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1) Segundo o Código de Processo Penal, quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias. Esse período será contado a partir Alternativas A) da publicação do acórdão. B) da intimação do acórdão. C) da notificação do acórdão. D) da citação do acórdão. E) do registro do acórdão. 22. É comum que parcela da doutrina menos afeita a um processo penal garantista afirme que na decisão de pronúncia prevalece "princípio" in dúbio pro societate. De tal modo, afirmam que caso haja dúvida quanto ao fato de ter acusado praticado um crime contra a vida ou não, este deve ser remetido ao Tribunal do Júri, pois este seria juiz natural dos crimes contra a vida. Nesse sentido, um dos maiores representantes do Júri no Brasil, Mougenot Bonfim afirma que "na dúvida, cabe ao juiz pronunciar-se, encaminhando o feito ao Tribunal do Júri, órgão competente para o julgamento da causa. Nessa fase, vigora a máxima in dúbio pro societatis". Segundo o disposto no artigo 413 do Código de Processo Penal, juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar dispositivo legal em que julgar incurso acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. 3Com base nisso, pode-se afirmar que nos termos da legislação de regência, contra a decisão de pronúncia caberá Alternativas A) recurso em sentido estrito. B) embargos infringentes. C) agravo regimental. D) agravo retido. E) apelação. 43. Libério entrou com uma ação judicial contra Joaquim, alegando que Joaquim, vendedor de matéria-prima para a fábrica de Libério, não entregou três toneladas de material que Libério pagou, causando enorme prejuízo à empresa. No pedido inicial, Libério requereu a entrega da mercadoria ou do seu equivalente em dinheiro devidamente atualizado, a condenação em danos morais no valor da mercadoria não entregue, a aplicação da multa do contrato e a condenação em honorários. Após o processamento normal da ação, o juiz proferiu sentença de parcial procedência, determinando que Joaquim pague a Libério duas vezes o valor da mercadoria não entregue e o valor de 10% da condenação a título de honorários de sucumbência. Diante do caso exposto, pode-se afirmar que Libério deveráAlternativas A) apresentar apelação diretamente dirigida ao juiz que proferiu a sentença, pedindo sua retratação quanto ao não deferimento do total dos pedidos requeridos, no prazo de 10 dias. B) interpor petição simples, no prazo de 15 dias, requerendo a correção do erro material da sentença em não constar procedência completa, uma vez que abrangeu os pedidos da inicial. C) apresentar embargos de Declaração em cinco dias, sustentando a obscuridade da decisão por não identificar se o valor da condenação em dobro se refere, também, à multa ou ao dano moral. D) apresentar recurso inominado, no prazo de 15 dias, dirigido à Turma Recursal, responsável pela análise da sentença incompleta. E) apresentar memoriais apenas, uma vez que a sentença é sujeita a reexame necessário pelo Tribunal Superior competente para reavaliar o valor dos danos morais. 64. Ao se analisar o grande número de processos existentes em nosso país, não há como ter certeza de que nunca houve ou acontecerão hipóteses de erro dentro desse sistema. erro faz parte do sistema, uma vez que a própria natureza humana leva a Por mais dedicadas que possam ser em suas atribuições diárias, as pessoas podem, em algum momento, acabar falhando, sem sequer perceber no momento. Nesse sentido, a revisão criminal tem como objetivo a possibilidade de restauração desses atos que, por algum motivo, passaram despercebidos no decorrer do processo. Mais importante que descobrir o erro é a busca pela sua reparação, assim, a revisão torna-se um instrumento de suma importância. Com base no texto lido, analise a situação hipotética a seguir. 7Jorge foi condenado há 13 anos de prisão por estupro de vulnerável, cometido contra a sua filha, tendo sua sentença transitado em julgado. Após cumprir 8 anos de pena, ele consegue um depoimento da filha, agora maior de idade, que afirma que a mãe a obrigou a testemunhar falsamente contra o pai. Dessa forma, Jorge ingressa com a revisão criminal. Sobre a revisão criminal, diante da situação apresentada, avalie as afirmações a seguir. I. Jorge deve ter a revisão do processo, pois a sentença condenatória se fundar em depoimento comprovadamente falso. II. A revisão criminal solicitada por Jorge para revisão de sua pena não tem efeito suspensivo. III. Com o ingresso da revisão criminal, pode-se alterar a classificação da infração, absolver o réu (Jorge), modificar a pena ou anular o