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S ENA I – P E TROB RA S39 .................... M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s VálvulasVálvulas ão dispositivos destinados a estabelecer/interromper o fluxo em uma tubulação e também a controlá-lo se desejado. São os acessórios de tu- bulação mais importantes, merecendo cuidados especiais na sua locali- zação, seleção e especificação, e também os mais caros, devendo por isso haver o menor número possível, ou o estritamente necessário à opera- ção da planta. Classificação quanto à finalidade e ao tipo São utilizadas apenas para estabelecer/interromper o fluxo (on/off), fun- cionando completamente abertas ou completamente fechadas. Quando totalmente fechadas, devem garantir o bloqueio do fluxo, com um grau de vazamento adequado ao sistema e ao fluido. Quando totalmente abertas, devem promover a mínima restrição à passagem do fluido, sendo quase sempre do mesmo diâmetro nominal da linha e com passagem interna compatível com o diâmetro interno da linha. Tipos VÁLVULA GAVETA (gate valves) VÁLVULA MACHO (plug, cock valves) VÁLVULA ESFERA (ball valves) VÁLVULA DIAFRAGMA (diaphragm valves) VÁLVULA DE COMPORTA (slide, blast valves) Unidade 1 SS VÁLVULAS DE BLOQUEIO 1 S ENA I – P E TROB RA S40 .................... São utilizadas com o objetivo de controlar o fluxo que passa pelo trecho de tubulação onde estão instaladas, podendo trabalhar em qualquer po- sição de abertura parcial. O fluxo é controlado através da variação da res- trição imposta pela válvula à passagem do fluido, com variação da aber- tura da válvula (área entre o obturador e a sede). Normalmente com diâ- metros menores do que a linha. Tipos VÁLVULA GLOBO (globe valves) VÁLVULA AGULHA (needle valves) VÁLVULA BORBOLETA (butterfly valves) VÁLVULA DE 3 OU 4 VIAS (three or four way valves) São utilizadas com o objetivo de permitir o fluxo em um único sentido. Tipos VÁLVULA DE RETENÇÃO (check valves) VÁLVULA DE RETENÇÃO E FECHAMENTO (stop-check valves) VÁLVULA DE PÉ (foot valves) Tipos VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALÍVIO (safety, relief valves) VÁLVULA DE EXCESSO DE VAZÃO VÁLVULA DE CONTRAPRESSÃO (back-pressure valves) Tipos VÁLVULAS REDUTORAS E REGULADORAS DE PRESSÃO VÁLVULA DE QUEBRA-VÁCUO VÁLVULAS DE CONTROLE OU REGULAGEM (control valves) VÁLVULAS DIRECIONAIS OU DE RETENÇÃO VÁLVULAS QUE CONTROLAM A PRESSÃO A MONTANTE VÁLVULAS QUE CONTROLAM A PRESSÃO A JUSANTE S ENA I – P E TROB RA S41 .................... 1 M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s Construção das válvulas O corpo é a parte principal, contendo a sede (área de passagem do flui- do) e as extremidades que serão conectadas à tubulação. As válvulas são peças sujeitas à manutenção e, por isso, devem ser, em princípio, facilmen- te desmontáveis, a não ser quando se exija eliminação absoluta do risco de vazamento. Os meios de ligação para válvulas são os seguintes: EXTREMIDADES FLANGEADAS Para válvulas maiores que 2" de qualquer material EXTREMIDADES ROSQUEADAS Para válvulas menores que 4" em tubulações em que não se exija elimi- nação absoluta do risco de vazamentos EXTREMIDADES PARA SOLDA DE TOPO Para válvulas de aço maiores que 2", em servi- ços com pressões elevadas ou em que se exija eliminação absoluta do risco de vazamentos EXTREMIDADES PARA SOLDA DE SOQUETE Para válvulas de aço menores que 2" em que a solda de topo é ineficiente Veja a Figura 7. Nas válvulas com corpo fino, como as gui- lhotinas, borboletas e algumas de retenção e es- fera, estas são montadas entre os flanges da própria tubulação, sendo que os parafusos de união dos flanges podem passar por fora do corpo da válvula (wafer), ou por “orelhas” no entorno do corpo (lug). O corpo é normalmente