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* Fundição e Sinterização Professor: Juan Manuel Pardal Fundição * Introdução * A transformação dos metais e ligas metálicas em peças de uso industrial pode ser realizada por intermédio de inúmeros processos, a maioria dos quais tem como ponto de partida o metal liquido ou fundido Introdução O líquido é derramado no interior de uma forma ou molde, cuja cavidade é conformada de acordo com a peça que se deseja produzir * A “cavidade” do molde nada mais é, portanto, que um negativo da peça que se deseja fabricar Introdução De forma geral o processo de fundição faz parte das etapas do processo de fabricação de peças, pois as mesmas são submetidas a um trabalho de conformação mecânica no estado sólido O processo de fundição consiste em vazar (despejar) metal líquido em um molde contendo uma cavidade na geometria desejada para a peça final * Introdução O processo de fundição consiste em vazar (despejar) metal líquido em um molde contendo uma cavidade na geometria desejada para a peça final * Introdução O processo de fundição aplica-se a vários tipos de metais, tais como aços, ferros fundidos, alumínio, cobre, zinco, magnésio e respectivas ligas O estudo dos fenômenos de solidificação do metal líquido no interior dos moldes é de vital importância, pois impacta diretamente na qualidade das peças fundidas produzidas * Introdução - Solidificação O Atômo Ligação Iônica Ligação Covalente Ligação Metálica * Introdução - Solidificação Ligação Metálica Os elementos metálicos possuem átomos mais eletro positivos, os quais doam o cedem seus elétrons de valencia para formar uma “nuvem” de elétrons que rodeia esses átomos. Os corpos centrais (Carga +) ficam enlaçados mediante a atração mutua com os elétrons livres de carga negativa. Ex:dois átomos de alumínio cedendo três elétrons cada um * Introdução - Solidificação Ligação Metálica Os metais no estado sólido apresentam estrutura cristalina, isto é, os átomos que o constituem são dispostos de uma maneira organizada e periódica. Existe, assim, uma disposição típica dos átomos que, se reproduzindo, constitui a estrutura cristalina de um dado metal. Esta disposição típica chama-se célula unitária. * Introdução - Solidificação Ligação Metálica Nos modelos de estudo da estrutura cristalina dos metais, considerando-se os átomos como esferas, os átomos vibram em torno de suas posições de equilíbrio, definidas pela célula unitária A vibração dos átomos é função da temperatura e será tanto maior quanto maior for a temperatura do metal No estado líquido, tais átomos, além de vibrarem, não possuem posição definida, pois estão em movimento dentro do líquido * Introdução - Solidificação Ligação Metálica Nesta colisão, surge um agrupamento momentâneo de átomos, formando um núcleo , com um dado arranjo atômico (CCC, CFC, HC, etc). O núcleo é um sólido que pode crescer ou se dissolver, dependendo da temperatura do sistema. O crescimento do sólido se dá por migração de átomos do liquido para o sólido, acoplando os átomos nas posições de equilíbrio do reticulado que é específico do metal em questão Os átomos no estado líquido entram em colisão, envolvendo milhares de átomos simultaneamente. * Introdução - Solidificação Células Unitárias Cúbica de Corpo Centrado CCC Cúbica de Face Centrada CFC * Solidificação Temperatura de Fusão A temperatura de fusão é equivalente à de solidificação apenas em substâncias puras e sistemas eutéticos. Contrariamente ao senso comum, tal definição não significa que a solidificação se inicia nesta temperatura. A temperatura na qual ocorre equilíbrio termodinâmico entre um sólido e seu respectivo líquido é a temperatura de fusão * Solidificação Temperatura de Fusão A temperatura de fusão é equivalente à de solidificação apenas em substâncias puras e sistemas eutéticos. Contrariamente ao senso comum, tal definição não significa que a solidificação se inicia nesta temperatura. A temperatura na qual ocorre equilíbrio termodinâmico entre um sólido e seu respectivo líquido é a temperatura de fusão * Solidificação O estudo da solidificação envolve duas abordagens distintas. Na abordagem termodinâmica, analisam-se as energias envolvidas na solidificação enquanto na abordagem cinética, analisa-se a velocidade com que os processos (de nucleação e crescimento) acontecem. * Solidificação Fase Fase é a porção homogênea de um sistema que tem características físicas e químicas definidas, como ser um metal puro * Solidificação Fase Uma fase é identificada pela composição química e microestrutura, sendo que a interação de 2 ou mais fases em um material permite a obtenção de propriedades diferentes. Então, é possível alterar as propriedades do material alterando a forma e distribuição das fases * Solidificação Diagrama de Equilíbrio Binário Os diagramas de fase binários que utilizaremos com freqüência no estudo da metalurgia física são construídos geralmente para uma pressão de 1 atm, possuindo no eixo vertical a temperatura e no horizontal a porcentagem em peso ou atômica dos elementos que compõem o sistema binário * Solidificação Diagrama de Equilíbrio Binário * Solidificação Diagrama de Equilíbrio Binário * Solidificação Na região L (estado líquido), a temperatura diminui por efeito de transmissão de calor através do molde A temperatura aumenta a Partir de Tf -DT pelo efeito de rescalescência. Inicia-se a solidificação, através do aparecimento dos primeiros núcleos sólidos No patamar L+S há a coexistência dos estados líquido e sólido. Ao final do patamar toda a massa está solidificada (início da região S). A solidificação se inicia em uma temperatura situada no intervalo DT, portanto o líquido se encontra abaixo da temperatura de fusão ( Tf ),super-resfriado. * Solidificação Balanço de Energia – Energia de Gibbs Em sistemas sob pressão e temperatura constantes, a energia controladora do processo é a energia livre de Gibbs (G) G = H-TS Onde T é a temperatura, H é a entalpia e S a entropia da substância * Solidificação Balanço de Energia – Energia de Gibbs A entalpia (H) pode ser entendida fisicamente como uma medida da quantidade de calor existente na substância e a mesma é “estocada” na forma de amplitude de vibração dos átomos. Portanto, a medida da entalpia (unidades de energia) reflete uma medida da energia de ligação entre os átomos A entropia (S) pode ser entendida como uma medida da desorganização interna da substância, isto é, uma medida de como os átomos se arranjam. Em um líquido, os átomos se arranjam de modo desordenado enquanto em um sólido, há maior ordenação (menor entropia), pois os átomos ocupam posições regulares (formando o reticulado cristalino CCC, CFC, entre outros Sabe-se que no universo a energia é constante e que a variação da entropia é igual ou maior que zero (tendência ao desordem) * Solidificação Balanço de Energia – Energia de Gibbs A energia de Gibbs é portanto um parâmetro indicador da estabilidade em sistemas sob temperatura e pressão constantes. O sistema tende a seu estado de mínima energia livre Para o caso de transformação de fases em uma substância, trabalha-se com a variação da energia livre DG , na forma: Onde DH é a variação de entalpia e DS é a variação de entropia entre os estados da transformação (líquido e sólido) DG= G sólido – G líquido ou DG = DH-TDS * Solidificação Balanço de Energia – Energia de Gibbs DG £ G sólido – G líquido ou DG £ DH-TDS * Solidificação Balanço de Energia – Energia de Gibbs Se o sistema sob temperatura e pressão constantes tende a evoluir no sentido de minimizar a energia livre de Gibbs, temos que a variação desta energia (DG) é um valor que indica o sentido espontâneo de uma reação de acordo com: DG > 0 : Reação impossível (não ocorre) DG = 0 : Reação em equilíbrio DG < 0 : Reação pode ocorrer (sentido espontâneo) Quanto mais negativo for DG, maior a força motriz e maior a tendência de ocorrer a reação * Solidificação Termodinâmica da Nucleação A nucleação é um fenômeno que pode ocorrer com a formação de núcleos diretamente a partir do líquido (nucleação homogênea) ou com a formação de núcleos sobre superfícies pré-existentes (nucleação heterogênea) * Solidificação Nucleação Homogênea O início da solidificação ocorre com a formação de núcleos sólidos estáveis que posteriormente crescem. Para que haja formação destes núcleos, é preciso que DG£ 0 Por outro lado, a formação de um núcleo envolve duas energias: DGTOTAL= DGVOL+DGSUP £ 0 Forma mais realista de descrever geometricamente um embrião ou núcleo, pois a esfera é a figura geométrica que apresenta um mínimo de superfície para um máximo de volume * Solidificação Nucleação Homogênea O início da solidificação ocorre com a formação de núcleos sólidos estáveis que posteriormente crescem. Para que haja formação destes núcleos, é preciso que DG£ 0 A primeira é uma energia de volume (DGVOL), resultante da transformação do líquido em sólido e que é liberada pelo sistema, atuando como força motriz da solidificação Por outro lado, a formação de um núcleo envolve duas energias: A segunda é uma energia de superfície (DGSUP), pois o surgimento do núcleo implica na criação de uma interface entre sólido e líquido, que exige consumo de energia pelo sistema e atua como barreira à solidificação * Solidificação Nucleação Homogênea DGTOTAL= DGVOL+DGSUP £ 0 Uma vez que a nucleação se inicia com um certo super-resfriamento, DGVOL é sempre negativo sendo a força motriz do processo de solidificação Por outro lado, a criação da interface sólido-líquido exige consumo de energia e o DGSUP é positivo e proporcional à superfície da esfera DGTOTAL=- 4p.R3/3.