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Direito Constitucional
Aula 5
Na aula passada estavamos ainda no direito privado e vimos que nele, o Estado não faz parte da relação jurídica. Vimos o DCiv
e o Direito Comercial, que precisa atualizar seu código comercial, código esse sem uma estrutura moderna de formulação teóri
ca dos códigos.
Vimos também que estudaremos no DCom as sociedades comerciais, os atos de comérico, a insolvência e recuperação judiciais,
os títulos de crédito, etc. Nele, o Estado não faz parte da relação política e o DC tem muito pouca relação com o DCom. Não
há princípio geral do DC que afete o Dcom.
Vamos ver outro ramo do direito privado, o Direito do Trabalho (DT). Alguns consideram o DT como direito público, e não como
privado. O professor defende que o DT é privado porque o Estado não faz parte da relação jurídica. As pessoas confundem um
direito muito regulado pelo Estado como direito público, porém, não é. O DC tem muita influência no DT mas não faz parte da
relação jurídica, ele protege muito o DT. Isso se dá, na opinião do professor, por uma razão obvial de que, por exemplo, se
colocarmos um trabalhador em situação de escolha, ele sempre troca seu trabalho por um prato de comida. Por isso, o DC inter
fere no DT, mas o Estado não faz parte da relação jurídica, só protege o trabalhador em suas normas.
Nos momentos em que o Estado é empregador de determinada pessoa e ela não é funcionária pública, ela é protegida pela CLT. O
Estado aí, entra na relação como uma pessoa jurídica comum, pois é o empregador mas não é por seu papel de Estado. Logo, nem
nesses casos, o DT é considerado público, mas sim, privado. Para o professor não é dúvida que ele seja direito privado.
Isso não significa dizer que o direito do trabalho não é muito regulado pelo aparelho do Estado. Alguns defendem que não há
razão de ter tantas normas constitucionais protegendo o trabalhador. Eles alegam que o trabalhador brasileiro já adquiriu
autonomia suficiente para não exigir uma legislação tão paternalista e protecionista. O professor discorda dessa posição
pois acredita que o livre mercado é muito cruel para o trabalhador e o DT precisa ser muito regulado pelo DC.
No DT no Brasil, temos uma Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que é um conjunto de normas jurídicas disciplinadas e tem
um status que antecede a codificação. É um agrupamento de leis esparsas que não chega a configurar um código, pois não tem
todas as organizações e disciplinas previstas em um código. Um código apresenta mais academicismo do que a consolidação.
O DT é um ramo do direito privado muito legislado pelo DC e nunca codificamos o DT. A consolidação das leis no Brasil é basea
da na Carta del Lavoro italiana, de natureza fascista, que tinha a pretenção de ter uma relação entre capital e trabalho não
conflituante, e, por isso, criaram essa carta, que foi copiada no Brasil com a CLT, que ia contrário às ideias marxistas.
(O professor repete tudo acima novamente)
Antes da década de 30, o Brasil era atrasado na questão trabalhista pois se considerava seus problemas como problemas de
polícia.
A constituição interfere de maneira intensa no DT, definindo a jornada de trabalho (que, no Brasil, constitui o chamado
3x8, definindo que o dia deve ter 8h de trabalho, lazer e descanso), o salário mínimo (ninguém pode ganhar menos do que
aquele valor fixado por uma lei federal, mas a Constituição possibilita que os estados tenham uma lei estadual para que o
salário mínimo daquele estado tenha salário mínimo maior que o estabelecido, quando existir possibilidade financeira e po
lítica.), 
Pergunta: Não existe um salário rural?
Resposta: Não
Pergunta: O soldado recruta pode ganhar menos que o salário mínimo?
Resposta: O recruta não recebe como remuneração por trabalho, por isso pode ocorrer sim.
Então, além do salário mínimo e a jornada de trabalho, temos o direito à greve, que a constituição possibilita que os trabalh
adores parem suas atividades para protestar. Quem garante esse direito é a norma constitucional. A expressão "greve" vem do
direito francês, pois os trabalhadores em Paris, ao protestar, iam para a Praça Greve. O direito à greve é prevista no Dc.
