Buscar

Direito Espacial

Prévia do material em texto

DIREITO ESPACIAL
AULA 1 – 28/01/2016
Por que estudar direito espacial?
R: Devido à responsabilidade civil internacional espacial, à grande necessidade de tecnologia espacial, o direito organiza os lançamentos de objetos à órbita do planeta, conhecimento sobre as órbitas, sobre o lixo espacial, 5 principais tratados de direito espacial, projetos espaciais brasileiros.
Atividade espacial iniciou em 1957, com lançamento da Sputnik.
CONCEITO
José Monserrat Filho – “ramo de direito internacional público que regula as atividades dos estados, de suas empresas públicas e privadas, bem como das organizações internacionais intergovernamentais, na exploração e uso do espaço exterior e estabelece o regime politico do espaço exterior e dos corpos celestes.”
Dr. Alexandre – ramo do direito que regula as condutas dos Estados, de suas pessoas (civil e jurídicas) das personalidades jurídicas internacionais bem como regula todas as relações intersubjetivas que advierem da atividade espacial.”
Posição na enciclopédia jurídica – Direito Espacial Internacional Público
a) Dto. Espacial internacional público
b) Dto. Espacial internacional privado
c) Dto. Espacial interno (público e privado)
SUJEITO ATIVO E PASSIVO
Ativo e passivo
1. Todos os Estados, 
2. Organizações intergovernamentais, por ex: a ESA (European Space Agency); INTELSAT e ARABSAT, 
3. Direito espacial interno (público e privado), no atual estado as pessoas físicas ou jurídicas não são sujeitos ativos ou passivos, por exemplo: satélite caiu em uma empresa brasileira e esse é de propriedade de uma empresa dos EUA, o sujeito ativo é o estado brasileiro contra o sujeito passivo é o estado americano.
DELIMITAÇÃO DO ESPAÇO
Temos o espaço aéreo que é regulamentado pelo direito aeronáutico (convenção de Chicago e o Código Brasileiro de Aeronáutica). Ainda sem delimitação regulamentada. A doutrina mais usada de direito espacial diz que o limite é de 100km.
 Espaço exterior: tudo o que está acima do espaço aéreo é denominado de exterior. Não há necessidade de autorização para atravessar o espaço aéreo de um determinado país.
ÓRBITA GEOESTACIONÁRIA – OG
Descoberta por Arthur C. Clarke em 1945.
É um corredor de 150km de largura e 30km de altura, é uma órbita circular em torno da Terra, situado cerca de 35.800km de altura do plano da linha do Equador. 
Há três satélites em OG, em pontos equidistantes cobrem de forma fixa e contínua todo o globo terrestre, eles giram em 1.107 km/h, movem-se na mesma direção e com a mesma velocidade da rotação da Terra e dão a impressão ao observador terrestre de estacionariedade.
Vantagem da OG
- com apenas três satélites obtêm-se comunicação e imagem permanente de e para todo o planeta Terra.
Desvantagem
- propagação das ondas são mais demoradas
- equipamentos mais sensíveis
- manobras de alta precisão para colocá-los em órbita
- necessitam de motores para mantê-los em órbita.
Uso e apropriação da OG
a)Tratado do espaço
b)Declaração de Bogotá 1976 (Colombia, Congo, Equador, Indonésia, Quênia, Zaire, Gabão e Somália) – refere-se a propriedade dos satélites que foram lançados na OG que pertenciam aos países que assinaram, pois eles estavam na linha do Equador
c)ITU – International Telecommunication Union, fundada em 1865 em Genebra, Suíça – veio para solucionar a situação referente à Declaração de Bogotá, garantiu órbitas para países que não são detentores da tecnologia espacial de OG, sendo assim outro país não pode colocar nessa órbita.
LIXO ESPACIAL
Objetos criados pelo homem e se encontram em órbita terrestre, mas que não desempenham função útil. Partes e dejetos de naves espaciais, satélites e estações espaciais, ferramentas, luva.
