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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU 
ELIENAY ALVES DA SILVA 
ADM/CC 
CARUARU,01 DE DEZEMBRO 2015 
 
 
Resumo 
 
 Este artigo mostra um resumo dos conceitos que compõe as três teorias mais 
tratadas no campo da Sociologia, defendidas por Max Weber, Karl Marx e Emile 
Durkheim considerados pensadores clássicos da área em questão. Cada um com sua 
considerável importância, na tentativa de entender e mudar a sociedade Capitalista, 
apresentam teorias que se permeiam e em certos pontos se contrariam, onde a diferença 
básica, e que Marx Diferentemente de Durkheim e Weber, considerava que não se pode 
pensar a relação indivíduo-sociedade separadamente das condições materiais em que 
estas relações se apoiam. Já Weber tem como Objeto de estudo da Sociologia a 
sociedade não sendo algo exterior e superior aos indivíduos, como pensava Durkheim. 
A sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais 
reciprocamente referidas. E Durkheim com sua ordem social, onde a raiz dos problemas 
sociais está na fragilidade moral da sociedade. 
 Com ideal maior em comum, como o fim da sociedade capitalista, passemos 
agora a conhecer melhor esses pensadores contemporâneos, suas divergências e 
aproximações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este artigo apresenta um resumo contendo as aproximações e divergências entre 
as teorias clássicas sobre o objeto de estudo das Ciências Sociais, construído a partir das 
concepções de Max Weber, Emile Durkheim e Karl Marx. Estes que são chamados 
teóricos clássicos das Ciências Sociais, porque discutiram e analisaram com 
profundidade estas questões; e, devido às suas contribuições, servem até hoje de 
inspiração para os sociólogos contemporâneos e outros cientistas sociais. 
 As Ciências Sociais, apresentam diferentes abordagens, métodos, 
instrumentos, conceitos para estudar a mesma realidade social (sociedade capitalista); 
possui discordâncias entre os mesmos quanto à objetividade científica aplicada no 
conhecimento da vida social; quanto à natureza da sociedade (sua origem e 
problemas);os fenômenos sociais (observáveis ou não) que devem ser estudados; nesta 
perspectiva existem três respostas clássicas, ou abordagens clássicas para estas questões, 
que serão descritas a seguir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
KARL HEINRICH MARX 
Nascido em 1818 – Trier – Prússia, de família burguesa de origem judaica, falecido em 
Londres em 14 de março de 1883. 
 
