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24/02/2016 1 Fígado, Árvore Biliar e Vesícula Biliar Fígado • TCMD quatro fases • RM FSE/ fat sat in-phase, out-phase • Na TC, a densidade do parênquima hepático normal é igual ou superior à densidade do parênquima esplênico normal nas imagens sem contraste. • Após C+, realce é menor que o baço durante fase arterial; igual ou superior em fase venosa portal • Em T1, o fígado é levemente hiperintenso em relação ao baço, com maioria das lesões focais hipointensas • Em T2, o fígado é hipo ou isointenso em relação ao baço, com maioria das lesões focais hiperintensas Segmentos de Coinaud • Influxo e efluxo vascular e drenagem biliar independentes – Plano longitudinal: v. hepática média, VCI, fossa da vesícula biliar • Lobos direito e esquerdo – Plano longitudinal: v. hepática direita • Anterior e posterior: VIII e V / VI e VI – Plano longitudinal: v. hepática esquerda • Lobo esquerdo: medial (IVa e IVb) / lateral (II e III) – Plano transverso: v. porta esquerda • Lobo esquerdo: superior (IVa e II) / inferior (IVb e III) – Plano transverso oblíquo: v. porta direita • Lobo direito: segmento superior (VIII e VI) / inferior (V e VI) – Segmento I é o lobo caudado: entre fissura do ligamento venoso e VCI 24/02/2016 2 Anormalidades da perfusão • 2/3 do suprimento sanguíneo provêm da v. porta • 1/3 do suprimento sanguíneo provêm da a. hepática • Possuem relação compensatória • Fluxo venoso portal – Bloqueio portal por tumor ou trombo – Compressão extrínseca por costelas ou deslizamentos diafragmáticos, ou por tumores sobre a cápsula hepática – “Terceiro influxo” – vv. sistêmicas nos sistemas pericolecístico, parabiliar e epigastro-paraumbilical • Fluxo arterial hepático – Lesões hipervasculares focais – Inflamação de órgãos adjacentes (colecistite, pancreatite) – Suprimento arterial hepático aberrante Hepatomegalia • Arredondamento da borda inferior do fígado • Extensão do lobo direito abaixo do pólo inferior do rim direito • Fígado com comprimento superior a 15,5 cm medido na linha hemiclavicular • Lobo de Reidel – Variante normal – Mais observado em mulheres – Prolongamento inferior do lobo direito – Lobo esquerdo é menor • Lobo esquerdo pode ser alongado e circundar parte do baço 24/02/2016 3 Infiltração Gordurosa • Resposta comum e inespecífica dos hepatócitos a lesão e toxinas • Acúmulo de colesterol e TAG nos hepatócitos • Causas: álcoolismo, obesidade, desnutrição, hiperalimentação, terapia com esteroides, DBM, pancreatite, doença de depósito de glicogênio e quimioterapia • Avaliação laboratorial pode ser normal: Dx por imagem • Ausência de efeito de massa (sem abaulamentos de contorno ou deslocamento de vasos intra-hepáticos) • Limites geométricos angulados entre o parênquima acometido e o não acometido • Podem ser multifocais ou alternar com áreas normais • Padrões de infiltração relacionam-se com o fluxo sanguíneo hepático Infiltração Gordurosa – apresentações • Infiltração Difusa: acomete todo o fígado, sendo o padrão mais comum; o grau de infiltração não tende a ser uniforme por todo o órgão • Infiltração Focal: acomete uma porção geográfica ou em forma de leque do fígado, com as mesmas características da difusa; pode simular tumor; locais mais comuns são adjacentes ao ligamento falciforme, vesícula biliar ou porta hepática • Preservação focal: áreas normais podem simular tumor; seguimento IV geralmente – hipoecoica e mais densa em relação ao resto do parênquima; restante do fígado com características de infiltração difusa • Esteato-hepatite não-alcoólica (EHNA): causada por resposta inflamatória; relacionada com obesidade, DBM II, hiperlipidemia e anorexia nervosa; rara causa de insuficiência fulminante aguda, podendo evoluir para cirrose; em imagem, similar à infiltração difusa Infiltração Gordurosa • TC – Redução da atenuação do parênquima (menos denso que o baço) – Captação menos intensa de contraste pelo parênquima • US – Aumento de ecogenicidade nas áreas de infiltração gordurosa – Sinal do “flip-flop” (diferença de densidade) • RM – GRE in-phase: H2O e gordura são aditivos – GRE out-phase: H2O e gordura anulam-se – Perda de intensidade do sinal entre as duas imagens indica infiltração 24/02/2016 4 24/02/2016 5 24/02/2016 6 Hepatite • Aguda: não produz anormalidades no exame de imagem; alguns casos, pode haver edema difuso reduzindo ecogenicidade do parênquima e aspecto brilhante para as vênulas; na forma fulminante, áreas de