processo, sendo vedada a in pejus. É correto o que se afirma em 8Alternativas A) III. B) I, apenas. C) III, apenas. D) lell, apenas. E) II apenas.5.Quando o Estado tomou para si o dever de punir, o chamado Jus Puniendi, aboliu-se a vingança privada e se necessitou de regras que determinassem o limite e a maneira como seriam impostas as punições. Diante disso, foram criados o Código Penal e o Código de Processo Penal, em que aquele cuida do direito material e este da aplicação do direito material em um processo. Sabe-se que antes da aplicação de uma eventual pena faz-se necessário o devido processo legal, com a averiguação de provas e respeito ao contraditório, para o fim de dar ao réu/investigado um julgamento ausente, o máximo possível, de falhas. Para tanto, várias espécies de provas são utilizadas para que o Juiz se aproxime o tanto quanto possível da Verdade Real, visando um julgamento justo, com aplicação de uma eventual pena apropriada ao fato antijurídico praticado pelo agente ou para que o mesmo seja absolvido, de acordo com o livre convencimento do magistrado.Com base no texto lido, analise a situação hipotética a seguir. Pedro foi condenado e cumpriu toda a pena por crime de roubo. Contudo, após o cumprimento da pena, conseguiu comprovar que a decisão que o condenou se baseou em documento comprovadamente falso. Considerando aspectos do Direito Penal e do Direito Processual Penal, diante da situação apresentada, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A partir das informações apresentadas, pode-se afirmar que Pedro deve solicitar a revisão criminal, ação autônoma de impugnação, visando desconstituir a coisa julgada. PORQUE II. Segundo o art. 621 do CPP, a revisão dos processos findos será admitida quando a sentença condenatória se fundar em documentos comprovadamente falsos. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.Alternativas A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. C) As asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A asserção é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas. 126. o Código de Processo Penal regulamentou os recursos que consistem no direito da parte, inconformada com decisão que não foi favorável, de requerer a um órgão superior que reveja os atos praticados e as decisões prolatadas pelo juízo de instância inferior. São vários os recursos previstos na legislação processual, dentre eles, a chamada carta testemunhável. Este é um recurso residual, isto é, cabível somente quando não houver previsão de interposição de outro recurso específico, tal como ocorre em relação à decisão que denega a apelação, que se expõe a recurso em sentido estrito (art. 581, XV, do CPP). o mesmo se diz no tocante à denegação de recurso especial e extraordinário por ausência dos requisitos e formalidades legais, em relação aos quais é cabível agravo nos próprios autos. De acordo com o texto e com as normas que regem os recursos, analise o caso hipotético a seguir. Fabrício está sendo processado pelo crime de extorsão e o juiz, ao analisar o processo, decretou a prescrição e extinguiu a punibilidade do réu. Inconformado, o Ministério Público impetrou recurso em sentido estrito e o magistrado negou seguimento ao recurso, razão pela qual tem o MP o direito de ingressar com o recurso denominado de carta 13Levando em consideração as normas sobre o referido recurso e o caso apresentado, julgue os itens a seguir. I. O Ministério Público, na qualidade de recorrente, tem o prazo de 48 horas para interpor o recurso, contadas da data da intimação do despacho que indeferiu o seguimento do recurso em sentido estrito. II. A petição de recurso do Ministério Público, no caso denominado de testemunhante, deverá ser dirigida ao escrivão, devendo o MP indicar quais peças serão extraídas dos autos para formação da carta testemunhável. III. Se a sentença do juiz fosse prejudicial a Fabrício e dele fosse recurso trancado, não se permitindo seu seguimento, para a carta testemunhável ficaria obrigado a fazer o preparo, que é o pagamento das custas do recurso. É correto o que se afirma em 14Alternativas A) III. B) lell, apenas. C) III, apenas. D) II apenas. E) I, apenas. 