceita a indicação, o perito assistente, tão logo tenha conhecimento da perícia, deve manter contato 
com o perito judicial, pondo-se à disposição para o planejamento e a execução conjunta da perícia. 
 
3.5 - RECUSA E SUBSTITUIÇÃO DO PERITO 
A recusa deve ser comunicada ao juiz, por escrito, com a justificativa, quando então será nomeado 
outro perito para substituir ou prender a função. A escusa deve ser apresentada dentro de até cinco dias da 
intimação. 
Tal petição tem o encaminhamento comum e é habitual as autoridades já a despacharem 
imediatamente e o cartório anexar nos autos a mesma. 
 
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Se o perito é indicado pela parte, todavia, geralmente é consultado, mas se, mesmo assim, o 
impedimento surgir, dirigir-se-á a ela e ao juiz, por escrito, separadamente, no prazo legal. À parte não fará 
petição, mas só a justificativa. 
A escusa do perito deve ser apresentada dentro de um prazo de cinco dias da data da intimação ou 
notificação, o que não sendo feito, obriga o perito a cumprir a tarefa. 
Um perito pode escusar-se a aceitar a perícia para a qual foi nomeado ou indicado, mas deve fazê-lo 
dentro de cinco dias a partir da data que foi notificado de sua designação. 
É lícito às partes recusar o perito do juiz por suspeição, mas deverá provar os motivos da não-
aceitação do mesmo. 
O que se deseja evitar, no caso de impedimento, é o exercício da “parcialidade”. 
O perito das partes deve ser imparcial, mas tudo fazer para que os interesses das mesmas sejam 
defendidos. 
 
SUBSTITUIÇÃO DE PERITO E DESISTÊNCIA 
Se o perito é intimado e não cumpre sua tarefa em tempo hábil, pode ser substituído. Nesse caso, 
além de substituição o perito é multado pelo juiz em face do valor da causa. 
Também pode ser substituído o perito que não tem capacidade para o exercício de seu trabalho (não é 
contador), ou como diz a lei: “quando carecer de conhecimento técnico ou científico”. É o que define o artigo 
424 do C.P.C.. 
 
3.6 - IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO 
A NBC PP 01 - distingue Impedimento e Suspeição. 
Por Impedimento a Norma coloca as situações fáticas ou circunstanciais que impossibilitam o perito 
judicial e o perito assistente de exercerem, regularmente, suas funções ou realizar atividade pericial em 
processo judicial, extrajudicial e arbitral. Ou, ainda, quando os peritos nomeados, contratados ou escolhidos 
não puderem exercer sua atividade com imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros. 
São as situações em que os mesmos se declarem impedidos, após nomeados, contratados, escolhidos 
ou indicados quando ocorrerem situações previstas na Norma. 
Impedimento Legal: o perito nomeado, contratado ou escolhido se declara impedido quando não 
puder exercer suas atividades com imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros, ocorrendo pelo 
menos uma das seguintes situações: 
a) for parte do processo; 
b) tiver atuado como perito contador contratado ou prestado depoimento como testemunha no 
processo; 
c) tiver mantido, nos últimos dois anos, ou mantenha com alguma das partes ou seus procuradores, 
relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado; 
 
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d) tiver cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro 
grau, postulando no processo ou entidades da qual esses façam parte de seu quadro societário ou de direção; 
e) tiver interesse, direto ou indireto, mediato ou imediato, por si, por seu cônjuge ou parente, 
consangüíneo ou afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau, no resultado do trabalho 
pericial; 
f) exercer cargo ou função incompatível com a atividade de perito-contador, em função de 
impedimentos legais ou estatutários; 
g) receber dádivas de interessados no processo; 
h) subministrar meios para atender às despesas do litígio; e 
i) receber quaisquer valores e benefícios, bens ou coisas sem autorização ou conhecimento do juiz ou 
árbitro. 
 
IMPEDIMENTO TÉCNICO 
Impedimento por motivos técnicos a ser declarado pelo perito-contador ou pelo perito-contador 
assistente decorre da autonomia e da independência que ambos devem possuir para ter condições de 
desenvolver de forma isenta o seu trabalho. São motivos de impedimento técnico: 
a) a matéria em litígio não ser de sua especialidade; 
b) a constatação de que os recursos humanos e materiais de sua estrutura profissional não permitem 
assumir o encargo; cumprir os prazos nos trabalhos em que o perito-contador for nomeado, contratado ou 
escolhido; ou em que o perito contador assistente for indicado; 
c) ter o perito-contador da parte atuado para a outra parte litigante na condição de consultor técnico 
ou contador responsável, direto ou indireto em atividade contábil ou em processo no qual o objeto de perícia 
seja semelhante àquele da discussão, sem previamente comunicar ao contratante. 
 
