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Radiologia Cardiovascular

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24/02/2016 
1 
Radiologia 
Cardiovascular 
ANATOMIA, 
FISIOLOGIA E 
MODALIDADES 
DE EXAMES DE 
IMAGEM DO 
CORAÇÃO 
Projeção frontal 
• Borda direita da silhueta cardíaca é formada pelo AD com VCS entrando 
superiormente e a VCI sendo vista em sua margem inferior 
• Borda esquerda do coração é criada principalmente pelo VE e apêndice 
(aurícula) do AE 
• Artéria pulmonar, janela aorticopulmonar e botão aórtico estendem-se 
superiormente 
Projeção em perfil 
• VD forma a borda anterior adjacente ao esterno, com seu trato de saída 
estendendo-se superior e posteriormente 
• AE forma a borda na região posterior, alta, subcarinal 
• VE forma borda infero-posterior 
Cateterismo cardíaco 
• Esquerdo: punção de aa. braquial ou femoral 
• Direito: punção de vv. femoral ou braquiocefálica 
• pVC 5 mmHg; sO2 60-65% 
• pAD 2-5 mmHg; sO2 65-75% 
• pVD 25mmHg/ 0-5 mmHg; sO2 70% 
• pAP 25 mmHg/10 mmHg (pX = 15 mmHg); sO2 75% 
• pCunha capilar pulmonar (=pAE) 2-8 mmHg; sO2 94% 
• pVE 120 mmHg/ 0-5 mmHg; sO2 94-98% 
• pAo 120mmHg/ 80 mmHg (pX = 70-100 mmHg); sO2 94-98% 
Cateterismo cardíaco 
• Vsm: 70ml (ambos lados) 
• Vdf: 125-150ml (VE) e 165ml (VD) / 57ml (AD) e 50 ml (AE) 
• FeN = 50-75% (VE) / 45-55% (VD) 
• FSC = 224 mL/min 
• DC 4-5ml/min 
• IC 2,8-4 L/min/m² 
24/02/2016 
2 
Cateterismo cardíaco 
• pAD aumentada: ICC (dir), complacência diminuída, doenças da valva 
tricúspide 
• Aumento de saturação VCI para AD maior ou igual a 7%: CIA (Cesq-dir) 
• pVDsist aumentada: HP, estenose VP, congênitas (transposição e tronco 
arterial) 
• pVDdist aumentada: ICC (dir) 
• Aumento de 5% saturação AD para VD: CIV 
• Gradiente (>10 mmHG) através da valva pulmonar indica sua estenose 
• pAP aumentada: lesões com shunt, doenças vasculares pulmonares e 
obstrução venosa pulmonar 
• Diferença de saturação VD e AP (>3%): lesão com shunt 
 
Cateterismo cardíaco 
• Pressão em cunha capilar pulmonar diferente da atrial esquerda indica 
obstrução venosa pulmonar 
• Elevações pAE ou em cunha: estenose mitral, ICC (esq) 
• Diminuição de mais de 5% na saturação AE: shunt (C. dir-esq) 
• pVEsist aumentada: hipertensão arterial sistêmica ou obstrução da saída 
• pVEdiast aumentada: ICC 
• Diminuição sO2 VE indica shunt (C. dir-esq) 
 
