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Delegado da Polícia Civil do Distrito 
Federal 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
 
 
 
 
 
Prof. Guilherme Corrêa 
 
Aprova Concursos 
fev/2015 
 
 
 
 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Introdução 
 
 Regulada pela Lei 7.347/85 e pelo Título III, do 
CDC 
Art. 2º - As ações previstas nesta Lei serão 
propostas no foro do local onde ocorrer o dano, 
cujo juízo terá competência funcional para 
processar e julgar a causa. 
Parágrafo único - A propositura da ação 
prevenirá a jurisdição do juízo para todas as 
ações posteriormente intentadas que possuam a 
mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. 
2 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Introdução 
 
 Possui origem nas class actions norte-
americanas. 
 
Ação de índole constitucional para tutelas das 
violações de massa. 
 
Como dito, além de lei própria, a Ação Civil 
Pública possui regras nos arts. 81 ao 90 e 103 a 
104, do CDC (Lei 8.078/90). 
3 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Introdução 
 
 Ainda, importante salientar sobre a aplicação 
subsidiária do CPC, naquilo que for compatível. 
 
Na Ação Civil Pública, a lógica é diferente, já que 
trata de direitos com grande repercussão, o que 
autoriza um maior poder do juiz, inclusive 
deferindo medidas de urgência de ofício. 
4 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Diferenças com o MS coletivo 
 
 Uma primeira diferença que se apresenta é que 
no MS há a necessidade de prova pré-
constituída, ou seja o direito líquido e certo. 
 
Na ACP, como se trata de ação de conhecimento, 
não há a necessidade de direito líquido e certo, 
já que neste processo é possível uma ampla 
instrução probatória. 
5 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Diferenças com o MS coletivo 
 
 Além disso, a ACP não é apta para pretensões 
que envolvam tributos, contribuições 
previdenciárias, o FGTS ou outros fundos de 
natureza institucional, o que pode ser feito pela 
via do MS. 
6 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
A ACP e as políticas públicas 
 
 A ACP tem sido frequentemente utilizada como 
um mecanismo para a realização de políticas 
públicas, por meio da imposição de condutas e 
ressarcimento de prejuízo decorrentes da má 
execução destas políticas. 
 
O STJ tem-se posicionado no sentido de 
autorizar o uso da ACP como mecanismo de 
efetivação de políticas públicas. 
7 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Legitimidade ativa 
 
 
Tema importante refere-se à legitimidade para a 
propositura da ACP, a lei disciplina: 
 
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e 
a ação cautelar: 
I - o Ministério Público; 
 
A legitimidade do MP no que toca à defesa de 
interesses individuais homogêneos, é restrita a 
assuntos de grande relevância social (interesse social 
qualificado) ou direito indisponível, segundo o STF. 
 
8 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Legitimidade ativa 
 
 A Súmula 643, do STF traz um exemplo: 
“O Ministério Público tem legitimidade para promover 
ação civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade 
de reajuste de mensalidades escolares”. 
 
Outros julgados aduzem a legitimidade em questões 
como os contratos de financiamento firmados no 
âmbito do SFH; reajuste de planos de saúde; 
fornecimento de medicamentos; seguro DPVAT; 
cláusulas abusivas em contratos de aquisição de 
unidade em conjuntos habitacionais. 
 9 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Legitimidade ativa 
 
 Por fim, salienta-se a possibilidade de formação de 
litisconsórcio ativo entre o MP dos Estados, distrito 
Federal e União. (art. 5°, §5°) 
 
II - a Defensoria Pública; 
Com relação à legitimidade da DP discute-se se 
seria possível a propositura por esta, de ACP 
buscando a defesa de interesses difusos, já que 
poderia beneficiar pessoas com condições 
financeiras adequadas. 
 
10 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Legitimidade ativa 
 
 Existe a ADI 3.943, proposta pelo CONAMP 
(Associação Nacional dos Membros do MP) com o 
intuito de declarar inconstitucional a Lei 11.448/07 
que incluiu a legitimidade da DP para a propositura 
da ACP. 
 