Hoje temos cerca de 13.000 satélites em órbita e somente de cerca de 3.500 ativos.
Deste total 45% estão localizados a 32.000km da superfície da Terra.
Calcula-se que exista 330 milhões de objetos maiores que 1mm entre estes 17.000 são maiores do que 10 cm e são permanentemente monitorados pela NASA e ESA.
Propostas para minimizar o lixo espacial
1 – modificação do material da fuselagem dos objetos espaciais
2 – retorno os objetos por queda orbital;
3 – reentrada controlada;
4 – levar os satélites da OG para a órbita cemitério;
5 – varrer o lixo orbital de volta para a atmosfera, utilizando rebocadores automatizados, vassouras de laser;
6 – reunir os objetos maiores numa especie de aterro orbital;
7 – maior monitoração do lixo espacial para evitar colisões.
Não houve consenso entre os países para regulamentar, resolver, minimizar a questão do lixo espacial. Já houve tentativa por parte dos países sem tecnologia espacial de incluir na agenda do COPUOS, escritório da ONU para discussão, o assunto do lixo.
AULA 2 – 29/01/2016
DIREITO ESPACIAL NO BRASIL
SINDAE – Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais.
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
AEB – Agência Espacial Brasileira.
PNDAE – Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais
Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Setor Espacial.
CLA – Centro de Lançamento de Alcântara 
CLBI – Centro de Lançamento da Barreira do Inferno
Alcântara Cyclone Space.
Programa CBERS – Chinese-Brazilian Earth Reserches Satelittes
SINDAE
Executa politica nacional de desenvolvimento espacial
INPE
Desenvolve pesquisa científica em fenômenos que ocorrem na atmosfera e espaço exterior
Realiza experimentos nos campos aeronomia, astrofísica, geofísica espacial, metereologia, climatologia, levantamento de recursos naturais, execução de projetos, construção de satélites.
Em 2006 o COPUOS, escritório da ONU competente para discussão de direito espacial, aprovou a Cooperação Internacional na Promoção do Uso de Dados Geoespaciais para o Desenvolvimento Sustentável, como um novo item na agenda de debates, disponibilização de fotos gratuitamente de todos os países.
AEB
Criada pela lei n. 8.854 de 10 de fevereiro de 1994 (direito espacial interno).
Uma autarquia federal de natureza civil, vinculada ao ministério da ciencia e tecnologia e tem como finalidade principal desenvolvimento das atividades espaciais de interesse nacional.
Autonomia administrativa e financeira, com patrimônio e pessoal próprios, possuindo sede e foro no Distrito Federal.
Executar e fazer executar a PNFAE, propor a atualização desse.
Elaborar e atualizar o PNAE.
COMPETÊNCIA
Emitir pareceres relativo a questões ligadas as atividades espaciais que sejam objeto de análise e discussão nos foros internacionais e neles fazer-se representar, tudo em articulação com ministérios acima mencionados.
Incentivar a participação de universidades e outras instituições de ensino
Estimular a produção privadas
Estabelece normas e expede licenças relativas as atividades espaciais
Aplicar as normas de qualidade e produtividade nas atividades espaciais.
PNDAE
Criada pelo decreto federal 32/94.
Estabelecer competência técnico-científica espacial
Desenvolver sistemas espaciais que possibilite serviços e informações e interesse nacional.
Prioridades para solução de problemas nacionais.
Resultados que beneficiem a sociedade brasileira.
Incentivo à participação da indústria nacional.
Estimular a cooperação internacional.
Otimização dos recursos humanos e de infraestrutura.
PNAE
Destinado ao fomento da atividade de pesquisa científica e desenvolvimento das atividades espaciais.
CLA – Centro de Lançamento de Alcântara.
Há o centro de lançamento de Alcântara, no Maranhão, é uma península, perto da linha do Equador, o que causa uma economia de combustível.
