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princípios do processo trabalho

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PRINCÍPIO PROTETOR DO DIREITO DO TABALHO
Tendo em vista essa dependência do empregado em relação ao empregador, o Direito do Trabalho se formou com o Princípio da Proteção, privilegiando o trabalhador para equilibrar a relação de trabalho. Desta forma, entende-se que, conferindo maior gama de direitos ao empregado, este teria sua deficiência suprimida, o que traria condição mais isonômica e equilibrada entre os sujeitos do contrato de trabalho. Ocorre que, nem sempre, na relação contratual, as partes estão em condições de igualdade, sendo necessária, portanto, a criação de um sistema que impedisse que a parte mais fraca fosse explorada pela parte mais forte, assegurando o predomínio dos interesses sociais sobre o interesse individual. A razão dessa proteção advém da possibilidade de um dos contratantes, por ser a parte mais forte da relação, fazer valer a sua vontade em detrimento da vontade do outro contratante, impondo cláusulas que o mais debilitado não poderá discutir, podendo apenas aceitar ou recusar o contrato por inteiro. Seriam, assim, uma espécie de contratos de adesão. Um relevante aspecto existente no Direito do trabalho brasileiro diz respeito ao fato dos direitos do trabalhador não serem afetados por irregularidades de sua contratação. Assim, um menor de 11 anos, por exemplo, apesar da irregularidade de sua atividade, uma vez que proibida devido a sua idade, não deixará de ter direito a salário, gratificação natalina, entre outros direitos.
PRINCÍPIO DO ACESSO FACILITADO À JUSTIÇA
Confrome Fredie Didier Júnior, não basta a simples garantia formal do dever do Estado de prestar a justiça; é necessário adjetivar esta prestação estatal, que há de ser rápida, efetiva e adequada. 
O acesso à justiça é um princípio constitucional, elegido pela constituição à categoria de direito fundamental, cujo conteúdo expressa-se pela garantia outorgada ao cidadão de concretização de seus direitos fundamentais, independente da sua natureza (individuais, sociais, econômicos, culturais etc.), para isso devendo ser a ele disponibilizados todos os instrumentos e meios adequados e efetivos à realização dos direitos mencionados, inclusive o pleno acesso ao Poder Judiciário e a prestação de uma tutela jurisdicional célere, efetiva e adequada.
Jus postulandi
Consiste em uma técnica de especialização procedimental que confere à parte capacidade de postular diretamente em juízo, sem a obrigatoriedade da presença de advogado. Ou seja, o jus postulandi pessoal das partes é a faculdade de demandar ou defender-se sem intermediação de advogado, outorgada às partes, no processo do trabalho, ou seja, a capacidade das partes de requerer em juízo. Assim, à luz dos princípios constitucionais, a prática do referido instituto na Justiça do Trabalho agride os direitos e prerrogativas, assegurados pela Carta Maior, ao advogado, único profissional com habilitação legal a postular em juízo. Entretanto, na prática, a assistência desse profissional é privilégio de poucos cidadãos com capacidade de recursos para contratá-los, o que cria um violento desequilíbrio entre as partes, pois a atuação desse mediador certamente influenciará no resultado da lide, tornando, inclusive, a comunicação entre juiz e parte mais fácil, menos distante.
Esta capacidade postulatória de que faz jus a parte em órbita processual laboral, tem lastro jurídico no art. 791 da Consolidação das Leis do Trabalho, que reza:
Art. 791. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
§1.º Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
§2.º Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
Da mesma forma, podemos apontar o enunciado do art. 839, alínea “a”, da CLT:
Art. 839 . A reclamação poderá ser apresentada:
a) pelos empregados e empregadores, pessoalmente, ou por seus representantes, e pelos sindicatos de classe;
Gratuidade judiciária
A gratuidade judiciária permite a dispensa da parte do adiantamento das despesas, judiciais ou não, relacionadas ao processo, como também a dispensa do pagamento dos honorários de advogado, garantia que se estende a todos aqueles carentes de recursos; já a assistência judiciária é o patrocínio gratuito da causa por advogado público ou particular, a qual, na Justiça do Trabalho, é prestada pela entidade sindical que representa a categoria a que pertence o empregado. São beneficiários da justiça gratuita:
a) as pessoas naturais que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal (CLT, 790, § 3º), ou que declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as despesas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família (CLT, 790, § 3º);
b) as pessoas jurídicas que comprovarem precariedade econômico-financeira. Vale destacar que a CF não distingue entre pessoa natural e jurídica como beneficiária da gratuidade da justiça (CF, 5º, LXXIV).
