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ATOS ILICITOS 2 ATOS ILICITOS. 3 ATOS LICITOS. • Ato justo ou permitido. Ato que é conforme à lei, aos princípios do direito • Toda ação humana lícita, positiva, negativa, apta a criar, modificar ou extinguir direitos e obrigações. ATOS ILICITOS. 4 ATOS ILICITOS. ATOS ILICITOS Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito Ato praticado em desacordo com a ordem jurídica que causa dano a outrem e tem o dever de reparar 5 ATOS ILICITOS. OBSERVAÇÃO A violação de um direito pode configurar uma ofensa a sociedade pela infração de preceito indispensável à sua existência, ou corresponder a um simples dano individual. 6 ATOS ILICITOS. ILÍCITO PENAL x ILÍCITO CÍVEL Possuem o mesmo fundamento ético - infração de um dever preexistente e a imputação do resultado à consciência do agente ILICITO PENAL ILICITO CÍVEL Ofensa a sociedade; Ofensa ao interesse privado 7 ATOS ILICITOS. ELEMENTOS CONFIGURAÇÃO DO ATO ILÍCITO Fato Lesivo Voluntário Ocorrência de um dano Nexo de Causalidade 8 ATOS ILICITOS. Fato lesivo Voluntário a)Ação o omissão voluntária; b)Ação negligente; c)Ação imprudente. Estas ações deverão violar o direito subjetivo individual. 9 ATOS ILÍCITOS. FATO LESIVO VOLUNTÁRIO Ação Ou Omissão a)Dolosa – conhecimento da ilicitude , agiu intencionalmente. b)Culposa- consciente dos prejuízos que advém do seu ato, assume o riso de provocar o evento danoso 10 ATOS ILÍCITOS. A CULPA PODE SER CLASSIFICADA a) Em função da natureza do dever violado; b) Quanto a sua graduação; c) Em relação aos modos de sua apreciação; d) Quanto ao conteúdo da conduta culposa; 11 ATOS ILÍCITOS. Natureza do dever violado Culpa contratual: inobservância do dever contratual- oriunda da inexecução contratual. Responsabilidade Contratual Culpa extra-contratual ou aquiliana: Responsabilidade Aquiliana ou Extra - Contratual (resultado da violação de um dever geral de abstenção). 12 ATOS ILÍCITOS. A CULPA EXTRACONTRATUAL negligência imprudência imperícia 13 ATOS ILÍCITOS. IMPRUDENCIA Age de forma imprudente aquele que sabedor do grau de risco envolvido, mesmo assim acredita que seja possível a realização do ato sem prejuízo para qualquer um; excede os limites do bom senso e da justeza dos seus próprios atos. Ex. Ultrapassar veículos em local proibido, desenvolver velocidade incompatível com o local, passar sinal vermelho. Conduta positiva , consistente em uma ação que o agente deveria abster-se. É a precipitação, o desprezo das cautelas que devemos tomar em nossos atos. 14 ATOS ILÍCITOS. NEGLIGÊNCIA . É a omissão, é a falta de diligência na prática de um ato jurídico, é toda falta de cuidados normais, que se esperam das pessoa. Desatenção falta de cuidado ao exercer certo ato Ex.: A Prefeitura está realizando uma obra no Parque Municipal e deixa a céu aberto um buraco, de profundidade significante. Suponhamos que alguém (criança) venha a cair dentro deste buraco e sofrer ferimentos. Inevitavelmente a Prefeitura terá o dever de indenizar os danos experimentados pela vítima em razão da sua negligência de não tomar as precauções necessárias a evitar o acidente 15 ATOS ILÍCITOS. IMPERICIA Ex. Dirigir sem habilitação, advogar sem ser advogado, o auxiliar de enfermagem que atua como médico, o dono do pet shop que atua como veterinário mesmo não sendo, Um médico sem habilitação em cirurgia plástica que realize uma operação e cause deformidade. Inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. 16 ATOS ILÍCITOS. QUANTO A SUA GRADUAÇÃO Grave– quando dolosamente, houver negligência extrema do agente, não prevendo aquilo que é previsível, comum aos homens. Leve- quando a lesão seria evitável com atenção ordinária. Levíssima- quando a lesão seria evitável com atenção extraordinária, ou especial habilidade e conhecimento singular. 17 ATOS ILÍCITOS. MODO DE APRECIAÇÃO In concreto – se atém ao exame da imprudência ou negligencia do agente. In abstrato – faz a análise comparativa do agente com a de um homem normal 18 ATOS ILÍCITOS. CONTEÚDO DA CONDUTA CULPOSA In commitendo – O agente pratica um ato positivo (imprudência); In ommitendo – O agente comete uma abstenção - ato negativo – (negligência) 19 ATOS ILÍCITOS. CONTEÚDO DA CONDUTA CULPOSA In eligendo – deriva da má escolha do representante ou do preposto. In vigilando – ausência de fiscalização sobre a pessoa que se encontra sob a responsabilidade do agente. Ex. empregador X empregado; In custodiendo – falta de atenção ou cautela em torno da pessoa, do animal ou do objeto sob a guarda do agente. 20 ATOS ILÍCITOS. OCORRÊNCIA DE UM DANO Para que haja pagamento da indenização, deverá existir o dano, ou seja, o comprovado prejuízo da vítima, que enseje, dessa maneira, a reparação. Salienta-se que a responsabilidade civil, e a consequente indenização, decorre da noção de compensação, ou seja de reconfortar a vítima diante do prejuízo por ela amargado. 21 ATOS ILÍCITOS. O DANO PODE SER moral Patrimonial 22 ATOS ILÍCITOS. DANO PATRIMONIAL Os danos patrimoniais atingem bens jurídicos que podem ser auferidos pecuniariamente, ou seja, relacionados a uma quantia em dinheiro. O Dano patrimonial compreende o dano emergente e o lucro cessante, ou seja, a efetiva diminuição do patrimônio da vitima e o que ele deixou de ganhar. 