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Apostila Licitações e Contratos

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Cadernos Interlegis para Capacitação aCadernos Interlegis para Capacitação aCadernos Interlegis para Capacitação aCadernos Interlegis para Capacitação a Distância Distância Distância Distância 
Direito e EconomiaDireito e EconomiaDireito e EconomiaDireito e Economia 
LLLIIICCCIIITTTAAAÇÇÇÕÕÕEEESSS EEE CCCOOONNNTTTRRRAAATTTOOOSSS 
 
Secretaria Especial do Interlegis 
Serviço de Capacitação Legislativa 
 
2 
Ficha Técnica 
 
 
SENADO FEDERAL 
 
Senador José Sarney 
Presidente 
 
Senadora Marta Suplicy 
1º Vice-Presidente 
 
Senador Wilson Santiago 
2º Vice-Presidente 
 
Senador Cícero Lucena 
1º Secretário 
 
Senador João Ribeiro 
2º Secretário 
 
Senador João Vicente Claudino 
3º Secretário 
 
Senador Ciro Nogueira 
4º Secretário 
 
Doris Marize Romariz Peixoto 
Diretora Geral 
 
 
INTERLEGIS 
 
Haroldo Tajra 
Diretor da SINTER 
 
Mariângela Cascão P. e Albuquerque 
Diretora Adjunta 
 
José Dantas Filho 
Diretor da Subsecretaria de Apoio 
Técnico e Relações Institucionais 
 
João Marcelo Santos Souza 
Diretor da Subsecretaria de Planejamento 
e Fomento 
 
Cláudio Alves Cavalcanti 
Diretor da Subsecretaria de 
Administração 
 
Petrônio Carvalho 
Diretor da Subsecretaria de Tecnologia 
da Informação 
 
Francisco Etelvino Biondo 
Diretor da Subsecretaria de Formação e 
Atendimento à Comunidade do 
Legislativo 
 
Amanda Rodrigues de Albuquerque 
Chefe do Serviço de Capacitação 
Legislativa 
 
Elaboração original 
Luciana Villela Mendes 
Bruna Costa Gomes 
Paula Leon 
 
Equipe Pedagógica 
Marco Antonio Mendes Cavaleiro Filho 
Luciano Beck Porciuncula 
Michael Wallace Correia de Araujo 
 
Equipe Técnica 
 
Cecília Bonfim Silva 
Ilustração 
 
Larissa Araújo 
Revisão de texto 
 
 
Secretaria Especial do Interlegis 
Serviço de Capacitação Legislativa 
 
3 
ÍNDICE 
Unidade 1 – Conceitos Básicos ...................................................................... 4 
Introdução....................................................................................................... 4 
Lição 1 - Um Pouco da História das Licitações ................................................ 5 
Lição 2 - Conceitos ................................................................................................ 8 
Lição 3 – Outros Princípios nos Procedimentos de Licitação ........................ 9 
Resumo ........................................................................................................ 10 
 
Unidade 2 – Licitações, Contratos e Convênios: Lei nº. 8.666/93. ............. 12 
Introdução..................................................................................................... 12 
Lição 4 - Aspectos Pertinentes a licitação ....................................................... 13 
Lição 5 – Critérios, tipos e fases de licitação .................................................. 16 
Lição 6 - Contratos .............................................................................................. 20 
Lição 7- Convênios .............................................................................................. 29 
Resumo ........................................................................................................ 31 
 
Unidade 3 – Pregão e Registro de Preços.................................................... 32 
Introdução..................................................................................................... 32 
Lição 8 - Licitações e Contratos: Novos Rumos - Pregão ............................ 33 
Lição 9 - Fases do pregão.................................................................................. 36 
Lição 10 - A Lei complementar 123/2006 e as Licitações. ........................... 39 
Resumo ........................................................................................................ 43 
 
Unidade 4 – Sistema de Registro de Preços................................................ 45 
Introdução..................................................................................................... 45 
Lição 11 - Histórico do Sistema de Registro de Preços: ............................... 46 
Lição 12 - Quando utilizar o Sistema de Registro de Preços ....................... 51 
Lição 13 - Parceria Pública Privada.................................................................. 53 
 
Glossário....................................................................................................... 57 
 
Referências Bibliográficas ............................................................................ 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
Unidade 1 – Conceitos Básicos 
Introdução 
Da mesma forma que você procura pesquisar onde comprar mais barato 
para economizar seu dinheiro, a Administração Pública busca a proposta mais 
vantajosa – de acordo com as exigências pré-estabelecidas e divulgadas – 
para contratar serviços, adquirir bens e realizar obras. 
Entretanto, diferentemente de nós, a Administração Pública não sai pela 
rua indo de loja em loja, ou de empresa em empresa, atrás da melhor proposta. 
Ela faz isto por meio de um processo denominado licitação, ou seja, o processo 
pelo qual os órgãos e empresas públicas contratam serviços e adquirem bens 
de uma pessoa jurídica. 
A licitação junto com contrato compõe o nome deste curso. Nesta aula, 
após um breve histórico sobre a licitação, você estudará alguns conceitos 
básicos sobre o tema. 
Vamos Lá! 
Objetivos 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
Enumerar os registros legais que mostram a evolução da licitação; 
Explicar conceitos básicos relacionados ao tema “licitação e contratos”; 
Reconhecer a importância da licitação para a melhoria dos processos da 
Administração Pública e para a garantia da observância do princípio 
constitucional da isonomia. 
 