Ainda não houve o julgamento da questão pelo STF. 
 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios; 
11 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Legitimidade ativa 
 
 IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou 
sociedade de economia mista; 
 
V - a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos 
termos da lei civil; 
ATENÇÃO: Este requisito pode ser dispensado no caso de 
manifesto interesse social, evidenciado pela dimensão ou 
característica do dano ou ainda pela relevância do bem 
jurídico a ser protegido. (§4°, do art. 5°) 
 
 12 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Legitimidade ativa 
 
 b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a 
proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem 
econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio 
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
 
Há que se verificar qual o objetivo da demanda e 
qual a finalidade da associação. 
 
13 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Legitimidade ativa 
 
 Há ainda dois outros legitimados, não 
expressamente previstos na lei, mas que detém 
legitimidade: 
 
VI – sindicatos, em defesa dos interesses da 
categoria; (art. 8°, III, da CF/88) 
 
VII – partidos políticos, em virtude da natureza 
associativa que ostentam. 
 
 
 
14 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Legitimidade ativa 
 
 Destaca-se o contido em dois parágrafos do art. 5°: 
 
§ 2º - Fica facultado ao Poder Público e a outras 
associações legitimadas nos termos deste artigo 
habilitar-se como litisconsortes de qualquer das 
partes. 
§ 3°- Em caso de desistência infundada ou abandono 
da ação por associação legitimada, o Ministério 
Público ou outro legitimado assumirá a titularidade 
ativa. 
 
 
 
15 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Legitimidade ativa 
 
 Frisa-se que os legitimados litigam na condição de 
substitutos processuais (legitimidade 
extraordinária), já que, em nome próprio, mas em 
benefício de direito alheio. 
 
Por fim, a doutrina classifica esta legitimidade como 
concorrente (existem vários legitimados) e disjuntiva 
(cada legitimado pode propor sozinho a ACP, sem 
necessidade de anuência dos demais) 
 
 
 
 
16 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 a) Inquérito civil: 
 
Antes do ajuizamento da ACP é possível ao MP 
instaurar inquérito civil ou requisitar de qualquer 
organismo público ou particular certidões, 
informações, exames ou perícias, no prazo que 
assinalar, que não pode ser inferior a 10 dias úteis. 
 
O inquérito civil possui algumas características: 
 
17 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Exclusividade: somente o MP pode instaurar. 
 
Instrumentalidade: constitui elemento de convicção 
sendo instrumento hábil ao ajuizamento de ACP 
contra agente político, sem a necessidade de 
processo administrativo. 
 
18 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Solenidade: possui regras de instauração e 
procedimento. 
 
Dispensabilidade: é uma faculdade do MP instaurar. 
Se já possui provas suficientes não precisa instaurá-
lo. 
 
Ausência de contraditório: assim como no inquérito 
penal, não há contraditório e ampla defesa. 
Obs.: Sem prazo para conclusão do inquérito civil. 
 
19 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Salienta-se que as provas colhidas no inquérito civil 
podem ser utilizadas no processo penal. 
 
Encerradas as investigações, é possível que o MP 
entenda pelo não ajuizamentoda ACP. Neste caso, note o 
que dispõe a lei: 
Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas 
as diligências, se convencer da inexistência de 
fundamento para a propositura da ação civil, promoverá 
o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças 
informativas, fazendo-o fundamentadamente. 
 
 
 
20 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 § 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de 
informação arquivadas serão remetidos, sob pena de se 
incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao 
Conselho Superior do Ministério Público. 
§ 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do 
Ministério Público, seja homologada ou rejeitada a 
promoção de arquivamento, poderão as associações 
legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, 
que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados 
às peças de informação. 
21 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 § 3º A promoção de arquivamento será submetida a 
exame e deliberação do Conselho Superior do 
Ministério Público, conforme dispuser o seu 
Regimento. 
 