Por Suspeição, a mesma norma coloca a ocorrência de situações que venham suscitar suspeição em 
função da sua imparcialidade ou independência e, desta forma, comprometer o resultado do seu trabalho em 
relação à decisão. 
São os seguintes casos de Suspeição: 
a) ser amigo íntimo de qualquer das partes; 
b) ser inimigo capital de qualquer das partes; 
c) ser devedor ou credor de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha reta 
ou em linha colateral até o 3º grau; 
d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges; 
e) ser empregador de alguma das partes; 
 
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f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio a cerca do objeto da discussão; 
g) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de alguma das partes; e 
h) declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, ficando isento, neste caso, de declinar os motivos. 
 
O Código de Processo Civil, em seu art. 422 dispõe: 
Art. 422. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente 
de termo de compromisso. Os assistentes técnicos são de confiança da parte, não sujeitos a impedimento ou 
suspeição. 
 
3.7 - DIREITOS E DEVERES FUNCIONAIS 
O exercício da função pericial contábil envolve deveres e direitos que devem ser observados pelo 
perito. 
O dever de cumprir a função pericial e de respeitar o prazo assinaladopelo magistrado para a 
realização do trabalho pericial é o que assinalam os artigos 146 e 433 do Código de Processo Civil: 
 
“Art. 146- O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que lhe assina a lei, empregando toda 
a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. 
Art. 433- O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos vinte dias 
antes da audiência de instrução e julgamento. 
Parágrafo único. Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo comum de dez dias 
após apresentação do laudo, independentemente da intimação.” 
 
O dever de esclarecer a matéria técnica, se requerido pelas partes, e o comparecer em audiência é o 
que determina o CPC no art. 435 e respectivo parágrafo único. 
“Art.435- A parte, que desejar esclarecimento do perito e do assistente técnico, requererá ao juiz 
que mande intimá-lo a comparecer à audiência, formulando desde logo as perguntas, sob a forma de 
quesitos. 
Parágrafo Único: o perito e o assistente técnico só estarão obrigados a prestar esclarecimentos a 
que se refere este artigo, quando intimados 5 (cinco) dias antes da audiência.” 
 
O dever de lealdade é decorrente da função social exercida pelo perito, pois, como auxiliar da justiça 
que é, espera-se que ofereça análises e opiniões técnicas no interesse exclusivo da justiça, sendo sincero e 
leal. 
 
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Cabe ao perito espelhar-se no juiz e lembrar-se de que sua missão a deste se avizinha e como o juiz 
precisa comportar-se: reto, imparcial, sereno e verdadeiro. 
Esse dever, pela nova redação dada ao art. 422, foi assim tratado: 
“O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo 
de compromisso. Os assistentes técnicos são de confiança da parte não sujeitos a impedimento ou 
suspeição.” 
 
É dever do perito nomeado pelo magistrado recusar sua nomeação pelos motivos de impedimento e 
de suspeição. 
São deveres que obrigam o perito sob pena de severas sanções. 
“Art. 147, do CPC: O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá 
pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado por dois (02) anos, a funcionar em outras perícias e 
incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.” 
 
O não-cumprimento do prazo assinalado pode ensejar a substituição do perito. O art. 424, CPC, diz: 
“O perito pode ser substituído quando: II- sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no 
prazo que lhe foi assinalado.” 
 
Há ainda outras conseqüências abordadas no parágrafo único do mesmo artigo, assim: 
“No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva, 
podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo 
decorrente do atraso no processo.” 
Pode-se entender, também, como sanção, a substituição do perito por outro, para a realização da 
segunda perícia, aspectos tratados nos arts. 437 e 438. Na verdade, uma sanção técnica por eventual imperícia 
ou omissão cometidas pelo perito. 
“Art. 437- O juiz poderá determinar, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova 
perícia quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida.” 
 
