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Direito Processual Civil 19 a 24

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Delegado da Polícia Civil do Distrito 
Federal 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
 
 
 
 
 
Prof. Guilherme Corrêa 
 
Aprova Concursos 
fev/2015 
 
 
 
 
TUTELA CAUTELAR 
Cautelares nominadas 
g) Protestos, notificações e interpelações (arts. 867 
a 873, do CPC) 
 
Tratam-se de manifestações formais de 
comunicação de vontade, com o intuito de prevenir 
responsabilidade ou prover a conservação ou 
ressalva de direito. 
 
Não possuem natureza cautelar, já que não 
protegem nenhum outro processo. 
 
2 
TUTELA CAUTELAR 
Cautelares nominadas 
Na verdade, trata-se de procedimento de jurisdição 
voluntária, já que não decide nada, mas apenas 
formaliza uma vontade da parte. 
 
Não há defesa nos autos, apenas o juiz 
determinará a intimação da parte contrária. É 
pouco utilizado, mas normalmente aparece em 
casos de constituição em mora do devedor. 
 
Destaca-se o contido no art. 872, do CPC: 
 
3 
TUTELA CAUTELAR 
Cautelares nominadas 
Art. 872. Feita a intimação, ordenará o juiz que, 
pagas as custas, e decorridas 48 (quarenta e oito) 
horas, sejam os autos entregues à parte 
independentemente de traslado. 
 
Podem ser feitos de forma extrajudicial. 
 
4 
TUTELA CAUTELAR 
Cautelares nominadas 
h) Atentado (arts. 879 a 881, do CPC) 
 
Na verdade a cautelar de atentado serve para 
restabelecer o estado de fato de uma demanda. 
 
Esta cautelar visa reverter, pode-se assim dizer, o 
atentado realizado por uma das partes, entendido 
este, como a alteração do estado de fato da 
demanda. 
5 
TUTELA CAUTELAR 
Cautelares nominadas 
O art. 879, do CPC elenca as três situações em que 
se verifica o atentado e, que, portanto, enseja o 
ajuizamento da presente medida: 
 
Art. 879. Comete atentado a parte que no curso do 
processo: 
I - viola penhora, arresto, sequestro ou imissão na 
posse; (esconde bem penhorado, por exemplo) 
II - prossegue em obra embargada; 
6 
TUTELA CAUTELAR 
Cautelares nominadas 
III - pratica outra qualquer inovação ilegal no 
estado de fato. (realiza benfeitorias vultuosas em 
bem locado, durante a ação de despejo) 
 
Interessante frisar que diferentemente do que 
ocorre com as demais cautelares, a cautelar de 
atentado será ajuizada perante o juiz da causa 
originária, ainda que a demanda já esteja no 
tribunal. 
 
7 
TUTELA CAUTELAR 
Cautelares nominadas 
Por fim, destaca-se a suspensão da ação principal 
até que haja o restabelecimento da situação fática 
e a possibilidade de perdas e danos, como bem 
leciona o art. 881, do CPC: 
 
Art. 881. A sentença, que julgar procedente a ação, 
ordenará o restabelecimento do estado anterior, a 
suspensão da causa principal e a proibição de o 
réu falar nos autos até a purgação do atentado. 
 
8 
TUTELA CAUTELAR 
Cautelares nominadas 
Parágrafo único. A sentença poderá condenar o réu 
a ressarcir à parte lesada as perdas e danos que 
sofreu em consequência do atentado. 
 
 
 
 
9 
TUTELA CAUTELAR 
Cautelares nominadas 
Parágrafo único. A sentença poderá condenar o réu 
a ressarcir à parte lesada as perdas e danos que 
sofreu em consequência do atentado. 
 
 
 
 
10 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 a) Conceito 
 
O Mandado de Segurança surgiu no direito 
brasileiro por meio da Constituição de 1934, 
prevendo-se procedimento igual ao do habeas 
corpus. 
 
Atualmente, possui previsão no art. 5°, LXIX, da 
CF/88 e é regulado pela Lei 12.016/2009. 
 