Cateterismo cardíaco 
• Valva aórtica: óstio de 3cm² 
– Estenose: sintomas quando menor que 0,7 cm² ou quando há insuficiência 
aórtica associada (1,5 cm²) 
– Estenose leve: gradiante de pressão através da valva de 25 mmHg 
– Estenose moderada: gradiente de 40-50 mmHg 
– Estenose grave: gradiente acima de 80 mmHg 
• Valva mitral: óstio com 4-6 cm² 
– Estenose leve: <1,5 cm² 
– Estenose moderada: <1,0 cm² 
– Estenose grave: <0,5 cm² 
• Estenose pulmonar: pVD > 70 mmHg 
• Hipertensão arterial pulmonar: pressão arterial pulmonar > 25 mmHg 
Silhueta cardíaca 
• Tamanho 
– índice cardiotorácico (0,5 PA; 0,6 AP) 
• Forma 
– “Em moringa”: derrame pericárdico ou miocartiopatia generalizada 
– “Schmoo”: configuração ventricular esquerda – arredondamento e 
alongamento da borda cardíaca esquerda, com uma extensão descendente do 
ápice em consequência do aumento de VE 
– “Hipertrofia”: VE - aumento da borda e do ápice do coração esquerdo; 
hipertrofia e dilatação do VD tende a levantar o ápice e criar um vetor mais 
horizontal para o eixo cardíaco; hipertrofia resulta do aumento da pós-carga, 
dilatação acompanha insuficiência ou sobrecarga diastólica 
– “Retificação”: alteração da borda cardíaca esquerda – cardiopatia reumática e 
estenose mitral 
“Montes do Coração” 
• “Esquiar os montes do coração”: observar o contorno do mediastino esquerdo 
1. Botão aórtico 
– Botão aórtico proeminente: ectasia, aneurisma ou hipertensão 
– Incisura ou sinal em “3”: coarctação da aorta 
2. Segmento da a. pulmonar principal 
– Convexidade excessiva: dilatação pós-estenótica, DPOC, HP, shunts (C. esq-dir) 
3. Apêndice atrial esquerdo 
– Se proeminente: 90% dos casos é cardite reumática prévia 
4. Saliência acima do ângulo cardiodiafragmático 
– Infartos ou aneurismas ventriculares 
5. No ângulo cardiodiafragmático 
– Cistos pericárdicos, coxins adiposos proeminentes ou adenopatia 
Aumento das câmaras 
• Aumento AE: distância borda média inferior do brônquio principal 
esquerdo à borda lateral direita da densidade atrial esquerda (posterior): 
< 7 cm em 90% dos pacientes normais e > 7 cm em 90% dos pacientes 
com aumento de AE; outros sinais são aumento do ângulo carinal, 
levantamento do brônquio principal esquerdo e proeminência da aurícula 
esquerda; pode deslocar para a esquerda a aorta descendente; “escape 
atrial” (aumento maciço, fazendo AE formar a borda direita); sinal do 
“homem caminhando” (deslocamento do brônquio esquerdo 
posteriormente); pode ocorrer compressão do esôfago 
• Aumento AD: mais raro; proeminente saliência atrial muito à direita da 
coluna vertebral (> 5,5 cm da linha média); alongamento da convexidade 
atrial direita superando 50% das sombras mediastinais ou 
cardiovasculares; associado ao aumento do VD 
24/02/2016 
3 
Aumento das Câmaras 
• Aumento VE: cria borda cardíaca esquerda alongada, com ápice 
apontando para baixo; arredondamento da borda cardíaca esquerda 
inferior; VE aumentado estendendo-se por trás do esôfago (lateral); sinal 
de Hoffman-Rigler (VE estende-se mais de 1,8 cm posteriormente à 
borda posterior da VCI, a um nível 2 cm cranial à intersecção do VE com 
VCI; pode ser falso-positivo se a incidência lateral estiver oblíqua) 
• Aumento VD: coração aumentado, mas sinal de Hoffman-Rigler 
negativo; pode ocupar maior área do espaço retroesternal ou “escalar” 
mais de 1/3 do comprimento do esterno; dilatação do trato de saída 
pulmonar ou artérias hilares são sinais indiretos 
Contornos mediastinais anormais 
• Aorta 
– Dilatação da aorta ascendente por dilatação pós-estenótica: 80% das estenoses 
– Pacientes com mais de 50 anos: tortuosidade adquirida ou HAS 
– Aneurisma de aorta ascendente: calcificado na sífilos, não calcificado em 
Marphan 
– Saliência de um canal adjacente ao botão aórtico: canal arterial patente 
• Ázigos 
– Dilatação > 6 mm (PA), >1 cm (decúbito dorsal): expansão de volume 
intravascular, aumento da pressão venosa central e ICC (dir.); outras menos 
comuns, manobra de Valsava, gravidez, insuficiência renal, obstrução VCI. 
• VCS 
– Dilatação acompanha expansão de volume ou pressão venosa central 
aumentada 
Calcificações cardíacas 
• Coronárias 
– Ocorrem no triângulo CAC ao longo da borda cardíaca esquerda 
– Se associadas à dor torácica: 94% de chance de coronariopatia oclusiva 
– Maior importância < 60 anos 
– Mais graves e mais extensas relacionam-se com coronariopatia grave 
– Permitem diferenciar miocardiopatias isquêmica e não-isquêmica 
• Aneurisma de seio de Valsalva: densidade curvilínea anterior e lateral à 
aorta ascendente 
• Ligamento arterial: densidade linear na janela aorticopulmonar ligando a 
parte superior da a. pulmonar esquerda ao assoalho do arco aórtico 
• AE: calcificação curvilínea na parede do AE, associada à estenose mitral, 
aumento AE, fibrilação atrial e trombo atrial esquerdo 
Calcificações cardíacas 
• Pericárdio 
– Anterior e inferior 
– Camada única ou dupla 
– Associada à constrição pericárdica – viral, hemorrágica, TB, pós-cirúrgica 
• Infarto: calcificações distróficas na parede miocárdica 
• Aneurisma ventricular: finas calcificações curvilíneas, ântero-laterais ao 
ápice; curvilíneas posteriores são encontradas em pseudo-aneurismas 
• Trombos: calcificações em aglomerados no AE e raramente VE 
• A. pulmonares: finas calcificações em casca de ovo nas paredes das aa. 
pulmonares, HP prolongada• Tumores: calcificações arredondadas ou pontilhadas em mixomas atriais 
e raramente outras neoplasias 
Calcificações cardíacas 
• Valvares 
– 85% dos pacientes com doença valvar adquirida, raramente <20 anos 
– Valva aórtica: altamente sugestivo de doença valvar 
– Estenose aórtica calcificada: mais comum a degenerativa ou aterosclerótica, 
em homens de idade avançada 
– Calcificações extensas do anel aórtico são ateroscleróticas e associam-se a 
bloqueio de condução 
– Valva mitral: valvopatia reumática (40% dos casos com estenose mitral), mais 
comum em pacientes com estenose e insuficiência combinadas 
– Aterosclerose do anel mitral: 10% da população idosa; circulares, oveoides, 
em forma de C ou J no anel mitral; risco de incompetência mitral

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