Aos deveres correspondem determinados direitos exercidos pelos peritos. 
Ao dever de aceitar o encargo, ampara-os o direito de isentar-se de uma tal obrigação, dada a 
ocorrência de razões que tornariam o encargo extremamente gravoso; ao dever de respeitar os prazos e de 
comparecer à audiência, surge-lhes o direito de pedir prorrogação, verificada a existência de motivos 
relevantes ou de força maior, respectivamente; ao dever de lealdade, isto é, de corresponder ao princípio de 
moralidade, arma-se a lei de poderes, que equivalem a legítimos direitos de investigar; ao dever de servir se 
emparelham o direito à indenização das despesas e o de perceber honorários por seus serviços. 
O poder investigativo emana do artigo 429: 
 
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“Para desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos utilizar-se de todos os 
meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder 
de parte ou repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras 
quaisquer peças.” 
 
A liberdade de procedimentos, bem como quanto aos métodos técnico-científicos, de que se utiliza o 
perito, sem ultrapassar os limites ou os contornos dos fatos objeto da perícia, é condição essencial para 
oferecer suas conclusões técnicas mantendo a independência, espantando quaisquer interferências que possam 
comprometê-la. 
O direito de requerer prazo adicional para a conclusão do trabalho pericial é garantido pelo art. 432. 
“Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz conceder-
lhe-á, por uma vez, prorrogação, segundo o seu prudente arbítrio.” 
 
O prazo de realização da prova pericial contábil é variável diretamente vinculada à complexidade 
técnica da prova requerida e do lapso de tempo em que se localizam os fatos a serem apreciados. 
Variáveis alheias à vontade do perito, como, por exemplo, a situação em que se encontram os 
arquivos das organizações periciadas, a presteza com que livros e documentos contábeis são colocados à 
disposição da perícia, a quantidade de diligências a serem realizadas são fatores que influenciam no 
cumprimento do prazo fixado pelo magistrado. 
Por fim, tem o perito o direito de ressarcimento das despesas que realizou com as diligências 
efetuadas, bem assim o de receber os honorários correspondentes ao trabalho pericial realizado. 
 
De ninguém pode ser exigida a prestação de serviços sem a contrapartida remuneratória, muito 
menos a responsabilidade de financiar a produção da prova técnica contábil e o desembolso de despesas. Seria 
exigir demais do perito. 
Quanto ao ônus pecuniário relativo aos honorários periciais, é de responsabilidade de quem requer a 
prova pericial contábil, ou do autor, segundo a regra do art. 33 do CPC. 
No que se refere ao desembolso das despesas, cabe às partes prover as mesmas correspondentes aos 
atos processuais que requerem, segundo regra contida no art. 19 do CPC. 
 
3.8 - PENALIDADES CIVIS E CRIMINAIS 
1. Multa pelo prejuízo causado na ação, se deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi 
assinalado (CPC, art. 424). É de se ressaltar que, anteriormente à Lei nº 8.455/92, que deu nova redação aos 
artigos que tratam da perícia, as multas estavam limitadas a 1 (um) salário mínimo se deixasse de firmar 
compromisso, e de no máximo 10 (dez) salários mínimos, se deixasse de apresentar o laudo. O dispositivo 
atual é muito mais aberto e potencialmente muito mais preocupante para o perito, pois a multa será arbitrada 
pelo Juiz, não estando estabelecido nenhum limite, tendo em vista o prejuízo causado e o valor da causa. 
2. Indenização, pelos prejuízos que causar à parte, se, por dolo ou culpa, prestar informações 
inverídicas (CPC, art. 174). Relevante, também, observar que esta indenização pelos prejuízos causados à 
 
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parte independe da multa citada no item anterior, já que aqui se refere ao próprio conteúdo parcial. A 
caracterização do dolo, nos termos da lei penal, dá-se quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de 
produzi-lo, e a culpa quando deu causa ao resultado por imprudência, imperícia ou negligência. 
3. Inabilitação por dois anos para funcionar emoutras perícias, pelos mesmos motivos do item 
anterior. Se o Juiz ou tribunal declarar a inabilitação do profissional, ainda que por prazo estabelecido, é 
sabido que isto equivale, na prática, à inabilitação definitiva, pois, se o perito deve primordialmente deter a 
confiança do judiciário para poder atuar como auxiliar da justiça, não há dúvida que, abalada esta confiança, 
mesmo depois de cumprido o prazo de inabilitação, aquele profissional dificilmente voltará a ser indicado ou 
nomeado para a realização de perícias judiciais, equivalendo a sanção, à verdadeira exclusão desta 
especialização. 
4. Incursão nas sanções penais que a lei penal estabelecer, pelo mesmo motivo anterior. A legislação 
processual civil citada remete, diretamente, para a apreciação do Juízo penal, os atos do perito que foram 
entendidos pelo Juízo civil como de conteúdo de dolo ou culpa na prestação de informações inverídicas. 
5. Reclusão, de um a três anos, e multa, se fizer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, em 
processo judicial ou administrativo, ou em juízo arbitral, por falsa perícia (Código penal, art. 342). A falsa 
perícia não se caracteriza somente pelo exame falso ou pela afirmação falsa, mas também pelo fato de, tendo 
acesso à verdade, deixar de trazê-la aos autos. 
 