(dT/Tf) Lv+ 4p.R2.gSL Lv : Calor latente de fusão (energia por unidade de volume) gSL : Tensão superf. fases sólida e líquida (energia por unidade de superfície) * Solidificação Nucleação Homogênea DGTOTAL é menor que zero para raio do núcleo igual a R1, o que sugere que o menor núcleo estável é aquele que possui raio R1 * Solidificação Nucleação Homogênea Todavia, caso se forme momentaneamente um núcleo com raio igual a R2, (onde DGTOTAL > 0), tem-se duas possibilidades: O núcleo pode perder átomos para o líquido, reduzindo seu tamanho e, consequentemente, aumentando DGTOTAL (seta 1), o que é termodinamicamente impossível O núcleo receber átomos do líquido, aumentando seu tamanho e, consequentemente, diminuindo DGTOTAL (seta 2), o que é termodinamicamente viável * Solidificação Nucleação Homogênea Então, existe um tamanho mínimo para que os núcleos possam crescer e se tornar estáveis. Este tamanho mínimo recebe o nome de raio crítico (Rc) * Solidificação Nucleação Homogênea Ao Rc corresponde um DGCRIT , que é a barreira energética a ser vencida para haver solidificação. Esta barreira energética tem origem na necessidade de criar superfície (DGSUP, que consome energia) e por isso surge a necessidade de haver um certo super-resfriamento para que o líquido acumule energia volumétrica (DGVOL, força motriz) capaz de compensar tal barreira energética * Solidificação Nucleação Homogênea Ex: Como pode ser determinado o Raio Crítico? DGTOTAL=- 4p.R3/3.(dT/Tf) Lv+ 4p.R2. gSL Derivando a seguinte equação e, igualando a zero obtém-se o raio crítico (Rc): Rc =(2.gSL.Tf)/(Lv.dT) * Solidificação Nucleação Homogênea Ex: Como pode ser determinado a DG Crítico (DGC)? DGC= (16.p. gSL.Tf2/3. Lv2.dT2) = (4/3).p.gSL.Rc2 Substituindo a equação do Rc na do DGTotal: Rc =(2.gSL.Tf)/(Lv.dT) DGc como Rc diminuem de valor na medida que aumenta o super-resfriamento térmico DGTOTAL=- 4p.R3/3.(dT/Tf) Lv+ 4p.R2. gSL * Influência do Super-resfriamento Térmico * Propriedades de Interesse na Nucleação dos Metais: * Solidificação Nucleação Homogênea (dT/Tf) aprox. 0,2 (20%) A partir da tabela, de modo geral, tem-se: (gSL) aprox. 10-8 Cal/cm2 (Lv) aprox. 102 Cal/cm3 Rc =(2.gSL.Tf)/(Lv.dT) Rc =10-7 cm = 10Å * Solidificação Nucleação Heterogênea A nucleação heterogênea ocorre quando a solidificação ocorre a partir de superfícies pré-existentes, tais como as paredes do molde ou quando da presença de partículas sólidas no líquido * Solidificação Nucleação Heterogênea Pode-se ilustrar que a superfície a ser criada pela nucleação a partir de um substrato (nucleação heterogênea) é menor, (comparada a da nucleação homogênea) Este fato facilita o processo pois exige menor energia de interface (barreira energética) * Solidificação Nucleação Heterogênea O núcleo resultante da presença de um substrato possui menor volume e portanto menor número de átomos A presença de qualquer tipo substrato não é garantia de facilitar a nucleação, pois depende da tensão superficial entre núcleo e substrato, isto é, depende da molhabilidade entre ambos que, por sua vez, depende da composição química do núcleo e do substrato. Esta molhabilidade pode ser avaliada pelo ângulo de contato A análise termodinâmica realizada para a nucleação homogênea pode ser aplicada para a nucleação heterogênea, porém substituindo-se a variável raio pela variável número de átomos (N) que constituem um núcleo * Solidificação Nucleação Heterogênea * Solidificação Nucleação Heterogênea * Solidificação Nucleação Heterogênea Caso haja molhabilidade entre líquido e substrato, a energia crítica para nucleação torna-se menor Quanto maior a molhabilidade, menor é o ângulo q e menor DGc para nucleação heterogênea * Solidificação Pode-se ilustrar esquematicamente as parcelas de energia de superfície, volumétrica e total para o caso de nucleação com (2) e sem substrato (1) * Solidificação A presença de um substrato diminui a energia de interface a ser criada (pois parte desta já existe no substrato), reduzindo a energia crítica total (de DGC1 para DGC2) e portanto o número de átomos necessários para formar o núcleo crítico (de N1 para N2), facilitando a nucleação A presença de substrato diminui o número de átomos, mas não diminui o raio crítico * Inoculantes Na maioria dos casos o Desempenho de uma peça fundida é tanto maior quanto menor for o tamanho médio dos grãos cristalinos que a constituem Na tecnologia da fundição, o refino é conseguido normalmente através da adição ou inoculação ao metal líquido de substratos heterogêneos com alta potência de nucleação sob a forma de partículas finamente divididas Os inoculantes são distribuídos uniformemente no seio de um metal líquido por meio de um veículo volátil a eles previamente mesclado * A tabela, a seguir, mostra alguns dos mais conhecidos inoculantes Inoculantes Como exemplo a inoculação simultânea do Boro e Titânio no Alumínio sob a forma de sais metálicos, do tipo halogeneto exibe uma eficiência relativa elevada. Estes elementos são previamente misturados com Hexacloroetano que atua como veiculo volátil Ao entrar em contato com o Alumínio líquido, os sais de Boro-Titânio se decompõem instantaneamente, liberando pequenos substratos que são rapidamente disseminados no volume do metal fundido por meio da ação de efervescência que resulta da volatilização contínua do hexacloroetano * * Estrutura do Lingote Conforme mencionado, os metais líquidos são vazados em moldes para obtenção de peças ou lingotes. O lingote passa posteriormente por processos de deformação plástica visando a produção de chapas, barras, perfis, entre outros Os grãos que aparecem na estrutura da peça ou do lingote podem ter diferentes tamanhos dependendo das taxas de extração de calor e gradientes térmicos em cada momento da solidificação Desenvolvimento da Macroestrutura * Estrutura do Lingote Zona coquilhada*: Região de pequenos grãos com orientação cristalina aleatória, situada na parede do molde. Próximo à parede existe maior taxa de extração de calor e portanto elevado super-resfriamento, que favorece a formação destes grãos. Os grãos da zona coquilhada tendem a crescer na direção oposta a da extração de calor. Porém algumas direções cristalinas apresentam maior velocidade de crescimento que outras Regiões de Granulação *Coquilha: São os moldes metálicos utilizados para aumentar a taxa de resfriamento do metal que solidifica dentro do molde. Coquille, em francês, significa concha * Estrutura do Lingote Zona Colunar: Região de grãos alongados, orientados na direção de extração de calor. Os grãos da zona coquilhada que possuem as direções cristalinas de maiores velocidades de crescimento alinhadas com a direção de extração de calor, apresentam aceleração de crescimento. Esta aceleração gera grãos alongados que compõem a zona colunar, situada na posição intermediária entre a parede e o centro do molde. Regiões de Granulação * Estrutura do Lingote Zona Equiaxial*: Região de pequenos grãos formados no centro do molde como resultado da nucleação de cristais ou da migração de fragmentos de grãos colunares (arrastados para o centro por correntes de convecção no líquido). Nesta região os grãos tendem a ser pequenos, equiaxiais e de orientação cristalina aleatória Regiões de Granulação *Haverá uma zona equiaxial no caso de ligas metálicas, não se manifestando este fenômeno em metais puros onde os grãos colunares crescem até o centro do molde * Estrutura do Lingote Quando um metal líquido é vazado no molde, a temperatura do líquido, a uma pequena distância das paredes, cai abaixo da temperatura de solidificação, produzindo um considerável super-resfriamento nessa região mais externa e a velocidade de nucleação heterogênea é relativamente grande. Desse modo, a taxa de nucleação de grãos é alta na zona coquilhada e os grãos crescem pouco com orientação qualquer Regiões de Granulação * Estrutura do Lingote Regiões de Granulação Na zona colunar, a taxa de nucleação é pequena e predomina o crescimento dos cristais. Logo que a nucleação se inicia na zona coquilhada, a temperatura dessa região começa a subir novamente como resultado da liberação de calor latente de fusão. Quando isso ocorre, há a diminuição da temperatura à frente da interface entre zona coquilhada e líquido. Então, os cristais da zona coquilhada presentes na interface lançam ramos cristalinos para dentro do líquido super-resfriado, iniciando a formação da zona colunar * Estrutura do Lingote Regiões de Granulação Como a maioria dos líquidos puros (monocomponentes) se contrai na solidificação, a contração do líquido no centro do lingote leva à formação de vazios Para que isso seja evitado, a prática comum é manter quente o topo do lingote, usualmente pela adição de compostos que se decompõem exotermicamente Metal Puro * Estrutura do Lingote Lingote de Al com aproximadamente 5cm de largura , mostrando a formação da linha central de contração * Estrutura do Lingote Mudanças de Estrutura Algumas vezes os grãos colunares ramificam-se e estes ramos se ramificam de novo (ramificações secundárias), podendo surgir até mesmo ramificações terciárias a partir das secundárias. Os grãos resultantes são então chamados dendritas, termo derivado da palavra grega dendron, que significa "árvore”, pois o cristal ramificado resultante tem a aparência de um pinheiro * Estrutura