Tem potencial de se transformar em um pólo de lançamento de veículos espaciais com natureza comercial.
CLBI – Centro de Lançamento Barreira do Inferno
Localizado no Rio Grande do Norte, perto de Natal, mas não tem condições de crescimento, pois a cidade está muito próxima.
Nos anos 80, foram lançados 400 satélites neste centro de lançamento.
Tem auxiliado o ESA como estação rastreadorados foguetes.
ACS – Alcântara Cyclone Space
Era uma empresa binacional entre Brasil e Ucrânia, tinha como objetivo de comercializar os lançamentos do veículo lançador Cyclone-4 a partir do CLA.
O Brasil ficou responsável desenvolver infraestrututa geral para lançar o veículo, mas teve dificuldade de cumprir por motivos financeiros, pela comunidade quilombola e pela troca da pessoa responsável pela parte da Ucrânia. E somente em 2010 foi possível retirar as comunidades. No mesmo ano foi informado à Ucrânia o início da construção.
Contudo a falta de um acordo de salvaguardas tecnológicas (acordo de proteção de tecnologia) com os EUA dificulta o lançamento de satélites através do CLA. 
Em 2015, o tratado firmado com a Ucrânia foi denunciado, ou seja, o Brasil desistiu do tratado, e pelo decreto n. 8.494 de 24 de julho de 2015 oficializou a denúncia.
PROGRAMA CBERS
Iniciou em 1988, para construção e lançamento de satélites de sensoriamento remoto. É o programa espacial brasileiro de maior sucesso. Responsabilidade de 50% para cada país. Lançador é o longa-marcha que é chinês, satélite em atividade é o Cbers 4.
COPUOS
Commite on the Peaceful Uses of Outer Space
Criado em 1958 – o Brasil faz parte desde sua criação.
Dois subcomitês: jurídico e técnico-científico.
AULA 3 – 01/02/2016
1. TRATADO SOBRE OS PRINCÍPIOS REGULADORES DAS ATIVIDADES DOS ESTADOS NA EXPLORAÇÃO E USO DO ESPAÇO CÓSMICO, INCLUSIVE A LUA E DEMAIS CORPOS CELESTES.
Principal documento jurídico acerca do espaço exterior. Abrange tudo o que estiver no espaço exterior, ou seja, para todos os corpos acima de 100km.
§Art. 1º – Princípio do bem comum, qualquer atividade feita por algum país deve ser benéfico para todos os estados, jamais para prejudicar om ou outro, todos terão acesso aos corpos celestes, não havendo restrições. Carta das Nações Unidas utilizada junto.
§Art. 2º – Princípio da não-soberania/não-apropriação, ninguém poderá declarar como proprietário de um corpo celeste e não poderá ser possuidor, proíbe a mineração. Mas tem juristas que defendem que o tratado proíbe a exploração “exploration” e não a transformação de uma matéria-prima em outra “explotation”, então a mineração é algo válido.
§Art. 3º – O tratado deve ser aplicado com Carta das Nações Unidas, favorecer a cooperação entre os Estados e segurança internacional. Espaço exterior é bem de todos.
§Art. 4º – Proíbe a instalação de objetos portadores de armas nucleares ou de qualquer outro tipo de armas de destruição em massa, e não instalar tais armas sobre os corpos celestes e nem no espaço exterior. Todos os estados poderão utilizar os corpos celestes e o espaço exterior de forma exclusivamente pacífica, não fica proibido a utilização de pessoal militar para fins de pesquisas científicas ou para qualquer outro fim pacífico. Há interpretação de não há proibição de colocação de armas diversas às nucleares e de destruição em massa. Contra as armas seria que esse artigo é exemplificativo e não exaustiva. A favor das armas seria que o tratado visa apenas a pacificação e não à militarização. Ainda, seria a necessidade de autorização de todos os países para um deles colocar armas.