3.9 - EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1 - O perito contador nomeado pelo juiz está impedido de exercer suas funções quando: 
a) ( ) Não concordar com a matéria em questão; 
b) ( ) Estiver em débito com o Instituto de Peritos Contadores; 
c) ( ) For parte direta ou indireta e/ou quando tiver interesse no processo; 
d) ( ) Seus honorários forem inferiores a 30% do valor da causa. 
 
2 - Assinale a alternativa correta em relação a perícia contábil, elaborada tanto judicial como extrajudicial: 
a) ( ) Podem ser exercidas, em determinadas condições, pelo técnico em contabilidade; 
b) ( ) São de competência exclusiva do técnico em contabilidade após ter obtido aprovação na prova de 
competência elaborada pelo Conselho Regional de Contabilidade; 
c) ( ) São de competência exclusiva do contador; 
d) ( ) Pode ser desempenhado tanto pelo contador, quanto pelo técnico em contabilidade, desde que estejam 
devidamente inscritos no Conselho Regional de Contabilidade. 
 
 
 
 
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3 - Marque V para as questões que julgar verdadeira e F para as questões que julgar falsa: 
( ) O perito deve permitir a interferência de terceiros ou das partes (advogados) no trabalho pericial, com vista 
a ajudar na solução do conflito, objeto da ação. 
( ) Podemos dizer que a perícia judicial é uma profissão que se executa mediante a nomeação do juiz. 
( ) Correto afirmar que o magistrado nomeia o perito e a parte indica o perito assistente técnico. 
( ) Perito contábil é o profissional de nível universitário devidamente registrado em Conselho regional de 
Contabilidade. 
( ) Estando no rol de auxiliares da justiça, CPC art. 139, entre os quais encontra-se o escrivão e o oficial de 
justiça, portanto o perito também pode ser caracterizado funcionário público, por ser uma pessoa de confiança 
do magistrado. 
( ) É licito as partes recusar o perito do juiz por suspeição, mas deverá provar os motivos da não-aceitação do 
mesmo. 
( ) É correto atribuir as mesmas prerrogativas e responsabilidades para o perito contábil nomeado pelo 
Magistrado e ao Assistente Técnico indicado pela parte, segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade. 
( ) O perito contador nomeado pelo juiz, que tem a honra de iluminar dito magistrado, responde 
ilimitadamente pelo conteúdo do seu trabalho. 
( ) Recebendo o contador a incumbência de atuar numa perícia, pode recusar a nomeação quando não estiver 
devidamente capacitado para o desempenho do encargo. 
( ) Tanto o perito contador nomeado pelo juiz, quanto o indicado pelas partes podem participar em conjunto 
no planejamento e na execução da perícia, sem causar nulidade no trabalho. 
( ) Os peritos das partes devem ser indicados nos prazo de 10 dias, contados da intimação do despacho de 
nomeação do perito. 
( ) Estando impossibilitado de executar o trabalho, o perito contador deve comunicar ao juiz, verbalmente e 
justificadamente, quando então será nomeado outro perito para substituí-lo. 
 