 
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5 
Lição 1 - Um Pouco da História das Licitações 
A origem da licitação tem suas raízes no direito romano. “Sua utilização 
estendia-se tanto para a alienação dos despojos de guerra como para a 
realização de obras públicas.” Dallari (apud CASTRO e LOPES, 2004, p.25) 
No Brasil, o primeiro registro encontrado aponta que a licitação aparece 
no direito público brasileiro desde 1862, por meio do Decreto nº. 2.926, de 14 
de maio de 1862. O referido decreto regulamentava as “arrematações dos 
serviços a cargo do então Ministério da Agricultura, Comércio e Obras 
Públicas.” (Pereira Júnior, apud CASTRO e LOPES, 2004, p.25). 
Após o decreto, outras leis surgiram. Entretanto, a consolidação, em 
âmbito federal, só aconteceu a partir do Decreto nº. 4.536, de 28 de janeiro de 
1922, responsável pela organização do Código de Contabilidade da União. 
A partir de então a normatização sobre o tema evoluiu. Acompanhe esta 
evolução, a partir dos principais registros legais. 
Decreto-Lei nº. 200, de 25.02.67 (arts.125 a 144) - estabelece a reforma 
administrativa federal; 
Lei nº. 5.456 de 20.06.68 – estende o que ficou estabelecido para reforma 
administrativa federal às administrações dos estados e municípios; 
Decreto-Lei nº. 2.300, de 21.11.86 (atualizado pelos Decretos-lei 2.348/87 
e 2.360/87) – Reuni normas gerais sobre licitações e contrato administrativo, 
instituindo pela primeira vez o tema; 
Constituição Federal de 1988 – Eleva a licitação status de princípio 
constitucional, obrigando a observância da Administração Pública, direta ou 
indireta de todos os poderes: União, Estado e Municípios; 
A Constituição Federal de 1988 contribuiu de forma significativa para a 
institucionalização e a democratização da Administração Pública,e 
consequentemente para a modernização dos processos licitatórios. (art.22 
e art.37) 
Lei nº. 8.666 de 21. 06. 93 (alterada pelas Leis 8.883/94, 9.648/98 e 
9.854/99 e 10.438/02) – Regulamenta o art. 37 da Constituição Federal 
disciplinando as licitações e contratos da Administração Pública celebrados 
atualmente; 
 
 
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6 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII – normas 
gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as 
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, 
e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos 
do art. 173, § 1º, III; 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: XXI - ressalvados os casos 
especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações 
serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que 
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da 
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de 
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento 
das obrigações. 
Lei nº. 10.520 de 17.07. 02 – Institui, após várias Medidas Provisórias, a 
modalidade de licitação pregão no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
Curiosidade! O pregão surgiu em 1998 para ser utilizado nos contratos da 
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mas, em 2000, a partir de 
uma medida provisória, a modalidade começou a ser usada por toda a 
administração pública federal. A consolidação veio em 2002 com a edição 
da Lei nº. 10.520, que permitiu o uso do pregão por todos os órgãos 
públicos do país. Além de conferir maior facilidade e menor burocracia nas 
compras públicas, a preferência pelo pregão tem outra justificativa: a 
possibilidade de ser feito totalmente pela via eletrônica - o chamado pregão 
eletrônico -, o que garante maior rapidez e trâmites ainda mais rápidos aos 
recursos administrativos dos participantes. A importância do pregão 
eletrônico para o governo federal é tanta que, mesmo sendo uma novidade 
nas compras públicas, já passa por modificações. Informação disponível no 
site Licitação.com 
Desde 2004, o governo vem estudando mudanças na Lei nº. 8.666/93, O 
objetivo dessas mudanças apontam para a implementação de inovações no 
procedimento de licitação atual e a maior utilização dois meios eletrônicos nos 
moldes do pregão. Também fazem parte desse contexto as parcerias público-
privadas que você estudará na aula 4. 
É importante observar que todas estas alterações além de buscarem 
garantir à Administração Pública maior legitimidade no processo, garantiram 
que a normatização da licitação não ficasse somente restrita à Administração 
 
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7 
Pública de âmbito federal, estendendo as orientações, parâmetros e limites ao 
Distrito Federal, aos estados e municípios. 
Sendo assim, é importante que todos profissionais que atuem nas 
diversas esferas da Administração Pública saibam como se processa as 
licitações e os contratos. Por isto, a seguir você estudará os principais 
conceitos e definições relacionadas ao tema. 
 
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8 
Lição 2 - Conceitos 
Observe o conceito a seguir! 
Licitação é “o procedimento administrativo pelo qual a Administração 
Pública, obediente aos princípios constitucionais que a norteiam, escolhe a 
proposta de fornecimento de bem, obra ou serviço mais vantajoso para o 
erário.” (MOTTA, 1998, p. 26) 
Apesar de ser claro e de fácil entendimento, é necessário que se possa 
analisar outros termos contidos na sua redação. Então, vamos retirar um a um. 
Veja que está escrito que a licitação é um procedimento administrativo. O 
que significa isto? 
Significa dizer que é o meio formal pelo qual a Administração Pública 
deve convocar, mediante edital ou convite, empresas que estejam interessadas 
em oferecer bens e serviços. 
Lei nº. 8.666/93 - Artigo 4º Parágrafo Único - O procedimento licitatório 
previsto nesta Lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado 
em qualquer esfera da Administração Pública. 
Em seguida, observe que o autor destaca que este procedimento 
administrativo deve ser “obediente aos princípios constitucionais”. Quais são 
estes princípios? 
� A licitação tem por objetivo garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, ou seja, necessita garantir oportunidade 
igual a todas as empresas que estejam interessadas em participar 
do processo. 
Lei nº. 8.666/93 - Artigo 3º A licitação destina-se a garantir a observância do 
princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais 
vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, 
da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, 
da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos 
que lhe são correlatos. 
 