Juventude Hegeliana  grupo de jovens intelectuais e estudantes dedicados à 
discussão e debate da obra de GEORG WILHELM FRIEDRICH HEGEL. 
Marx sofreu algumas influencias como: a filosofia de Hegel, o seu contato com 
o pensamento socialista francês e inglês do século XIX. Destacava o 
pioneirismo desses críticos da sociedade burguesa. 
Primeira grande obra  A IDEOLOGIA ALEMÃ: crítica aos jovens 
hegelianos que fragmentam o pensamento de Hegel, tomando uma parte do 
sistema pelo todo, e acreditando estar assim criticando o real. Com o objetivo de 
entender o capitalismo, Marx produziu obras de filosofia, economia e sociologia, 
tencionando propor uma ampla transformação política, econômica e social. A 
principal obra de Marx, O Capital, não é sociológica, mas econômica. Todavia, 
é preciso elucidar alguns termos de sua fundamentação econômica, por 
constituírem peças básicas de interpretação. Na verdade, se produziu uma visão 
principalmente econômica da sociedade, precisamente porque acreditou que a 
compreensão dos processos históricos não pode ser feita sem referencia às 
maneiras como os homens produzem sua sobrevivência material. 
Para Marx, não basta interpretar o mundo, é preciso transformá-lo através da 
práxis. Práxis é um conceito central no pensamento de Marx. A Práxis não se confunde 
com a prática. A Práxis é a união da interpretação da realidade (teoria – conhecimento 
científico) à prática (realização efetiva, atividade), em outras palavras, é a ação 
consciente do sujeito na transformação de si mesmo e do mundo que o cerca. È através 
da práxis que se dá o combate à alienação. 
 Partindo desta visão, Marx estabelece o conceito de dialética materialista: no 
conceito Marxista o termo materialismo refere-se à teoria filosófica preocupada em 
destacar a importância dos seres objetivos (os homens) como elementos constitutivos da 
realidade do mundo. 
 Na sociedade capitalista as relações sociais de produção definem dois grandes 
grupos: de um lado, capitalistas e de outro, trabalhadores. A aplicação das teses 
fundamentais do materialismo dialético à realidade social deu origem à concepção 
materialista da história. Segundo esta concepção, o entendimento da realidade da vida 
só é possível a medida que conheçamos o modo de produção da sociedade – modo de 
produção é aqui entendido como a maneira pela qual os homens obtêm seus meios de 
existência material. É através do modo de produção que conhecemos uma sociedade em 
sua especificidade histórica e social. Não é a consciência que determina a vida material, 
mas a vida material que determina a consciência. 
 Uma sociedade jamais desaparece antes que estejam desenvolvidas todas as 
forças produtivas que possa conter, e as relações de produção novas e superiores não 
tomam jamais seu lugar antes que as condições materiais de existência dessas relações 
tenham sido incubadas no próprio seio da velha sociedade. 
 De acordo com Marx, politicamente o homem também se tornou alienado, pois o 
principio da representatividade, base do liberalismo, criou a idéia de Estado como um 
órgão político imparcial, capaz de representar toda a sociedade e dirigi-la pelo poder 
delegado pelos indivíduos. 
Marx proclamava ainda a inexistência de igualdade natural e observa que o 
liberalismo vê os homens como átomos, como se estivessem livres das evidentes 
desigualdades sociais. Para Marx, as desigualdades sociais observadas no seu tempo 
eram provocadas pelas relações de produção do sistema capitalista, que divide os 
homens em proprietários e não-proprietários dos meios de produção. As relações entre 
homens se caracterizam por relações de oposição, antagonismo, exploração e 
complementaridade entre as classes. 
A história do homem é, conforme Marx, a história da luta de classes, da luta 
constante entre interesses opostos, embora esse conflito nem sempre se manifeste 
socialmente sob a forma de guerra declarada. As divergências, oposições e 
antagonismos de classes estão subjacente a toda relação social, nos mais diversos níveis 
da sociedade, em todos os tempos, desde o surgimento da propriedade privada. 
Para Marx, o trabalho, ao se exercer sobre determinados objetos, provoca nestes 
uma espécie de “ressurreição”. Tudo o que é criado pelo homem, contém em si, um 
trabalho passado, “morto”, que só pode ser reanimado por outro trabalho. 
Acrescentou também que, este tempo de trabalho se estabelecia em relação às 
habilidades individuais médias e às condições técnicas vigentes na sociedade. De acordo 
com a análise de Marx, não é no âmbito da compra e venda de mercadorias que se 
encontram bases estáveis nem para o lucro dos capitalistas individuais nem para a 
manutenção do sistema capitalista. Ao contrário, a valorização da mercadoria se dá no 
âmbito de sua produção. 
Marx constata ainda, que as diferenças entre as classes sociais não se reduzem a 
uma diferença quantitativa de riquezas, mas expressam uma diferença de existência 
material. Os indivíduos de uma mesma classe social partilham de uma situação de 
classe comum, que inclui valores, comportamentos, regras de convivência e interesses. 
A essas diferenças econômicas e sociais segue-se uma diferença na distribuiçãode 
poder. Diante da alienação do operariado, as classes econômicas dominantes 
desenvolveram formas de dominação políticas que lhes permitem apropriar-se do 
aparato de poder do Estado e, com ele, legitimar seus interesses sob a forma de leis e 
planos econômicos e políticos. 
Para Marx as condições específicas de trabalho geradas pela industrialização tendem 
a promover a consciência de que há interesses comuns para o conjunto da classe 
trabalhadora e, consequentemente, tendem a impulsionar sua organização política para a 
ação. A classe trabalhadora, portanto, vivendo uma mesma situação de classe e sofrendo 
progressivo empobrecimento em razão das formas cada vez mais eficientes de 
exploração do trabalhador, acaba por se organizar politicamente. Essa organização é que 
permite a tomada de consciência da classe operária e sua mobilização para a ação 
política. 
Marx parte do princípio de que a estrutura de uma sociedade qualquer reflete a 
forma como os homens organizam a produção sociaI de bens. Essa produção, segundo 
Marx, engloba dois fatores: as forças produtivas e as relações de produção. 
Forças produtivas e relações de produção são condições naturais e históricas de toda 
atividade produtiva que ocorre em sociedade. A forma pela qual ambas existem e são 
reproduzidas numa determinada sociedade constitui o que Marx denominou modos de 
produção. 
Para Marx, o estudo do modo de produção é fundamental para compreender como se 
organiza e funciona uma sociedade. As relações de produção, nesse sentido, são 
consideradas as mais importantes relações sociais. 
Além de elaborar uma teoria que condenava as bases sociais da espoliação 
capitalista, conclamando os trabalhadores a construir, por meios de sua práxis 
revolucionária, uma sociedade assentada na justiça social e igualdade real entre os 
homens, Marx conseguiu como nenhum outro, com sua obra, estabelecer relações 
profundas entre a realidade, a filosofia e a ciência. 
Se por um lado Marx concebia a realidade social como uma concretude histórica, 
por outro, cada sociedade representava uma totalidade, um conjunto único e integrado 
das diversas formas de organização humana nas suas mais diversas instancia. 
Segundo Marx, a questão da objetividade só se coloca enquanto consciência crítica. 
A ciência, assim como a ação política, só pode ser verdadeira e não ideológica se refletir 
uma situação de classe e, consequentemente, uma visão crítica da realidade. 
 Para ele a sociedade é constituída de relações de conflito e é de sua dinâmica que 
surge a mudança social. Marx redimensiona o estudo da sociedade humana, marcando 
com suas idéias, de maneira definitiva o pensamento cientifico e a ação política dessa 
época assim como das posteriores, formando duas diferentes maneiras de atuação sob a 
bandeira do marxismo. 
A abordagem do conflito, da dinâmica histórica, da relação entre consciência e 
realidade e da correta inserção do homem e de sua práxis no contexto social foram 
conquistas jamais abandonadas pelos sociólogos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Émile Durkheim 
Nascido em 15 de abril de 1858 — Paris, 15 de novembro de 1917) é 
considerado um dos pais da sociologia moderna. Durkheim foi o 
fundador da escola francesa de sociologia, posterior a Marx, que 
combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. É 
reconhecido amplamente como um dos melhores teóricos do conceito 
da coerção social. 
 