A constituição de 88 permitiu que os servidores públicos possam ter direito à greve.
Pergunta: Quando uma greve é considerada inconstitucional?
Resposta: Ela só é considerada legal ou ilegal, e quando é ilegal, o trabalhador perde o dia de trabalho monetariezado e o
sindicato pode ser multado. Ela é considerada ilegal quando não cumpre o ritual da lei, que necessita de vários passos para
se estabelecê-la, tudo regulamentado na lei.
Na constituição há as chamadas normas programáticas, que são normas que não têm eficácia plena. Por exemplo, o salário míni
mo é um salário feito para resolver os problemas do trabalhador com relação a seus direitos fundamentais, logo, ele é fictí
cio pois não se consegue contemplar tudo isso. Por isso se diz que há várias normas programáticas na constituição.
Temos também o direito às férias, que a constituição estabelece como 30 dias de descanso remunerado. O Brasil tem um dos
maiores períodos de férias do mundo, podendo o trabalhador vender 10 dias de suas férias ao empregador. A cada 12 meses
ele tem um de férias e pode vender 10 deles ao empregador.
O direito ao FGTS surgiu como nova opção ao vínculo dele à empresa após 10 anos, mas hoje em dia essa segunda opção inexiste,
logo, a cada mês se deposita um valor de 8% sobre o salário do indivíduo em uma conta vinculada e quando o empregador demite
um empregado sem justa causa é necessário pagar 40% do que está depositado acumulado do FGTS. A incidência é sobre a remunera
ção e não o salário básico.
A constituição prevê também a aposentadoria. Dito isso, devemos distinguir a constituição analítica e a sintética. A analí
tica é aquela com vários artigos que prevêem as suas normas. Será que as normas da aposentadoria deveria estar na constitui
ção ou em uma lei lateral? Ela, segundo o professor, não deveria ser prevista na constituição, mas ela é, pois nossa consti
tuição é analítica. Isso se dá pois a sociedade tende a não acreditar em normas que não estejam na constituição. Logo, faz
com que nossa constituição seja analítica. Um exemplo de constituição sintética é a americana.
O direito americano é muito importante segundo o professor, pois seus feitores não concordavam com quase nada, logo, estabele
ceram apenas as concordâncias em poucos artigos e deixou no poder judiciário o poder de resolver os conflitos diários.
Logo, a constituição brasileira é analítica, assim como a francesa. As constituições com influência francesa são analíticas.
Nós adotamos o presidencialismo, que vem do direito americano, assim como o federalismo, a suprema corte, dentre outros, logo
nosso direito é muito influenciada pelos princípios gerais do direito americano.
O professor é favorável com a aposentadoria limitada, de 35 anos de serviço. Mas dá o exemplo de sua mãe que trabalhou 25
anos que é o que a lei anterior estabelecia e se aposentou com 47, e está até hoje, com 96, ganhando aposentadoria.
Essa figura do direito constitucional estabelecer muitas regras dá a impressão que o DT é um direito público, mas não é, em
bora tenha muita regulamentação.
Agora, temos o Direito Internacional Privado (DIPr). O Direito Internacional Público (DIPu) estuda relações jurídicas entre
estados soberanos independentes. Já o DIPr estuda relações jurídicas entre empresas, pessoas jurídicas e pessoas físicas
em países diferentes. Por exemplo uma brasileira casa com um búlgaro e têm um filho, para depois se separar. O DIPr é quem
regulamenta os direitos e deveres entre essa relação entre países diferentes.
Por exemplo, há uma série de normas do DIPr regulamentando o Direito de Família. Para estabelecermos normas de direito que
regulam relações jurídicas de pessoas físicas e jurídicas internacionais, temos o DIPr, que estuda essa questão.
Logo, o que é DC?
Explicando isso, vimos a importância dele e sua posição no direito.

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