A gratuidade da justiça pode ser deferida de oficio ou a requerimento da parte (CLT, 790, § 3º), em decisão fundamentada (CF. 93, IX). O requerimento será decidido nos próprios autos, sendo incompatível com a simplicidade do processo do trabalho a sistemática do art. 6º da Lei n. 1.060/1950, que determina a sua autuação em apenso. Para a concessão da gratuidade judiciária às pessoas naturais, basta que haja:
a) comprovação do recebimento de salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal; ou
b) declaração, sob as penas da lei, da impossibilidade de pagar as despesas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou da família. A declaração poderá ser firmada pela parte ou pelo seu procurador (na petição inicial), ainda que não possua poderes específicos para isso (Lei n. 7.115/1983, 1º; TST-OJ-SBDI-1-331), podendo ser substituída pela apresentação da CTPS (Lei n. 1.060/1050, 4º, § 3º).
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
O princípio da conciliação, na justiça do trabalho, está esculpido no art. 764, caput, da CLT, que prevê: “Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação”.
No procedimento ordinário do processo trabalhista, a proposta de conciliação é feita pelo juiz laboral em dois momentos distintos:
1) na abertura da audiência, conforme previsão do art. 846 da CLT que assim prevê: “aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação”;
2) antes da sentença, após as razões finais, conforme preceitua o art. 850, caput, da CLT, que diz:
“Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.”
No procedimento sumaríssimo da justiça do trabalho, há uma observação importante a fazer quanto ao momento da conciliação.
Segundo o art. 852-E da CLT, a conciliação poderá ocorrer em qualquer fase da audiência, como se verifica a seguir: “Aberta a sessão, o juiz esclarecerá às partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão, para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência”.
A não observância, pelo juiz, da proposta de conciliação acarretará nulidade dos atos posteriores praticados no processo.
Na justiça do trabalho o termo de conciliação é irrecorrível e tem força de coisa julgada, conforme entendimento do art. 831, parágrafo único, da CLT que diz: “no caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a previdência social quanto às contribuições que lhe forem devidas”.
PRINCIPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL
Este princípio decorre do princípio da primazia da realidade, aplicada ao direito material do trabalho. Há divergência doutrinária quanto a especificidade deste princípio no direito processual do trabalho.Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, é “inegável que ele é aplicado com maior ênfase neste setor da processualística do que no processo civil”. Tal entendimento baseia-se no art. 765 da CLT que diz, in verbis: “Os juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.” Os defensores deste princípio na seara cível apontam o art. 131 do CPC, que prevê, in verbis: “O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento.” Defendendo esta linha de pensamento, temos o ensinamento de Humberto Theodoro Junior, ao dizer: “Não quer dizer que o juiz possa ser arbitrário, pois a finalidade do processo é a justa composição do litígio e esta só pode ser alcançada quando se baseie na verdade real ou material, e não na presumida por prévios padrões de avaliação dos elementos probatórios.”.
Diante do exposto, parece razoável dizer ser este princípio próprio do processo do trabalho, uma vez que o juiz trabalhista possui uma maior liberdade na direção do processo podendo diligenciar livremente em busca da verdade real, ao contrário do juiz cível que está adstrito às provas constantes nos autos.