 
11 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 O Mandado de Segurança pode ser conceituado 
como sendo uma Ação Constitucional à 
disposição de toda pessoa (física ou jurídica), , 
órgão com capacidade processual (mesmo que 
ausente personalidade jurídica), para a tutela 
direitos individuais líquidos e certos, não 
amparados por habeas corpus ou habeas data, 
quando o responsável pela ilegalidade for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica 
no exercício de atribuições do Poder Público. 
 
 
 
12 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 b) Espécies 
 
Quanto ao MOMENTO da impetração, o MS pode 
ser: i) preventivo (quando houver justo receio de 
lesão ao direito líquido e certo. Há que se 
demonstrar alta probabilidade da lesão ao 
direito; 
ii) repressivo (quando a lesão já ocorreu. Neste 
caso o objetivo é reparar a lesão, diferente do 
preventivo, em que o objetivo é evitar a lesão. 
 
13 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 Quanto aos LEGITIMADOS, o MS pode ser: 
i) individual (quando impetrado pelo titular do 
direito material violado ou ameaçdo 
(legitimidade ordinária); 
 
ii) coletivo (quando impetrado pelos legitimados 
extraordinários, conforme será demonstrado). 
 
14 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 c) Requisitos 
Cumpre destacar o contido no art. 1°, da Lei: 
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança 
para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas data, 
sempre que, ilegalmente ou com abuso de 
poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer 
violação ou houver justo receio de sofrê-la por 
parte de autoridade, seja de que categoria for e 
sejam quais forem as funções que exerça. 
15 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 i) Direito líquido e certo: na verdade refere-se 
aos fatos estarem devidamente provados já com 
a inicial. Ou seja, haverá direito líquido e certo 
quando a inicial estiver instruída a ponto de não 
ser necessária a produção de prova. 
 
Importante tartar da exceção contida no §1°, do 
art. 6°, da Lei 12.016/09: 
 
16 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
“No caso em que o documento necessário à prova 
do alegado se ache em repartição ou 
estabelecimento público ou em poder de autoridade 
que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de 
terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por 
ofício, a exibição desse documento em original ou 
em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento 
da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão 
extrairá cópias do documento para juntá-las à 
segunda via da petição”. 
17 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
ii) Ato passível de MS: o ato (omissivo ou 
comissivo) deve ter natureza pública. 
 
Algumas situações importantes de descabimento 
merecem destaque: 
a) atos de gestão comercial praticados por 
administradores de empresas públicas, sociedades 
de economia mista e concessionárias de serviço 
público; 
b) decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo; 
18 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
c) ato do qual caiba recurso administrativo com 
efeito suspensivo, independentemente de caução; 
ATENÇÃO: Súmula 429 (STF): A existência de 
recurso administrativo com efeito suspensivo não 
impede o uso do mandado de segurança contra 
omissão da autoridade. 
 
d) decisão judicial transitada em julgado. 
 
e) Contra lei em tese. (Súmula 266, do STF) 
 
19 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
iii) Cabimento residual: o art. 1°, da Lei 12.016/09 
deixa claro que o descabimento do MS no caso de 
cabimento de habeas corpus ou habeas data. 
 
Obs.: caso o direito de locomoção violado seja 
meio para exercício de outro direito, a açãocabível 
sera o MS e não o habeas corpus. 
20 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 d) Legitimidade 
 
i) Legitimidade ativa: 
 
Qualquer pessoa física ou jurídica, bem como os 
entes despersonalizados (massa falida, espólio, 
condomínio, etc). 
 
Importante a dicção do art. 3°, da lei: 
21 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 Art. 3
o O titular de direito líquido e certo 
decorrente de direito, em condições idênticas, de 
terceiro poderá impetrar mandado de segurança a 
favor do direito originário, se o seu titular não o 
fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando 
notificado judicialmente. 
22 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 Exemplo: concurso público, em que o terceiro 
colocado é convocado, preterindo o dois 
primeiros. Neste caso, pode o segundo colocado 
impetrar o MS, em favor do primeiro colocado, a 
fim de melhorar sua condição, desde que o 
legitimado ordinário, após notificado, não tenha 
impetrado. 
 