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9 
Lição 3 – Outros Princípios nos Procedimentos de Licitação 
Além do princípio da isonomia, como você leu, outros princípios também 
devem ser observados nos procedimentos de licitação. São eles: 
Princípios que orientam as licitações 
Princípios Objetivos 
Legalidade 
Vincular a Administração Pública e os licitantes às regras 
estabelecidas nas normas e princípios contidos na 
legislação em vigor. 
Impessoalidade 
Impedir a discricionariedade e o subjetivismo no decorrer 
do procedimento de licitação, garantindo critérios 
objetivos estabelecidos previamente. 
Moralidade e da 
Probidade 
Administrativa 
Garantir a observância de todos os envolvidos no 
processo de licitação (servidores públicos e licitantes) 
para a necessidade de conduta ilibada, pautada na ética, 
na legalidade e nas normas técnicas do próprio 
procedimento licitatório. 
Publicidade 
Garantir a transparência no decorrer do procedimento de 
licitação, por meio da divulgação e da possibilidade de 
acesso, aos licitantes, dos atos da administração. 
Vinculação ao 
instrumento 
convocatório 
Garantir que as exigências e critérios previstos no edital 
ou convite possam ser seguidos pelos licitantes e pelos 
servidores públicos responsáveis pelo procedimento da 
licitação. 
Julgamento objetivo 
Impedir que o julgador utilize critérios subjetivos ou não 
previstos no edital ou convite, mesmo que isto ocorra em 
favor da Administração Pública. 
Celeridade Simplificar o processo evitando formalidades em excesso 
e exigências desnecessárias. 
Os objetivos relacionados aos princípios auxiliarão no planejamento e na 
execução de todo o procedimento de licitação. 
Ainda com relação ao conceito de licitação utilizado, observe que o autor 
utiliza o verbo “escolher” quando se refere que por meio do procedimento de 
licitação se “escolhe a proposta de fornecimento de bem, obra ou serviço”. 
� Com isto, reforça um dos propósitos da licitação: preceder aos 
contratos. 
Lei nº. 8.666/93 - Artigo 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, 
compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração 
Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente 
precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei. 
Parágrafoúnico - Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e 
 
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10 
qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e 
particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de 
vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a 
denominação utilizada. 
Antes de terminar esta Unidade, cabe ainda apresentar alguns pontos 
importantes, pautados na Lei nº. 8.666/93 que se relacionam com os conceitos 
básicos. 
- Além dos órgãos da administração direta, estão sujeitas às normas da 
licitação contidas na Lei nº. 8.666/93 os fundos especiais, as autarquias as 
fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e 
demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
- São responsáveis pelos procedimentos de licitação os agentes públicos 
designados pela autoridade competente para integrar as comissões de 
licitação. Esta designação se dá por meio de ato administrativo próprio, como 
por exemplo, portaria. 
- Como você estudou, a licitação é um procedimento que a Administração 
Pública necessita realizar quando contrata obras, bens e serviços. A Lei que 
regulamenta as licitações e contratos (Lei nº. 8.666/93) apresenta exceções a 
este procedimento, podendo a licitação ser legalmente dispensada, 
dispensável ou inexigível, somente nos casos previstos na referida Lei. Sobre 
as exceções e a inexigibilidade veja os Artigos 24 e 25. 
Resumo 
No Brasil, o primeiro registro encontrado aponta que a licitação aparece 
no direito público brasileiro desde 1862, por meio do Decreto nº. 2.926, de 14 
de maio de 1862. O referido decreto regulamentava as “arrematações dos 
serviços a cargo do então Ministério da Agricultura, Comércio e Obras 
Públicas.” (Pereira Júnior, apud CASTRO e LOPES, 2004, p.25). 
Atualmente, os procedimentos de licitação são regulamentados pela Lei 
nº. 8.666 de 21. 06. 93 (alterada pelas Leis 8.883/94, 9.648/98 e 9.854/99 e 
10.438/02). Sendo a modalidade de pregão regulamentada pela Lei nº. 10.520 
de 17. 07.02. 
Desde 2004 o governo vem estudando mudanças na Lei nº. 8.666/93 o 
objetivo dessas mudanças apontam para a implementação de inovações no 
procedimento de licitação atual e a maior utilização dos meios eletrônicos nos 
moldes do pregão. 
Segundo Motta (1998) licitação é “o procedimento administrativo pelo qual 
a Administração Pública, obediente aos princípios constitucionais que a 
norteiam, escolhe a proposta de fornecimento de bem, obra ou serviço mais 
vantajoso para o erário.” (MOTTA, 1998, p. 26). 
 