necrose hipodensas mal definidas aparecem em TC • Crônica: inflamação e fibrose portais e perilobulares; exames de imagem insensíveis em fases iniciais; alterações gordurosas mínimas, fígado não aumentado; lnn. periepáticos visualizados; grosseiro/sutil aumento de ecogenicidade hepática; uso de imagem na investigação de Carcinoma Hepatocelular 24/02/2016 7 Cirrose • Destruição difusa do parênquima, fibrose com alteração da arquitetura hepática e inúmeros nódulos regenerativos • Causas: toxinas hepáticas (álcool, fármacos), infecção (hepatite, B e C principalmente), obstrução biliar e hereditariedade (doença de Wilson) – Hepatomegalia (precoce) – Atrofia hepática (tardia) – Textura grosseira do parênquima – Irregularidade (nodularidade) da superfície hepática – Hipertrofia do lobo caudado com retração do lobo direito – Nódulos de regeneração • Extra-hepáticos: hipertensão portal, esplenomegalia, ascite • Irreversível, mas progressão pode ser interrompida ou limitada Cirrose • US: Presença de parênquima heterogêneo com ecotextura grosseira e dificuldade de visualização das pequenas estruturas das tríades portais; imagens detalhadas de alta frequência podem mostrar nódulos finos • TC: normal no início ou heterogeneidade no parênquima com áreas focais de aumento e diminuição de atenuação; nodularidade fina ou grosseira do fígado é típica; podem haver áreas de substituição gordurosa • RM: sinal heterogêneo do parênquima; fibrose com sinal hiperintenso em T2 – causa predominante do aspecto heterogêneo 24/02/2016 8 Causas de nódulos no fígado cirrótico • Nódulos regenerativos (< 10mm) • Nódulos hiperplásicos adenomatosos (>10mm) • Carcinoma hepatocelular • Fibrose confluente • Infiltração gordurosa focal • Preservação focal da gordura • Metástases Nódulos na cirrose • Nódulos regenerativos – Tipos mais comuns são os regenerativos – caracteriza a tentativa de reparar a lesão dos hepatócitos (hepatócitos e septações grosseiras); entre 3 – 10 mm – Mesmas características do parênquima, mas circundados por faixas fibrosas e formam o padrão micronodular da cirrose alcoólica – Algumas vezes depositam ferro - ficam mais hiperdensos – Em T1, podem ser hipo, iso ou hiperintensos; em T2, hipo ou iso • Nódulos displásicos – Hiperplásicos adenomatosos – pré-cancerosos (15-25% dos fígados cirróticos), são > 10 mm – Hiperintensos em T1 (sem ferro), hipo ou isointensos em T2 – hiperintensidade em T2 indica atipias • Pequenos CHC – Hiperintensos em T1 e moderadamente hipointensos em T2 – captação homogênea na fase arterial precoce e wash out precoce; > 3 cm (possuem cápsula – realce anelar: captação rápida, rapidamente hipodensas) Fibrose confluente • Áreas de fibrose semelhantes a massas • Formato de cunha ou faixas que se irradiam, hipodensas, que captam contraste • Perda de volume do fígado • Áreas de fibrose são hipointensas em T1 e hiperintensas em T2 24/02/2016 9 Metástases • Algumas, como carcinoma de mama podem simular aspecto da cirrose, comnódulos regenerativos • Retração após quimioterapia das metástases necrosantes com cicatriz circundante pode produzir a chamada pseudocirrose. Hipertensão portal • Elevação da pressão venosa portal • Formação de vasos colaterais portossistêmicos • Causas: fibrose vascular progressiva associada à doença hepática crônica, trombose ou compressão da veia porta e parasitoses (esquistossomose) • Risco aumentado de hemorragia por varizes e encefalopatia hepática – Visualização de colaterais portossistêmicos (coronarianos, gastroesofágicos, esplenorrenais, paraumbilicais, hemorroidários e retroperitoneais) – Aumento do diâmetro da veia porta ( > 13 mm) – Aumento do diâmetro das veias mesentérica superior e esplênica (> 10mm) – Trombose da veia porta – Calcificações nas veias portais e mesentéricas – Edema no mesentério, omento e retroperitônio – Esplenomegalia devida à congestão vascular – Ascite Trombose da Veia Porta • Complicação da cirrose ou por invasão ou compressão tumoral da veia porta, estados de hipercoagulabilidade ou inflamação (pancreatite) • Trombo é visualizado como tampão hipodenso no interior da veia porta, hiperintenso em T1 – quando agudo, isointenso – quando crônico • Ocorre transformação cavernosa da veia porta quando pequenas veias colaterais adjacentes à veia porta sofrem expansão e substituem a veia porta obliterada – aparecem como emaranhado de pequenos vasos circundando a veia porta trombosada
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