Profº: militarização multilateral – um satélite militar administrado pela ONU, todos os países, e seria utilizado em uma situação para evitar a possibilidade de atividade terrorista espacial ou havendo a possibilidade de haver uma civilização extraterrestre hostil à humanidade.
§Art. 5º – Base da convenção de salvamento de astronautas. Astronautas serão tratados como enviados da humanidade e nenhum estado poderá negar-lhes auxílio quando necessário.
§Art. 6º – Ver convenção de responsabilidade. O Estado é responsável pelas atividades espaciais de suas empresas estatais e privadas, tendo àquele o dever de fiscalizar todas as atividades realizadas pelas pessoas jurídicas e físicas. Algum acidente causado e é responsabilidade de uma entidade internacional, por exemplo a ESA, cada Estado-membro será responsabilizado além da entidade. Brasil – agencia espacial brasileira que é a responsável em fiscalizar as atividades.
§Art. 7º – Ver convenção de responsabilidade. Estado-Lançador é o Estado que faz o lançamento ou que contrata, tanto faz se o lançamento é no território do Estado ou em outro, mas o lançamento realizado no território de outro Estado, esse é corresponsável. Haveria uma necessidade de modificar esse artigo, pois na época do tratado não se tinha a ideia de comercialização de lançamento.
§Art. 8º – Base da convenção de registro. Este artigo não previu a transferência do registro, da posse e propriedade de um objeto espacial que é a realidade de hoje, ele na verdade veda essa a principal crítica a este artigo. 
§Art. 9º – Sustentabilidade da atividade espacial. Proteção contra substâncias extraterrestres, assim evitando a contaminação de microorganismos desconhecidos na Terra e sobre os objetos espaciais. Tratado da Antártida um grande exemplo de cooperação internacional. 
§Art. 10º - Retificação do Tratado da Lua que não deixa claro a cooperação internacional.
2. CONVENÇÃO RELATIVA AO REGISTRO DE OBJETOS LANÇADOS NO ESPAÇO EXTERIOR.
§Art. 1º - Estado-lançador significa:
a) estado que lança ou promove o lançamento de um objeto espacial;
b) estado cujo território ou base é lançado um objeto espacial.
Objeto espacial significa: inclui as partes componentes de um objeto espacial, bem como seu veículo propulsor e respectivo.
Estado de Registro significa: se aplica ao Estado-lançador, em cujo registro inscrever-se um objeto espacial, de acordo com o art. 2º.
§Art. 2º – O estado lançador deve manter um registro próprio do objeto e deverá informar à ONU sobre o objeto espacial. Quando for mais que um estado-lançador estes terão que entrar em consenso para um deles fazer o registro.
§Art. 3º – A ONU terá arquivado e disponibilizado os registros dos objetos espaciais para todos, conforme art. 8º do Tratado do Espaço.
AULA 4 – 02/02/2015
CONTINUAÇÃO
Não é uma exigência haver pinturas para identificar o objeto espacial.
§Art. 4º – Cada estado de registro deve entregar à Secretaria-geral da organização as nações unidas, antes do lançamento, devendo conter o nome do estado(s)-lançador(es), uma designação apropriada do objeto espacial ou seu número de registro, data e território ou local de lançamento, função geral do objeto espacial, parâmetro orbital básico, incluindo: periodo nodal; inclinação; apogeu e perigeu. Cada estado poderá fornecer informações adicionais sobre o objeto de tempos em tempos. Cada estado deverá notificar quando o objeto espacial não e encontrar mais em órbita. Algumas criticas, poderia ser informado a vida-útil do objeto, a destinação desse após seu fim de vida útil, a nomenclatura.
Quantos registros têm um objeto espacial?
R: Há dois, o primeiro está estado-lançador conforme o artigo 2º e o segundo junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas.
