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FACULDADE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA 
CURSO DE ODONTOLOGIA 
 
 
 
KELRI CAMILLY FRANÇA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLORAÇÃO DE GRAM E ANÁLISE MICROSCÓPICA 
Muller Hinton e Salmonella Ágar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARAUAPEBAS 
2025 
 
 
KELRI CAMILLY FRANÇA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLORAÇÃO DE GRAM E ANÁLISE MICROSCÓPICA 
Muller Hinton e Salmonella Ágar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado no curso de graduação da Faculdade 
 para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia 
como requisito para a obtenção de nota da matéria de 
microbiologia. 
 
 Orientadora: Jordana Dionizio 
 
 
 
 
 
 
 
PARAUAPEBAS 
2025 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. RESUMO..……………………………………………………………………………… 3 
2. INTRODUÇÃO ..…………………………………………………………………………3 
3. OBJETIVO GERAL…..………….………………………………………………………4 
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS……………………………………………………………4 
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA………………………………………………………..4 
6. IMPORTÂNCIA PARA A ODONTOLOGIA ..……………………………………….. 5 
7. MATERIAIS UTILIZADOS ……………………………………………………………..5 
8. PROCEDIMENTO REALIZADO……………………………………………………….6 
9. RESULTADOS OBTIDOS……………………………………………………………..10 
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………………………….11 
REFERÊNCIAS…….………………………………………………………………………12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A aula prática de Microbiologia realizada em 02 de junho de 2025 teve como principal 
objetivo a aplicação da técnica de coloração de Gram em amostras previamente 
cultivadas em meios de cultura microbiológicos. As amostras analisadas incluíram 
culturas crescidas no meio Mueller-Hinton, produzidas em aula anterior (26/05/2025), 
bem como uma amostra adicional proveniente de meio Salmonella Ágar, preparada 
por outro subgrupo da turma. Após o processo de coloração, foi realizada a 
observação microscópica das lâminas com o intuito de identificar e caracterizar 
morfologicamente bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Esta atividade 
representou a continuidade lógica das práticas anteriores iniciadas em 17/05/2025 e 
fundamentou-se nos princípios microbiológicos de diferenciação celular pela 
composição da parede bacteriana. A aula reforçou a importância do domínio técnico 
da coloração de Gram para a análise microbiológica na clínica odontológica. 
PALAVRAS-CHAVE: Microbiologia; Odontologia; Coloração de Gram; Bacilos; Gram-
positivas; Gram-negativas; Mueller-Hinton; Salmonella Ágar. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A identificação precisa de microrganismos patogênicos constitui etapa 
essencial no diagnóstico clínico e no direcionamento terapêutico adequado. A técnica 
de coloração de Gram, desenvolvida por Hans Christian Gram em 1884, permanece 
como método padrão-ouro para a diferenciação inicial entre bactérias Gram-positivas 
e Gram-negativas, com base na composição estrutural de suas paredes celulares. 
Esta prática representa uma ferramenta imprescindível na formação do cirurgião-
dentista, sobretudo em contextos de infecções orais, abscessos periodontais, 
osteomielites, entre outras condições em que a etiologia bacteriana é predominante. 
Durante a aula prática realizada em 02/06/2025, foram analisadas lâminas 
bacterianas oriundas de dois diferentes meios de cultura: Mueller-Hinton Ágar e 
Salmonella Ágar, possibilitando ao estudante compreender a influência do meio no 
crescimento e na morfologia bacteriana. O Mueller-Hinton Ágar é um meio de cultura 
não seletivo e nutritivo, amplamente utilizado para testes de sensibilidade a 
antimicrobianos, devido à sua composição padronizada e capacidade de suportar o 
crescimento de diversas espécies bacterianas. Já o Salmonella Ágar é um meio 
 
 
seletivo e diferencial, desenvolvido para o isolamento de enterobactérias patogênicas, 
especialmente gêneros como Salmonella e Shigella, sendo formulado com inibidores 
para impedir o crescimento de Gram-positivos e indicadores cromogênicos que 
diferenciam colônias com base em sua atividade metabólica. 
A presente aula prática teve como escopo não apenas a execução técnica da 
coloração, mas também a integração entre cultivo bacteriano, preparo de lâminas e 
análise morfológica ao microscópio, permitindo observar diretamente as diferenças 
estruturais entre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, e a influência do meio 
de cultivo em sua expressão fenotípica. 
 