do Lingote Mudanças de Estrutura Seção transversal de um lingote, apresentando a solidificação de uma liga metálica * Estrutura do Lingote Dendritas Formam-se em quantidades cada vez maiores até se encontrarem Seu crescimento é impedido pelo encontro das dendritas vizinhas, originando-se os grãos e os contornos de grãos que delimitam cada grão cristalino * Estrutura do Lingote Dendritas * Fenômenos que ocorrem na Solidificação Cristalização Efeitos dos Cantos As diagonais constituem planos de maior fragilidade (a) Arredondamento dos Cantos (b) (b) (a) * Fenômenos que ocorrem na Solidificação Contração de Volume Líquida: Correspondente ao abaixamento da temperatura até o inicio da solidificação Solidificação: Correspondente à variação de volume que ocorre durante a mudança do estado líquido para o sólido Sólida: Variação de volume que ocorre no estado sólido até a temperatura ambiente Este fato influencia em sobremaneira o projeto dos modelos!!!! * Fenômenos que ocorrem na Solidificação Contração de Volume A contração verificada durante a solidificação pode ocasionar: Trinca a quente Tensões residuais * Fenômenos que ocorrem na Solidificação Contração de Volume Durante a transformação do estado líquido para sólido, ocorre um agrupamento (empacotamento) dos átomos, formando estruturas ordenadas Na maioria dos casos esta transformação é acompanhada por um aumento da densidade e, consequentemente, por uma contração, tal como ilustra a seguinte tabela (valores positivos indicam expansão) * Fenômenos que ocorrem na Solidificação Contração de Volume * Fenômenos que ocorrem na Solidificação Contração de Volume Para o controle das contrações na linha central (Vazios) coloca-se uma peça postiça de material refratário “cabeça quente” ou “massalote” Por ser de material refratário o massalote vai reter o calor por um tempo mais longo e será a seção que solidificara por último concentrando-se neste local o vazio O lingote resulta pela eliminação da sua cabeça superior * Fenômenos que ocorrem na Solidificação Contração de Volume * Fenômenos que ocorrem na Solidificação Defeitos da solidificação Denomina-se defeito da solidificação toda a heterogeneidade surgida durante o esfriamento de um material fundido. A heterogeneidade refere-se à estrutura interna do material As heterogeneidades podem ser: De natureza física (poros) De natureza química (segregações) * Defeitos da Solidificação Porosidade A presença de poros pode ser causada por fenômenos diferentes: contração de solidificação e presença de gases dissolvidos Como resultado da contração de solidificação, já abordada, surgem porosidades no material, que podem ser de dois tipos: Macroporosidades Microporosidades * Porosidade Condições para o surgimento de Micro ou Macroporosidades O fator de dependência mais determinante no tipo de porosidade é o intervalo de solidificação. Com excepção do Al, ligas metálicas com pequeno intervalo de solidificação (caso também de metais comercialmente puros) possuem dendritas pequenas na interface L-S e tendem a gerar macroporosidades Ligas metálicas com grande intervalo de solidificação (caso de alguns latões) apresentam dendritas grandes na interface L-S e tendem a gerar microporosidades * Porosidade Condições para o surgimento de Micro ou Macroporosidades * Porosidade Condições para o surgimento de Micro ou Macroporosidades * Macroporosidade É um defeito de porosidade que se caracteriza por contrações concentradas em um único ponto da peça (que é a última região a se solidificar), resultando em um vazio grande e com superfície interna rugosa (formada pelas dendritas) A forma e a localização da macroporosidade depende do tipo de extração de calor sofrido pelo molde * Macroporosidade Casos Típicos: Em peças solidificadas unidirecionalmente (p.ex. com a frente de solidificação avançando de baixo para cima), há redução das dimensões da peça em apenas uma direção. Neste caso não se forma propriamente uma porosidade (ou cavidade), mas um rebaixo na superfície da peça (denominado de “rechupe”). * Macroporosidade Casos Típicos: No caso da extração de calor ocorrer igualmente nas três direções, forma-se uma cavidade no centro da peça * Macroporosidade Casos Típicos: No caso de uma superfície extrair calor mais lentamente que as demais, forma-se um rechupe na região que se solidificou por último * Macroporosidade Como evitar/reduzir: Uso de alimentadores (denominados de “massalotes”), Após a solidificação, o massalote é separado (cortado) da peça e descartado. O material descartado pode ser reciclado em fusões posteriores * Microporosidade É um defeito de porosidade que se caracteriza por suas pequenas dimensões e por estar distribuído ao longo da peça Forma-se quando as dendritas presentes na frente de solidificação (interface L-S) são de grande tamanho. Logo, Há dificuldade do metal líquido penetrar entre as dendritas na interface L-S, devido à perda de carga. Com isto não são compensadas as contrações locais, aparecendo porosidades entre os braços das dendritas * Microporosidade Forma-se quando as dendritas presentes na frente de solidificação (interface L-S) são de grande tamanho. Logo, Há dificuldade do metal líquido penetrar entre as dendritas na interface L-S, devido à perda de carga. Com isto não são compensadas as contrações locais, aparecendo porosidades entre os braços das dendritas * Microporosidade Como evitar/reduzir: Aumentar a extração de calor na peça através do uso de resfriadores na parede do molde, ou usar moldes metálicos * Porosidade Desprendimento de Gases São bolhas de gás aprisionadas dentro da peça por causa da dissolução de gases por metais em estado líquido Mecanismo de formação: Ao se solidificarem,os metais líquidos reduzem as condições de solubilidade do gás , formando bolhas que podem ficar aprisionadas Casos típicos de ocorrência: Alumínio e aços efervescentes * Porosidade Desprendimento de Gases Ao se solidificarem,os metais líquidos reduzem as condições de solubilidade do gás , formando bolhas que podem ficar aprisionadas * Porosidade Desprendimento de Gases Como reduzir: -Adicionar materiais que possam combinar-se com o gás e formar massa sólida . Desoxidantes(Si, Mn, Al –SiO2-MnO-Al2O3) -Manter baixa a temperatura do metal líquido, minimizando assim a dissolução dos gases no metal -Fundir sob condições de vácuo -Borbulhar gás inerte (argônio,nitrogênio) no metal líquido arrastando os gases dissolvidos para fora da massa de metal. * Porosidade Desprendimento de Gases Possível Efeito Benéfico (Chiaverini): Em aços baixo carbono, na forma de lingotes a serem forjados ou laminados, as bolhas não são prejudiciais, pois elas, às temperaturas de conformação mecânica, principalmente para a fabricação de chapas, têm suas paredes soldadas. A rigor, essas bolhas podem ser até mesmo desejáveis. * Fenômenos que ocorrem na Solidificação Defeitos da solidificação Denomina-se defeito da solidificação toda a heterogeneidade surgida durante o esfriamento de um material fundido. A heterogeneidade refere-se à estrutura interna do material As heterogeneidades podem ser: De natureza física (poros) De natureza química (segregações) * Defeitos da Solidificação Segregações -Heterogeneidade Química É a distribuição heterogênea de elementos de liga e impurezas dentro da estrutura do material provocada pela solidificação fora das condições previstas pelo diagrama de equilíbrio * Segregações Origem da Segregação A solidificação de ligas metálicas ocorre em geral conforme a faixa de temperaturas mostrada na figura (exceto no caso de ligas eutéticas) * Segregações Origem da Segregação O metal ao ser resfriado atinge a temperatura liquidus. Nesta temperatura surgem os primeiros núcleos sólidos Na continuidade surgem mais núcleos e crescem os núcleos existentes. Em condições de equilíbrio (resfriamento lento) , cada partícula sólida na mistura L+S possui a composição correspondente à linha solidus. Por sua vez o líquido tem a composição ditada pela linha liquidus * Segregações Origem da Segregação O primeiro sólido formado possui 52% de Ni Durante a solidificação, a composição se altera de 52 a 40% de Ni, que é a composição média original da liga Como resultado a composição química nestas condições é homogênea ao longo do grão Na maioria dos casos reais a velocidade de solidificação não é baixa o suficiente para garantir as condições de equilíbrio * Segregações Caso real de resfriamento em situação de não equilíbrio As partículas formadas terão, ao crescerem, diferentes composições na periferia e no núcleo Observa-se que a temperatura na qual termina a solidificação é inferior àquela obtida sob condições de equilíbrio A composição do sólido, ao invés de seguir a linha solidus segue a linha tracejada devido à falta de tempo para homogeneização da composição ao longo do grão * Segregações Caso real de resfriamento em situação de não equilíbrio O resultado final é que os grãos formados possuem um gradiente de composição química, isto é, a composição varia do centro para a periferia do núcleo Ocorre formação de zonas de distintas composições químicas dentro do grão, C1,C2,C3,C4,C5, Não se tratam de grãos concêntricos, pois não há contornos de grão entre uma zona e outra. As zonas situam-se dentro do grão e freqüentemente não são perceptíveis em exame microscópico * Segregações Consequências O último líquido a se solidificar que se situa no contorno de grão, tem temperatura de fusão mais baixa que o resto do material, inclusive