4 - Depois de intimado e aceito o encargo de atuar numa perícia judicial, quais as hipóteses que levariam o 
magistrado a substituí-lo? 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
 
 
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5 - Relacione as colunas quanto ao perfil ético-profissional do perito contábil: 
a) Imparcialidade 
b) Independência 
c) Observador 
d) Zelo 
e) Sigilo 
 
( ) o que o profissional conhece por força do que lhe foi exibido ou narrado não 
deve ser dado a conhecer a terceiros. 
( ) o perito deve ter senso crítico, perspicaz, observando criteriosamente todos 
os fatos e dados ao seu alcance. 
( ) deve o perito cumprir com cautela e dedicação o encargo que lhe for 
confiado, atendendo o cumprimento dos prazos e as prerrogativas profissionais 
no exercício de sua função. 
( ) é a capacidade que o perito tem de julgar e atuar com integridade e 
objetividade, sem interferência das partes, no seu posicionamento. 
( ) só um trabalho conduzido com verdade levará a uma conclusão justa. 
6 - Cite situações que diferenciam o perito contador nomeado pelo juiz com os peritos indicados pela parte. 
Perito contador nomeado pelo Juiz: 
1º - ___________________________________________________________________ 
2º - ___________________________________________________________________ 
3º - ___________________________________________________________________ 
4º - ___________________________________________________________________ 
5º - ___________________________________________________________________ 
Perito contador indicado pelas partes: 
1º - ___________________________________________________________________ 
2º - ___________________________________________________________________ 
3º - ___________________________________________________________________ 
4º - ___________________________________________________________________ 
5º - ___________________________________________________________________ 
 
7 - Cite dois motivos que levam o profissional a recusar o trabalho pericial contábil? 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
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8 - A perícia contábil, tanto a judicial como a extrajudicial: 
a) ( ) podem ser exercidas, em determinadas condições, pelo Técnico em Contabilidade. 
b) ( ) são de competência exclusiva de Contabilistas. 
c) ( ) podem ser exercidas por todos os técnicos registrados em Conselho Regional de Contabilidade. 
d) ( ) são de competência exclusiva de Contador. 
 
9 - As alternativas mostram situações em que o perito-contador deve declarar-se impedido/suspeito de 
executar o trabalho, exceto: 
a) ( ) Se estiver impedido por lei. 
b) ( ) Se ocorrer suspeição de naturezaíntima. 
c) ( ) Se a matéria em litígio não for de sua especialidade. 
d) ( ) Se estiver trabalhando em outra perícia. 
 
10 - Das alternativas abaixo, são procedimentos de perícia contábil, exceto: 
a) ( ) Juramento. 
b) ( ) Vistoria. 
c) ( ) Indagação. 
d) ( ) Mensuração. 
 
11 - De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, a hipótese em que o sigilo profissional poderá 
ser rompido é: 
a) ( ) Depois de concluído os trabalhos e entregue o Laudo Pericial. 
b) ( ) Quando em defesa de sua conduta técnica profissional autorizado por quem de direito. 
c) ( ) Quando ocorrer o desligamento do perito-contador, antes do trabalho ser concluído. 
d) ( ) Se o perito-contador, por qualquer razão for substituído pelo juiz. 
 
 
 
 
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12 - De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade o perito-contador estará impedido de executar 
perícia contábil, exceto: 
a) ( ) Se houver atuado como perito-contador assistente ou prestado depoimento como testemunha no 
processo. 
b) ( ) Se for parte do processo. 
c) ( ) Se exercer função ou cargo incompatíveis com a atividade de perito-contador. 
d) ( ) Se a matéria em litígio for de sua especialidade. 
 
13 - Prazo para apresentação da escusa do perito-contador: 
a) ( ) Dentro de cinco dias contados da intimação ou do impedimento superveniente. 
b) ( ) De acordo com a decisão do Juiz. 
c) ( ) Dentro de quinze dias contados da intimação ou do impedimento superveniente. 
d) ( ) Não existe prazo definido para apresentação da escusa. 
 
14 - O perito-contador que prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, 
ficando inabilitado a atuar em outras perícias por: 
a) ( ) Um ano. 
b) ( ) Dois anos. 
c) ( ) Três anos. 
d) ( ) Seis anos. 
 
15 - Segundo o Código de Processo Civil o Perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, 
independentemente de termo de compromisso. Os Assistentes Técnicos são de confiança: 
a) ( ) Do Juízo, sujeitos a impedimento ou suspeição. 
b) ( ) Do Juízo, não sujeitos a impedimento ou suspeição. 
c) ( ) Da parte, sujeitos a impedimento e suspeição. 
d) ( ) Da parte, não sujeitos a impedimento ou suspeição. 
 
 
 
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16 - A perícia deve ser planejada cuidadosamente, com vista ao cumprimento do prazo. Na impossibilidade 
do cumprimento deste, deve o profissional antes do vencimento: 
a) ( ) Comunicar, de qualquer forma, a necessidade de suplementação de prazo. 
b) ( ) Entregar o trabalho no ponto em que estiver, pois não se pode requerer prazo suplementar. 
c) ( ) Na entrega dos trabalhos, na data limite, requerer pessoalmente o prazo suplementar. 
d) ( ) Requerer prazo suplementar, sempre por escrito. 
 