§ 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a 
promoção de arquivamento, designará, desde logo, 
outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento 
da ação. 
22 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 b) Procedimento da ACP 
Propositura no local do dano. 
Obs.: em caso de direitos difusos, qualquer lugar, 
diante da indeterminação das pessoas. Observando-
se o contido no inciso II, do art. 93, do CDC: 
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é 
competente para a causa a justiça local: (...) II - no foro 
da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os 
danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as 
regras do Código de Processo Civil aos casos de 
competência concorrente. 
 
 
23 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Para fins de análise de litispendência, devem ser 
analisados os legitimados passivos, a causa de pedir 
e o pedido. 
 
Não se analisa o legitimado ativo, já que este age em 
substituição processual. 
 
24 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 A inicial da ACP segue os requisitos gerais do art. 
282 e além disso destaca-se o contido no art. 8°: 
 
Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá 
requerer às autoridades competentes as certidões e 
informações que julgar necessárias, a serem 
fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
25 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Destaca-se a possibilidade de liminar na ACP, 
conforme autoriza o art. 12: 
 
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, 
com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a 
agravo. 
 
Os requisitos são a verossimilhança e o risco de 
dano irreparável ou de difícil reparação. 
 
26 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Assim como ocorre no MS é possível a suspensão 
da decisão liminar: 
§ 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito 
público interessada, e para evitar grave lesão à ordem, 
à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o 
Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento 
do respectivo recurso suspender a execução da 
liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá 
agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 
(cinco) dias a partir da publicação do ato. 
 
27 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Eventual multa fixada na medida liminar, somente 
será exigível após o trânsito em julgado da decisão, 
sendo devida desde o dia do descumprimento. 
 
Além disso, salienta-se que é possível medidas 
cautelares na ACP. 
 
28 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Com relação às provas, o magistrado é dotado de 
grandes poderes instrutórios, podendo de ofício ou a 
requerimento das partes produzir todas as provas 
admitidas em direito. 
 
No que toca à sentença, sempre que possível deve-
se buscar a tutela específica ou o resultado prático 
equivalente, por tal razão deixa claro o art. 11 que: 
29 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 “Na ação que tenha por objeto o cumprimento de 
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz determinará 
o cumprimento da prestação da atividade devida ou 
a cessação da atividade nociva, sob pena de 
execução específica, ou de cominação de multa 
diária, se esta for suficiente ou compatível, 
independentemente de requerimento do autor”. 
 
Porém, na impossibilidade da tutela específica ou 
pelo equivalente, pode haver a tutela ressarcitória. 
30 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Questão interessante surge na execução da 
sentença. Isto dependerá dos direitos que estejam 
em jogo: 
Direitos difusos ou coletivos srictu sensu: a 
execução será feita pelo autor e o valor irá para o 
fundo de proteção destes direitos. (art. 13) 
ATENÇÃO: caso a demanda tenha sido promovida 
por entidade associativa, passados 60 dias do 
transito em julgado sem início da execução, 
qualquer outro legitimado poderá promovê-la. 
31 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Direitos individuais homogêneos: cada lesado 
deverá promover a liquidação por artigos, com 
posterior cumprimento da sentença. 
 
Antes de tratar da coisa julgada na ACP, destacam-
se outros dispositivos da lei: 
 
Art. 14. O juiz poderá conferir efeito suspensivo 
aos recursos, para evitar dano irreparável à parte. 
32 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Art. 17 - Em caso de litigância de má-fé, a 
associação autora e os diretores responsáveis pela 
propositura da ação serão solidariamente 
condenados em honorários advocatícios e ao 
décuplo das custas, sem prejuízo da 
responsabilidade por perdas e danos. 
 
33 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Art. 18 - Nas ações de que trata esta lei, não haverá 
adiantamento de custas, emolumentos, honorários 
periciais e quaisquer outras despesas, nem 
condenação da associação autora, salvo 
comprovada má-fé, em honorários de advogado, 
custas e despesas processuais . 
 
