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p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 1 Direito Constitucional II INTERVENÇÃO A intervenção nada mais é que uma medida excepcional de supressão temporária da autonomia de determinado ente federativo, fundada em hipóteses taxativamente previstas no texto constitucional, visando assegurar a unidade e preservação da soberania do Estado Federal e das autonomias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Note-se que a regra é autonomia, ou seja, a não intervenção (princípio da não intervenção (CF, caput do art. 34 e caput do art. 35), tratando-se a intervenção de uma medida extraordinária. Caput do art. 34 - A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: Caput do art. 35 - O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: Intervenção federal e intervenção estadual A união somente poderá intervir nos estados-membros e no distrito Federal (intervenção federal – CF, caput do art. 34); os estados intervirão, unicamente, naqueles municípios situados em seu território (intervenção estadual – CF, caput do art. 35). A união, todavia, poderá intervir diretamente nos municípios existentes em território federal (caso sejam criados, pois sabe-se que, atualmente, não há territórios federais no Brasil), nos termos do caput do art. 35 da Constituição Federal. Requisitos da intervenção em geral: 1 Incidência de uma das hipóteses taxativamente descritas na Constituição Federal (CF, art. 34 – intervenção federal); (CF, art. 35 – intervenção estadual); Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 2 II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 2 A intervenção dar-se-á do ente político mais amplo, no ente político imediatamente menos amplo, ou seja, a união intervirá nos estados-membros e no distrito federal, e os estados intervirão nos municípios localizados em seus territórios. 3 A decretação da intervenção é ato político de competência exclusiva (privativa) do chefe do executivo federal (Presidente da República), inciso X do art. 84 da Constituição da república quando de intervenção federal e do governador de estado no que tange a intervenção estadual. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: X - decretar e executar a intervenção federal. p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 3 Intervenção federal A Intervenção Federal ocorrerá nos casos taxativamente descritos no art. 34 da Constituição Federal. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) Visando: 1 a defesa da unidade nacional ou defesa do Estado (País), incisos I e II; 2 a defesa do princípio federativo, incisos II, III e IV; 3 a defesa das finanças públicas, inciso V; 4 a defesa da ordem constitucional, incisos VI e VII. O conceito de dívida fundada, cuja previsão se encontra no inciso V do art. 34 da Constituição Federal é jurídico-legal, nos moldes do art. 98 da Lei nº 4320/67, que assim prevê: A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou financiamentos de obras e serviços públicos. p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 4 Procedimento da Intervenção O procedimento interventivo, previsto no art. 36 da Constituição Federal compreende quatro fases, ainda que nenhuma das hipóteses atinentes à intervenção dê ensejo a mais de três fases. Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. § 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocaçãoextraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. § 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. § 4º - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. As fases da intervenção são iniciativa; fase judicial (presente somente nas hipóteses dos incisos VI e VII do art. 34 da Constituição Federal); o decreto interventivo e o controle político (não ocorrerá nos casos dos incisos VI e VII do art. 34 da Constituição da República). Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 5 1 Iniciativa Nos casos dos incisos I, II, III e V do art. 34 da Constituição Federal, caberá ao Presidente da República dar início ao processo interventivo (discricionária); Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; No caso do inciso IV do art. 34, a iniciativa dar-se-á nos moldes do inciso I do art. 36, todos da Carta Magna. Ou seja, se o impedimento ou coação no que tange o exercício de suas atribuições for relativo aos poderes legislativo ou executivo, a iniciativa dependerá de solicitação do respectivo poder conforme o caso. Todavia, se a coação se der contra o poder judiciário, a iniciativa do procedimento interventivo dependerá de requisição do Supremo Tribunal Federal. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; No caso da segunda parte do inciso VI do art. 34, do referido no inciso II do art. 36, ambos da Constituição brasileira. Em outras palavras, em havendo desobediência a ordem ou decisão judiciária, a iniciativa do procedimento interventivo dependerá de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral, conforme a matéria. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 6 Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; No caso da primeira parte do inciso VI, e do inciso VII do art. 34, a iniciativa ocorrerá nos moldes do inciso III do art. 36. Logo, em havendo recusa à execução de lei federal ou inobservância do que prescreve o inciso VII do art. 34, todos da Constituição da República, o procedimento interventivo dependerá de representação do procurador geral da república. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 2 Fase Judicial Essa fase será cabível, unicamente, nos casos da primeira parte do inciso VI, e inciso VII do art. 34, nos moldes do art. 36, III, e § 3º, todos da Constituição Federal de 1988. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 7 Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. Deste modo, a representação do Procurador Geral da República de ação de executoriedade de lei federal ou de ação direta de inconstitucionalidade interventiva, levará a questão ao Supremo Tribunal Federal, que dando provimento, encaminhará a decisão ao Presidente da República, o qual deverá decretar a intervenção, por estar vinculado à decisão daquele tribunal. Note-se, nesse caso, o Presidente da República não tem escolha no sentido de decretar ou não a intervenção, devendo formalizar a tomada de decisão de um órgão judiciário. 