A sociologia, de acordo com Durkheim, tinha por finalidade não só explicar a 
sociedade como também encontrar soluções para a vida social. A sociedade, como todo 
organismo, apresentaria estados normais e patológicos, isto é, saudáveis e doentios. 
Durkheim considera um fato social como normal quando se encontra generalizado 
pela sociedade ou quando desempenha alguma função importante para sua adaptação ou 
sua evolução. 
Para Durkheim a sociedade, como todo organismo, apresenta estados normais e 
patológicos. Como ele define o que é um fenômeno normal? É normal o fato que não 
extrapola os limites dos acontecimentos mais gerais de uma determinada sociedade e 
que refletem os valores e as condutas aceitas pela maior parte da população. A este 
sistema Durkheim chama: consciência coletiva (consciência coletiva: é o conjunto de 
crenças, sentimentos e valores aceitos pela média dos membros de uma sociedade). 
 Em 1895, Durkheim publicou uma de suas obras fundamentais, em que define o 
objetivo da Sociologia: os fatos sociais. Segundo ele, os fatos sociais possuem 3 
características: coerção social, exterioridade aos indivíduos e generalidade. 
: 
1. A coercitividade, ou seja, a força que os fatos sociais exercem sobre os 
indivíduos levando-os a conformar-se às regras da sociedade em que 
vivem, independentemente da sua escolha e vontade. O grau de coerção 
dos fatos sociais se torna evidente pelas sanções a que o individuo estará 
sujeito quando tenta se rebelar contra elas. Estas sanções podem ser legais 
ou espontâneas. Sanções legais são aquelas prescritas pela sociedade, sob a 
forma de leis. Sanções espontâneas seriam as que aflorariam como 
decorrência de uma conduta não adaptada a estrutura da sociedade ou do 
grupo ao qual o individuo pertence. 
2. A exterioridade, os fatos sociais existem e atuam sobre os indivíduos 
independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente. 
3. A generalidade, segundo Durkheim, é social todo fato que é geral, que se 
repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles. 
 
