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Teoria da Ação Social

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Teoria da Ação Social
Outro de seus conhecidos conceitos é aquilo que ele denomina Ação Social.
Para Weber, a função do sociólogo é justamente compreender o sentido das ações sociais, encontrando os nexos que as determinem, compreendendo-se a priori que ações imitativas, aquelas que não possuem um sentido no agir, não são chamadas ações sociais. Dentre as ações sociais, Weber as resume em quatro fundamentalmente: ação social racional com relação a fins, ação social racional com relação a valores, ação social afetiva e ação social tradicional.
Percebe-se então que o que ele define como ação social, é toda aquela ação orientada ao outro, tendo sua fonte motivadora pautada em costumes, sistemas de valores e etc. Assim, pode-se compreender que esse conceito é extremamente presente em sua obra denominada “A ética protestante e o espírito do capitalismo” onde sua inserção no sistema de valores e pensamentos dos protestantes o levou a questionar e problematizar as relações entres esses comportamentos e ações e o avanço do capitalismo nessa sociedade.
É perceptível o fato de que suas obras derivam de pesquisas densas, onde ele mesmo defende a busca da guarda de certo distanciamento e imparcialidade. É extremamente válido o conhecimento de seus escritos ao passo que são riquíssimos para a compreensão de metodologias de suas pesquisas além de permitir o conhecimento de inúmeros conceitos e teorias ainda muito caros às ciências sociais e aos campos adjacentes como política, direito, economia e até mesmo história. Este foi um breve resumo sobre A Teoria da Burocracia e Ação Social de Max Weber.
A definição de ação social de Max Weber 
Filosofia
A ação social, para Max Weber, pode ser dividida em quatro ações fundamentais: ação social racional com relação a fins, ação social racional com relação a valores, ação social afetiva e ação social tradicional.
 Na visão de Max Weber, a função do sociólogo é compreender o sentido das chamadas ações sociais, e fazê-lo é encontrar os nexos causais que as determinam. Entende-se que ações imitativas, nas quais não se confere um sentido para o agir, não são ditas ações sociais. Mas o objeto da Sociologia é uma realidade infinita e para analisá-la é preciso construir tipos ideais, que não existem de fato, mas que norteiam a referida análise.
Os tipos ideais servem como modelos e a partir deles a citada infinidade pode ser resumida em quatro ações fundamentais, a saber:
1. Ação social racional com relação a fins, na qual a ação é estritamente racional. Toma-se um fim e este é, então, racionalmente buscado. Há a escolha dos melhores meios para se realizar um fim;
2. Ação social racional com relação a valores, na qual não é o fim que orienta a ação, mas o valor, seja este ético, religioso, político ou estético;
3. Ação social afetiva, em que a conduta é movida por sentimentos, tais como orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo, etc., e
4. Ação social tradicional, que tem como fonte motivadora os costumes ou hábitos arraigados. (Observe que as duas últimas são irracionais).
Para Weber, a ação social é aquela que é orientada ao outro. No entanto, há algumas atitudes coletivas que não podem ser consideradas sociais. No que se refere ao método sociológico, Weber difere de Durkheim (que tem como método a observação e a experimentação, sendo que esta se dá a partir da análise comparativa, isto é, faz-se a análise das diversas sociedades as quais devem ser comparadas entre si posteriormente). Ao tratar os fatos sociais como coisas, Durkheim queria mostrar que o cientista precisa romper com qualquer pré-noção, ou seja, é necessário, desde o começo da pesquisa sobre a sociedade, o abandono dos juízos de valores que são próprios ao sociólogo (neutralidade), uma total separação entre o sujeito que estuda e o objeto estudado, que também pretendem as ciências naturais. No entanto, para Weber, na medida em que a realidade é infinita, e quem a estuda faz nela apenas um recorte a fim de explicá-la, o recorte feito é prova de uma escolha de alguém por estudar isto ou aquilo neste ou naquele momento. Nesse sentido, não há, como queria Durkheim, uma completa objetividade. Os juízos de valor aparecem no momento da definição do tema de estudo.
Assim foi o seu conviver com a doutrina protestante que influenciou Weber na escrita de “A ética protestante e o espírito do capitalismo”. Para esse teórico, é apenas após a definição do tema, quando se vai partir rumo à pesquisa em si, que se faz possível ser objetivo e imparcial.
Compare-se Durkheim e Weber, agora do ponto de vista do objeto de estudo sociológico. O primeiro dirá que a Sociologia deve estudar os fatos sociais, que precisam ser: gerais, exteriores e coercitivos, além de objetivos, para esta ser chamada corretamente de “ciência”. Enquanto o segundo optará pelo estudo da ação social que, como descrita acima, é dividida em tipologias. Ademais, diferentemente de Durkheim, Weber não se apoia nas ciências naturais a fim de construir seus métodos de análises e nem mesmo acredita ser possível encontrar leis gerais que expliquem a totalidade do mundo social. O seu interesse não é, portanto, descobrir regras universais para fenômenos sociais. Mas quando rejeita as pesquisas que se resumem a uma mera descrição dos fatos, ele, por seu turno, caminha em busca de leis causais, as quais são suscetíveis de entendimento a partir da racionalidade científica.

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