do que aquela prevista pelo diagrama de equilíbrio No caso de um reaquecimento da peça (por exemplo, no tratamento térmico posterior), pode ocorrer fusão (localizada) da região do contorno de grão, enquanto o centro do grão permanece sólido A fusão localizada do contorno recebe o nome de liquação e resulta em intensas distorções dimensionais na peça (grandes empenhamentos) chegando a inutilizá-las * Segregações Consequências A presença de impurezas, tais como S e P, tende a agravar o fenômeno, na medida em que as mesmas tendem a serem rejeitadas, durante a solidificação, dos núcleos sólidos para o líquido remanescente, resultando em concentrações elevadas nos contornos de grão * Segregações Outros Tipos de segregação Além do zonamento (que é uma microssegregação), existem outros tipos de heterogeneidades químicas Macrossegregação (normal e inversa): Segregação gravimétrica * Macrosegregação Outros Tipos de segregação A macrosegregação tem a mesma origem da microsegregação causada pela rejeição de soluto do sólido para o líquido durante a solidificação. A diferença está no fato de que a macrosegregação ocorre ao longo da peça (e não apenas dentro do grão) Uma vez que a solidificação ocorre da parede do molde para o centro da peça, é comum que ocorra aumento da concentração de solutos da periferia para o centro da peça. Este tipo de macrosegregação é denominada de segregação normal Como a macro e a microsegregação tem a mesma origem, as peças fundidas costumam ter simultaneamente ambos os tipos de heterogeneidade * Macrosegregação Segregação em Peças Laminadas e Forjadas Propriedades mecânicas diferentes ao longo da peça Presentes nas zonas de menor tensão * Segregação Ocorre quando a composição química da liga é tal que, durante a solidificação formam-se fases sólidas com densidades muito diferentes Durante a solidificação em ferros fundidos nodulares, forma-se primeiro a grafita (baixa densidade) no metal líquido (maior densidade). Portanto a grafita tende a boiar (fenômeno denominado de flotação). As grafitas flotantes podem movimentar-se e alinharem-se na peça, criando uma região de concentração Segregação gravimétrica * Segregação As grafitas flotantes podem movimentar-se e alinharem-se na peça, criando uma região de concentração Segregação gravimétrica * Considerações na Realização de Peças Fundidas Desenho da Peça Qualquer seja o processo de fundição adotado deve ser considerado: Projeto do Modelo Confecção do Molde (Moldagem) Fusão do Metal Confecção do Modelo (Modelagem) Vazamento no Molde Limpeza e Rebarbação Controle de Qualidade * Desenho das Peças Fundidas Projetar a peça levando em consideração os fenômenos que ocorram na solidificação do metal líquido no interior do molde Os fatores a considerar para evitar defeitos no interior do molde são: Estrutura Dendrítica Tensões de Resfriamento Espessura das Paredes * Desenho das Peças Fundidas Projetar a peça de modo que haja uma variação gradual das diversas secções que a compõem, evitando-se cantos vivos e mudanças bruscas Recomendações * Desenho das Peças Fundidas Paredes muito finas não se enchem bem de metal líquido Considerar espessuras mínimas das paredes Em certas ligas, como ferro fundido, as paredes finas propiciam um resfriamento mais rápido podendo resultar em locais com dureza elevada devido à influencia que a velocidade de resfriamento exerce sobre a estrutura Recomendações * Espessuras Mínimas das Paredes * Desenho das Peças Fundidas Prever conicidade para melhor confecção do molde O chamado “ângulo de saída” recomendado é de 3 graus Recomendações No processo de areia verde o destacamento do modelo pode destruir o molde * Projeto do modelo O modelo geralmente é feito em madeira , mais comumente em cedro. Outros tipos de madeiras utilizadas são: Imbuia, Peroba, Pinho e Pau-marfim Para produção seriada, em que são utilizadas máquinas de moldar, o material mais comum para confecção dos modelos é o alumínio, devido a sua leveza e usinabilidade * Projeto do modelo Os modelos são utilizados em uma única peça, sobretudo quando se trata de moldar e fundir peças volumosas, ou são montados em placas quando a produção é seriada e a peça de menores dimensões. O Modelos em placa facilitam a utilização de máquinas de moldar Considerar o Volume de Produção A partir do volume de produção depende a escolha do material do modelo – Madeira ou Metal - e de sua montagem em placa ou não * Projeto do modelo O modelo sempre será maior dependendo, considerando-se uma margem dimensional dependendo da liga a ser fundida Considerar a Contração do Metal ao Solidificar * Projeto do modelo Principais recomendações no projeto e confecção dos modelos * Projeto do modelo Eliminar Rebaixos para Facilitar a moldagem * Projeto do modelo Deixar sobremetal para usinagem posterior * Projeto do modelo Divisão do Modelo As linhas divisórias do modelo devem ser feitas em um mesmo nível tanto quanto possível. A linha divisória representa a linha das partes que formam a cavidade superior e a cavidade inferior do molde A linha divisória em a) não é reta e a peça torna-se mais difícil de fundir do que se fosse em b) * Projeto do modelo Estudar adequadamente a localização de Machos A localização de machos é função do tipo e forma de peça a ser produzida. O macho vai corresponder às cavidades que são necessárias nas peças fundidas, principalmente orifícios. Seu papel no molde é, por tanto, ao contrario do modelo em si, formar uma secção cheia onde o metal não penetra, de modo que, uma vez fundida, a peça apresente vazio naquele ponto. Assim sendo, o modelo deve prever partes salientes que permitam a colocação dos machos no molde * Projeto do modelo Estudar adequadamente a localização de Machos * Projeto do modelo Prever a colocação de canais de vazamento Disposição e Nomenclatura normalmente utilizada * Projeto do modelo * Projeto do modelo * Confecção do Molde ou Moldagem O molde é o recipiente que contem a cavidade ou cavidades com a forma da peça a ser fundida e no interior das quais vai se vazado o metal líquido A fase de moldagem permite distinguir os vários processo de fundição, os quais são classificados como: Molde de Areia ou Temporário, por gravidade Areia Verde Areia Seca Areia Cimento Areia de Macho * Confecção do Molde ou Moldagem O molde é o recipiente que contem a cavidade ou cavidades com a forma da peça a ser fundida e no interior das quais vai se vazado o metal líquido A fase de moldagem permite distinguir os vários processo de fundição, os quais são classificados como: Molde metálico ou permanente Por Gravidade Sob Pressão Moldagem pelo processo CO2 Fundição por Centrifugação Fundição de Precisão Em casca Cera Perdida (de Investimento) * Moldagem em Areia O molde deve “preencher” uma serie de requisitos Devem apresentar resistência suficiente para suportar o peso do metal líquido; ação erosiva do metal líquido no momento do vazamento; gerar a menor quantidade gás possível de modo evitar erosão do molde e contaminação do metal devendo também facilitar a purga de gases gerados para a atmosfera * Moldagem em Areia Caixa de Moldagem Constituída de uma estrutura geralmente metálica de suficiente rigidez para suportar o socamento da areia na operação de moldagem, assim como a pressão do metal liquido durante a fundição Geralmente é construída em duas partes: Caixa superior é inferior e os modelos são montados em placa As caixas são dotadas de pinos e orelhas para sua centralização em relação ao modelo * Moldagem em Areia Verde Confeccionada a cavidade do molde, o metal é imediatamente vazado em seu interior É o processo mais simples e mais generalizados em fundições. Consiste em compactar, manualmente ou empregando máquinas de moldar uma mistura refrataria plástica sobre o modelo colocado ou montado na caixa de moldar A mistura refrataria plástica é também chamada de areia de fundição composta essencialmente de areia silicosa, argila e água * Moldagem em Areia Verde Seqüência de Operações no Processo de Areia Verde Compactação utilizando soquete ou martelo pneumático * Moldagem em Areia Verde Seqüência de Operações no Processo de Areia Verde Colocação da outra metade da caixa de moldagem contendo os modelos do alimentador e do canal de vazamento, logo procede-se à compactação Se retiram os modelos dos canis A e B * Moldagem em Areia Verde Seqüência de Operações no Processo de Areia Verde Abertura das Bacias do Alimentador e do Canal de Vazamento Abertura do Canal de Entrada e Retirada do Modelo da Peça * Moldagem em Areia Verde Seqüência de Operações no Processo de Areia Verde Fechamento da Caixa e Vazamento do Metal Fundido Se retira a peça e cortam-se os canais * Moldagem em Areia Verde * Moldagem em Areia Verde A areia de fundição deve apresentar certas características que permitam uma moldagem fácil e segura Plasticidade e Consistência Para a determinação dessas e outras características se procedem a ensaios de laboratório Moldabilidade Dureza Refratariedade * Moldagem em Areia Verde Os componentes de uma areia de fundição são os seguintes: Areia É o constituinte básico no qual devem ser consideradas às características de pureza, granulometria (tamanho, dureza, forma, refratariedade, permeabilidade e expansividade) Argila Constitui o aglomerante usual nas areias de fundição sintéticas (especialmente preparadas) Carvão Moído Utilizado eventualmente para melhorar o acabamento das peças fundidas * Moldagem em Areia Verde Os componentes