Fatos sociais e entendido como Crenças, tendências, práticas do grupo tomadas 
coletivamente e que constituem os fatos sociais. Fatos sociais são maneiras de agir, 
pensar e sentir que apresentam a característica marcante de existir fora da consciência 
individual. Estes tipos de conduta ou de pensamento não são apenas exteriores aos 
indivíduos, são também gerais na extensão de toda sociedade conhecida e dada, são 
dotados de um poder imperativo e coercitivo que constitui características intrínsecas de 
tais fatos. 
 Uma vez identificados e caracterizados os fatos sociais, Durkheim procurou 
definir o método de conhecimento da sociologia. Para ele, a explicação cientifica exige 
que o pesquisador mantenha certa distancia e neutralidade em relação aos fatos, 
resguardando a objetividade de sua análise. 
Durkheim aconselhava o sociólogo a encarar os fatos sociais como coisas, isto é, 
objetos que, lhe sendo exteriores, deveriam ser medidos, observados e comparados 
independentemente do que os indivíduos envolvidos pensassem ou declarassem a 
respeito. Tais formulações seriam apenas opiniões, juízos de valor individuais que 
podem servir de indicadores dos fatos sociais, mas mascaram as leis de organização 
social, cuja racionalidade só é acessível ao cientista. 
Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", 
forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade, em que o 
normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, 
o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes 
mesmo de terem uma existência tangível. 
 Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização 
desses, desde que consiga integrar-se a essa estrutura. Para que reine certo consenso 
nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus 
membros. Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da 
sociedade, a norma moral tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso definir, numa 
sociedade moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que participam do 
trabalhocoletivo (preponderância progressiva da solidariedade orgânica). 
 Durkheim também estudou o suicídio com profundidade. Segundo ele, o 
suicídio constitui-se em fato social justamente por possuir as características 
apresentadas. É geral (existe em todas as sociedades) e, mesmo resultando de causas 
particulares, possui certa regularidade, aumentando ou diminuindo de intensidade em 
certos momentos históricos. 
Também segundo o mesmo, a Sociologia tem o papel de encontrar soluções para 
a vida social. A sociedade apresentaria estados normais (quando um fato social se 
encontra generalizado pela sociedade ou quando realiza um papel importante para sua 
evolução, como o crime, por exemplo) ou “patológicos” (que são os que se encontram 
fora da ordem social. Põem em risco a evolução da sociedade, embora sejam 
passageiros, transitórios e excepcionais). 
Outra teoria de Durkheim afirma que, embora cada indivíduo possua seu jeito de 
pensar e agir, no interior de cada sociedade há padrões de pensamentos e conduta. Isso 
ele chamou de “consciência coletiva”, que é o conjunto de crenças comuns à média dos 
membros de uma sociedade. Ela revelaria o “tipo psíquico” da sociedade, que seria algo 
imposto aos indivíduos. 
 Durkheim defendia outra posição: de que a Sociologia deveria ainda comparar as 
diferentes sociedades. Criou-se então a morfologia social, que classificava as “espécies” 
sociais, referindo-se às espécies biológicas. Essa referência é considerada errônea, já 
que o comportamento humano resulta de características universais de uma mesma 
espécie. Durkheim considerava que todas as sociedades evoluíram de uma forma social 
primitiva, a partir da qual foi possível a criação de novas “espécies” sociais, como clãs e 
tribos. 
 Durkheim se distingue dos demais sociólogos porque suas ideias e teorias 
ultrapassaram a filosofia e constituíram um sistema de teorias e metodologias sobre a 
sociedade. Nos seus estudos foram encontrados inovadores usos da matemática e da 
análise qualitativa e quantitativa. Ele elaborou um conjunto de técnicas de pesquisa que 
guiava o cientista para os meios adequados de interpretar um objeto de estudo. Em vista 
desses aspectos, os limites impostos pelo positivismo perderam a importância, fazendo 
do trabalho de Durkheim um objeto de interesse da Sociologia contemporânea. 
 A sociologia fortaleceu-se graças a Durkheim e seus seguidores. Suas principais 
obras são: Da divisão social do trabalho (1893); Regras do método sociológico (1894); 
O suicídio (1897); As formas elementares de vida religiosa (1912). Fundou também a 
revista L'Année Sociologique, que afirmou a preeminência durkheimiana no mundo 
inteiro. 
 