§Art. 5º – Quando o objeto estiver marcado com a designação ou o número de registro o estado deve informar a Secretaria-geral da organização as nações unidas.
§Art. 6º – Caso um objeto venha a reentrar na atmosfera e cair em um país sem a possibilidade de ser identificado pelo próprio país atingido, aquelas organizações que monitoram os objetos espaciais ajudarem.
3. CONVENÇÃO SOBRE RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL POR DANOS CAUSADOS POR OBJETOS ESPACIAIS. (art. 6 e 7 do tratado do espaço)
§Art. 1º – Termo “dano” significa perda de vida, ferimentos pessoais ou outro prejuízo à saúde, perdas de propriedades do Estado ou de pessoas físicas ou jurídicas ou danos sofridos por tais propriedades, ou danos e perdas no caso de organizações intergovernamentais internacionais. Meramente exemplificativo e não exaustivo;
Termo “lançamento” inclui tentativas de lançamento;
Estado lançador: a) que lança ou promove o lançamento; b) aquele cujo território ou de cujas instalações é lançado, ex: ESA que tem instalação lançadora nas Guinas Francesas
§Art. 2º – Estado lançador será responsável absoluto(responsabilidade objetiva) pelo pagamento de indenização por danos causados por seus objetos espaciais na superfície da Terra ou em aeronaves em voo (no espaço aéreo). Sendo uma responsabilidade objetiva não precisa provar/alegar a culpa do Estado-Lançador, mas precisa-se alegar/provar nexo de causalidade (conduta gerou um dano).
§Art. 3º – Dano causado no espaço exterior quando um objeto espacial de um determinado o (responsabilidade subjetiva). Nesse caso deverá provar/alegar a culpa do estado lançador e provar o nexo de causalidade. 
§Art. 4º – I: Quando o dano fora da superfície da Terra for causado por dois estados lançadores contra um terceiro estado lançador, os dois primeiros serão responsabilizados solidariamente e individualmente com base no seguinte:
a) caso o dano no terceiro estado acontece na superfície da Terra ou a aeronave em voo a responsabilidade será absoluta (responsabilidade objetiva);
b) caso seja um dano causado em um objeto espacial do terceiro estado a responsabilidade perante esse será fundada na culpa por parte de qualquer dos dois primeiros estados. (responsabilidade subjetiva)
II: Divisão da responsabilidade caso seja possível mensurar a responsabilidade dos estados causadores será assim definido (30% para um e 70% para outro) e caso não seja possível será 50% para cada um dos dois.
§Art. 5º – I: Refere-se ao caso de dano e que cada estado lançador é solidário e individualmente responsável, ou seja, aquele que sofreu o dano pode cobrar de apenas um dos estados causadores do dano, e esse poderá cobrar a parte pertencente ao excluído do processo de indenização. II: Aquele estado que foi o único cobrado poderá cobrar dos outros solidários.
§Art. 6º – I: Causa de excludente de responsabilidade, se concede a exoneração re responsabilidade absoluta total ou parcialmente de negligência grave ou ato ou omissão com a intenção de causar dano, de parte de um estado demandante. 
II: não se concede exoneração em casos em que o dano houver resultado de atividades conduzidas por estado lançador que não estejam em conformidade com o direito internacional.
§Art. 7º – Não se aplica essa convenção quando o dano ocorrer no território do estado lançador ou quando um estrangeiro for a vítima e estiver no estado lançador.
§Art. 8º – Hipóteses quando o Estado fica inerte.
§Art. 9º – Protocola a petição por vias diplomaticas, mas se não há isso pode o estado lançador vítima requerer a outro estado para que este apresente ao autor, ou apresentar nas Nações Unidas.
§Art. 10º – I: Prazo decadencial de um ano, começa a correr depois de identificado o estado lançador responsável. II: O País tem 1ano para ter conhecimento do dano e para identificar o estado lançador, esse prazo pode ser maior caso haja problemas para identificação do causador do dano, mas não da inércia do estado vítima. III: prevê uma modificação do pedido de danos, quando envolve um acidente com material radioativo, por exemplo.