de uma areia de fundição são os seguintes: Dextrina Aglomerante orgânico, para conferir maior resistência mecânica à areia quando secada (estufada) Farinha de Milho Gelatinizada (Mogul) Melhora a qualidade de trabalhabilidade da areia Breu em Pó Utilizado como aglomerante que confere, principalmente em areia seca, grande resistência mecânica Serragem Atenua os efeitos da expansão * Moldagem em Areia Verde Uma composição típica de areia sintética de fundição é (partes em peso): Areia: 100 Argila: 20 Água:4 Areias para Machos: Devem apresentar alta resistência depois de estufadas (150-250ºC) exibindo alta dureza, permeabilidade e inalterabilidade Estão constituídas por areia natural, água, aglomerantes tais como silicato de sódio, cimento portland, piche (substancias betuminosas), melaços (resultante do processo de centrifugação da açúcar), farina mogul, óleos, etc * Moldagem em Areia Verde Machos * Moldagem em Areia Verde Machos * Moldagem em Areia Verde Exemplo de Utilização Machos * Moldagem em Areia Verde Preparação da Areias: As areias de fundição são preparadas em misturadores especiais, onde os componentes são inicialmente misturados secos (durante 2 a 3 minutos), seguindo-se a mistura úmida pela adição aos poucos de água ate completa homogeneização da mistura A areia usada é, geralmente, reaproveitada chegando-se a obter alto índice de recuperação (98%). Logo, após a desmoldagem, a areia deve ser peneirada e, a seguir, levada novamente ao misturador * Moldagem em Areia Verde Processo Mecânico Empregam-se máquinas de compressão, impacto, vibratória, de projeção centrifuga, entre outras Empregadas em fundições modernas de produção seriada * Moldagem em Areia Verde Processo Mecânico Processo Vibratório * Moldagem em Areia Verde Processo Mecânico Compressão da areia no interior da caixa de moldar de modo que seu nível fique mais baixo do que a altura da caixa * Moldagem em Areia Verde Processo Mecânico Enchendo o molde com excesso de areia, comprimindo e nivelando de acordo com a altura da caixa * Moldagem em Areia Seca ou Molde Estufado Características Neste caso a areia deve conter aditivos orgânicos para melhorar suas características A secagem tem lugar em estufas apropriadas em temperaturas que variam entre 150 a 300ºC Em comparação ao processo úmido, este processo possui maior resistência à pressão do metal liquido, maior estabilidade dimensional, dureza, permeabilidade e melhor acabamento da peça fundida sendo aplicado a peças de qualquer dimensão ou peso * Moldagem em Areia Seca ou Molde Estufado * Processo de Moldagem Plena Características Neste processo são empregados modelos de espuma de poliestireno. Blocos e chapas desse material podem ser cortados, gravados e colados em formatos variados. Como seu peso é muito pequenos (16 Kg/m3), permitem a confecção de modelos de grandes dimensões A moldagem é conduzida do mesmo modo que a empregada quando se tem modelos de madeira, embora se recomende menor pressão durante a moldagem. Quando o metal líquido é derramado no interior do molde, ele vaporiza o poliestireno e preenche os espaços vazios * Processo de Moldagem Plena Características Algumas das vantagens do processo são: minimização de ângulos de saída , pouca ou nenhuma quantidade de aglomerante misturada na areia e redução drástica da quantidade de machos As desvantagens eventuais se relacionam com o gás gerado que pode ocasionar alguns problemas e com o acabamento da superfície que, em geral, é mais grosseiro do que o obtido na moldagem normal * Moldagem em Molde Metálico Características Os processos que empregam moldes metálicos são: Fundição em Molde Permanente Fundição Sob Pressão * Moldagem em Molde Metálico Moldes Permanentes A aplicação mais conhecida é a de fundição de lingotes, ou seja, peças de forma regular, cilíndrica ou prismática, que irão ter posterior processamento Os moldes, nesse caso, são chamados de “lingoteiras” * Moldagem em Molde Metálico Lingoteiras Vertical Horizontal * Moldagem em Molde Metálico Lingoteiras Em geral, as lingoteiras são inteiriças, ou com o fundo constituído de uma placa sobre a qual o corpo da lingoteira se apóia Os tipos verticais são empregadas, geralmente,para a fundição de lingotes de aço, entretanto, as horizontais são muito utilizadas para metais e ligas não ferrosas * Moldagem em Molde Metálico Lingoteiras A lingoteira inteiriça é empregada principalmente quando se utiliza ”cabeça quente” ou “massalote” o que facilita a extração do lingote solidificado Normalmente, o vazamento do metal líquido é feito pela parte superior da lingoteira. Entretanto, são empregadas também lingoteiras com enchimento pelo fundo, através de canais de vazamento. Essa técnica propicia um enchimento mas uniforme do metal no interior da lingoteira * Moldagem em Molde Metálico Lingoteiras Em certos casos são empregados moldes permanentes mistos como mostrado na figura Os moldes permanentes são geralmente feitos de aço ou ferro fundido. Em alguns casos empregam-se ligas de cobre como bronzes (Cu-Sn) * Moldagem em Molde Metálico Lingoteiras Pelo processo de molde permanente utilizando a ação da gravidade muito tipos de peças são produzidas O molde consiste em duas o mais partes que são convenientemente alinhadas e fechadas, de modo a formar a cavidade correspondente à forma desejada da peça. Depois de que a peça solidifica, o molde é aberto e a peça retirada manualmente Aplicado em Ligas de Aluminio, Magnesio, Cobre, Zinco e Ferro fundido cinzento * Moldagem em Molde Metálico Lingoteiras * Moldagem em Molde Metálico Lingoteiras Em ligas de alumínio, pode-se produzir peças com até cerca de 300Kg de peso, no caso do ferro fundido cinzento, o processo deixa de ser prático para peças de peso superior a cerca de 15Kg As peças comparadas com as produzidas em moldes de areias, apresentam maior uniformidade, melhor acabamento superficial, tolerâncias dimensionais mais estreitas e melhores propriedades mecânicas * Moldagem em Molde Metálico Lingoteiras Geralmente, o processo é limitado a peças de dimensões relativamente pequenas, devido ao alto custo do molde, por essa mesma razão, o processo não se recomenda para pequenas series Nem todas as ligas metálicas podem ser fundidas em moldes permanentes e, finalmente, formas muito complexas dificultam o projeto do molde e tornam difícil a extração da peça de seu interior * Moldagem em Molde Metálico * Moldagem em Molde Metálico Fundição Sob Pressão Consiste em forçar o metal líquido, sob pressão, a penetrar na cavidade do molde, chamado matriz. A matriz é metálica, portanto, de natureza permanente e, assim ser usada, inúmeras vezes Devido à pressão e à conseqüente alta velocidade de enchimento da cavidade do molde, o processo possibilita a fabricação de peças de formas bastante complexas e de paredes mais finas que os processos por gravidade permitem * Moldagem em Molde Metálico Fundição Sob Pressão A matriz é geralmente construída em duas partes que são hermeticamente fechadas no momento do vazamento do metal líquido Ela pode ser utilizada fria ou aquecida à temperatura do metal liquido, o que exige materiais que suportem essas temperaturas * Moldagem em Molde Metálico Fundição Sob Pressão O metal é bombeado na cavidade da matriz e sua quantidade deve ser tal que não só preencha inteiramente essa cavidade, como também os canais localizados em determinados pontos para evasão de ar. Esses canais servem igualmente para garantir o preenchimento completo das cavidades da matriz. Simultaneamente produz-se alguma rebarba Enquanto, o metal solidifica, mantém-se a pressão durante um certo tempo, até que a solidificação se complete A seguir a matriz é aberta e a peça é expelida. Procede-se, então, a limpeza da matriz é a sua lubrificação para posterior realização de um novo ciclo * Moldagem em Molde Metálico Fundição Sob Pressão Produção de peças mais complexas que no caso de fundição por gravidade Vantagens Produção de peças de paredes mais finas e tolerâncias dimensionais mais estreitas Produção de peças praticamente acabadas Alta capacidade de produção Utilização da mesma matriz para milhares de peças produzidas, sem existirem variações significativas com o decorrer da produção * Moldagem em Molde Metálico Fundição Sob Pressão Algumas ligas, tais como a de Alumínio, apresentam maiores resistência qu se fundidas em areia Vantagens As dimensões das peças são limitadas (5-25 Kg) As peças fundidas sob pressão podem ser tratadas superficialmente , por revestimentos superficiais, com um preparo mínimo da superfície Dificuldade de evasão de ar (Porosidade) Desvantagens Alto custo. Efetivo para altos volumes de produção Geralmente , empregado para ligas cuja temperatura de fusão não seja superior à de ligas base cobre * Moldagem em Molde Metálico Fundição Sob Pressão Câmara Quente: Quando o cilindro e pistão são colocados no banho de metal fundido Baixa temperatura de fusão não atacando ao conjunto (Pistão-Cilndro) * Moldagem em Molde Metálico Fundição Sob Pressão A capacidade de produção varia entre 50 e 500 peças por hora As peças fundidas vão de poucas gramas até 25 Kg Câmara Quente: Quando o cilindro e pistão são colocados no banho de metal fundido * Moldagem em Molde Metálico Fundição Sob Pressão Empregadas para fundir sob pressão alumínio, magnésio e ligas de cobre Possui um orifício de vazamento no topo da câmera Câmara Fria: Quando o metal fundido ataca o sistema de bombeamento * Moldagem em Molde Metálico Fundição Sob