Secretaria Especial do Interlegis 
Serviço de Capacitação Legislativa 
 
11 
Isto significa dizer que é o meio formal pelo qual a Administração Pública 
deve convocar, mediante edital ou convite, empresas que estejam interessadas 
em oferecer bens e serviços. 
A licitação tem por objetivo garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, ou seja, necessita garantir oportunidade igual a 
todas empresas que estejam interessadas em participar do processo. Um dos 
propósitos da licitação é preceder aos contratos. 
A Lei nº. 8.666/93 regulamenta as normas que regem as licitações e 
contratos, cabendo a ela também as exceções para dispensa e inexigibilidade 
da licitação. 
A escolha da proposta mais vantajosa possibilita que a Administração 
Pública alcance um dos seus objetivos: a melhor utilização do dinheiro do 
erário para o bem do interesse público. 
Leitura 
O texto Contrato em Jogo : servidores despreparados atuam em 
comissão de licitação, escrito por Ana Rita Tavares chama a atenção para a 
necessidade do preparo dos servidores que atuam nas comissões de 
licitações para que os mesmos possam garantir a efetividade do 
procedimento licitatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12 
Unidade 2 – Licitações, Contratos e Convênios: Lei nº. 8.666/93. 
Introdução 
Que a licitação é um procedimento formal da Administração Pública e por 
isto necessita obedecer a uma série de princípios, você já sabe. Mas, talvez o 
que ainda não saiba é que como todo procedimento formal da Administração 
Pública a licitação possui uma série de especificidades e ritos dispostos em Lei. 
Indo mais fundo no estudo da Lei nº. 8.666/93, nesta aula você estudará 
sobre: as modalidades, os tipos e as fases da licitação e sobre aquilo que é 
uma das finalidades da licitação: a execução de contratos. Estudará também 
sobre convênios. 
Objetivos 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
Indicar a modalidade de licitação de acordo com o limite definido; 
Identificar os tipos de licitação utilizados como critérios de seleção para a 
proposta mais vantajosa; 
Enumerar as fases do procedimento de licitação; 
Analisar os aspectos pertinentes a contratos e convênios. 
 
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13 
Lição 4 - Aspectos Pertinentes à licitação 
Modalidades, tipos e fases são itens contidos na Lei nº. 8.666/93 que 
orientam o planejamento e a execução do procedimento de licitação. Nesta 
Unidade de licitação você estudará sobre cada um desses itens. 
� Modalidades de Licitação 
As modalidades de licitação referem-se às formas de condução do 
procedimento de licitação, ou seja, como a licitação vai ocorrer. 
O artigo 22 da Lei nº. 8.666/93 estabeleceu cinco modalidades de 
licitação: concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. A Lei n° 
10.520/02 em seu artigo 1° acrescentou uma nova mod alidade: O PREGÃO, 
que é a modalidade mais utilizada hoje, inclusive por ter tido sua 
regulamentação pelo Decreto 5.450/05 estabelecendo a obrigatoriedade de seu 
uso (salvo exceções devidamente justificadas). 
Veja cada uma delas de acordo com o Art. 22 da Lei nº. 8.666/93 e a Lei 
n° 10.520/02 
� Concorrência 
Art. 22 § 1º - Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem 
possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para 
execução de seu objeto. 
� Tomada de preços 
Art.22 § 2º - Tomada de preços é a modalidade de licitação entre 
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as 
condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do 
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 
� Convite 
Art.22 § 3º - Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em 
número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em 
local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos 
demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem 
seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da 
apresentação das propostas. 
 
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14 
É importante destacar que na modalidade convite é possível a 
participação de empresas interessadas que não tenham sido convidadas 
formalmente, desde que sejam do ramo do objeto licitado e estejam 
cadastradas no órgão ou entidade licitadora, ou ainda no Sistema de 
Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF. Contudo, os interessados 
deverão fazer a solicitação do convite com antecedência de até 24 horas da 
apresentação da proposta. 
� Concurso 
Art.22 § 4º - Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, 
mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, 
conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com 
antecedência mínima de 45(quarenta e cinco) dias. 
� Leilão 
Art.22 § 5º - Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados 
para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de 
produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de 
bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou 
superior ao valor da avaliação. 
� Pregão 
É a modalidade de licitação em que a disputa pelo fornecimento de bens ou 
serviços comuns é feita em sessão pública. Lei 10520/02 Art. 1° Art. 1º 
Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação 
na modalidade de pregão... Parágrafo único. Consideram-se bens e 
serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões 
de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo 
edital, por meio de especificações usuais no mercado. 
O principal fator para escolha entre as modalidades de concorrência, 
tomada de preços e convite é o valor estimado para a contratação, conforme 
define o Art. 23 da Lei 8.666/93, desde que não sejam considerados bens e 
serviços comuns. Em sendo considerados bens ou serviços comuns deverá ser 
utilizada a modalidade de Pregão preferencialmente em sua forma eletrônica. 
Conforme preceitua o art. 4° do Decreto 5.450/05: A rt. 4° “Nas licitações para 
aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão, 
sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica. § 1o O pregão deve ser 
utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a 
ser justificada pela autoridade competente.” 
 
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15 
Art. 23 As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do 
artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo 
em vista o valor estimado da contratação: 
I - para obras e serviços de engenharia: 
a) convite: até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); 
b) tomada de preços: até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil 
reais); 
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil 
reais); 
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: 
a) convite: até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); 
b) tomada de preços: até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais); 
c) concorrência: acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil 
reais). 
 