 
 
 
Max Weber 
 
 Para Weber a Sociologia é uma ciência que pretende compreender a ação social, 
interpretando-a, para dessa maneira explicá-la casualmente em seus desenvolvimentos e 
efeitos. Utilizava uma metodologia em que a compreensão consiste na captação do 
sentido subjetivo da ação (algo distinto dos nexos exteriores de causa e efeito que a 
envolvem). 
Para criar uma imagem, ao passo que Durkheim via a sociedade como uma 
coisa, Weber a compreendia como um conjunto de ações parciais que precariamente se 
totalizavam. Assim, somente podemos compreender pequenos “pedaços” dessa 
realidade. Como cada individuo tem sua própria visão parcial do mundo, há um conflito 
permanente entre os indivíduos que compõem a sociedade. Por isso Weber propõe a 
reconstrução do sentido subjetivo original da ação e o reconhecimento da parcialidade 
da visão do observador. 
 Numa concepção onde a Sociedade não pode ser vista como uma realidade 
material independente dos indivíduos. Ao negar essa tese positivista, Weber procura 
compreender a sociedade como um agregado de indivíduos que possuem suas 
motivações próprias. Ao mesmo tempo, o estatuto de realidade objetiva é mudado para 
uma concepção menos determinista de sociedade, segundo a qual a realidade é um 
fenômeno compósito; por isso, o cientista não conhece a sociedade de antemão, nem 
consegue abarcá-la totalmente. Para compreender a sociedade, é preciso entender as 
redes de significações estabelecidas pelos indivíduos em suas ações e relações sociais. 
 Essa compreensão da ação humana, segundo Weber, é captar o seu sentido 
subjetivo, o que, considerada desse modo à compreensão não é um processo exclusivo 
do conhecimento cientifico. Weber chamou de compreensão atual ao tipo de captação 
do sentido que decorre diretamente do curso observável da ação, e de, compreensão 
explicativa aquela que não se detém no sentido aparente da ação, mas apela para seus 
motivos subjacentes. 
A interpretação da ação humana através de tipos ideais volta-se para a apreensão do 
sentido subjetivo da ação. Consequentemente, é pelo seu sentido subjetivo que uma 
ação se define ou não como social. 
Weber enfoca que o fundamento da fluidez em casos de ações sociais reside em que 
a orientação pela conduta alheia e o sentido da própria ação de modo algum podem ser 
sempre precisados com toda clareza, nem sempre são conscientes, ou muito menos 
conscientes em toda plenitude. 
Contudo, embora na realidade exista essa fluidez, no plano teórico a fronteira da 
ação social deve ser traçada com clareza. 
Coerentemente com esse enfoque, Weber construiu os conceitos sociológicos 
básicos a partir de uma tipologia geral da ação social. Sempre ressalvando o caráter 
ideal desses tipos, ele distingue quatro categorias de ação por seu sentido subjetivo. 
1. A ação racional com relações afins, determinadas por expectativas no 
comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens. 
2. A ação racional com relação a valores, determinada pela crença consciente 
no valor seja éticos, estéticos, religiosos ou de qualquer outra forma como 
seja interpretado. 
3. A ação afetiva, especialmente emotiva, determinada por afetos e estados 
sentimentais atuais. 
4. A ação tradicional, determinada por um costume arraigado. 
Conforme as teorias de Weber, a noção de tipo ideal decorre da concepção acerca 
da infinita complexidade do real diante do alcance limitado dos conceitos elaborados 
pela mente humana. Todo conceito seleciona alguns aspectos da realidade infinita, 
enquanto exclui outros – seleção que é sempre, consciente ou inconscientemente – 
orientada por valores. 
Segundo Weber, uma dimensão qualquer da ação humana admite sempre a 
construção de vários tipos, sem que nunca se esgote a complexidade infinita da 
realidade. Por esta razão, nenhum dos tipos construídos deve ser considerados mais que 
um instrumento limitado e provisório de investigação. A expressão “ideal” sublinha 
precisamente o fato básico de que os tipos sociológicos só existem no plano das ideias, 
não na realidade. 
A sociologia Weberiana conclui que, no mundo moderno, a burocracia é o 
exemplo mais típico do domínio legal, nos limites da legitimidade. Estendendo sua 
análise tipológica às formas de dominação social, a Sociologia weberiana distingue três 
tipos de dominação legítima, cada qual com sua base, a saber: a legalidade, a tradição, 
o carisma. 
Segundo Weber a Portanto, o objeto da sociologia para Weber, é o sentido da 
ação social, que deve ser buscado pela apreensão da totalidade de significados e valores 
atribuídos pelos indivíduos. Nesse sentido, ele procura mostrar que não há apenas uma 
causa dos fenômenos sociais; através da idéia de “adequação de sentido” , Weber 
mostra a convergência da ação em duas ou mais esferas que compõem o todo social ( a 
economia, a política, a religiosa, etc.), ou seja, a ação social é determinada por mais de 
uma causa, sendo que cada causa tem importância variada sobre adeterminada ação.

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