forjado para diâme- tros até 2” e fundido para diâmetros maiores. Pode também ser fabricado por usinagem de barras (para diâmetros pequenos e pressões FIGURA 7 VÁLVULA DE AGULHA CASTELO DE UNIÃO PORCA AGULHA SEDE TRAJETÓRIA DO FLUIDO CORPO E CASTELO (formam a “carcaça” da válvula) 1 S ENA I – P E TROB RA S42 .................... altas). Pode ser bipartido, encamisado (para a passagem de fluido quente que garante a não-solidificação do fluido no seu interior), ou aletado (para dissipação de calor). O castelo é montado sobre o corpo e fecha a parte superior deste, su- portando e interligando as partes móveis que controlam a abertura da válvula: o mecanismo interno e o mecanismo de acionamento. Tipos de fixação do castelo ao corpo ROSQUEAMENTO DIRETO Corpo e castelo rosqueados. Para válvulas pequenas e baixa pressão ROSQUEAMENTO POR PORCA SOLTA DE UNIÃO Montagem com sobrepostas. Para válvulas pequenas e alta pressão, per- mitindo melhor vedação MONTAGEM POR PARAFUSOS A base do castelo é aparafusada no corpo (como flanges). Utilizado para válvulas de grande diâmetro Existem vários tipos de mecanismos internos, sendo o que normalmente diferencia os tipos de válvula. Os mais comuns são compostos de uma haste que se conecta a um obturador na sua extremidade. O obturador se assenta na sede para promover o fechamento, ou se movimenta (sobre ou através da sede), proporcionando a variação da área de passagem do fluido e, com isto, o controle do fluxo. A haste pode ter um movimento de subida e descida, ou um movimento giratório. A haste atravessa o castelo, havendo assim a necessidade de um siste- ma de vedação. O principal sistema utilizado é a caixa de gaxetas con- vencional, com sobreposta e parafusos ou com porca de aperto. Em aplicações específicas com maior preocupação com vazamentos, pode-se usar engaxetamento de fole ou anéis retentores. MECANISMO INTERNO SISTEMA DE VEDAÇÃO S ENA I – P E TROB RA S43 .................... 1 M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s Os principais meios de operação são os seguintes: Operação manual Em uma operação manual, empregam-se volantes e alavancas em válvu- las de até 12”. Para válvulas maiores, usam-se os sistemas de engrenagem e parafuso sem fim, com o objetivo de suavizar a operação. Em uma operação manual de válvulas situadas fora do alcance do ope- rador, utilizam-se volantes e alavancas com correntes, ou ainda haste de extensão. Esta última também para válvulas muito quentes ou frias. Operação motorizada A operação motorizada é empregada para válvulas comandadas a distân- cia (para controle, intertravamento ou em locais perigosos), situadas em posições inacessíveis e muito grandes (que impossibilitam a operação manual). Gradativamente, vem sendo cada vez mais utilizada nas unida- des de processo, devido ao alto grau de automação exigido atualmente pela indústria do petróleo. Nos sistemas de operação motorizada hidráulica ou pneumática, a haste da válvula é comandada por um êmbolo ou um diafragma, sujeito à pres- são de óleo ou ar comprimido. O comando hidráulico é usado quase que somente para válvulas muito grandes. O comando pneumático é o siste- ma mais empregado nas válvulas comandadas por instrumentos automá- ticos (válvulas de controle). É preciso não confundir as comandadas por instrumentos automáticos com as de operação automática. Nos sistemas de operação motorizada elétrica, a haste da válvula é comandada por um motor elétrico, acionando o volante da válvula por meio de engrenagens de redução; ou por solenóide, cujo campo magnético movimenta a haste da válvula diretamente por atração. Este último éempregado apenas para pequenas válvulas, acionado por relés elétricos ou instrumentos automáticos. Operação automática (auto-operadas) Podem ser comandadas pela pressão de molas ou pela pressão do próprio fluido, ou seja, uma conexão na entrada ou na saída da válvula leva o fluido até o sistema do acionador, para que estas pressões sejam mantidas no nível ajustado. Observe a Figura 8 na página a seguir. MEIOS DE OPERAÇÃO E MECANISMOS DE ACIONAMENTO 1 S ENA I – P E TROB RA S44 .................... Particularidades dos principais tipos de válvulas São as válvulas de uso mais generalizado, por serem ba- ratas, de operação e manu- tenção simples. Elas são uti- lizadas principalmente nos serviços de bloqueio para lí- quidos em geral (desde que não sejam muito corrosivos ou voláteis), para quaisquer diâmetros e também para o bloqueio de vapor e ar em linhas de diâmetro acima de 8”. Em todos estes serviços, as válvulas de gaveta são usadas para qualquer pres- são e temperatura. As válvulas gaveta não têm um fechamento absoluta- mente estanque. Porém, na maioria das aplicações práticas, tal fechamento não é necessário. O obturador (chamado de gaveta) se desloca perpendicularmente ao sentido de escoamento do fluido, bloqueando o orifício da válvula. Quan- do completamente aberta, a perda de carga causada por este tipo de vál- vula é desprezível. Elas devem trabalhar totalmente abertas ou totalmente fechadas, isto é, são válvulas de bloqueio e não de regulagem. Quando parcialmente abertas, causam laminagem da veia fluida, acompanhada de cavitação e violenta erosão. As válvulas gaveta são sempre de fechamento lento, sendo impossível fechá-las instantaneamente. Esta é uma grande vantagem deste tipo de válvula, porque se pode controlar o efeito dos golpes de ariete. A “gaveta” pode ser em cunha ou paralela. A gaveta em cunha é de melhor qualidade e proporciona um fechamento mais seguro do que a gaveta paralela, embora esta última seja mais simples. FIGURA 8 ACIONADOR PNEUMÁTICO VÁLVULAS GAVETA S ENA I – P E TROB RA S45 .................... 1 M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s Algumas particularidades Sistemas de movimentação da haste HASTE ASCENDENTE COM ROSCA EXTERNA A haste tem apenas movimento de translação, e o volante, preso ao cas- telo por uma porca fixa, apenas movimento de rotação. A rosca da haste é externa à válvula, estando assim livre do contato com o fluido. HASTE ASCENDENTE COM ROSCA INTERNA É a disposição mais usual em válvulas pequenas e também em válvulas gran- des de qualidade inferior. O volante é preso à haste, e a rosca da haste está no castelo. A haste e o volante têm movimentos de translação e rotação. HASTE NÃO-ASCENDENTE A haste e o volante têm apenas movimento de rotação. A haste possui rosca na extremidade da parte de dentro da válvula, que gira dentro da rosca da gaveta, proporcionando seu movimento de translação. Problemas característicos durante a operação de válvulas gaveta Em caso de alta pressão, é difícil a operação de uma válvula gaveta. Pode-se usar chaves apropriadas aplicadas ao volante, ou instalar um desvio na válvula: na abertura ou fechamento da válvula utiliza-se o des- vio para evitar alto diferencial de pressão na operação As gaxetas requerem atenção: tanto a má lubrificação como o aperto demasiado podem acarretar dificuldades na operação. Pouco aperto pode provocar um pequeno vazamento com o uso A abertura ou o fechamento total da válvula pode trancá-la na posição Depósitos e defeitos na gaveta ou na sede po- dem fazer com que a válvula perca a vedação. Não se deve forçar seu fechamento ATENÇÃ0 Uma variante da válvula gaveta é a válvula de fecho rápido. Nelas, a gaveta é manobrada por uma alavanca externa, fechando-se com um movimento único da alavanca ATENÇÃ0 1 S ENA I – P E TROB RA S46 .................... Nas válvulas globo o fechamento é feito