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Lição 5 – Critérios, tipos e fases de licitação 
Tipo de licitação não é o mesmo que modalidade. Os tipos de licitação 
estão relacionados aos critérios que serão utilizados para avaliar e classificar 
as propostas apresentadas pelos licitantes, para seleção da proposta mais 
vantajosa. De acordo com o art. 45 da Lei 8.666/93, temos que: 
Art. 45 O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de 
licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os 
tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato 
convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de 
maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de 
controle. 
O quadro a seguir foi elaborado de acordo com § 1º da referida Lei. Além 
dos tipos, você encontrará os critérios e a orientação de quando utilizá-los. 
Orientação para o uso dos tipos de licitação 
Tipo O que é considerado Quando é utilizado 
Menor 
Preço 
Critério que considera como 
vencedor, após verificar se a 
proposta atende às 
especificações do edital, a 
proposta que apresentar o 
menor preço. 
Nas compras e serviços de modo geral e nas 
aquisições de bens e serviços de informática 
realizadas na modalidade de pregão 
eletrônico ou presencial e no caso de obras e 
serviços de engenharia, alienações e locações 
imobiliárias na modalidade de convite. 
Melhor 
Técnica 
Critério que considera como 
vencedora a proposta mais 
vantajosa escolhida com 
base em aspectos de ordem 
técnica. 
Exclusivamente para serviços 
predominantemente de natureza intelectual. 
Ex: elaboração de projetos, cálculos, 
fiscalização, supervisão e gerenciamento e de 
engenharia consultiva em geral e, em 
particular, para a elaboração de estudos 
técnicos preliminares e projetos básicos e 
executivos. 
Técnica 
e preço 
Critério em que considera 
como vencedora a proposta 
mais vantajosa escolhida 
com base na maior média 
ponderada, considerando-se 
as notas obtidas nos 
aspectos de preço e técnica. 
Pode ser utilizada na contratação de bens e 
serviços de informática e nas modalidades de 
tomada de preço e concorrência, desde que 
os bens ou serviços de informática não 
possam ser objetivamente definidos em edital, 
e as especificações estabelecidas não sejam 
usuais no mercado. (Acórdão 313/2004 
Plenário-TCU) 
Maior 
lance ou 
oferta 
A proposta que oferecer 
melhor lance ou oferta. 
Nos casos de alienação de bens ou 
concessão de direito real de uso. 
Os parágrafos e incisos do Artigo 46 da Lei 8.666/93 explicam os 
procedimentos adotados nas licitações do tipo melhor técnica e melhor técnica 
e preço. Leia-os antes de prosseguir seus estudos. Observe que os aspectos a 
serem cobrados na avaliação e classificação das propostas deverão ser 
 
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17 
definidos com clareza e objetividade no ato convocatório. Assim, merecerá 
especial atenção a fase interna ou preparatória da licitação, como você 
estudará a seguir. 
Fases da Licitação 
O procedimento de licitação compreende as seguintes fases: 
Fase interna ou preparatória – Esta fase delimita e determina as 
condições do ato convocatório, antes de divulgá-lo aos interessados. Esta fase 
é trabalhosa e requer o máximo de atenção, pois dela dependerá o sucesso da 
execução da fase externa. 
Fase externa ou executória – A fase externa poderá ser subdivida 
considerando a modalidade de licitação. Esta fase tem início com a publicação 
do edital ou a entrega do convite e só termina com a contratação do licitante 
para o fornecimento do bem, da execução da obra ou da prestação do serviço. 
Vale ressaltar que na fase externa não poderá haver nenhuma alteração. 
Qualquer falha ou irregularidade constatada ocasionará a anulação do 
procedimento de licitação. 
Os procedimentos a seguir ilustram os passos da fase interna e da fase 
externa de um procedimento de licitação nas modalidades que não sejam o 
Pregão. 
Passos da fase Interna 
111ººº VVVeeerrriiifffiiicccaaaçççãããooo dddaaa nnneeeccceeessssssiiidddaaadddeee pppúúúbbbllliiicccaaa aaa ssseeerrr aaattteeennndddiiidddaaa::: 
A necessidade deve ser definida por meio de solicitação justificada do 
setor requisitante, por meio de documento próprio que comporá o processo, 
configurando assim o passo um do procedimento licitatório. Exemplo: Obras a 
serem executados, bens a serem adquiridos etc. 
222ººº AAAppprrrooovvvaaaçççãããooo dddaaa aaauuutttooorrriiidddaaadddeee cccooommmpppeeettteeennnttteee::: 
A aprovação da autoridade competente deverá estar devidamente 
motivada autorizando a autuação de processo correspondente, protocolizado e 
numerado e levar em consideração os aspectos de oportunidade, conveniência 
e relevância do interesse público. 
333 ººº EEElllaaabbbooorrraaaçççãããooo dddaaa eeessspppeeeccciiifffiiicccaaaçççãããooo dddooo ooobbbjjjeeetttooo dddaaa llliiiccciiitttaaaçççãããooo::: 
A redação da especificação deve ser clara, objetiva e sucinta. Não deve 
deixar dúvidas sobre o que se espera como resultado do processo licitatório. 
Quando o processo envolver critérios técnicos, estes devem ser descritos 
utilizando o vocabulário adequado. No caso de Pregão, esta elaboração dasespecificações do objeto, sinalização de contratação, será apresentada como 
sendo Termo de Referência. Nas demais modalidades chama-se Projeto 
Básico, e deverá conter, no caso de obras, soluções técnicas suficientemente 
detalhadas, de forma a serem utilizadas na elaboração do projeto executivo. 
 