157. A apelação é um meio de impugnação ordinário por excelência, que autoriza um órgão jurisdicional de grau superior a revisar, de forma crítica, o julgamento realizado em primeiro grau. A apelação instaura o segundo grau, permitindo uma nova fase de conhecimento do mérito, inaugurando o princípio do duplo grau de cognição do mérito, pois ao juízo da apelação podem ser devolvidas as mesmas questões feitas, em primeiro grau (efeito devolutivo do apelo), mas não podem ser feitas demandas novas. É a apelação um recurso ordinário de fundamentação livre, vertical e voluntário, que se destina a impugnar uma decisão de primeiro grau, devolvendo ao tribunal ad quem o poder de revisar integralmente julgamento (em sentido amplo, e não apenas de decisão) feito pelo juiz a quo. Considerando as informações apresentadas e os conceitos relacionados ao recurso de apelação, julgue os itens a seguir.I. Paulo foi julgado e condenado em primeira instância pelo cometimento do crime de furto. Sua pena foi de reclusão de dois anos e meio, além da multa. Ministério Público não concordou com a pena imposta e vai interpor recurso de apelação. Pode-se afirmar que essa apelação é conhecida como subsidiária. II. Júlio foi condenado, em primeira instância, a uma pena de cinco anos de reclusão por crime de peculato. Não concordando com a pena imposta, a defesa de Júlio interpôs recurso de apelação. É possível afirmar que a apelação, nesse caso, deverá ser denominada como apelação adesiva. III. Conrado foi condenado, em primeira instância, a uma pena de oito anos por crime de corrupção passiva. Não concordando com a pena imposta, tanto o Ministério Público quanto a defesa de Conrado interpuseram recurso de apelação. É correto dizer que o tipo de apelação nesse caso é a ordinária. É correto o que se afirma emAlternativas A) e III. B) lell, apenas. C) I, apenas. D) II apenas. E) III, apenas. 188. Lucas foi, em determinada data, acusado de matar Bruno, seu desafeto. Ele foi, então, submetido a julgamento do tribunal do júri. Lucas acabou mudando a versão dos fatos ocorridos várias vezes e recebeu do júri uma decisão de absolvição. o Ministério Público, inconformado, interpôs recurso de apelação. o caso foi de um flagrante de traição. Lucas, que morava no fundo da casa de seus pais, com Renata, chegou em casa mais cedo do seu trabalho e flagrou sua esposa mantendo relações sexuais com Bruno. Dominado pelo ódio, Lucas pegou uma faca e matou Bruno. Durante a investigação, Lucas confessou o crime e sua esposa Renata e mais três testemunhas confirmaram a história. Todavia, dois anos e meio depois, durante sessão do tribunal do júri, Lucas e Renata mudaram seus depoimentos e o acusado alegou legítima defesa, sendo confirmado por Renata. As três testemunhas mantiveram a versão original de seus depoimentos. A conclusão foi que os jurados aceitaram, de forma unânime, a tese de legítima defesa e absolveram Lucas, mesmo com diversas evidências de que ele era o assassino e de que não houve legítima defesa. Sobre os conceitos do recurso de apelação, considerando o texto e a situação apresentada, assinale a opção correta. 19Alternativas A) O Ministério Público não poderá o recurso de apelação, uma vez que a decisão dos jurados ocorreu por unanimidade. B) A tese de legítima defesa foi acolhida, pois é a que melhor se adequa ao fato ocorrido entre Lucas e Bruno. C) Os últimos depoimentos de Lucas e Renata devem prevalecer sobre aqueles feitos durante a fase de investigação. D) A apelação não é recurso hábil a desfazer a decisão do tribunal do júri, quando se tratar de crime doloso contra a vida. E) A decisão foi tomada pelo tribunal do júri, não cabendo, portanto, ao juízo ad quem alterar a sentença, mas apenas anular a decisão anterior.9. o único recurso previsto na Lei de Execução Penal é agravo (art. 197), que, por situar-se na execução, costuma ser tratado com este complemento. Sua origem remonta ao Projeto de Código de Processo Penal (Projeto n. 1.655/83), que, em seu art. 512, alterava a constituição do atual recurso em sentido estrito, modificando sua denominação para a de agravo. o agravo em execução não existia no ordenamento, até a edição da Lei n. 7.210/84. Ao debutar, não recebeu regulamentação, pois a Lei não dispensou mais nenhum artigo em seu favor. A Lei não tratou do processamento do recurso. Pela sua natureza, depreende-se que servirá a combater as decisões interlocutórias proferidas no processo de execução. No sistema processual penal vigente, recurso apto para tais impugnações é o recurso em sentido estrito, regrado conforme os arts. 581 a 592 do Código de Processo Penal. Com relação a essas informações, analise o caso fictício a seguir. Geraldo havia cometido crime comum na cidade de Recife. Lá foi condenado e cumpriu parte da pena e, depois, foi beneficiado com a liberdade condicional. Posteriormente, cometeu crime federal e foi sentenciado pela Justiça Federal, na cidade de São Paulo, e cumpria pena na cidade de Anápolis, em penitenciária administrada pelo estado de Há um mês, foi