3 Decreto interventivo Sob a égide do inciso X art. 84 da Constituição da República, a intervenção federal será formalizada por meio de decreto presidencial. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: X - decretar e executar a intervenção federal; Nas hipóteses dos incisos I, II, III e V doart. 34 da Carta Magna, o Presidente da República ouvirá a opinião (a respeito da intervenção) dos Conselhos da República (CF, art. 90, I) e da Defesa Nacional (CF, II, § 1º do art. 91), os quais são órgãos de consulta do Presidente da República. Após, poderá o Chefe de Estado, discricionariamente (de acordo com sua conveniência e oportunidade), decretar a intervenção no estado-membro. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 8 III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos: § 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional: II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal; O decreto de intervenção efetivar-se-á na forma do § 1º do art. 36 da Constituição Federal. Ou seja, especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e, se couber, nomeará o interventor. Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: § 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. 4 Controle político O ato de intervenção sofrerá controle político do congresso nacional na forma do inciso IV do art. 49 da Constituição da República, o qual poderá aprová-lo ou rejeitá-lo (CF, segunda parte do § 1º do art. 36). Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: § 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. Caso o Congresso Nacional não aprove a decretação de intervenção federal, o p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 9 Presidente da República deverá cessá-la de forma imediata, sob pena de incorrer na prática de crime de responsabilidade, nos moldes do inciso II do art. 85 da Constituição republicana. Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; Ademais, o controle político incidirá, unicamente, nas hipóteses dos incisos, I, II, III e V do art. 34, sendo incabível nos casos dos incisos VI e VII, nos termos do § 3º do art. 36, todos da Constituição Federal. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: § 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. Intervenção estadual A intervenção estadual dar-se-á do estado-membro em município localizado em seu território, naqueles casos taxativos previstos no art. 35 da Constituição Federal. Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 10 I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Frise-se que a regra é autonomia municipal, tratando-se a intervenção estadual de uma medida excepcional. Somente o governador de estado poderá decretar a intervenção estadual, devendo submeter o ato à apreciação da respectiva assembleia legislativa (CF, § 1º do art. 36), salvo no caso do inciso IV do art. 35, no qual o Chefe de Governo estadual decretará a intervenção após ação julgada procedente pelo Tribunal de Justiça, caso em que se dispensará a apreciação legislativa ora mencionada (CF, § 3º do art. 36). Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: § 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. § 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. O PODER LEGISLATIVO BRASILEIRO Composição, representação e mandatoO poder legislativo brasileiro é composto pelo legislativo federal, legislativo estadual (dos estados-membros) (CF, art. 27), legislativo distrital (do distrito federal) (CF, art. 32), legislativo municipal (dos municípios) (CF, art. 29) e legislativo dos territórios federais (CF, p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 11 § 3º do art. 33) se forem criados um dia. Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. O legislativo federal é exercido pelo Congresso Nacional (CF, caput do art. 44) que em virtude do bicameralismo federativo (adoção do sistema bicameral), é composto pela câmara dos deputados, dotada de deputados federais, representantes do povo dos estados e do distrito federal (CF, art. 45), e pelo senado federal, compreendido de senadores federais, representantes dos estados e do distrito federal (CF, art. 46). Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. O legislativo estadual é unicameral (adoção do unicameralismo), exercido pela câmara legislativa estadual (assembleia legislativa), composta de deputados estaduais, representantes do povo do respectivo estado (CF, art. 27). Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 12 O legislativo distrital também é unicameral (adoção do unicameralismo), sendo exercido pela câmara legislativa distrital (câmara distrital), composta de deputados distritais, representantes do povo do distrito federal (CF, § 3º do art. 32). Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. O legislativo municipal é unicameral (adoção do unicameralismo), cujo exercício atribui-se à câmara legislativa municipal (câmara dos vereadores), detentora de vereadores, representantes do povo do respectivo município (CF, art. 29). Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos. Sabe-se que atualmente não existem territórios federais, mas se criados um dia, terão poder legislativo, que será exercido pelas câmaras territoriais. Contudo, não se sabe maiores detalhes a respeito, pois conforme o § 3º do artigo 33 da Constituição Federal, a lei disporá sobre as eleições para a câmara territorial e sua competência deliberativa. Essa lei ainda não foi criada, pois não há territórios. Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. Forma de escolha Legislativo federal Os componentes da câmara dos deputados (deputados federais) são escolhidos pelo sistema proporcional à população de cada estado e do distrito federal, de modo que nenhuma p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 13 das unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados (CF, § 1º do art. 45). O número total de deputados é 513, em conformidade com a Lei Complementar 78 de 93. Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. § 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. Lei complementar 78/93: Art. 1º Proporcional à população dos Estados e do Distrito Federal, o número de deputados federais não ultrapassará quinhentos e treze representantes, fornecida, pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no ano anterior às eleições, a atualização estatística demográfica das unidades da Federação. Observe-se que os deputados federais são escolhidos proporcionalmente ao número populacional de cada unidade da federação (estados-membros e distrito federal) e não pelo número de eleitores destes entes. Já os representantes do senado federal (senadores federais) são eleitos segundo o princípio majoritário (CF, art. 46), detendo cada estado e o distrito federal 3 senadores, eleitos com 2 suplentes cada (CF, §§ 1º e 3º do art. 46). Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. § 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. § 3º - Cada Senador será eleito com dois suplentes. No princípio majoritário é eleito o candidato que obtém o maior número de votos. No Brasil, além dos senadores federais, o Presidente da República, os Governadores de Estado e os Prefeitos, também são eleitos pelo princípio majoritário, conforme fomenta Alexandre de Moraes: Sistema majoritário é aquele em que será considerado vencedor o candidato que obtiver o maior número de votos (maioria simples), tendo o texto constitucional optado pelo sistema majoritário puro ou simples (um únicoturno) para eleição de Senadores da República 1 . 1 MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25. ed. São Paulo: Atlas, 2010, p. 422. p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 14 Legislativo estadual Os representantes do legislativo estadual são escolhidos pelo sistema proporcional, correspondendo ao triplo da representação do estado na câmara dos deputados e, atingindo o número de trinta e seis, será acrescido tantos quantos forem dos deputados federais acima de doze (CF, caput do art. 27). Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. Sobre o dispositivo, Pedro Lenza afirma que: Assim, até o número de 12 Deputados Federais, o número de Deputados estaduais será obtido pela multiplicação por 3 (o triplo). Acima de 12, segue a seguinte fórmula: y = (x – 12) + 36 em que y corresponde ao número de Deputados Estaduais e x ao número de Deputados Federais. A fórmula, para facilitar, pode ser assim resumida: y = x + 24, em que y corresponde ao número de Deputados Estaduais e x ao número de Deputados Federais (quando forem acima de 12) 2 . Legislativo distrital Nos termos do § 3º do art. 32 da Constituição Federal, aos deputados distritais e à câmara legislativa do distrito federal, aplica-se o disposto no art. 27 da Constituição Federal. Assim, tudo o que dissemos sobre a escolha dos representantes do legislativo estadual, será aplicado no presente caso. Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. 2 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 488. p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 15 Legislativo municipal Os representantes às câmaras legislativas dos municípios são escolhidos pelo sistema proporcional à população dos municípios, sob a égide do inciso IV do art. 29 da Constituição Federal. Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 16 e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda ConstituiçãoConstitucional nº 58, de 2009) u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) Legislativo de território federal Se criados um dia, cada território federal terá uma representação fixa de 4 deputados federais na câmara dos deputados (CF, art. 45). Quanto ao número de representantes à casa legislativa territorial, há de ser criada a lei referida no § 3º do art. 33 da Constituição Federal. Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. § 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados. Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. Mandato Legislativo federal O mandato dos deputados federais será de 4 anos, sendo equivalente a uma legislatura (CF, parágrafo único do art. 44). Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 17 do Senado Federal. Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. Não se pode confundir legislatura com mandato. Por legislatura entende-se o período em que o congresso nacional funciona, bem como o período por meio do qual um corpo legislativo encontra-se instalado. Mandato é o período por meio do qual alguém exerce dada função, que no legislativo, trata-se da função parlamentar. Já os senadores federais terão 8 anos de mandato (CF, § 1º do art. 46), sendo a representação de cada Estado e do Distrito Federal renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços (CF, § 2º do art. 46). Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. § 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. § 2º - A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. Legislativo estadual O mandato dos deputados estaduais será de quatro anos (CF, § 1º do art. 27). Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre si stema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. Legislativo do distrito federal O mandato dos deputados federais será de quatro anos, nos termos do § 3º do art. 32, que nos remete ao art. 27, ambos da Constituição Federal. Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. p r o f h u g o g d u a r t e @ h o t m a i l . c o m 18 Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. Legislativo municipal O mandato dos vereadores é de 4 anos, nos moldes do inciso I do art. 29 da Constituição brasileira. Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País. Legislativo dos territórios federais Se criados um dia, cada território federal terá uma representação fixa de 4 deputados federais na câmara dos deputados (CF, § 2º do art. 45), com mandato equivalente a quatro anos, uma legislatura (CF, parágrafo único do art. 44). Quanto ao período de mandato dos representantes à casa legislativa territorial, há que ser criada a lei referida no § 3º do art. 33 da Constituição Federal. Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. § 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados. Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
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