Hipótese de legitimação extraordinária. 
23 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 ii) Legitimidade passiva: 
 
Parte da doutrina entende que há a formação de 
litisconsórcio passivo necessário simples, entre 
a autoridade coatora e a pessoa jurídica que a 
autoridade integra. 
 
Outra parte entende que a legitimidade seria da 
pessoa jurídica e que a autoridade seria apenas 
chamada ao processo para prestar informações. 
24 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 e) Desistência 
 
É lícito ao impetrante desistir da ação de 
mandado de segurança, independentemente de 
aquiescência da autoridade apontada como 
coatora ou da entidade estatal, mesmo que já 
tenham sido prestadas as informações ou 
apresentado o parecer do MP. 
25 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 f) Competência 
 
A competência será definida em razão do órgão 
coator. 
 
Importante frisar a competência do STF e STJ no 
julgamento de MS: 
STF - contra atos do: Presidente da República, 
Mesa da Câmara ou do Senado, TCU, PGR e do 
próprio STF 
26 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 STJ - contra atos do: Ministros de Estado, 
Comandantes da Marinha, Exército e 
Aeronáutica, próprio STJ. 
27 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 g) Procedimento 
 
O MS terá prioridade de tramitação sobre todos 
os outros, salvo habeas corpus e processos 
com réu preso. 
 
Possibilidade, em caso de urgência, de 
impetração por fax, telegrama, radiograma. 
Envio do original em 5 dias. 
28 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 A petição inicial será apresentada em duas vias, 
com os documentos necessários. 
 
O juiz, ao receber a inicial poderá indeferi-la, ou 
determinar a emenda, em caso de possibilidade 
de correção do equívoco. Em caso de 
indeferimento, será cabível o recurso de 
Apelação. 
 
29 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 Caso o indeferimento ocorra em tribunal, caberá 
agravo ao órgão competente. 
 
Estando em termos a petição inicial, o juiz 
determinará a notificação da autoridade coatora, 
enviando-lhe cópia da petição inicial e os 
documentos, a fim de que preste as informações 
no prazo de 10 dias. 
30 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 Além disso, deve-se informar a pessoa jurídica 
da qual a autoridade coatora faça parte, para que 
analise se tem interesse de ingressar no feito. 
 
ATENÇÃO: É possível o ingresso de 
litisconsorte, mas sempre antes do despacho 
inicial. 
 
31 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 Expirado o prazo para apresentação de 
informações pela autoridade coatora, o juiz 
ouvirá o representante do MP, no prazo de 10 
dias. 
 
Após, com ou sem parecer, os autos serão 
conclusos para que seja proferida sentença no 
prazo máximo de 30 dias. 
32 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
h) Liminar 
A lei prevê de forma expressa a concessão da 
segurança de forma liminar: 
Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, 
quando houver fundamento relevante e do ato 
impugnado puder resultar a ineficácia da medida, 
caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir 
do impetrante caução, fiança ou depósito, com o 
objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa 
jurídica. 
 
33 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
É possível a concessão de liminar inaudita altera 
parte, salvo no MS coletivo, em que é obrigatória 
audiência com o representante judicial da pessoa 
jurídica. 
 
A decisão que concede ou não a liminar, é 
recorrível por agravo de instrumento. 
 
Deferida a liminar, aumenta-se a prioridade para 
julgamento da causa. 
34 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
Destaca-se o contido nos arts. 8°e 9°: 
 
Art. 8o Será decretada a perempção ou caducidade 
da medida liminar ex offic io ou a requerimento do 
Ministério Público quando, concedida a medida, o 
impetrante criar obstáculo ao normal andamento 
do processo ou deixar de promover, por mais de 3 
(três) dias úteis, os atos e as diligências que lhe 
cumprirem. 
35 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
Art. 9o As autoridades administrativas, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas da notificação da medida liminar, 
remeterão ao Ministério ou órgão a que se acham 
subordinadas e ao Advogado-Geral da União ou a quem 
tiver a representação judicial da União, do Estado, do 
Município ou da entidade apontada como coatora cópia 
autenticada do mandado notificatório, assim como 
indicações e elementos outros necessários às 
providências a serem tomadas para a eventual 
suspensão da medida e defesa do ato apontado como 
ilegal ou abusivo de poder. 
36 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
Outro ponto importante, que também busca a 
proteção do “interesse público” refere-se às 
situações em que é proibido o deferimento da 
liminar. 
 