transferido para uma penitenciária federal de segurança máxima, que fica em Ponta Grossa, no Paraná, onde atualmente cumpre pena. Por ser de grande periculosidade, há previsão de que, em dez meses, seja transferido para a cidade do Rio de Janeiro - RJ. 21Considerando o caso fictício supracitado, é possível afirmar que, caso Geraldo tenha necessidade de apresentar agravo de execução, tal recurso deverá ser direcionado ao juiz Alternativas A) da vara da justiça federal de Anápolis, local onde Geraldo cumpria pena até ser transferido para Ponta Grossa. B) da vara da justiça estadual do Rio de Janeiro, para onde será encaminhado Geraldo, dentro do prazo de dez meses. C) da vara da justiça federal de São Paulo, comarca onde Geraldo foi sentenciado pelo cometimento do crime federal. D) da vara da justiça federal de Ponta Grossa, local onde está Geraldo, uma vez que o processo deve seguir o apenado. E) da vara da justiça estadual do Recife, onde houve o cumprimento da pena pelo primeiro crime cometido pelo condenado. 2210. A garantia ao duplo grau de jurisdição, que se traduz na possibilidade de revisão das decisões judiciais, impõe a necessidade de que se possa atacar quaisquer tipos de atos jurisdicionais com conteúdo decisório. Não poderia ser diferente com as decisões emanadas do juízo de execução penal, que tem competência para atuar com questões sensíveis à liberdade e à realização do poder punitivo do Estado frente aos direitos e às garantias individuais. Após trânsito em julgado da sentença penal condenatória, tem início a fase de execução. É nesse momento processual que a punição estatal se efetiva e tem início cumprimento da pena. Os incidentes durante a execução da pena, como a progressão ou a regressão de regime, a suspensão condicional do processo, a conversão da pena ou a aplicação de medida de segurança, são atos jurisdicionais que carregam conteúdo decisório sensível, pois implicam diretamente na vida do apenado. Em respeito às garantias constitucionais do processo, especialmente a garantia ao duplo grau de jurisdição, as decisões tomadas pelo juízo de execução também devem ser passíveis de revisão por meio de recurso. 23Diante do exposto, analise a seguinte situação. Carla cumpre pena em regime semiaberto e interpôs, ao Tribunal de Justiça, Agravo em Execução contra decisão que indeferiu a remição de sua pena em razão do estudo escolar (art. 126 da Lei de Execução Penal). pedido do agravo limitou-se à nova análise dos requisitos para a concessão da remição. Em contrarrazões, o Ministério Público emitiu parecer favorável pelo pedido da agravante, concordando com a remição. Os desembargadores responsáveis pelo julgamento estudaram todos os documentos que foram anexados no agravo e decidiram por seu parcial deferimento para conceder a remição pelos dias de estudo e para determinar que Carla regredisse ao regime fechado, porque encontraram nos autos do agravo provas do cometimento de falta grave pela agravante (praticar fato definido como crime doloso ou falta grave). Não havia, ainda, julgamento definitivo, por parte do juiz da execução da pena, sentença em relação à suposta falta grave. 2Considerando o texto base e o caso prático, assinale a alternativa correta em relação aos conceitos do recurso de agravo em execução. Alternativas A) Mesmo o Ministério Público não tendo recorrido, é possível que Carla tenha sua condição, em recurso, piorada devido ao princípio da reforma em prejuízo do réu. B) Nada impede que, mesmo que ainda não tenha havido o julgamento da falta grave de Carla, essa falta prejudique a regressão de regime. C) Carla não poderia ter interposto seu agravo em execução ao tribunal de justiça, devendo ter levado seu recurso direto ao Superior Tribunal de Justiça. D) cometimento de falta grave não é impeditivo para a concessão de progressão de regime, devendo esse evento ser apurado em separado. E) tribunal inobservou o princípio da inércia judicial ao decidir sobre matéria que não era objeto do recurso interposto por Carla. 