Pressão * Fundição por Centrifugação Consiste em vazar o metal liquido em um molde dotado de movimento de rotação, de modo, que a força centrifuga origine uma pressão além da gravidade, a qual força o metal liquido ao encontro com as paredes do molde onde solidifica Tubos de ferro fundido para linhas de suprimento de água * Fundição por Centrifugação A máquina consiste em um molde metálico cilíndrico, montado em roletes, de modo que possa se implementar um movimento de rotação O cilindro é rodeado de camisas de água estacionaria , montadas sobre rodas, de modo a permitir que o conjunto se movimente longitudinalmente * Fundição por Centrifugação Sistema Vertical de Centrifugar * Fundição por Precisão Os processos de fundição de precisão utilizam um molde obtido pelo revestimento de um modelo consumível com uma pasta ou argamassa refrataria que endurece à temperatura ambiente ou mediante adequado aquecimento Uma vez endurecida essa pasta refratária, o modelo é consumido ou inutilizado. Tem-se assim uma casca endurecida que constitui o molde propriamente dito, com as cavidades correspondentes à peça que se deseja produzir * Fundição por Precisão Vazado o metal líquido no interior do molde e solidificada a peça correspondente, o molde é igualmente inutilizado Assim ao contrario do que ocorre na fundição em areia verde, onde o modelo é usado inúmeras vezes e o molde é inutilizado, nos processos de fundição de precisão, tanto o modelo como o molde são inutilizados O modelo consumível é confeccionado a partir de matrizes, cujas cavidades correspondem à forma do modelo. Essa matriz é praticamente permanente * Fundição por Precisão Vantagens do Processo Capacidade de produção de peças complexas O processo permite rigoroso controle do tamanho e contornos dos grãos, solidificação direcional e orientação granular, o que resulta em controle mais preciso das propriedades mecânicas As peças podem ser produzidas praticamente acabadas, necessitando pouca ou nenhuma usinagem posterior, o que torna mínima a importância de adotarem-se ligas fáceis de usinar Maior precisão dimensional e menor rugosidade superficial * Fundição por Precisão Desvantagens do Processo As dimensões e o peso são limitados, por questões econômicas, físicas e pela capacidade do equipamento disponível. O peso recomendado para as peças fundidas por precisão não deve ser superior a cerca de 5 kg O investimento inicial para peças maiores (de 5 a 25 Kg) é normalmente muito elevado * Fundição por Precisão Exemplos de Peças Obtidas Peças estruturais da industria aeronáutica (alumínio e Aço inoxidável) Equipamentos aeroespaciais (aço inoxidável, alumínio) Peças estruturais para motores de avião (aço inoxidável e ligas resistentes ao calor) Motores elétricos (aço doce, ligas cobre-berílio, latão ao silício, aço inoxidável, cobre) Turbinas a gás (aço inoxidável, ligas de níquel, ligas resistentes ao calor e ao desgaste) * Fundição por Precisão Processo “Cera Perdida” A cera é injetada na matriz para confecção dos modelos Os modelos de cera endurecida são ligados a um canal central Um recipiente metálico é colocado ao redor do grupo de modelos * Fundição por Precisão Processo “Cera Perdida” O recipiente é enchido com uma pasta refrataria chamada “investimento” para confecção do molde O molde endurece e, pelo aquecimento, os modelos são derretidos O molde aquecido é enchido do metal líquido, sob ação de pressão, por gravidade, a vácuo ou por força centrifuga * Fundição por Precisão Processo “Cera Perdida” O material do molde é quebrado e as peças fundidas são retiradas As peças são separadas do canal central e dos canais de enchimento, sendo posteriormente esmerilhadas * Fundição por Precisão Processo “Cera Perdida” * Fundição por Precisão Processo de Fundição em Casca “Shell Molding” O molde é confeccionado a partir de areia e uma resina, endurecível pelo calor, a qual atua como aglomerante A mistura é colocada sobre a superfície de um modelo metálico O conjunto é aquecido e endurece, resultando aderência mútua dos grãos de areia; forma-se assim, uma casca resistente e rígida que constitui a metade do molde * Fundição por Precisão Processo de Fundição em Casca “Shell Molding” Logo, o modelo é extraído, sendo a outra metade do molde confeccionada de modo idêntico Prontos os moldes, são colocados os machos na sua cavidade, se necessários As metades são juntadas e pressas, geralmente por colagem * Fundição por Precisão Fundição em Casca pelo sistema manual de caixa basculante A placa com o modelo, aquecido entre 177ºC e 260ºC, é levada à caixa basculante, mantida na sua posição normal, contendo a areia de fundição A caixa basculante é girada 180º para que areia caia sobre o modelo O calor provoca a fusão da resina e liga as partículas de areia, onde quanto mais longo o tempo de contato, mais espessa é a casca resultante (4,7-9,5 mm). O tempo necessário para atingir essa espessura varia entre 15 e 60 segundos * Fundição por Precisão Processo de Fundição em Casca “Shell Molding” A caixa basculante é levada à sua posição normal. O conjunto completo de modelo e molde é estufado a cerca de 315ºC O molde é extraído do modelo e está pronto para ser utilizado Se o molde for constituído por duas cascas, a outra metade é confeccionada do mesma maneira e as duas metades são coladas Em seguida, procede-se ao vazamento do metal líquido * Fundição por Precisão Processo de Fundição em Casca “Shell Molding” Vantagens Produzir peças com tolerâncias de (0,127 mm), de modo que, em operações de usinagem para acabamento menor quantidade de metal é removida Na presença de orifícios, os machos podem freqüentemente fazer parte do modelo, de modo que são confeccionados e posicionados com maior precisão. Na prática se obtém orifícios relativamente pequenos * Fundição por Precisão Processo de Fundição em Casca “Shell Molding” Vantagens Não há necessidade de prever ângulos de saída maiores que ½º a 1º, facilitando a operação de usinagem final Podem ser fundidas seções muito finas (2,5-5 mm), onde os ângulos de concordância podem ser pequenos. No entanto, é preciso cuidado para que isso não afete a resistência mecânica das peças Qualquer tipo de metal , com características de fusão fácil, pode ser utilizado na produção de peças por fundição em casca, as dimensões destas podem atingir 1200 a 1500 mm, Contudo, a maioria das peças fundidas em casca possui a metade ou menos dessas dimensões * Fundição por Precisão Processo de Fundição em Casca “Shell Molding” Desvantagens O custo do modelo é maior, porque o mesmo deve ser metálico, geralmente alumínio ou ferro fundido. Além disso, os modelos devem estar isentos de defeitos superficiais, os quis podem dificultar a remoção da casca A areia à base de resina é de custo relativamente elevado, além de ser mais difícil de armazenar e manusear As dimensões das peças fundidas em casca são limitadas, quando comparadas às peças produzidas em fundição convencional. Contudo, essas dimensões são geralmente maiores do que as obtidas por intermédio da fundição sob pressão * Fundição por Precisão Processo de Molde Cerâmico Destinado à produção de peças de grande precisão, tais como aço ferramenta, ligas de cobalto, titânio, aço inoxidável e ligas não ferrosas Os dois principais processos são denominados respectivamente de “Unicast”, licenciado pela Unicast development Corporation e o “Shaw” licenciado pela Avnet Shaw Division Em ambos os processos são utilizados modelos convencionais de madeira, plástico ou metal, montados em caixas de moldagem * Fundição por Precisão Processo de Molde Cerâmico Os dois principais processos são denominados respectivamente de “Unicast”, licenciado pela Unicast development Corporation e o “Shaw” licenciado pela Avnet Shaw Division Em vez de areia, emprega-se uma pasta refrataria, preparada a partir de misturas rigorosamente controladas de pó cerâmico com um ligador líquido catalítico (um silicato alcalino) Os ingredientes são misturados e, imediatamente, derramados sobre o modelo. A pasta solidifica , em aproximadamente 3 a 5 minutos, tornando-se um sólido de aparência gelatinosa que pode ser extraído do modelo * Fundição por Precisão Processo de Molde Cerâmico Os dois principais processos são denominados respectivamente de “Unicast”, licenciado pela Unicast development Corporation e o “Shaw” licenciado pela Avnet Shaw Division No processo Shaw, o molde é aquecido e o álcool contido na substância catalisadora evapora, deixando uma malha de fissuras finas no molde, permitindo que ar e gases escapem durante o vazamento No processo Unicast, o molde verde é submetido à ação de um banho químico, por aspersão ou imersão. Resulta uma interação catalisadora que origina uma estrutura no molde de aparência celular ou esponjosa * Fundição por Precisão Processo de Molde Cerâmico Os dois principais processos são denominados respectivamente de “Unicast”, licenciado pela Unicast development Corporation e o “Shaw” licenciado pela Avnet Shaw Division Os moldes são estufados a temperaturas até cerca de 980ºC, durante aproximadamente uma hora. São a seguir montados, com os machos localizados e, finalmente procede-se ao vazamento Por esses processos, pode-se fundir peças até cerca de 900 Kg, embora os pesos mais comuns se situem entre 4,5 e 90 Kg * Fundição por Precisão Processo de Molde Cerâmico Entre as peças produzidas pode ser citadas: Matrizes de forjamento, matrizes para fundição sob pressão, bocais de extrusão, algumas