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18 
444ººº EEEssstttiiimmmaaatttiiivvvaaa dddooo vvvaaalllooorrr dddaaa cccooonnntttrrraaatttaaaçççãããooo::: 
Deve ser feita uma ampla pesquisa de mercado para a melhor avaliação 
do valor esperado. 
555ººº IIInnndddiiicccaaaçççãããooo dddooosss rrreeecccuuurrrsssooosss::: 
Indicação dos recursos orçamentários que cobrirão as despesas. Aqui 
deve ser verificada a adequação orçamentária e financeira, bem como a Lei de 
Responsabilidade Fiscal, caso seja necessário. 
666ººº EEEssscccooolllhhhaaa dddaaa mmmooodddaaallliiidddaaadddeee eee dddooo tttiiipppooo dddeee llliiiccciiitttaaaçççãããooo::: 
Verificar de acordo com o objeto e se for o caso (caso não seja pregão) o 
valor da licitação qual a melhor modalidade e o melhor tipo de licitação. 
777ººº EEElllaaabbbooorrraaaçççãããooo dddooo eeedddiiitttaaalll::: 
O edital deve ser claro, preciso, objetivo e deve contemplar os seguintes 
aspectos: a descrição do objeto, os requisitos de habilitação, os critérios de 
julgamento, de aceitabilidade dos preços, as condições de pagamento, os 
prazos de execução, prazos e condições para assinatura de contratos, local de 
realização do certame, bem como horários e prazos para esclarecimentos, 
impugnações e publicações, critérios de participação, reajustes, sanções e 
outras indicações especificas ou peculiares à licitação. A redação do edital 
deverá considerar ainda o princípio da isonomia e os demais princípios que 
orientam o processo licitatório. 
Antes de continuar seus estudos, veja exemplos de editais consultando o 
site www.mj.gov.br/licitacao, www.agu.gov.br e www.tcu.gov.br. 
Passos da Fase Externa 
Os procedimentos da fase externa sofrerão alterações de acordo com o 
objeto, a modalidade e o tipo de licitação. Os procedimentos a seguir, 
apresentam apenas os passos principais, executados na maioria das 
modalidades. 
111ººº IIInnníííccciiiooo dddaaa pppuuubbbllliiicccaaaçççãããooo dddooo aaavvviiisssooo::: 
O objetivo desta fase é divulgar o processo licitatório, atendendo assim ao 
princípio de divulgação. 
222ººº HHHaaabbbiiillliiitttaaaçççãããooo dddaaasss llliiiccciiitttaaannnttteeesss::: 
Quando necessário, deverá haver a habilitação dos licitantes. A 
habilitação poderá ser realizada considerando: aspectos jurídicos, regularidade 
fiscal, qualificação técnica e qualificação econômico-financeira. 
333ººº CCClllaaassssssiiifffiiicccaaaçççãããooo dddaaasss ppprrrooopppooossstttaaasss::: 
A classificação das propostas deverá atender às especificidades contidas 
na Lei de acordo com a modalidade adotada. 
444ººº CCCooonnntttrrraaatttaaaçççãããooo eee EEExxxeeecccuuuçççãããooo dddooo OOObbbjjjeeetttooo::: 
Após a classificação, e não havendo recursos, cabe então a contratação e 
a posterior execução do objeto de licitação. 
 
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19 
Importante! 
O prazo de divulgação da publicação do aviso da licitação dependerá da 
modalidade que venha a ser adotada. Assim temos: 
 
Modalidades Prazos 
 
Concorrência 
45 dias: quando a licitação for do tipo melhor técnica ou 
técnica e preço, ou o regime de execução do objeto for 
empreitada integral; 30 dias: para os demais casos. 
Tomada de 
Preços 
30 dias: no caso de licitação do tipo melhor técnica ou técnica 
e preço; 15 dias: para demais casos. 
Convite 05 dias úteis: qualquer caso. 
Importante! 
A Fase Externa do Pregão é diferente das demais modalidades e é 
principalmente isto que dá mais celeridade, transparência e agilidade nas 
contratações da Administração, o prazo de publicação é de 08 dias úteis, 
qualquer caso, estudaremos este caso com mais precisão na próxima aula. 
Obras e serviços merecem atenção especial, principalmente, no que se 
refere às fases da licitação. Leia atentamente a seção III da Lei nº. 8.666/93. A 
seguir você estudará Contratos, Convênios e Consórcios. 
 
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20 
Lição 6 - Contratos 
Como já sabemos todo contrato é precedido de licitação. Portanto, 
concluído o procedimento licitatório ou os procedimentos de dispensa de 
inexigibilidade (Art. 25 da Lei 8.666/93) é a hora de celebrar o contrato. Nesta 
hora toda atenção é recomendável, pois as cláusulas, direitos, obrigações e 
responsabilidades da administração e do licitado deverão ser claras e precisas. 
Nesta lição você estudará sobre esta questão. 
� Definição 
A Lei 8.666/93 define contrato como: 
Art. 2º Parágrafo único - Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e 
qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e 
particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de 
vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a 
denominação utilizada. 
Os contratos administrativos são regulados por cláusulas, normas da Lei 
8.666/93 conforme o Art. 54 da lei 8.666/93. 
Art. 54 Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas 
suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, 
supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições 
de direito privado. 
§ 1º - Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições 
para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, 
obrigações e responsabilidades das Unidades, em conformidade com os 
termos da licitação e da proposta a que se vinculam. 
§ 2º - Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de 
licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva 
proposta. 
� Regulação de contratos 
1. De acordo com os preceitos da Administração Pública, deverá 
prevalecer o interesse da coletividade sobre o particular. Entretanto, deve ser 
observado pela Administração o direito dos particulares, zelando pela justiça. 
 