2511. Os embargos de declaração são uma modalidade recursal, embora haja divergência acerca da sua natureza jurídica. Eles servem para esclarecer alguma obscuridade, eliminar contradição, suprimir omissão ou corrigir erro material presente em qualquer decisão judicial, desde as decisões proferidas em primeira instância até aquelas prolatadas nos tribunais. Afinal, não é admissível que uma decisão obscura, contraditória, omissa ou errada produza efeitos no processo, prejudicando qualquer das partes. Trata-se de um recurso muito importante e que possui muitas peculiaridades. Face ao exposto, considere a situação a seguir. Clara, de vinte e dois anos, residente na cidade de Formiga - MG, foi, em 12/07/2019, até o escritório de advocacia do Dr. Ulisses e relatou que seu pai biológico, Marcos, faleceu recentemente e que deixou bens, porém, ela nunca foi reconhecida como filha. Baseada nos conselhos do Dr. Ulisses, Clara resolve ajuizar uma ação de investigação de paternidade post mortem contra os herdeiros do suposto pai falecido, cumulado com pedido de ingresso no inventário de Marcos, para que tenha direito à sua parte na herança. Após a análise das provas trazidas aos autos, especialmente exame de DNA, o juiz julgou improcedente o pedido de investigação de paternidade, mas nada disse a respeito do ingresso de Clara no inventário. Considerando os conceitos relacionados aos embargos de declaração, diante da situação apresentada, assinale a alternativa correta. 26Alternativas A) Dr. Ulisses está impedido de embargos de declaração, uma vez que esse tipo de recurso não é cabível em ações de investigação de paternidade. B) Clara, por intermédio de seu advogado, não poderia ter ingressado com ação com pedidos cumulados, devendo os pedidos serem feitos de forma separada. C) A decisão do juiz pode ser considerada contraditória, sendo cabível embargo de declaração para esclarecer os pontos dúbios. D) Pelo fato de o processo de inventário já está em andamento, não cabe, por parte de Clara, pedido judicial que venha a interromper a divisão do patrimônio de Marcos. E) Como Clara não foi considerada filha de Marcos na investigação de paternidade, não havia necessidade de o juiz analisar o pedido de ingresso de Clara no inventário.12. Os embargos de declaração estão expressamente previstos no Código de Processo Civil Brasileiro e possuem a função primordial de tornar o princípio constitucional da fundamentação das decisões judiciais concreto e real. Dessa forma, pode-se afirmar que os embargos de declaração possuem um papel importante para que as decisões dentro de uma disputa judicial sejam sempre claras para todas as partes, sendo que o julgador deve, além de expor a sua decisão de maneira a se fazer entender pelas partes e interessados, analisar a demanda proposta de maneira rígida e eficaz. Tendo em vista esse contexto, observe a situação hipotética abaixo. Irineu e Matias estão numa disputa judicial pela propriedade de um terreno rural. Irineu é o atual possuidor e tutor da ação que se refere à propriedade herdada do seu tataravôv. Ao proferir a sentença, julgador analisou a questão exposta, fundamentando sua decisão na jurisprudência para fins de análise de propriedade de terras públicas e no princípio da função social da propriedade. Julgou a demanda procedente e concedeu a propriedade para Matias a partir do segundo mês seguinte. Não houve decisão quanto à eventual indenização. 28Considerando as informações apresentadas e algumas hipóteses ensejadoras de embargos de declaração contra a decisão proferida no caso de Irineu e Matias, avalie os itens a seguir. procedência da ação é hipótese que justifica a interposição de embargos para correção de erro material, uma vez que o autor da demanda (Irineu) é perdedor da ação. II. Houve contradição na fundamentação com base em terras públicas para definir causa atinente a terras particulares, o que justifica os embargos de declaração para esclarecimento. III. julgador foi omisso ao deixar de determinar o valor da indenização devida por Matias (o vencedor da disputa judicial) para Irineu (o atual proprietário), o que fundamenta a interposição de embargos declaratórios. Está correto o que se afirma em 29Alternativas A) le II, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. D) apenas. E) 3013. Muito tem sido falado sobre danos materiais e morais. Mas o que é passível de indenização e o que configura ou não esse tipo de dano? Para início de conversa, vale esclarecer que, quando há alguma situação em que uma ação ou omissão causou prejuízo a quem quer que seja, esse é caso de ser requerida indenização por dano moral e/ou material. o dano material é facilmente calculado, porque trata dos prejuízos materiais em decorrência de algum prejuízo causado a outrem, ou a uma instituição, danos que possam ocasionar, por exemplo, a perda de algum bem, a falta de algum dinheiro, horas sem trabalho etc. Com base no texto, analise a situação a seguir. advogado de João Francisco ajuizou uma ação de reparação de danos materiais por uma grande falha da empresa de serviços de telecomunicações. Depois de apreciada, a ação teve a sentença de improcedência dos pedidos. Contudo, o juiz não analisou