Ou seja, determinados direitos não podem ser 
protegidos pela via provisória (liminar), quais sejam: 
i) compensação de créditos tributários; 
ii) a entrega de mercadorias e bens provenientes do 
exterior; 
37 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
iii) a reclassificação ou equiparação de servidores 
públicos; 
iv) a concessão de aumento ou a extensão de 
vantagens ou pagamento de qualquer natureza. 
v) que esgote no todo ou em parte o objeto da ação. 
 
Pelo fato de não ser possível liminar nestes casos, 
também não será possível a execução provisória, ou 
seja, a execução da sentença não transitada em 
julgado. 
 
38 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
Com relação aos efeitos da liminar, serão mantidos 
até prolação de sentença final, salvo se a decisão for 
cassada ou revogada. 
 
Salienta-se que em caso sentença denegatória, 
revoga-se a liminar que tenha concedido a medida, 
havendo a retroatividade dos efeitos. (Súmula 405, 
STF) 
39 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
i) Decisão, remessa necessária e recurso 
 
A sentença proferida em mandado de segurança 
possuinatureza mandamental. 
 
A sentença não condenará o vencido em 
honorários de sucumbência, apenas deverá pagar 
as despesas processuais que foram pagas. 
 
A sentença concedendo ou não a segurança, 
julgando ou não o mérito é apelável. 
40 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
Caso a competência seja de tribunal, surgem 
algumas possibilidades: 
 
i) Acórdão concedendo a segurança proferido por 
TJ ou TRF: caberá apenas R.ESP ou R.EXT, caso 
haja o atendimento dos requisitos. 
ii) Acórdão denegando a segurança proferido por 
TJ ou TRF: caberá Recurso Ordinário 
Constitucional (ROC) para o STJ. 
41 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
iii) Acórdão concedendo a segurança proferido por 
tribunal superior: caberá apenas RE, caso haja o 
atendimento dos requisitos. 
iv) Acórdão denegando a segurança proferido por 
tribunal superior: caberá Recurso Ordinário 
Constitucional (ROC) para o STF. 
 
A sentença, salvo nas hipóteses anteriormente 
mencionadas, poderá ser executada 
provisoriamente, já que os recursos em questão 
possuem efeito meramente devolutivo. 
42 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
 
Frisa-se que a sentença que concede o MS estará 
sujeita, necessariamente ao duplo grau de 
jurisdição. (remessa necessária) 
 
Não cabem embargos infringentes no MS. 
43 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
j) Suspensão da segurança 
 
Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de 
direito público interessada ou do Ministério Público e 
para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e 
à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual 
couber o conhecimento do respectivo recurso 
suspender, em decisão fundamentada, a execução da 
liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, 
sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que 
será levado a julgamento na sessão seguinte à sua 
interposição. 
44 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
Caso não haja a suspensão em razão do 
indeferimento do pedido ou do provimento do 
Agravo interposto pela parte prejudicadas, caberá 
novo pedido de suspensão ao presidente do STJ 
ou STF, dependendo da natureza da matéria em 
questão. 
45 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança individual 
 
 
k) Prazo 
A impetração do MS conta com o prazo de 120 dias, 
a contar da data de ciência do interessado, a 
respeito do ato impugnado. 
 
O prazo é decadencial, portanto, não se suspende, 
não se interrompe e nem se prorroga. 
 
Nas relações jurídicas de trato sucessivo, o prazo 
decadencial é renovado, cada vez que se verificar a 
lesão. 
46 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança coletivo 
 
 
a) Conceito 
 
Ação Constitucional para a tutela de direitos 
coletivos s tric tu s ens u e individuais homogêneos, 
líquidos e certos, não amparados por habeas 
corpus ou habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade for autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público. 
 