§Art. 11 – Para apresentar pedido de indenização a um Estado lançador não é necessário esgotar os recursos locais. 
§Art. 12 – A indenização deve ser inteira e equitativa, precisa o estado vítima retornar ao estado a quo.
§Art. 13 – A indenização deve ser na moeda do estado demandante ou se acordado na moeda do estado demandado.
§Art. 14 – se não chegar a um acordo sobre a indenização por via diplomatica, o prazo é de 1 ano contado da data da notificação de que submeteu a documentação a respeito de sua queixa as partes,a pedido de qualquer daquelas, estabelecerão uma Comissão de Reclamações.
§Art. 15 – A comissão será formada por 3 membros: o nomeado pelo estado demandante, um do demandado e o Presidente escolhido pelas duas partes de comum acordo.
Se não tem acordo na escolha do Presidente, no prazo de 4 meses após o pedido para estabelecimento da comissão qualquer das partes poderá pedir ao secretario-geral das nações unidas para nomear o presidente dentro do prazo adicional de 2 meses.
§Art. 16 – I: Se uma das partes não fizer sua nomeação dentro do período estipulado, o presidente, a pedido da outra parte constituirá a comissão de reclamações de um só membro; II: Qualquer vaga que possa surgir na Comissão, por qualquer motivo, será preenchida pelo mesmo processo adotado para a nomeação inicial; III: a cmissão determinará seu próprio procedimento; IV: a comissão determinará o local ou locais em que se reunirá, como também todos os outros assuntos administrativos; V: a não ser no caso de decisões e laudos, por uma Comissão de um só membro, todas as decisões e laudos serão adotados pela maioria dos votos.
§Art. 17 – O número de membros não será aumentado quando dois ou mais estados demandantes ou lançadores sejam partes conjuntas. Os demandantes que atuem conjuntamente nomearam coletivamente um membro para a comissão isto se aplica aos estados lançadores. Caso uma das partes não nomeie no prazo o presidente irá constituir a comissão de um só membro.
§Art. 18 – A comissão decidirá os méritos da reivindicação de indenização e determinará, se for o caso, o valor da indenização a ser paga.
§Art. 19 – I: A comissão atuará de acordo com as disposições do artigo 12 dessa convenção. II: Sua decisão é final e obrigatória se houver acordo, caso contrário, aquela produzirá um laudo definitivo que terá carater de recomendações e que as partes levarão em conta com boa-fé, a comissão fornecerá os motivos de sua decisão ou laudo. III: A comissão deve apresentar sua decisão ou laudo logo que possível e não depois de um ano a contar da data de seu estabelecimento, a não se que a comissão julgue necessário. IV: A comissão tornará pública sua decisão ou laudo, fornecendo uma cópia autêntica de sua decisão ou laudo às partes e ao secretário-geral das nações unidas.
§Art. 20 – As despesas incorridas da comissão serão igualmente divididas entre as partes, a não ser que comissão decida diferentemente.
§Art. 21 – (Antecipação de tutela) O dano causado constituir um perigo, em grande escala, contra a vida das pessoas do estado vítima, os estados-partes, e em particular, o estado-lançador examinarão a possibilidade de fornecer 
AULA 5 – 03/02/2016
4. ACORDO QUE REGULA AS ATIVIDADES DOS ESTADOS NA LUA E EM OUTROS CORPOS CELESTES.
§Art. 1º – Não serve apenas para a Lua, mas ficando incluidas as órbitas e outras trajetórias em direção ou em torno dela; não se aplica aos materias extraterrestres que cheguem à superfície da terra de forma natural.
§Art. 2º – a exploração e uso da Lua devem ser realizadas em conformidade com o Direito Internacional.