um argumento importante da inicial, que era uma prova fundamental para mostrar o nexo de causalidade, tendo sido sua sentença omissa (obscura) em relação a isso. Assim sendo, considerando a situação apresentada, a forma correta de sanar a omissão é opor 31Alternativas A) embargos de declaração, visando sanar as omissões e interromper prazo para interposição de recursos para a turma recursal. B) recurso ordinário especial, no prazo de 20 dias, visando a que o juiz esclareça a obscuridade ou envie processo para a instância superior. C) recurso constitucional, garantindo julgamento adequado com todas as teses jurídicas sendo analisadas e respondidas. D) recurso ordinário no prazo de 10 dias, a fim de que sejam esclarecidas todas as omissões do processo, sob pena de reclamação judicial ao CNJ. E) apelação ao tribunal superior, no prazo de 5 dias, com uma reclamação sobre a omissão do juízo no julgamento do nexo de causalidade. 3214. A imagem de que dano é somente o menoscabo a um bem implica estabelecer um conceito demasiadamente e geral, quase transcendente. Dessa forma, temos que relacionar esse menosprezo com as regras de Direito para conseguir certa precisão na definição. Nessa linha de raciocínio, temos que à concepção de desprezo a um bem deve ser agregada a de que ele deve ser gerado em violação a uma norma jurídica (antijuridicidade) e de fazer nascer a responsabilização da pessoa. Diante disso, tem-se que Dano Moral repousa na responsabilidade civil, sendo a violação de direitos personalíssimos, ou seja, a lesão à norma que reconhece o direito subjetivo inerente à personalidade. Com base no texto lido, analise a situação hipotética a seguir. Silvana, artista de uma grande rede de televisão, ajuizou uma ação de indenização por danos morais contra Pedro, por causa da publicação de fotos e fofocas sobre sua pessoa. Diego, juiz do caso, julgou improcedente os pedidos de Silvana, contudo, sua decisão foi totalmente obscura, sendo omissa em diversos pontos. Devido a isso, Wallison, advogado de Silvana, pretende opor embargos de declaração, visando que sejam sanadas as obscuridade e omissões. 33Considerando aspectos dos embargos de declaração, no contexto da situação apresentada, avalie as afirmações a seguir. I. Wallison possui o prazo processual de 5 (cinco) dias úteis para oposição de embargos de declaração. II. Wallison pode interpor embargos de declaração tanto para corrigir obscuridade ou omissão quanto para corrigir erro material. III. Com a interposição dos embargos de declaração, Wallison irá interromper o prazo para interposição de outros possíveis recursos. É correto o que se afirma em15. Por meio do recurso, a parte apresenta o seu inconformismo, submetendo as questões impugnadas ao órgão ad quem, evitando a formação de coisa julgada e a preclusão da matéria, que ainda está sub judice. A expressão tantum devolutum quantum appellatum refere-se à restrição do conhecimento pelo tribunal da matéria efetivamente impugnada pelo recorrente nos limites do pedido da parte. o efeito devolutivo, segundo o qual o tribunal está impedido de conhecer de matéria que não foi submetida a pedido do recorrente, decorre do princípio dispositivo, em suma o princípio devolutivo transfere ao órgão ad quem a matéria impugnada. Outro efeito que podemos atribuir ao recurso é o obstativo, visto que a interposição do recurso por si só impede trânsito em julgado da decisão. Alguns autores falam ainda do efeito regressivo do recurso que autoriza o magistrado a rever a decisão recorrida típica do recurso de agravo. Outro efeito também encontrado em doutrina é expansivo objetivo, do qual um recurso interposto por um litisconsorte a todos aproveita, no caso de litisconsórcio unitário. 36Com base no texto lido, analise as situações hipotéticas a seguir. Situação A: Maria teve uma sentença em uma ação de indenização com grande contradição e obscuridade. Situação B: Renata acredita que a sentença de sua ação de danos morais foi proferida com um erro material. Situação C: Camila está insatisfeita com a sentença de sua ação, pois acredita que houve omissão em diversos pontos. Considerando que Miguel é o advogado de Maria, Renata e Camila, avalie as afirmações a seguir. I. Na situação A, Miguel deve interpor embargos de declaração para que sejam esclarecidas as obscuridades e eliminadas as contradições da decisão. II. Na situação B, devido ao possível erro material, Miguel pode embargos de declaração no prazo de 5 dias para corrigir o erro. III. Na situação C, Miguel pode embargos de declaração com pagamento de 50% das custas, suspendendo o prazo do processo para outros recursos. 