OBJETIVO GERAL 
 
Aplicar a técnica de coloração de Gram em amostras bacterianas cultivadas em 
meios específicos, observando e interpretando morfologia e características tintoriais 
sob microscopia óptica. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Realizar a coloração de Gram em amostras oriundas dos meios Mueller-Hinton 
e Salmonella Ágar; 
• Observar e distinguir morfologicamente bactérias Gram-positivas e Gram-
negativas; 
• Relacionar os achados microscópicos com a estrutura da parede celular 
bacteriana; 
• Refletir sobre a aplicabilidade clínica da técnica na prática odontológica. 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A coloração de Gram é um método diferencial que permite separar bactérias 
em dois grandes grupos: Gram-positivas e Gram-negativas. Essa distinção baseia-se 
principalmente na espessura da camada de peptidoglicano da parede celular. 
Bactérias Gram-positivas possuem uma espessa parede de peptidoglicano, que retém 
o corante cristal violeta mesmo após a lavagem com álcool, resultando em coloração 
 
 
violeta ou azul intensa. Já as Gram-negativas possuem uma parede celular mais 
delgada, composta por uma fina camada de peptidoglicano e uma membrana externa 
rica em lipopolissacarídeos, o que permite que o cristal violeta seja removido pelo 
álcool, sendo então coradas pela fucsina, adquirindo coloração rosa ou avermelhada. 
No contexto da prática odontológica, a capacidade de diferenciar rapidamente 
o tipo de bactéria envolvida em infecções orais é de extrema importância para orientar 
medidas terapêuticas, como o uso racional de antibióticos. A microbiota oral é 
composta por diferentes morfologias bacterianas, com predominância de cocos e 
bacilos, sendo estes associados frequentemente a quadros clínicos mais agressivos, 
como a periodontite avançada. 
Durante a aula, utilizou-se o meio Mueller-Hinton, cuja composição rica em 
caseína hidrolisada, amido e cloreto de cálcio proporciona um ambiente estável e 
pouco interferente, ideal para crescimento bacteriano amplo e observação 
padronizada de resposta a antibióticos. Em contraponto, o Salmonella Ágar apresenta 
agentes seletivos que inibem o crescimento de bactérias Gram-positivas e favorecem 
o desenvolvimento de enterobactérias, permitindo a diferenciação por coloração das 
colônias com base na fermentação de carboidratos ou produção de H₂S. A análise 
morfo-tintorial dessas amostras reforçou a importância da escolha do meio de cultura 
para a correta interpretação dos achados microscópicos e para a prática laboratorial 
integrada. 
 
IMPORTÂNCIA PARA A ODONTOLOGIA 
 
Na Odontologia, o domínio da microbiologia clínica, incluindo a identificação 
bacteriana por métodos como a coloração de Gram, permite ao profissional atuar de 
forma mais assertiva no diagnóstico e no planejamento terapêutico. Compreender a 
estrutura e o comportamento de microrganismos permite prevenir falhas terapêuticas, 
evitar resistência antimicrobiana e assegurar a biossegurança em ambientes clínicos. 
Além disso, a técnica reforça o raciocínio clínico laboratorial necessário na atuação 
interdisciplinar com equipes de infectologia, estomatologia e patologia bucal. 
 
MATERIAIS UTILIZADOS 
 
• Lâminas de vidro previamente identificadas com lápis dermatográfico; 
 
 
• Alça de inoculação estéril; 
• 3 pipetas estéreis; 
• Água destilada; 
• 3 beckers de plástico; 
• Corantes: cristal violeta (corante primário), solução de lugol (mordente), álcool 
(descorante), fucsina básica(corante secundário); 
• Papel toalha; 
• Microscópio óptico binocular com objetiva de imersão (100x); 
• EPI: jaleco, luvas descartáveis, touca, máscara, óculos de proteção. 
 
PROCEDIMENTO REALIZADO 
 
1. As lâminas previamente identificadas foram preparadas com amostras 
coletadas de colônias crescidas em placas de Petri com meio Mueller-Hinton 
(preparadas na aula de 26/05/2025) e em meio Salmonella Ágar (preparado 
por outro grupo). 
 