2. Há diferença entre os contratos celebrados entre a Administração Pública e 
o particular, dos firmados entre particulares. Isto está relacionado à natureza e 
aos preceitos da Administração Pública, onde deve prevalecer o interesse 
público. 
 
 
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21 
3. O contrato só poderá ser celebrado entre a empresa que venceu a licitação 
ou a que tenha cumprido os procedimentos de dispensa de inexigibilidade. 
Caso contrário poderá ser declarada a nulidade do procedimento licitatório e 
consequentemente a do contrato. 
� Elaboração de Contratos 
Um contrato é formado por cláusulas enumeradas e que especificam as 
condições para sua execução. 
As cláusulas que compõem o contrato deverão estar em consonância com 
o ato convocatório da licitação. Em caso de dispensa ou inexigibilidade de 
licitação a redação do contrato deverá considerar a proposta do contratado e o 
ato de autorização da contratação sem licitação. 
Com relação às cláusulas, a elaboração dos contratos celebrados deve-se 
observar o Art. 55 da Lei 8.666/93. 
Art. 55 São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: 
I - o objeto e seus elementos característicos; 
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; 
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e 
periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização 
monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo 
pagamento; 
IV - os prazos de iníciode etapas de execução, de conclusão, de entrega, 
de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; 
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação 
funcional programática e da categoria econômica; 
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando 
exigidas; 
VII - os direitos e as responsabilidades das Unidades, as penalidades 
cabíveis e os valores das multas; 
 
VIII - os casos de rescisão; 
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão 
administrativa prevista no art. 77 desta Lei; 
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, 
quando for o caso; 
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a 
inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; 
 
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22 
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos 
casos omissos; 
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do 
contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas 
as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. 
Além das cláusulas descritas no Art. 55, os contratos elaborados pela 
Administração Pública deverão conter as seguintes informações: 
- Nome do órgão ou entidade da Administração Pública e do seu 
representante; 
- Nome do responsável da empresa contratada e do seu representante; 
- Finalidade e objetivo do contrato; 
- Ato que autorizou a regulação do contrato; 
- Número do procedimento de licitação, da dispensa ou da inexigibilidade; 
- Sujeição dos contratantes às normas da Lei 8.666/93; 
- Submissão dos contratantes às cláusulas contratuais. 
Cabe ressaltar ainda que outros dados ou informações que sejam 
consideradas como importantes, principalmente em razão da peculiaridade do 
objeto, devem constar do contrato com objetivo de garantir a perfeita execução 
do objeto e resguardar direitos e deveres de ambas as Unidades. 
� Contratos Especiais 
Apesar da maioria dos contratos serem regidos pelas normas de Direito 
Público, há contratos celebrados pela Administração pública que têm suas 
cláusulas regulamentadas por normas do Direito Privado, observada as regras 
dos Artigos 55 e 58 a 61 da Lei 8.666/93. 
Exemplos de contratos especiais: contratos de seguro, de financiamento, 
de locação (onde a Administração Pública seja a locatária) e aqueles em que a 
Administração Pública é usuária de serviço público. 
Muitas pessoas utilizam o termo convênio como sinônimo de contrato, 
mas além do conceito existem outras diferenças. 
 
A Gestão Contratual 
A gestão dos contratos deve ser organizada de modo que sejam 
designados, formalmente, servidores públicos qualificados que seriam 
 
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23 
responsáveis pela execução de atividades e/ou pela vigilância e garantia da 
regularidade e adequação dos serviços e produtos elaborados e aceitos. 
Após o inicio da execução do contrato a Administração deve acompanhar 
para saber se a contratada está cumprindo com o que foi pactuado, e isto será 
feito pelos servidores formalmente designados para exercerem tais atribuições. 
E este controle e fiscalização da execução contratual, principalmente com 
relação às obrigações da contratada, é de responsabilidade do fiscal do 
contrato, lembrando que o fiscal do contrato tem responsabilidade solidária 
com a empresa por possíveis danos causados pela execução irregular do 
contrato, conforme art. 16, § 2º, da Lei nº. 8.443 de 16 de julho de 1992, que 
estabelece a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União, como veremos a 
seguir. 
Lei 8.443/92 
Art. 15. Ao julgar as contas, o Tribunal decidirá se estas são regulares, 
regulares com ressalva, ou irregulares. 
Art. 16. As contas serão julgadas: 
I - regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão 
dos demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade e a 
economicidade dos atos de gestão do responsável; 
II - regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou 
qualquer outra falta de natureza formal de que não resulte dano ao erário; 
III - irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências: 
a) omissão no dever de prestar contas; 
b) prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à 
norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, 
orçamentária, operacional ou patrimonial; 
c) dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico; 
d) desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos. 
§ 1° O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência 
no descumprimento de determinação de que o responsável tenha tido 
ciência, feita em processo de tomada ou prestação de contas. 
§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d des te artigo, o Tribunal, ao 
julgar irregulares as contas, fixará a responsabilidade solidária: 
a) do agente público que praticou o ato irregular, e 
b) do terceiro que, como contratante ou parte interessada na prática do 
mesmo ato, de qualquer modo haja concorrido para o cometimento do 
dano apurado. 
 