por meio do obturador em forma de tampão, que se move contra o orifício (sede) da válvula. Essas válvulas podem apresentar excelente vedação e trabalhar em qualquer posição intermediária, sendo utilizadas como válvulas de regulagem. Devido à sua forma construtiva, geram mais perda de carga que os outros tipos, mesmo estando totalmente abertas. Possuem dois obturadores em forma de tampão na mesma haste, que se movem contra duas sedes (dividindo o fluxo na entrada da válvula). São as variantes das válvulas globo, onde o tampão é substituído por uma peça cônica fina (denominada agulha), com sede também cônica, que permite um controle mais delicado da vazão. É usada em linhas de até 2”. São as variantes das válvulas globo, em “Y”. Apresentam uma haste a 45° com o corpo, e em conseqüência disso as perdas de carga ficam bastante reduzidas. Essas válvulas são muito utilizadas para bloqueio e regulagem de vapor. Nas angulares os bocais de entrada e saída fazem 90° entre si. Permi- tem perdas de cargas menores que a válvula globo comum e evitam o acúmulo de sólidos em suspensão. São as variantes das válvulas globo em que o obturador tem a forma de um copo invertido perfurado (como uma gaiola), que se movimenta den- tro da passagem da sede. Essas válvulas são empregadas para reduzir cavitação e ruído. Muito usadas para fluidos perigosos, elas fazem o bloqueio através do fechamento de um diafragma flexível sobre a sede. A haste e o sistema de acionamento ficam fora de contato com o fluido. Têm sua utilização limitada pelo material do diafragma. VÁLVULAS GLOBO VÁLVULAS GLOBO SEDE DUPLA VÁLVULAS AGULHA VÁLVULAS EM “Y” E ANGULAR VÁLVULAS GAIOLA VÁLVULAS DIAFRAGMA S ENA I – P E TROB RA S47 .................... 1 M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s Nas válvulas macho o obturador é cônico e possui um furo oblongo na vertical: o furo alinhado com a tubulação permite a passagem do fluido. A operação se dá pela rotação em 1/4 de volta da haste, girando o obtura- dor. Esse tipo de válvula é, fundamentalmente, de bloqueio para fecha- mento rápido. Quando totalmente abertas, a perda de carga é mínima. São utilizadas principalmente nos serviços de bloqueio de gases para qualquer diâmetro, temperatura ou pressão, bem como no blo- queio rápido de vapor e líquidos em geral para pequenos diâmetros e baixas pressões. São variantes da válvula macho, onde os obturadores têm furos em forma de “T”, “L” ou em cruz, com o corpo de 3 ou 4 bocais para ligação às tu- bulações. São empregadas para manobras com vários alinhamentos do fluido, simplificando a operação e diminuindo o número de válvulas co- muns necessárias. É possível conseguir, em especial em válvulas pequenas, um fechamen- to absolutamente estanque. Definidas como variantes das válvulas macho, o macho cônico é subs- tituído por um obturador esférico, deslizando na sede entre anéis re- tentores. O obturador comum possui um furo do mesmo diâmetro das conexões da válvula. As vantagens dessas válvulas sobre as de gave- ta são o menor tamanho e peso, além de melhor vedação. São bastan- te empregadas e também possuem obturadores especiais para funções de controle. As válvulas borboleta possuem um obturador em forma de disco. A operação se dá pela rotação em 1/4 de volta da haste. Quando o disco se posiciona perpendicularmente à tubulação, bloqueia o fluxo. São válvulas de regu- lagem, mas com construção especial podem ser empregadas como blo- queio. São usadas em tubulações de grande diâmetro, sujeitas a baixaspressões e temperaturas moderadas, para líquidos e gases, corrosivos e com sólidos em suspensão. VÁLVULAS MACHO VÁLVULAS DE 3 OU 4 VIAS VÁLVULAS ESFERA VÁLVULAS BORBOLETA 1 S ENA I – P E TROB RA S48 .................... São válvulas dos