34 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Com relação à coisa julgada, cumpre tecer os 
seguintes esclarecimentos: 
 
i) A coisa julgada é secundum eventum probationis, 
com isso, em caso de improcedência pela 
insuficiência de provas, qualquer legitimado, diante 
de nova prova, poder repropor a demanda. 
ii) Tratando-se de direitos difusos, os efeitos são 
erga omnes. 
 
35 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 iii) No caso de direitos individuais homogêneos, há 
que se analisar as diversas possibilidade: 
 
iii.a) Existência de ação individual em que o 
requerente não pede a suspensão da mesma no 
prazo de 30 dias = a decisão na ACP não afeta a 
ação individual. (right opt out) 
36 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 iii.b) Existência de ação individual em que o 
requerente pede a suspensão da mesma no prazo 
de 30 dias, mas não ingressa como assistente 
litisconsorcial na ACP = em caso de procedência 
da ACP, esta decisão afeta a ação individual, 
beneficiando o autor, por meio do instituto 
denominado transporte in utilibus da coisa julgada 
coletiva. (right opt in) Já em caso de 
improcedência, a decisão na ACP não o prejudica. 
 
37 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 iii.c) Existência de ação individual em que o 
requerente pede a suspensão da mesma no prazo 
de 30 dias e ingressa como assistente 
litisconsorcial na ACP = a decisão da ACP afeta o 
indivíduo já que participou da relação processual. 
 
38DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Sobre o tema cumpre destacar dois dispositivos 
legais, do CDC e da LACP, respectivamente: 
Art. 103, § 3° Os efeitos da coisa julgada não 
prejudicarão as ações de indenização por danos 
pessoalmente sofridos, propostas individualmente 
ou na forma prevista neste código, mas, se 
procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e 
seus sucessores, que poderão proceder à 
liquidação e à execução. 
 
39 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Procedimento 
 
 Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga 
omnes, nos limites da competência territorial do 
órgão prolator, exceto se o pedido for julgado 
improcedente por insuficiência de provas, hipótese 
em que qualquer legitimado poderá intentar outra 
ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova 
prova. (críticas da doutrina) 
40 
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Termo de ajuste de conduta 
 
 § 6°- Os órgãos públicos legitimados poderão 
tomar dos interessados compromisso de 
ajustamento de sua conduta às exigências 
legais, mediante cominações, que terá eficácia 
de título executivo extrajudicial. (TAC) 
 
41 
HABEAS CORPUS 
Conceito 
 
 Remédio constitucional que busca evitar lesão 
ou restituir a liberdade de locomoção de 
qualquer pessoa. 
 
42 
HABEAS CORPUS 
Fundamento 
 
 Busca a proteção do direito constitucional de ir 
e vir (locomoção), previsto no inciso XV, do art. 
5°, da CF/88. 
 
Tem previsão expressa no inciso LXVIII, do 
mesmo artigo. 
 
 
43 
HABEAS CORPUS 
Cabimento 
 
 Trata-se de processo de cognição sumária, por 
isso a necessidade de direito líquido e certo, 
assim como no MS. Desta forma, a inicial deve 
vir acompanhada das provas necessárias. 
 
No âmbito civil, verifica-se o habeas corpus para 
coibir prisões indevidas: alimentos, depositário 
infiel, etc. 
 
 
44 
HABEAS CORPUS 
Espécies 
 
 Preventivo: ameaça de violência ou coação à 
liberdade de locomoção. Neste caso requer-se a 
expedição do salvo-conduto. 
 
Repressivo ou liberatório: violência ou coação à 
liberdade de locomoção já configurados. Neste 
caso requer-se a expedição do alvará de soltura. 
 
 
 
45 
HABEAS CORPUS 
Formalidades e legitimidade 
 
 Não há formalidades, sendo que qualquer 
pessoa (física ou jurídica), entes 
despersonalizados, poderá impetrar, mas 
sempre em favor de pessoa física (paciente). 
 
A legitimidade passiva é da autoridade coatora, 
apesar dos tribunais admitirem contra pessoas 
jurídicas de direito privado. 
 