37Alternativas A) I, apenas. B) III, apenas. C) lell, apenas. D) II apenas. E) 3816. A lei coloca à disposição das partes litigantes recursos contra decisões e sentenças proferidas pelos juízes em razão do princípio constitucional da ampla defesa e do princípio do duplo grau de jurisdição, possibilitando que as decisões sejam revistas por órgãos colegiados, evitando assim que o poder de decisão se concentre nas mãos de um único juiz, que, embora seja investido na jurisdição, também é um ser humano passível de erros. o CPC consagra como recurso o agravo de instrumento contra decisões interlocutórias, embora não sejam todas as decisões interlocutórias que ensejam o manuseio do referido recurso, e também consagra o recurso de apelação para as sentenças terminativas e os embargos de declaração contra decisões de juízes e tribunais. Levando em consideração as normas que regulamentam os embargos de declaração, avalie os casos hipotéticos a seguir.Sobre o recurso de embargos de declaração e os casos hipotéticos descritos, julgue os itens a seguir. I. prazo para a interposição dos embargos de declaração pelo autor ou pelos autores dos casos hipotéticos é de 5 (cinco) dias com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão. II. Hélio, Joaquim e Bárbara podem impetrar o recurso de embargos de declaração, que cabe em qualquer decisão obscura, contraditória ou que omitir questão que deveria ser analisada pelo juiz e para corrigir erro material. III. O manuseio do recurso de embargos de declaração pelo autor ou pelos autores descritos nos casos hipotéticos deverá ser feito por petição dirigida ao juiz que prolatou a sentença ou a decisão e se sujeita o recebimento do recurso a preparo.É correto o que se afirma em Alternativas A) I, apenas. B) III, apenas. C) II, apenas. D) III, apenas. E) 4217. o recurso é conceituado como um remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna. A definição reúne os elementos importantes para a caracterização dos recursos como tais: a sua voluntariedade (é preciso que haja manifestação da vontade para recorrer), a circunstância de o recurso desenvolver-se no mesmo processo e suas finalidades, que é de reformar, invalidar ou integrar decisões jurisdicionais. Na classificação dos recursos, leva-se em conta a extensão do inconformismo, que pode ser total ou parcial, os tipos de vícios, cuja fundamentação poderá ser livre ou vinculada, podendo ainda recurso ser principal ou adesivo, sendo este último possível somente quando outro litigante recorrer, abrindo-se então a possibilidade de aquele que também foi sucumbente em parte registrar seu inconformismo após recurso principal ser impetrado. Por outro lado, cada tipo de decisão desafia um recurso próprio, podendo ser citado recurso de apelação e o recurso de agravo de instrumento e recurso de embargos de declaração.Diante do exposto, sobre o recurso de agravo de instrumento, julgue os itens a seguir. I. Ao ter sua alegação de convenção de arbitragem rejeitada, Denis pode manusear o recurso de embargos de declaração por ser a decisão contraditória, pois contraria norma de lei que tira do juiz o poder de decidir em caso de convenção de arbitragem. II. Em alterando o juiz o ônus da prova no processo impetrado por Valter em face de Lucas, pode ser pleiteada a reforma da decisão por meio de embargos de declaração, pois contraria o CPC, que determina que o ônus da prova compete a quem alega. III. Aretusa move uma ação de execução e Arlete move uma ação de inventário e, em ambos os tipos de processo, as decisões obscuras, contraditórias, omissas ou que contenham erro material podem ser atacadas via embargos de declaração. Está correto o que se afirma emAlternativas A) e III. B) lell, apenas. C) I, apenas. D) II apenas. E) III, apenas. 4518. A dinâmica institucional tanto do STJ quanto do STF impõe o fracionamento organizacional desses tribunais em Turmas e Seções. Entretanto, tendo em vista que essas Turmas são formadas por diferentes membros dos Tribunais, eventualmente sobrevêm, dos órgãos fracionários, determinadas decisões contraditórias entre si. Por exemplo: é possível que a Terceira Turma do STJ decida sobre a matéria Y de maneira A, de modo que a Sexta Turma do STJ decida sobre a mesma matéria Y de maneira B, contrariando a decisão tomada pela Terceira Turma. Dessa forma, a quebra da unidade compromete irremediavelmente a autoridade das Cortes, o que é ainda mais grave quando têm por missão uniformizar a aplicação da Constituição e do direito federal. Assim, a fim de sanar essa possibilidade de decisões conflitantes, o Direito Processual Penal traz o recurso de embargos de divergência. Nesse contexto, julgue os itens a seguir a respeito das características dos embargos de divergência em consonância com o exemplo das decisões da Terceira e Sexta Turma sobre a matéria X, dado no texto exposto. 