17 - O Perito-Contador e o Perito-Contador Assistente, de acordo com as Normas Brasileiras de 
Contabilidade, podem romper o sigilo profissional: 
a) ( ) Somente em defesa da própria conduta técnica profissional, quando autorizado por quem de direito. 
b) ( ) Sempre que, por qualquer razão, forem substituídos pelo juiz. 
c) ( ) Quando ocorrer o desligamento deles, antes de o trabalho ser concluído. 
d) ( ) Depois de concluídos os trabalhos e entregue o Laudo Pericial. 
 
18 - Quando nomeado em Juízo e reconhecer não estar capacitado a desenvolver o objeto do trabalho, o Perito 
Contador deverá: 
a) ( ) Aceitar o trabalho devido a sua responsabilidade profissional. 
b) ( ) Comunicar as partes, por escrito, a razão de seu impedimento. 
c) ( ) Declarar sua impossibilidade na primeira audiência do processo. 
d) ( ) Dirigir petição ao Juízo, no prazo legal, justificando sua escusa. 
 
19 – Faça um quadro comparando os direitos x obrigações do contador perito 
DIREITO OBRIGAÇÕES / DEVER 
Ex: direto de aceitar o encargo Ex: desenvolver com cuidado e zelo 
 
 
 
 
 
 
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 20 – Descreva quais as penalidades que o perito-contador poderá sofrer se descumprir com os requisitos 
legais exigidos na realização dos trabalhos: 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
21 - Sobre a perícia contábil, assinale a alternativa correta: 
a) ( ) a atividade pericial pode ser desenvolvida por uma pessoa jurídica devidamente inscrita no conselho 
regional de contabilidade. 
b) ( ) pode ser desempenhada por uma pessoa de nível superior, desde que esteja devidamente inscrita na 
Ordem dos Advogados do Brasil. 
c) ( ) pode ser desempenhada pelo contador regularmente registrado no Conselho Regional de Contabilidade. 
d) ( ) pode ser desempenhada pelo técnico em contabilidade, desde que esteja regularmente registrado no 
Conselho Regional de Contabilidade. 
e) ( ) pode ser desempenhada pelo contador, mesmo após ter pedido baixa do seu registrado no Conselho 
Regional de Contabilidade. 
 
22 - Pode se dizer que o perito contador se assemelha com as testemunhas, pois ambos são terceiros estranhos 
em relação ao deslinde da questão, sendo que as suas informações a serem prestadas são de ordem 
eminentemente técnica. Essa afirmação está correta? Se sua resposta for não, justifique: 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________. 
 
23 - Relacione a coluna a coluna da esquerda com a direita, quanto a qualidade do trabalho do perito contábil: 
(1) Concisão 
(2) Fidelidade 
( ) caracteriza-se pela ação do perito em não desviar-se da matéria que motivou a 
questão. 
( ) consiste em oferecer respostas pertinentes e adequadas às questões formuladas 
ou finalidade propostas. 
 
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(3) Objetividade 
(4) Precisão 
(5) Clareza 
 
( ) está em usar em sua opinião de uma linguagem acessível a quem vai utilizar-se 
de seu trabalho, embora possa conservar a terminologia tecnológica e científica 
em seus relatos. 
( ) caracteriza-se por não deixar-se influenciar por terceiros, nem por informes que 
não tenham materialidade e consistência competentes. 
( ) compreende evitar o prolixo e emitir uma opinião que possa de maneira fácil 
facilitar as decisões. 
24 - Quanto aos prazos processuais nas perícias judiciais, os peritos assistentes técnicos devem ser indicados 
pelas partes no prazo de: 
a) ( ) cinco dias, contados a partir da entrega do laudo do perito contador. 
b) ( ) cinco dias, contados a partir do dia em que o perito contador judicial aceitar o encargo. 
c) ( ) cinco dias, contados a partir da intimação do despacho de nomeação do perito contador judicial. 
d) ( ) cinco dias, contados da interposição da ação proposta pela parte autora. 
 
25 - Tão logo após as partes indicarem seus peritos contadores assistentes técnicos, estes: 
a) ( ) podem entrar em contato com o

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