PRINCIPIO DA CELERIDADE
A referência ao princípio da celeridade diz respeito à necessidade de rapidez e agilidade do processo, com o fim de buscar a prestação jurisdicional no menor tempo possível. Neste sentido prevê a lei que a autoridade policial, tomando conhecimento da ocorrência, deva lavrar o termo circunstanciado, remetendo-o com o autor do fato e a vítima, quando possível, ao Juizado. Estando presentes estes no Juizado, já se pode realizar a audiência preliminar, propondo-se a composição e em seguida a transação que, obtidas, serão homologadas pelo juiz. Permite-se, ainda, em termos gerais, que os atos processuais sejam realizados em horário noturno e em qualquer dia da semana (art. 64). Dispõe a lei que a citação pode ser feita no próprio Juizado, que nenhum ato será adiado, determinando o juiz, quando imprescindível, a condução coercitiva de quem deva comparecer (art. 80) etc. 
Concentração dos atos processuais
O Processo do Trabalho destaca-se por sua celeridade, uma vez que seus atos se concentram, via de regra, em um único momento, na audiência una, onde ocorre a tentativa de conciliação, a instrução e o julgamento.  Leite (2006, p. 429) destaca que o art. 849 da CLT prescreve que a audiência de julgamento deverá ser contínua, admitindo, no entanto que, por motivo de força maior, poderá o juiz determinar a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação. Neste diapasão, ainda que grande parte dos juízes trabalhistas tenham adotado a audiência una, há previsão legal para o fracionamento das audiências, hipótese em que se faz uma primeira audiência de tentativa de conciliação, outra de instrução e por último a de julgamento. Não obstante, há de ser observada a garantia da celeridade processual em todos os procedimentos, razão pelo qual o judiciário trabalhista tem optado pela audiência una, concentrando, assim, todos os atos processuais em um único momento.  Sobre a audiência una e a concentração dos atos processuais em audiência, Maior (1998, p. 76) destaca o seguinte: A expressão máxima da concentração é a realização dos atos processuais em única audiência. Nessa audiência una, realiza-se a tentativa de conciliação, acolhem-se a petição inicial e a defesa, resolvem-se os incidentes processuais, fixam-se os pontos controvertidos, produzem-se as provas e prolata-se a decisão.
Vale dizer, é na audiência trabalhista que se concentra a quase-totalidade dos atos processuais. (LEITE, 2006, p. 426). Deste modo, a realização de audiência una concentra os procedimentos em um só momento, realizando-se a tentativa de conciliação, instrução e julgamento em uma única audiência, tornando o Processo do Trabalho mais célere. 
Oralidade
A oralidade é um princípio que promove uma maior proximidade entre o magistrado e o jurisdicionado, facilitando uma solução rápida do litígio, sendo uma inovação no cenário jurídico tradicional, tendo ainda como princípios correlatos o da imediatidade, o da irrecorribilidade das decisões interlocutórias e o da identidade física do juiz, tanto na esfera especial cível, como especial criminal.  A oralidade é princípio informativo do procedimento, onde há prevalência da palavra "falada". É a concentração, quanto possível, da discussão oral da causa em audiência, evitando-se, com isso, a realização sequencial de atos processuais. 
Simplicidade 
Decorre o principio da simplicidade dos princípios da instrumentalidade e da oralidade, tal princípio se dá pela necessidade que a justiça do trabalho tem de ser simplificada. Neste sentido Bezerra Leite (2006) afirma que tal princípio existe em todo e qualquer sistema trabalhista seja ele civil, penal ou trabalhista, sendo exemplos de aplicação deste os juizados especiais cíveis e criminal, sendo que a origem destes órgãos provêm do direito processual do trabalho. Salienta Almeida (2008) que o princípio da simplicidade visa garantir e facilitar o acesso aos tribunais, para proporcionar a rápida, econômica e efetiva solução do conflito que o interessado levou a juízo.
Irrecorribilidade das decisões interlocutórias
O princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias, insculpido no artigo 893, § 1o, da Consolidação das Leis do Trabalho, refere-se, indubitavelmente, à fase de conhecimento do processo do trabalho posto que, admitir-se “a apreciação do merecimento de decisões interlocutórias somente em recurso da decisão definitiva” é excluir as decisões interlocutórias da fase de execução do rol das decisões irrecorríveis, posto que, como cediço, a execução não possui decisão definitiva, salvo a sua extinção. 