§Art. 3º – A lua deve ser usada por todos os estados-partes exclusivamente para fins pacíficos; é proibido recorrer ao uso ou ameaça de uso da força e a qualquer ato hostil ou ameaça de ato hostil. Proibido o uso da Lua para ameaçar a terra, a lua, as naves espaciais, a tripulação das naves espaciais e aos objetos espaciais artificiais. Os estados-partes não poderam colocar armas nucleares na órbita, no solo ou subsolo. Fica proibido estabelecimento de bases, instalações e fortificações militares, a realização de testes com qualquer tipo de armas e a execução de manobras militares. Não se proíbe utilização de pessoal militar para pesquisas científicas para fins pacíficos.
§Art. 4º – I: A exploração e uso da Lua são incumbência de toda a humanidade e realizam benefício e no interesse de todos os países. II: Em todas as atividades relacionadas com a exploração e uso da Lua, os estados-partes devem conduzir segundo o princípio da cooperação e ajuda mútua.
§Art. 5º – Dar transparência sobre as atividades dos estados-partes no espaço exterior e na Lua e demais corpos celestes.
§Art. 6º – Todos os estados tem o direito de realizar pesquisas científicas na Lua, sem qualquer discriminação. II: tem direito de retirar amostras da Lua de elementos minerais e outros.
§Art. 7º – Atividades na lua devem ser sustentáveis, procurando evitar o rompimento do meio ambiente na Lua ou em algum corpo celeste e até mesmo na Terra quando do regresso. II: os estados-partesdevem informar o secretário-geral das nações unidas sobre medidas que adotarem em conformidade paragrafo 1º e devem também notificá-lo com antecedencia e na medida maus ampla possível de todos os planos de instalar substâncias radiotivas na Lua e os objetivos de tais instalações. 
§Art. 10º – Os estados-parte devem adotar todas as medidas práticas para proteger a vida e saúde das pessoas que se encontrem na Lua
§Art. 11 – A Lua e seus recursos naturais são patrimônio comum na humanidade; II: a Lua não pode ser objeto de apropriação nacional por proclamação de soberania, por uso ou ocupação, nem por qualquer outro meio.
AULA 6 – 04/02/2016
Atividade privada no espaço exterior
Space X – Space Exploratian Technologies Corporation.
Primeiro lançamento em 2012, com sucesso, um foguete Falcon, levando a capsula Dragon, da empresa Space X, decola do Cabo Canaveral rumo à ISS. A empresa recebem U$$ 1,6 Bilhões da NASA para realizar 12 voos.
ORBITEC – Orbital Tecnologie, fez seu voo em 2013.
Spaceport America é uma base espacial comercial localizada na bacia de Jornada del Muerto no Estado do Novo México. Foi oficialmente aberto em 2011.
Mineração
Existem cerca de 400 mil esteroides próximo da Terra em condições de serem minerados. Estima-se uma lucratividade de 230 bilhões de reais para cada um dos 6 bilhões de habitantes da Terra.
Riqueza no espaço
1. Além de água, os asteroides podem conter metais raros, como os do grupo da platina; 2. Também podem ser encontrados ferro, níquel, cobalto, nitrogênio e metano; 3. Diferentemente da Terra, os metais não estão próximo ao núcleo e sim em toda a superfície o que torna mais fácil sua extração.
DEFINIÇÃO LEGAL – PEQUENOS SATÉLITES
Não ha uma definição legal
De acordo com sua massa:
Minisattellite (100kg to 500kg)
Microsatellite (10kg to 100kg)
Nanosatellite (1kg to 10kg)
Pisosatellite (0.1kg to < 1kg)
Femtosatellite (< 0.1kg)
Em um lançamento leva-se muito mais satélites de 10 a 200 ou mais. A tecnologia é muito mais acessível. Tem uma vida útil pequena que é o grande problema, pois se torna lixo espacial e pode causar danos em outros satélites.

Outros materiais