 
 
 
 
47 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança coletivo 
 
 
b) Objeto 
 
A tutela aqui é de direitos: 
i) coletivos s tric tu s ens u = os transindividuais, de 
natureza indivisível, de que seja titular grupo ou 
categoria de pessoas ligadas entre si ou com a 
parte contrária por uma relação jurídica básica. 
ii) individuais homogêneos = os decorrentes de 
origem comum e da atividade ou situação 
específica da totalidade ou de parte dos 
associados ou membros do impetrante. 
 
 
 
48 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança coletivo 
 
 
c) Legitimidade 
 
A legitimidade aqui é extraordinária, já que o 
sujeito, em nome próprio, busca a proteção de 
direito alheio. 
 
Os legitimados são: a) partidos políticos com 
representação no congresso nacional; b) 
organização sindical; c) entidade de classe; d) 
associação em funcionamento há pelo menos 1 
ano * (não há necessidade de autorização especial) 
 
 
 
49 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança coletivo 
 
 
ATENÇÃO: caso a associação legitimada impetre 
MS para a defesa de interesses da própria 
associação, estará atuando em nome próprio para 
a defesa de interesse próprio. 
 
Neste caso o MS será individual e em legitimidade 
ordinária. 
 
* O requisito da pré-constituição pode ser 
dispensado em caso de manifesto interesse social. 
 
 
 
50 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança coletivo 
 
 
d) Liminar 
 
Conforme dito anteriormente, a liminar inaudita 
altera parte não será possível no MS coletivo. Para 
a concessão desta, será necessária a oitiva do 
representante judicial no prazo de 72 horas. 
 
 
 
 
 
 
51 
DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Mandado de segurança coletivo 
 
 
e) Os limites da decisão 
Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença 
fará coisa julgada limitadamente aos membros do 
grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. 
§ 1o O mandado de segurança coletivo não induz 
litispendência para as ações individuais, mas os efeitos 
da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título 
individual se não requerer a desistência de seu 
mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a 
contar da ciência comprovada da impetração da 
segurança coletiva. 
 
 
 
52 
HABEAS DATA 
Conceito 
 
 Previsto no art. 5°, LXXII, da CF/88 e regulamentada 
pela Lei 9.507/97. 
É o instrumento constitucional pelo qual o 
interessado pode exigir o conhecimento do 
conteúdo de registro de dados relativos a sua 
pessoa. 
 
 
53 
HABEAS DATA 
Conceito 
 
 Também serve à retificação quando as informações 
não conferirem com a verdade, estiverem 
ultrapassadas ou implicarem discriminação, ou 
ainda, a anotação nos assentamentos do 
interessado, de contestação ou explicação sobre 
dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob 
pendência judicial ou amigável. 
 
54 
HABEAS DATA 
Objeto 
 
 Pode ser impetrada em três hipóteses: 
a) Para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registo ou banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público. 
 
b) Para a retificação de dados, quando nao se 
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo. 
55 
HABEAS DATA 
Objeto 
 
 c) Para a anotação nos assentamentos do 
interessado, de contestação ou explicação sobre 
dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob 
pendência judicial ou amigável. 
56 
HABEAS DATA 
Cabimento 
 
 Para que seja cabível o habeas data, há a 
necessidade de requerimento administrativo. 
 
Ou seja, somente em caso de tentativa frustrada na 
esfera administrativa é que será cabível o habeas 
data. (Súmula 2 STJ) 
 
Então, para que haja o interesse de agir, há a 
necessidade de recusa, dentro de um prazo 
razoável. 
57 
HABEAS DATA 
Cabimento 
 
 Importante frisar que mesmo no caso de omissão é 
possível, conforme se depreende do art. 8°, 
Parágrafo único: 
I - da recusa ao acesso às informações ou do 
decurso de mais de dez dias sem decisão; 
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do 
decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou 
III - da recusa em fazer-se a anotação, ou do 
decurso de mais de quinze dias sem decisão. 
 