É o que ensina o professor e Desembargador Sergio Pinto Martins, ao comentar o dispositivo legal: “Das decisões interlocutórias não cabe recurso, podendo a parte renovar a questão em preliminar de seu recurso quanto for proferida a sentença. A CLT usa a expressão decisão definitiva, que quer dizer a sentença que julgar a questão.” (in Comentários à CLT, 14a Edição, 2010, São Paulo, Editora Atlas, página 962)
Ademais, conforme preceitua o artigo 897, alínea a, da Consolidação das Leis do Trabalho, “cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; (...)”. A simples leitura do dispositivo legal dá-lhe amplo sentido, mesmo porque a regra legal não limita o cabimento do aludido recurso e o ilustre professor e Desembargador Sergio Pinto Martins ensina que “o artigo 897 versa sobre dois agravos: o de petição, que é usado na execução (letra a), e o de instrumento (letra b).
Economia processual
Pelo princípio da economia processual entende-se que, entre duas alternativas, se deve escolher a menos onerosa às partes e ao próprio Estado. Sendo evitada a repetição inconseqüente e inútil de atos procedimentais, a concentração de atos em uma mesma oportunidade é critério de economia processual. 
Exemplos dessa orientação são a abolição do inquérito policial e a disposição que prevê a realização de toda a instrução e julgamento em uma única audiência, evitando-se tanto quanto possível sua multiplicidade. Além disso, preconiza-se o aproveitamento dos atos processuais, tanto quanto possível, poupando-se tempo precioso, tão escasso nas lides forenses diante da pletora de ações propostas. Dispõe a lei, aliás, que os serviços de cartório poderão ser prestados e audiências realizadas fora da sede da Comarca, em bairros ou cidades a ela pertencentes, ocupando instalações de prédios públicos (art. 94). Nada impede, ao contrário, é recomendável que, para a documentação dos atos processuais, sejam utilizados formulários impressos com espaços a serem preenchidos pelosauxiliares da Justiça, poupando-se o tempo de redação integral desses documentos.
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
O princípio do devido processo legal encontra amparo no art. 5º, LIV da CF, in verbis: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.”.
Em outras palavras podemos dizer que ninguém será privado de sua liberdade e bens a não ser pela tutela jurisdicional do Estado que deverá se utilizar de normas previamente elaboradas, vedando, assim, os tribunais de exceção. E ainda na Convenção de São José da Costa Rica, o devido processo legal é assegurado no art. 8º:
Art. 8o – “Garantias judiciais
Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
O juiz de direito que presidir e concluir a audiência de instrução e julgamento deverá ser o mesmo que irá julgar a causa. É o que determina o princípio da identidade física do juiz, previsto tanto no Código de Processo Civil (CPC) quanto no Código de Processo Penal (CPP).
A CLT não exige expressamente a identidade física do juiz de primeiro grau. Ou seja, a identidade física do Juiz não tem previsão na legislação trabalhista e só seria admissível caso evidenciado qualquer prejuízo à parte. Com a inaplicabilidade do princípio da identidade física do juiz à Justiça do Trabalho, surgiram práticas que, visando a economia e celeridade processuais se tornaram comuns em certas varas. Pode-se citar como exemplo a divisão de tarefas entre juízes, cabendo a instrução ao juiz titular e o julgamento ao juiz auxiliar, ou vice-versa. Este argumento é utilizado por muitos juízes para manter a inaplicabilidade do princípio na seara trabalhista.
Um Juiz instrui e outro julga, ambos investidos no mesmo cargo, com a mesma jurisdição, competentes (lato senso), nivelados no conhecimento jurídico e igualmente argutos, portanto, indistintamente aptos e capazes de presidir e julgar o processo.
Portanto, a falta de previsão legal específica na processualística trabalhista vinculando o Juiz da instrução ao julgamento da causa fere princípios mais nobres, da utilidade das normas, da higidez dos atos não prejudiciais e da celeridade processual.

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