 Figura 1: alça de inoculação, placa de Petri e lâmina com Muller Hinton. 
 Fonte: autoria própria (2025). 
 
 
 
 
 Figura 2: placa de Petri com a amostra de Salmonella Ágar. 
 Fonte: autoria própria (2025). 
 
2. Utilizando alça de inoculação, pequenas porções das colônias bacterianas 
foram transferidas para o centro das lâminas, espalhadas formando um 
esfregaço. 
 
 Figura 3: lâmina após depositar a amostra de Muller Hinton. 
 Fonte: autoria própria (2025). 
 
 
 
 
 
3. Após a secagem ao ar, o esfregaço foi recoberto com cristal violeta com o 
auxílio de uma pipeta por 1 minuto e lavado com água destilada. 
4. Em seguida, aplicou-se o lugol por 1 minuto, seguido de lavagem com água 
destilada. 
5. Procedeu-se à lavagem com álcool por aproximadamente 30 segundos para 
remoção do corante primário das Gram-negativas, e imediatamente lavou-se 
com água destilada novamente. 
6. A fucsina foi então aplicada por 1 minuto como corante de contraste. Após nova 
lavagem com água destilada, as lâminas foram secas com o ar do ambiente ao 
serem depositadas em cima de um papel toalha. 
 
 Figura 4: preparação para a coloração de Gram das lâminas. 
 Fonte: autoria própria (2025). 
 
7. As amostras foram então analisadas ao microscópio óptico sob objetiva de 
imersão, utilizando-se óleo apropriado. 
 
 
 
 Figura 5: posicionamento das lâminas para visualização microscópica. 
 Fonte: autoria própria (2025). 
 
 Figura 6: observação microscópica da amostra Muller Hinton. 
 Fonte: autoria própria (2025). 
 
 
 
 
 
 
 Figura 7: observação microscópica da amostra Salmonella Ágar. 
 Fonte: autoria própria (2025). 
 
RESULTADOS OBTIDOS 
 
Na observação microscópica das lâminas preparadas com amostras do meio 
Mueller Hinton, foram visualizados bacilos com coloração roxa, indicando presença 
de bactérias Gram-positivas. As bactérias apresentaram morfologia alongada 
(bacilar), com arranjo disperso no campo microscópico. 
Já na lâmina preparada com amostra proveniente do meio Salmonella Ágar, foi 
possível identificar bacilos com características típicas de bactérias Gram-negativas. 
A coloração observada é atribuída à incapacidade da parede celular dessas bactérias 
de reter o cristal violeta após ação do álcool, permitindo coloração pela fucsina. 
Tais achados demonstraram, na prática, a eficiência da coloração diferencial 
de Gram e sua capacidade de evidenciar diferenças estruturais importantes entre 
bactérias. 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A aula prática de 02/06/2025 consolidou, de forma aplicada e reflexiva, os 
conhecimentos teóricos acerca da técnica de coloração de Gram, possibilitando a 
distinção clara entre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas com base em suas 
características tintoriais e morfológicas. A aplicação criteriosa da técnica, aliada à 
observação microscópica atenta, permite ao futuro cirurgião-dentista compreender a 
diversidade microbiológica presente no ambiente bucal e em infecções sistêmicas 
associadas. Esta prática reforça a relevância do raciocínio microbiológico na clínica 
odontológica, promovendo um olhar mais analítico, científico e ético sobre o cuidado 
com a saúde oral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 11. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2017. 
 
MADIGAN, Michael T.; BENDER, Kelly S.; BUCKLEY, Daniel H.; STAHL, David A.; 
BROCK, Thomas D. Brock: Biologia dos microrganismos. 15. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017. 
 
PELCZAR JR., Michael J.; CHAN, E. C. S.; KRIEG, Noel R. Microbiologia: 
Conceitos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1996. 
 
ANVISA. Manual de microbiologia clínica para o controle de infecção em 
serviços de saúde. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2010. 
Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br. Acesso em: 06 jun. 2025. 
 
ATLAS, Ronald M. Microbiologia básica para cursos da área da saúde. 5. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2018. 
 
SILVA, Nelson Elias da; FILHO, Ewerton Carvalho. Microbiologia oral: da biologia à 
prática clínica. São Paulo: Santos, 2011. 
 
https://www.gov.br/anvisa/pt-br

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