23 ATOS ILÍCITOS. DANO MORAL Os danos morais ofendem direitos que não estão na esfera patrimonial, que dizem respeito aos direitos personalíssimos, relacionados com o direito à integridade física, psíquica e moral Obs. A responsabilidade do agente a reparar o dano, é medida pela extensão do mesmo, ou seja, será proporcional ao prejuízo causado. 24 ATOS ILÍCITOS. NEXO DE CAUSALIDADE CONDUTA DANO O nexo relaciona-se com o vínculo de causalidade entre a conduta ilícita e o dano, ou seja, o dano deve decorrer diretamente da conduta ilícita praticada pelo indivíduo, sendo, pois, consequência única e exclusiva dessa conduta. 25 ATOS ILÍCITOS. CONSEQUÊNCIA DO ATO ILÍCITO É de ordem pública o princípio que obriga o autor do ato ilícito a se responsabilizar pelos prejuízos que causou. Ato ilícito x sanção pecuniária 26 ATOS ILÍCITOS.Por que somos responsáveis pelos danos que causamos? Por que temos que repará-los? TEORIAS a) Responsabilidade Subjetiva. Culpa b) Responsabilidade Objetiva. Dano 27 ATOS ILÍCITOS. TEORIA SUBJETIVA Regra – ARTIGO 186/927 do Código Civil. Elemento Subjetivo - Culpabilidade, para fundamentar o dever de reparar. Somente é responsável pela reparação do dano aquele cuja conduta se provasse culpável. Não havendo culpa ou dolo, não há falar em indenização. Na ação reparatória, devem restar provados pela vítima a autoria, a culpabilidade, o dano e o nexo causal. 28 ATOS ILÍCITOS. TEORIA OBJETIVA Tem como fundamento o elemento Objetivo- Dano Para a responsabilização basta a comprovação do dano. Explica-se esta teoria pelo alto risco de determinadas atividades e pela impossibilidade prática de se provar a culpabilidade, em certas circunstâncias. É aplicada, excepcionalmente, em virtude de disposição expressa de lei. 29 ATOS ILÍCITOS. ATOS LESIVOS AO DIREITO QUE NÃO SÃO ILÍCITOS. Algumas situações, dada a sua singularidade, não constituem atos ilícitos, mesmo causando lesões aos direitos de terceiros. Verifica-se a presença da tríade que sustenta e constitui o ato ilícito, isto é, o dano, a relação de causalidade entre o agente e o prejuízo causado a direito alheio, contudo não constituíra ato ilícito. 30 ATOS ILÍCITOS. ARTIGO 188 CC/02, DISPÕE QUE NÃO CONSTITUEM ATOS ILÍCITOS OS ATOS PRATICADOS EM: Legítima defesa Estado de Necessidade Exercício Regular de um direito 31 ATOS ILÍCITOS. LEGITIMA DEFESA É considerada, como excludente de responsabilidade; assim, se com o uso moderado de meios necessários alguém repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, legítimo será o prejuízo infligido ao agressor pelo agredido, não acarretando qualquer reparação por perdas e danos. 32 ATOS ILÍCITOS. EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO O direito de alguém exercido não é passível de causar lesão ou ameaça de lesão a um direito de outrem, configurando tão só ato ilícito caso seja praticado de forma abusiva ou ainda irregular. 33 ATOS ILÍCITOS. EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO "Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 34 ATOS ILÍCITOS. ESTADO DE NECESSIDADE Art. 188. Não constituem atos ilícitos: II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo. 35 ATOS ILÍCITOS. ESTADO DE NECESSIDADE Ex. Um motorista que joga o carro contra um muro, derrubando-o, para não atropelar uma criança que, inesperadamente,surgiu-lhe a frente. 36 ATOS ILÍCITOS. ESTADO DE NECESSIDADE Embora a lei declare que o ato praticado em estado de necessidade não é ato ilício, nem por isso libera quem o pratica de reparar o prejuízo que causou. 37 ATOS ILÍCITOS. ESTADO DE NECESSIDADE Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram. 38 ATOS ILÍCITOS. ESTADO DE NECESSIDADE Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. 39 ATOS ILÍCITOS. INEXISTÊNCIA DIFERENÇA ONTOLÓGICA ENTRE ILÍCITO CIVIL E PENAL A diferença não esta na constituição de um ou outro, mas sim no grau mais ou menos severo da resposta do ordenamento jurídico violado A natureza é a mesma decorrem de um fato juridicamente qualificado como ilícito ou, em outras palavras, como não desejado pelo direito, pois praticado em ofensa á ordem juridica. 40 ATOS ILÍCITOS. A responsabilidade civil: Tem a obrigação de reparar o dano patrimonial e/ou moral; A responsabilidade penal: Privação da liberdade (prisão), restritiva de direitos (perda da carta de habilitação), ou mesma pecuniária(multa). 41 ATOS ILÍCITOS. IMPORTANTE Um sujeito, guiando seu veículo imprudentemente, ultrapassa o sinal vermelho e atropela um pedestre, causando-lhe grave lesão fisica. Este comportamento humano, com acentuado carga de ilicitude, violou normas de três ordens; civil, penal e administrativo. 42 ATOS ILÍCITOS. ILICITO PENAL X ILICITO CÍVIL Para cada uma o ordenamento jurídico considerando a natureza do interesse atingido previu a responsabilidade, vejamos: a. Organização do tráfego, previu multa administrativa; b. Pagamento de indenização a vítima c. Privação da liberdade..
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