tipos adequados para regulagem (globo, borboleta etc.), com acionamento motorizado (atuadores), usadas em combinação com instrumentos automáticos que as comandam a distância. São uti- lizadas principalmente em acionadores pneumáticos, existindo uma gama enorme de diferentes tipos de acionadores, que se aplicam a di- ferentes necessidades. Permitem a passagem de fluido apenas em um sentido, fechando-se au- tomaticamente se houver tendência à inversão no sentido de escoamen- to, por diferença de pressões exercidas pelo próprio fluido. São, por isso, válvulas de operação automática, usadas, por exemplo, em linhas de re- calque de bombas em paralelo, para evitar o retorno de fluido através das bombas paradas, em linhas de carregamento de tanques para evitar um possível esvaziamento etc. Tipos principais de válvulas de retenção VÁLVULA DE RETENÇÃO DE PORTINHOLA Seu fechamento é feito por uma portinhola articulada, que se assenta no orifício da válvula. Essas válvulas não devem ser usadas em tubu- lações sujeitas a freqüentes inversões de fluxo, devido à tendência a vibrar fortemente. VÁLVULA DE RETENÇÃO TIPO PLUG O fechamento da válvula é semelhante ao da válvula globo, feito por meio de um tampão cuja haste desliza em uma guia interna. Essa válvula cau- sa perdas de carga muito grandes e por isso é pouco usada em linhas de diâmetros acima de 6”. Adequada ao trabalho com gases e vapores. VÁLVULA DE RETENÇÃO DE ESFERA É semelhante à válvula de retenção tipo plug, havendo porém uma esfe- ra em lugar do tampão e da haste. Apresenta fechamento mais rápido e é muito boa para fluidos de alta viscosidade. É fabricada apenas para diâ- metros de até 2”. VÁLVULAS DE CONTROLE VÁLVULAS DE RETENÇÃO S ENA I – P E TROB RA S49 .................... 1 M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s VÁLVULA DE RETENÇÃO “DE PÉ” Tipo especial usado para manter a escorva nas linhas de sucção de bom- bas. É semelhante à válvula de retenção tipo plug. VÁLVULA DE RETENÇÃO E FECHAMENTO Semelhante à válvula globo, com tampão capaz de deslizar sobre a haste. Na posição aberta, funciona como válvula de retenção tipo plug e, na posição fechada, como válvula de bloqueio. Utilizada em linhas de saída de caldeiras. Controlam a pressão a montante, abrindo-se automaticamente quando esta pressão ultrapassa um determinado valor para o qual a válvula foi ajusta- da. Resumidamente, podemos dizer que a construção dessas válvulas é semelhante à das válvulas globo angulares. O tampão é mantido fechado contra a sede pela ação de uma mola, com parafuso de regulagem. Regu- la-se a tensão da mola, de maneira que se tenha a pressão de abertura da válvula desejada. A mola pode ser interna, dentro do castelo da válvula, ou externa, pre- ferindo-se esta última disposição para serviços com fluidos corrosivos, muito viscosos, ou gases liquefeitos que possam congelar. Essas válvulas são chamadas de “válvulas de segurança”, quando des- tinadas a trabalhar com fluidos compressíveis (vapor, ar, gases), e de “vál- vulas de alívio”, quando destinadas a trabalhar com fluidos incompressí- veis (líquidos). A construção das válvulas de segurança e de alívio é semelhante. Nas de segurança a abertura total da válvula ocorre imediatamente quando o fluido atinge a pressão de ajuste, e o fechamento ocorre repentinamente quando o fluido volta a uma pressão abaixo da pressão de ajuste. Nas de alívio, a abertura é gradual, atingindo o máximo com 110% a 125% da pressão de ajuste. Elas têm um tratamento diferenciado em relação às válvulas de blo- queio, retenção e controle, pois são instaladas com o objetivo de proteger os equipamentos da unidade de sobrepressões. Há muitas causas possíveis de sobrepressão (descargas bloqueadas, ruptura de tubos de permutadores, incêndios etc.), que são analisadas durante o projeto. VÁLVULAS DE SEGURANÇA E DE ALÍVIO 1 S ENA I – P E TROB RA S50 .................... FIGURA 9 VÁLVULAS: OPERAÇÃO MANUAL E MOTORIZADA Conjunto de válvulas de segurança AtuadoresOperação manual S ENA I – P E TROB RA S51 .................... 