46I. Caberão embargos de divergência na decisão tomada pelas Terceira e Sexta Turmas quando as decisões em questão tiverem sido finalizadas por maioria, descartando a decisão proferida de maneira unânime por quaisquer das turmas. II. A decisão dos embargos de divergência referente às decisões da Terceira e Sexta Turmas deverá ser pautada dentre uma das duas decisões, sendo vedada a hipótese de uma terceira decisão inovadora. III. A existência de interposição de embargos de divergência obsta o trânsito em julgado da decisão tanto do processo referente à Terceira Turma como do processo da Sexta. Está correto o que se afirma em 47Alternativas A) B) II apenas. C) III, apenas. D) lell, apenas. E) 4819. A Lei de Execução Penal é considerada por muitos doutrinadores como dogmática e distanciada da realidade. Foi concebida com os olhos voltados para o futuro. Trata-se, pois, de um trabalho doutrinário a longo prazo, onde se pretende levantar as questões por ela previstas, e viabilizar os meios para aplicá-las. Não existem dúvidas de que o legislador procurou inovar, incorporando ao rol das penas em espécie as restritivas de direitos, admitindo a prestação de serviços à comunidade, a limitação de fim de semana e a interdição temporária de direitos, que, realmente, constituem a maior novidade como penas alternativas à prisão, podendo substituí-las com vantagens, desde que devidamente aplicadas e fiscalizadas. Com base no texto, analise a situação a seguir. Andrei foi condenado e, atualmente, cumpre pena em regime semiaberto no estado de São Paulo. Em setembro de 2022, em razão do estudo, requereu a remição de sua pena. Contudo, seu pedido foi indeferido. Diante disso, ele interpôs agravo em execução contra a decisão que indeferiu a remição de sua pena em razão do estudo. o pedido do agravo de Andrei foi somente para que fosse realizada uma nova análise dos requisitos para a concessão da remição. o Ministério Público, nas contrarrazões, concordou com a remição. Analisando a situação, os desembargadores verificaram que Andrei havia cometido falta grave e determinaram que Andrei voltasse para o regime fechado, sendo concedida a remição pelos dias de estudo. Considerando o caso apresentado, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 49I. O Tribunal se equivocou ao determinar que Andrei voltasse para o regime fechado (regressão do regime) devido à análise da falta grave. PORQUE II. A análise da falta grave não foi objeto do agravo e, dessa forma, foram ultrapassados os limites do pedido, prejudicando Andrei (reformation in pejus) no recurso exclusivo da defesa. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A) As asserções e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B) As asserções e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A asserção I é uma proposição falsa, e a é uma proposição verdadeira. E) As asserções e II são proposições falsas. 5020. A execução das penas não poderia ficar submetida aos desejos dos diretores das penitenciárias. Por isso, o conjunto de normas executórias só é exequível mediante um processo penal de execução penal, o qual já se pretendeu tornar-se um código. A Lei n. 7.210, de 11 de julho de 1984 (LEP), encerrou um longo esforço doutrinário e legislativo, a fim de se implantar um sistema de execução penal no Brasil. Antes dela, vários projetos foram elaborados. Considerando o texto lido, analise a seguinte situação. Pedro e Hayla, condenados, cumprem sua pena em regime fechado. Hoje, Pedro soube que seu pedido de progressão do regime foi indeferido, e Hayla também soube que seu pedido de livramento condicional foi indeferido. Não contentes com o indeferimento, ambos pretendem recorrer. Sabendo que Pedro é assistido pela Defensoria Pública e Hayla por Miguel, advogado particular, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 51No caso de Pedro, o prazo para interpor agravo em execução é de 10 dias, e no caso de Hayla, o prazo é de 5 dias. PORQUE II. Quando a defesa for patrocinada pela Defensoria Pública, como no caso de Hayla, os prazos serão computados em dobro. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas.1 -A 311128 11 -E 291835 2-A 17410 12 -B 308926 3-C 22192 13 -A 311062 497764 311133 26040 355443 6 -B 425185 16 -C 425183 7 -E 28213 17 -E 22192 143367 694 226727 19 -A 10049 311130 20 -A 7134