Não se exige advogado. 
 
 
 
46 
AÇÃO POPULAR 
Conceito e fundamento 
 
 Prevista no art. 5°, LXXIII, da CF/88 e regulada 
pela Lei 4.717/65. 
 
Trata-se de instrumento posto à disposição do 
cidadão para provocar pronunciamento do 
Poder Judiciário, com o fim de invalidar atos ou 
contratos administrativos ilegais ou lesivos 
(efetiva ou ameaça) ao patrimônio público ou de 
outras pessoas jurídicas subvencionadas com 
dinheiro público. 
 
 
 
47 
AÇÃO POPULAR 
Conceito e fundamento 
 
 Destaca-se que não é possível o uso da ação 
popular para anular lei em tese, nem ato de 
conteúdo jurisdicional, assim como não pode 
ser utilizada como substituta de ação direta de 
inconstitucionalidade ou para proteger 
interesses privados, particulares ou individuais. 
 
 
 
48 
AÇÃO POPULAR 
Legitimidade 
 
 Ativa: qualquer cidadão, ou seja, aquele que está 
em gozo de seus direitos políticos, por isso na 
inicial exige-se a prova do título eleitoral ou 
outro comprovante equivalente. 
 
Passiva: ocorre a formação de litisconsórcio 
necessário simples formado por: 
 
a) pessoas jurídicas publicas ou privadas; 
 
49 
AÇÃO POPULAR 
Legitimidade 
 
 b) autoridades, funcionários ou administradores 
que houverem autorizado, aprovado, ratificado 
ou praticado o ato impugnado, ou que, por 
omissão, houverem dado ensejo à lesão; 
 
c) os beneficiários direto do ato. 
 
Interessante é a possibilidade de translatividade 
de polo, prevista no art. 6°, §3°: 
 
 
 
 
50 
AÇÃO POPULAR 
Legitimidade 
 
 § 3º A pessoa jurídica de direito público ou de 
direito privado, cujo ato seja objeto de 
impugnação, poderá abster-se de contestar o 
pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde 
que isso se afigure útil ao interesse público, a 
juízo do respectivo representante legal ou 
dirigente. “Legitimidade bifronte” 
 
51 
AÇÃO POPULAR 
Legitimidade 
 
 Os atos lesivos de outras empresas possuirão 
consequências patrimoniais de invalidez 
diferentes: 
 
Mais de 50% de dinheiro público = invalidez 
total. 
 
Menos de 50% de dinheiro público = invalidez 
limitada ao percentual de participação do 
dinheiro público. 
 
52 
AÇÃO POPULAR 
Legitimidade 
 
 O MP atuará como fiscal da lei e somente poderá 
assumir a titularidade da ação em caso de 
desistência por parte do autor popular. 
53 
AÇÃO POPULAR 
Peculiaridades do procedimento 
 
 É possível que o autor da ação solicite certidões 
ou informações para que se torne possível o 
ajuizamento da ação, devendo indicar a 
finalidade da solicitação. Tal solicitação deve ser 
atendida em 15 dias, sendo que os documentos 
somente terão validade para fins de ajuizamento 
da ação. 
 
54 
AÇÃO POPULAR 
Peculiaridades do procedimento 
 
 Em caso de não apresentação, a parte pode ajuizar 
sem tais documentos, informando em juízo a 
situação. 
 
É possível a concessão de liminar. 
 
Uma vez julgada procedente a ação, caso não seja 
proposto o cumprimento da sentença em 60 dias, o 
MP fica obrigado a, no prazo de 30 dias dar início à 
execução, sob pena de cometimento de falta grave. 
55 
AÇÃO POPULAR 
Peculiaridades do procedimento 
 
 Em caso de improcedência do pedido por falta de 
provas, qualquer cidadão com nova prova pode 
repropor a demanda; nos demais casos a coisa 
julgada é erga omnes. 
 
Não há ônus de sucumbência ao autor, salvo 
comprovação de má-fé. 
56

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