ferramentas para usinagem e muitos componentes mecânicos Os moldes cerâmicos possuem um coeficiente de dilatação quase nulo e suas paredes são muito resistentes, de modo que permitem a fabricação de peças de altas precisão A precisão dessas peças varia de mais ou menos 0,125 mm para peças pequenas a mais ou menos 1,14 mm para peças com dimensões laterais de 380 mm ou mais * Fundição Contínua Neste processo, as peças fundidas são longas com seções quadradas, retangular, hexagonal ou de formatos diversos O processo funde barras de grande comprimento, com as seções mencionadas, as quais serão posteriormente processadas por usinagem ou pelos métodos de conformação mecânica no estado sólido * Processo de Fundição Contínua O processo consiste em vazar o metal líquido em um cadinho aquecido. Assim sendo, o metal líquido escoa através de matrizes de grafita ou cobre, resfriadas a água A barra já no estado sólido, porém ainda quente, é pega por cilindros de laminador e arrastada para frente, com velocidade correspondente às velocidades de resfriamento e solidificação do metal No percurso, a barra continua resfriando e é cortada pelo emprego de serras circulares ou chama de oxiacetileno. As peças cortadas são submetidas a processamento posterior * Processo de Fundição Contínua Na máquina vertical para fundição contínua acostuma-se fundir, aço, ligas não ferrosas e ferro nodular O aços pode ser produzido em placas com dimensões de até 1930 mm de largura por 230 mm de espessura ou em tarugos quadrados, aptos para serem usados em grandes laminadores Barras com as mais variadas seções podem ser obtidas a partir de alumínio, latão, ferro nodular etc. * Fundição e Sinterização Professor: Juan Manuel Pardal Sinterização * A sinterização ocorre quando partículas de no máximo poucas centenas de micrometros (1mm=10-6m) de diâmetro encontram-se em estreito contato e a temperatura é suficientemente alta para produzir a união por coalescência, isto é, pela fusão de superfícies adjacentes Introdução Muitas vezes as partículas em contato podem ser até milimétricas. Mas se a temperatura do ambiente ultrapassar o ponto de fusão de algumas partículas, ocorrerá a sinterização pela formação de uma fase líquida * Em ambas as situações para que a sinterização ocorra é necessário que o sistema de partículas esteja o mais empacotado possível e que os vazios existentes entre elas sejam também, no máximo, micrométricos Introdução * Microesferas de vidro de ~1mm de diâmetro e bolas de gude (~10mm) foram aquecidas ao mesmo tempo, dentro do mesmo forno, à temperatura de 750 C durante 1 hora Introdução As microesferas sinterizam e apresentam formação do pescoço característico do processo de sinterização * Quanto maior a esfera, menor é a relação área/volume da partícula e menor é a tendência à sinterização Introdução * A sinterização é o método mais antigo para a fabricacão de cerâmicas, especialmente de tijolos, telhas, pisos, azulejos e utensílios Aplicações A sinterização de pós é também largamente aplicada na produção de refratários, polímeros, metais e de alguns tipos de materiais compósitos A sinterização de polímeros é técnica amplamente utilizada em vários ramos industriais, como a indústria automobilística, eletro-eletrônica,etc. São exemplos de compósitos obtidos por processo de sinterização, as ferramentas de carbonetos (ou carbetos), peças e componentes de fibra de vidro, compósitos metal-cerâmicos resistentes ao calor (refratários), materiais abrasivos, etc. * Entre os metais cuja principal rota de obtenção é a sinterização estão os metais de alto ponto de fusão, como o tungstênio (W), tântalo (Ta), molibdênio (Mo), nióbio (Nb) Aplicações A sinterização é também a principal e quase exclusiva rota de obtenção de peças cerâmicas especiais * Aplicações Peças Estruturais: - Automobilística - Ferramentas elétricas - Eletrodomésticos * Aplicações * Aplicações Peças Estruturais: Materiais: - Aço Carbono - Aço Inox - Ferro - Bronze - Latão * Aplicações * Aplicações - Peças para amortecedor - Bielas de motor - Engrenagens * Aplicações Buchas autolubrificantes - Bronze - Ferro - Ferro Grafite - Ferro Bronze - Automobilística - Eletrodomésticos - Ferramentas elétricas - Motores elétricos * Aplicações Filtros Metálicos - Automobilística - Pneumática - Combustíveis - Máquinas - Eletrônica Materiais: - Bronze - Aços Inoxidáveis * Aplicações Metal Duro e Aços Feramenta - Pastilhas para usinagem - Ferramentas de corte * Inserto para assentos de válvula: Componentes submetidos a erosão e desgaste Aplicações * Componentes Cerâmicos - Corpo de velas - Isoladores elétricos - Aplicações contra desgaste - Aplicação contra corrosão - Aplicação em altas temperaturas Aplicações * Materiais de Fricção: - Discos de embreagem - Pastilhas de freio Aplicações * Contatos elétricos: - Contatores - Relês - Chaves e Interruptores Aplicações * Escovas elétricas: - Motores elétricos - Alternadores Aplicações * Materiais magnéticos: - Injeção de Combustível - Componentes de motor elétrico - Imãs - Tubos de TV Aplicações * Aplicações Filamentos de Lâmpada * Eletrodos de solda Aplicações * Peças especiais: Aplicações * Aplicações médicas e dentárias: -Peças para aparelhos ortodônticos Aplicações Implantes ortopédicos temporários * Mercado * Mercado Fonte: Metaldyne * Mercado Venda de Produtos Sinterizados por Setor * Mercado Venda de Produtos Sinterizados por Setor * Fluxograma do Processo * Fluxograma do Processo * Tipos de Pó Pós Base Ferro, Cobre, Bronze, Latão, Inox Tipos de pós mais usados na fabricação de peças estruturais e buchas autolubrificantes Aditivos e Lubrificantes Carbono, Cobre, Estearatos, Ceras, MnS, Níquel, Molibdênio, Estanho * Obtenção do Pó Matéria Prima Pós metálicos de ligas metálicas e não-metálicos Reações químicas e decomposição Atomização de Metais Fundidos Deposição Eletrolítica Processamento Mecânico * Obtenção do Pó Reações químicas e Deposição eletrolítica Produção de Pó de Ferro e Cobre Processo Carbonila na Produção de Ferro e Niquel Processos Mecânicos Decomposição Aplicada em metais duros e quebradiços como Ferro e Bismuto eletroliticos Este processo é aplicado como operação complementar na obtenção do pó * Obtenção do Pó Este processo de produção de pós metálicos atualmente é o mais importante, pois é extensamente aplicado na produção de pó de ferro Atomização de Metais Fundidos Este processo é também aplicado a qualquer metal ou liga metálica, desde aços, cobre, bronze, latão, alumínio, assim como, aços inoxidáveis, aços para ferramentas, superligas, entre outras. * Mercado * Atomização O processo de obtenção de pó por atomização pode ser por: Atomização em água Atomização a gás O processo consiste em pulverizar um líquido metálico em partículas finas (<150mm) O metal líquido é forçado a passar por um pequeno orifício Logo a corrente metálica é desintegrada por um jato de água, ou gás * Atomização Atomização a Gás Sumarizando, o processo consiste em desintegrar um filete de metal fundido com um jato pressurizado de água ou gás (ar, argônio, nitrogênio, hélio…) * Atomização Atomização horizontal Atomização vertical * Atomização * Atomização Pressão de água ou do gás Influência no características do pó produzido Geometria do conjunto de pulverização A atomização a água normalmente conduz a partículas ou pós irregulares e angulosos enquanto a atomização a ar produz pós de geometria mais esfericas O tamanho e a forma das partículas variam em função de vários parâmetros, entre os quais se destacam: A espessura do filete , a pressão de água, ar ou gás, a geometria do conjunto de pulverização e, evidentemente o tipo de atomização * Atomização Nos processos de atomização existem diversos formatos de válvula ou bocal de vazamento Por outra parte se observam diversas configurações do jato de água desintegrador Jatos Abertos Planos em “V” Jatos Fechados em “V” Estas configurações influenciam as condições de desintegração e qualidade final do pó resultante Geometria do conjunto de pulverização * Atomização Processo de Eletrodo Rotativo As gotas são expelidas em forma esférica e se depositam em uma câmera cheia de gás inerte Indicado para produção de ligas de titânio * Atomização Processo de Atomização a Vácuo Este processo é baseado no principio de que quando um metal supersaturado com gás sob pressão é repentinamente exposto ao vácuo, o gás expande, sai da solução e causa atomização do metal líquido Os pós resultantes são de forma esférica e apresentam elevada pureza, quando comparados aos obtidos por outros métodos Ligas de Ni, Co, Al, Cu, Fe O gás utilizado para supersaturar o metal é o hidrogênio * Atomização Geometria dos Pós Resultantes Através dos distintos processos empregados e suas variáveis podem ser obtidos diversos formatos e tamanhos de pós * Atomização Variáveis de processo influenciadas pelos Pós Resultantes Distribuição Granulométrica Densidade Aparente Escoabilidade Resistência a verde Variação Dimensional Compressibilidade * Manuseio dos Pós Embalagem: Feita em tambores, sacaria ou big-bag Transporte: Proteção contra intempéries e maresia Armazenagem: Manter em local seco e com a embalagem sempre fechada * Mistura O processo de mistura dos componentes se caracteriza por: Feita com base na especificação do material definido para peça Os componentes da mistura, todos na forma de pó, são pesados e colocados no misturador de forma a obter uma mistura homogênea Adiciona-se também um pó lubrificante necessário