 58HABEAS DATA 
Partes 
 
 i) Legitimidade ativa: toda pessoa física ou jurídica, 
nacional ou estrangeira. Não há legitimidade 
extraordinária. Tem-se admitido a impetração pelos 
herdeiros do falecido ou pelo cônjuge 
sobrevivente, a fim de obter informações sobre o 
falecido. 
ii) Legitimidade passiva: podem figurar no polo 
passivo tanto a administração pública direta ou 
indireta, quanto pessoas jurídicas de direito 
privado que mantenham banco de dados aberto ao 
público. 
 
 
59 
HABEAS DATA 
Competência 
 
 O art. 20, da Lei 9.507/97 resume a competência: 
Art. 20. O julgamento do habeas data compete: 
I - originariamente: 
a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do 
Presidente da República, das Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de 
Contas da União, do Procurador-Geral da 
República e do próprio Supremo Tribunal Federal; 
b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de 
Ministro de Estado ou do próprio Tribunal; 
60 
HABEAS DATA 
Competência 
 
 c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do 
próprio Tribunal ou de juiz federal; 
d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, 
excetuados os casos de competência dos tribunais 
federais; 
e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na 
Constituição do Estado; 
f) a juiz estadual, nos demais casos; 
 
61 
HABEAS DATA 
Competência 
 
 II - em grau de recurso: 
a) ao Supremo Tribunal Federal, quando a decisão 
denegatória for proferida em única instância pelos 
Tribunais Superiores; b) ao Superior Tribunal de 
Justiça, quando a decisão for proferida em única 
instância pelos Tribunais Regionais Federais; c) 
aos Tribunais Regionais Federais, quando a 
decisão for proferida por juiz federal; d) aos 
Tribunais Estaduais e ao do Distrito Federal e 
Territórios, conforme dispuserem a respectiva 
Constituição e a lei que organizar a Justiça do 
Distrito Federal; 62 
HABEAS DATA 
Competência 
 
 III - mediante recurso extraordinário ao Supremo 
Tribunal Federal, nos casos previstos na CF/88. 
 
63 
HABEAS DATA 
Procedimento 
 
 
Possui preferência de tramitação, com exceção dos 
mandados de segurança, habeas corpus e 
processos com réu preso. 
 
Isenção de custas judiciais. 
 
Deve ser provada na inicial a recusa ou o decurso 
de prazo (10 ou 15 dias). 
 
Notificação do órgão para que em 10 dias preste as 
informações. 
 
64 
HABEAS DATA 
Procedimento 
 
 
O indeferimento da inicial é possível, sendo cabível 
apelação. 
 
Oitiva do MP em 5 dias. 
 
Conclusão ao juiz e sentença em 5 dias. 
 
Em sendo julgado procedente o pedido, o juiz dará 
decisão nos termos do art. 13, da Lei: 
 
 
65 
HABEAS DATA 
Procedimento 
 
 
Art. 13. Na decisão, se julgar procedente o pedido, 
o juiz marcará data e horário para que o coator: 
I - apresente ao impetrante as informações a seu 
respeito, constantes de registros ou bancos de 
dados; ou 
II - apresente em juízo a prova da retificação ou da 
anotação feita nos assentamentos do impetrante. 
 
Da sentença cabe apelação somente no efeito 
devolutivo. 
66 
HABEAS DATA 
Procedimento 
 
 
Por fim, salienta-se o disposto no art. 16, da Lei: 
 
Art. 16. Quando o habeas data for concedido e o 
Presidente do Tribunal ao qual competir o 
conhecimento do recurso ordenar ao juiz a 
suspensão da execução da sentença, desse seu 
ato caberá agravo para o Tribunal a que presida. 
67 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Observações importantes 
 
 Lei 7.347/85 
Art. 2º - As ações previstas nesta Lei serão 
propostas no foro do local onde ocorrer o dano, 
cujo juízo terá competência funcional para 
processar e julgar a causa. 
Parágrafo único - A propositura da ação 
prevenirá a jurisdição do juízo para todas as 
ações posteriormente intentadas que possuam a 
mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. 
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