1 M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s FIGURA 10 ALGUNS TIPOS DE VÁLVULAS Válvula globo angular Válvula globo reto Válvula de gaveta Válvula em Y Válvula sem gacheta Válvula globo de agulha Válvula reguladora de pressão (com piloto) Válvula globo de operação rápida Válvula reguladora de pressão (automática) 1 S ENA I – P E TROB RA S52 .................... VÁLVULAS E SUAS CARACTERÍSTICAS DEFINIÇÃO Válvulas são dispositivos destinados a estabelecer/interromper o fluxo em uma tubulação e tam- bém a controlá-lo se desejado. 11 RESUMO FUNÇÕES DAS VÁLVULAS Válvulas de bloqueio – Utilizadas para estabelecer/interromper o fluxo (on/off) Válvulas de controle ou regulagem – Utilizadas para controlar o fluxo Válvulas direcionais ou de retenção – Permitem o fluxo em um único sentido Válvulas que controlam a pressão a montante Válvulas que controlam a pressão a jusante 1 CONSTITUIÇÃO DAS VÁLVULAS Corpo – Conexões e sede Castelo – Suporte da haste/obturador e acionador, vedação Mecanismo interno – Haste e obturador Sistema de vedação – Caixa de gaxetas com sobreposta, engaxetamento de fole, anéis retentores Meios de operação – Manual; motorizada; auto-operadas 2 PRINCIPAIS TIPOS DE VÁLVULAS DE BLOQUEIO E CONTROLE VÁLVULAS GAVETA Bloqueio Uso generalizado, são baratas e de operação e manutenção simples Obturador em forma de gaveta (cunha ou paralela) Fechamento lento VÁLVULAS GLOBO Controle Uso generalizado Obturador em forma de tampão, que se move contra a sede Alta perda de carga VÁLVULAS GLOBO SEDE DUPLA Controle Possui dois obturadores em forma de tampão na mesma haste VÁLVULAS AGULHA Controle fino Plug cônico fino com sede também cônica VÁLVULAS EM “Y” E ANGULAR Controle Hastes a 45° e 90° com a entrada Perdas de carga reduzidas e evitam o acúmulo de sólidos em suspensão 3 VÁLVULAS GAIOLA Controle Obturador em forma de gaiola Reduz cavitação e ruído VÁLVULAS DIAFRAGMA Bloqueio de fluidos perigosos Diafragma flexível se fecha sobre a sede VÁLVULAS MACHO Bloqueio Obturador cônico com furo oblongo Fechamento rápido VÁLVULAS DE 3 OU 4 VIAS Controle e alinhamento Obturadores com furos em forma de “T”, “L” ou em cruz, com 3 ou 4 bocais VÁLVULAS ESFERA Bloqueio e controle Obturador esférico Boa vedação VÁLVULAS BORBOLETA Controle e bloqueio Obturador em forma de disco Abertura rápida S ENA I – P E TROB RA S53 .................... 1 M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s VÁLVULAS E SUAS CARACTERÍSTICAS 22 RESUMO PRINCIPAIS TIPOS DE VÁLVULAS DE RETENÇÃO VÁLVULAS PORTINHOLA Portinhola articulada VÁLVULAS TIPO PLUG Tampão cuja haste desliza em uma guia interna VÁLVULAS DE ESFERA Semelhantes às do tipo plug, havendo uma esfera em lugar do tampão e da haste VÁLVULAS “DE PÉ” Tipo plug especial para manter a escorva na sucção de bombas VÁLVULA DE RETENÇÃO E FECHAMENTO Aberta funciona tipo plug e fechada, como válvula de bloqueio VÁLVULAS DE SEGURANÇA E DE ALÍVIO Controlam a pressão a montante, abrindo-sequando esta pressão ultrapassa um valor ajustado Semelhantes às válvulas globo angulares Mantidas fechadas contra a sede pela ação de uma mola, com parafuso de regulagem VÁLVULAS DE SEGURANÇA Para fluidos compressíveis (vapor, ar, gases) Abertura imediata VÁLVULAS DE ALÍVIO Para fluidos incompressíveis (líquidos) Abertura gradual Protegem os equipamentos da unidade de sobrepressões 4 Tome NotaTome Nota Tome NotaTome Nota
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