na etapa de compactação. Este pó evita que o ferramental seja desgastado e facilita a compactação e a extração da peça * Mistura Tipos de Misturadores Duplo Cone Y * Compactação A conformação do pó pode ser realizada de várias maneiras A mais usual é a compactação Uniaxial que, para conformar o pó, se utiliza de um ferramental rígido movimentado por uma prensa No entanto, podem existir outros processos como: Compactação isostática, Conformação por Spray, Microondas, entre outros * Compactação Alimentação * Compactação Tipos de Alimentação Por Gravidade Por Sucção * Compactação Transferência do Pó * Compactação A maneira de como compacta-se o pó influencia a distribuição da densidade ao longo da peça * Compactação Simples Ação * Compactação Dupla Ação * Compactação Peças com vários níveis exigem ferramentais com maior número de componentes. Desta forma, a distribuição da densidade é melhor controlada (posição da linha neutra) * Compactação Linha Neutra Punções inferiores Macho Punção superior matriz Peças com vários níveis exigem ferramentais com maior número de componentes. Desta forma, a distribuição da densidade é melhor controlada (posição da linha neutra) * Compactação Matriz com “ombro” (enchimento fixo) Peças com Varias Alturas * Compactação Múltiplos Punções Peças com Varias Alturas * Compactação Peça com varias alturas Peças com Varias Alturas * Compactação Compactação de peças com furo cego * Compactação Pelo Punção Inferior Tipos de Extração * Compactação Pela Matriz (withdrawal) Tipos de Extração * Compactação Ferramental O ferramental de compactação, independente da sua complexidade, deve ter como características: Acabamento polido (espelhado) em todas as superfícies que terão contato com o pó Tolerâncias de montagem milesimais entre os componentes (5 a 50mm) Alta resistência ao desgaste (duro) e alta tenacidade Prensas com grande precisão dimensional Material indeformável * Compactação Ferramental Materiais: Metal duro (MD): Alta dureza, porém frágil e caro Aço rápido (HSS): Boa tenacidade porém dureza inferior ao MD Aço rápido sinterizado: Dureza próxima à do metal duro com a tenacidade do aço * Conjunto montado Peça a ser fabricada Matriz Punção Inferior Punção Superior Macho Porta ferramenta (Die-Set) Ferramental * Compactação Ferramental Simulação e Projeto Fabricação da Ferramenta * Compactação Ferramental Pré Montagem Setup da Prensa * Compactação Processo * Compactação Processo * Compactação Outros Processos * Compactação Outros Processos * Compactação Outros Processos * Sinterização É a etapa responsável do processo por: Retirar o lubrificante utilizado na compactação Promover a ligação metalúrgica entre as partículas de pó Definir a micro-estrutura do material Utiliza-se nesta etapa um forno com atmosfera controlada ou vácuo * Sinterização Forno Contínuo Tipos de Forno * Sinterização Forno Batelada Tipos de Forno * Sinterização Forno Contínuo Alimentação * Pré Aquecimento: 500 - 800°C O lubrificante é retirado da peça Sinterização: Bronze: 780 - 840°C Aço: 1050 - 1150°C Ligação metalurgica das partículas de pó Resfriamento: A micro-estrutura do material é formada * Sinterização Tipos de Sinterização Sinterização por fase sólida A temperatura promove a união das partículas do pó. Isto ocorre a temperaturas abaixo do ponto de fusão do material, porém suficiente para criar um “pescoço” de ligação entre as partículas de pó * Sinterização Tipos de Sinterização Sinterização por fase líquida Outra maneira de se sinterizar o material é utilizando-se dois materiais com ponto de fusão diferentes. O material com menor ponto de fusão se liquefaz e interconecta a partícula do outro pó * Calibragem A porosidade existente na peça sinterizada permite que esta seja levemente conformada após a sinterização, permitindo desta forma obter tolerâncias dimensionais mais precisas Este processo é praticamente obrigatório na fabricação de buchas auto-lubrificantes. Isto porque tolerâncias estreitas são exigidas em seu diâmetro interno, região onde um eixo retificado trabalhará (motores elétricos, alternadores, motores de arranque, eletrodomésticos, ferramentas elétricas) * Calibragem Esta etapa exige a fabricação de um ferramental apropriado, diferente do usado na compactação. A prensa de calibragem é mais simples e rápida do que a prensa de compactação Geralmente o processo é automatizado, principalmente no caso de grandes lotes de peças * Impregnação Processo empregado principalmente em buchas auto-lubrificantes. Consiste no preenchimento dos poros da peça com óleo * Impregnação - 70% de material metálico - 30% de poros vazios (valores aproximados) Bucha antes da impregnação: A peça é submetida à pressão, dentro de um recipiente com óleo aquecido Impregnação: - 70% de material metálico - 20% de poros com óleo - 10% de poros vazio ** (valores aproximados) Bucha após da impregnação: ** - Não é possível impregnar-se 100% da peça pois parte dos poros estão fechados e isolados do ambiente externo. * Impregnação O óleo permite a lubrificação da superfície da bucha quando o eixo que nela trabalha encontra-se em movimento Quando o eixo pára, o óleo, pela ação da capilaridade, retorna para o interior da bucha Peças estruturais e outros produtos sinterizados também podem, quando desejado, beneficiar-se deste recurso Geralmente são utilizados óleos minerais normais, porém para aplicações específicas podem ser utilizados óleos especiais. Alguns exemplos são aplicações que tem contato com alimentos (copo do liquidificador, blenders) ou temperaturas elevadas (ventilador usado no radiador automotivo). * Infiltração Metálica O processo tem o mesmo conceito da impregnação a óleo, porém utiliza-se neste caso um metal para preencher a porosidade da peça Na região infiltrada, o material tem sua resistência mecânica aumentada e sua porosidade selada O metal a ser infiltrado tem um ponto de fusão inferior ao da peça a ser tratada Sob a forma de pastilha ou pasta, o material é aplicado sobre a peça principal e através de aquecimento ele é liquefeito e infiltrado na porosidade Geralmente é aplicado na peça verde e ocorre durante a sinterização É um processo caro e trabalhoso. Geralmente pode ser substituído por outros recursos como aumento de densidade e/ou mudança de material * Impregnação com Resina Assim como a infiltração metálica ou a impregnação com óleo, os poros da peça são preenchidos com um determinado material. Neste caso, uma resina especial O processo é empregado: Quando a peça for posteriormente passar por um tratamento superficial processado em meio líquido (zincagem, niquelação, eletrólise). Aumenta a resistência mecânica e à fadiga do material Sela a porosidade, permitindo o uso em aplicações onde seja exigida a estanqueidade Restrição: A resina pode trabalhar a temperaturas de até 250°C (valor aproximado - depende da resina utilizada) * Tratamentos Superficiais - Ferroxidação (Steam treatment) Consiste em oxidar-se a superfície do metal ferroso Ao contrário do óxido vermelho conhecido por ferrugem (FeO; Fe2O3), o óxido formado neste processo - Fe3O4 (magnetita) - é estável e confere boa aparência à peça. Sua coloração é azul escuro / preta É empregado quando deseja-se: Vedar a porosidade do sinterizado em aplicações onde seja exigida a estanqueidade Aumentar a dureza superficial da peça para aplicações de desgaste - é um óxido extremamente duro Melhorar a resistência à oxidação e a aparência da peça * Tratamentos Superficiais - Ferroxidação (Steam treatment) * Tratamentos Superficiais – Camada Metálica Estes tratamentos são aplicados e têm resultados semelhantes aos dos materiais convencionais (usinados, fundidos, estampados, etc). Zincagem: Aplica-se uma camada de zinco sobre a superfície da peça. Protege a peça contra oxidação Níquel Químico: Aplica-se uma camada de níquel através de deposição química. Após o processo de envelhecimento, a camada fica extremamente dura, possuindo baixo coeficiente de atrito e protegendo a peça contra oxidação * Tratamentos Superficiais – Camada Metálica Estes tratamentos são aplicados e têm resultados semelhantes aos dos materiais convencionais (usinados, fundidos, estampados, etc). Níquel Eletrolítico: Aplica-se uma camada de níquel por processo eletrolítico, melhorando a aparência da peça. Possui proteção anticorrosiva, porém inferior ao níquel químico Importante: A peça sinterizada deve passar por um processo de selagem de poros antes de passar por qualquer tratamento que envolva imersão em líquidos. Se isto não for feito, estes líquidos serão absorvidos e posteriormente contaminarão a superfície da peça e o meio onde ela trabalha * Tratamentos Superficiais – Térmicos Têm resultados semelhantes aos dos materiais convencionais (usinados, fundidos, estampados, entre outros) Têmpera e Revenido Cementação Nitretação Carbonitretação Nitretação a Plasma * Tratamentos Superficiais – Térmicos Processo de endurecimento do material, realizado em forno de sinterização adaptado para o processo Sinter Hardening Consiste em resfriar a peça logo após sua saída da zona de sinterização Comparado ao tratamento de tempera e revenimento, causa uma distorção menor na peça e por isto é bem vindo em casos de peças com tolerâncias apertadas Deve ser evitado em peças que passem por usinagem posterior * Comparativo Processos * Comparativo Processos * Comparativo Processos * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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