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24 
§ 3° Verificada a ocorrência prevista no parágrafo anterior deste artigo, o 
Tribunal providenciará a imediata remessa de cópia da documentação 
pertinente ao Ministério Público da União, para ajuizamento das ações civis 
e penais cabíveis. 
� Principais pontos a serem observados com relação à 
regulação de contratos. 
Vale ressaltar, que um dos primeiros passos na execução contratual é 
haver previamente a autoridade competente designado um representante para 
cada contrato celebrado, isto pode ser feito mediante cláusula contratual ou ato 
administrativo específico, importando aqui que se cumpra o previsto no artigo 
67 da lei 8.666/93. 
O gestor ou fiscal do contrato deve conhecer bem o contrato que está sob 
sua responsabilidade, ele deve deter boa organização quanto a todos os atos 
que se relacionem ao contrato, nos contratos de prestação de serviços, por 
exemplo, é imprescindível que verifique a frequência, se a quantidade de 
funcionários empregados na prestação daquele serviço está de acordo com o 
pactuado, deve verificar se a folha de pagamento está de acordo com a 
planilha de formação de custos e preços pactuada, no caso de fornecimento de 
material, se aquele objeto é o contratado e se não há nenhuma variação em 
relação ao efetivamente comprado. 
Nos pagamentos de contratos continuados que envolvam mão-de-obra, o 
gestor dos contratos, ou em alguns casos a área responsável pelos 
pagamentos, deverá estar atento à regularidade fiscal, bem como a 
previdenciária dos empregados da contratada que prestaram os respectivos 
serviços, pois apesar de o contratado ser responsável pelos encargos 
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do 
contrato, a Administração Pública responde solidariamente com o contratado 
pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos 
termos do art. 31 da Lei nº. 8.212, de 24 de julho de 1991. 
Para que os contratos sejam fielmente cumpridos, onde as prestações 
dos serviços, ou o fornecimento do material, ou a execução das obras atendam 
rigorosamente às especificações, ou até superem estas, o gestor do contrato 
precisa atuar de forma adequada e imediata, pode comunicar por escrito a 
empresa contratada para sanar falhas, ou vícios redibitórios verificados na 
execução dos contratos, comunicar por escrito também a chefia imediata de 
situações que firam ao que foi pactuado sugerindo inclusive sanções e até a 
própria rescisão contratual. Também nos casos onde é passível a renovaçãocontratual, precisa compor o processo de aditamento contratual a manifestação 
do gestor do contrato da qualificação da contratada para que se continue a 
prestação dos serviços. 
O Papel do Gestor de Contratos 
 
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25 
Gestor de contratos ou fiscal de contratos é o termo designativo para 
função exercida por servidor que irá acompanhar e fiscalizar a execução 
contratual, desde o início da contratação até o termino do contrato. 
Existem várias nomenclaturas atribuídas ao servidor designado como 
representante da Administração que irá agir no acompanhamento, fiscalização 
e atestação da execução contratual. A lei 8.666/93 em seu artigo 67 estabelece 
as atribuições do servidor denominado representante: 
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada 
por um representante da Administração especialmente designado, permitida a 
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes 
a essa atribuição. 
§ 1o O representante da Administração anotará em registro próprio todas 
as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que 
for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados. 
§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a competência do 
representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a 
adoção das medidas convenientes. 
 
Já o Decreto 2.271 de 7 de julho de 1997, em seu artigo 6°, traz a 
nomenclatura de Gestor. 
Art. 6º A administração indicará um gestor do contrato, que será 
responsável pelo acompanhamento e fiscalização da sua execução, 
procedendo ao registro das ocorrências e adotando as providências 
necessárias ao seu fiel cumprimento, tendo por parâmetro os resultados 
previstos no contrato. 
Independentemente da terminologia atribuída ao servidor, seja fiscal de 
contrato, gestor de contrato, fiscalizador de contrato, executor de contrato, 
agente fiscalizador, dentre outras, a atribuição é a mesma. 
Na Administração Pública normalmente existe um grande envolvimento 
dos setores de compras durante o certame licitatório, comissão de licitação, 
pregoeiro, equipe de apoio dentre outros e para muitos dos envolvidos sua 
participação no processo termina ali, mas o processo continua e é onde entra 
em cena a figura do fiscal do contrato ou gestor do contrato, nomeado para 
acompanhar, fiscalizar, certificar e atestar que tudo o que foi adquirido cumpriu 
todos os requisitos pré-estabelecidos. 
� Características do Gestor de Contratos 
O gestor de contratos precisa conhecer o processo licitatório, o projeto 
básico ou termo de referência, precisa saber fiscalizar e gerenciar o contrato, 
 
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26 
contratos de cunho mais técnico precisam ser acompanhados por fiscais que 
tenham conhecimento ou formação na área, como nos casos de obras, por 
exemplo, o ideal é que seja alguém com formação na área de engenharia. Mas 
também precisa conhecer as fases da despesa pública como o empenho, a 
liquidação e o pagamento (Artigo 58 da Lei 4.320 de 17 de março de 1964) e 
conhecer os instrumentos de planejamento orçamentário (PPA, LOA, LDO), 
porque assim como o ordenador, como já vimos, ele também pode responder 
junto ao Tribunal de Contas da União, até mesmo com seu patrimônio em 
ações regressivas nos casos considerados lesivos ao Erário, sem prejuízo das 
demais ações passíveis. 
Destarte, o gestor de contratos é peça fundamental na Administração 
Pública pois representa ali a causa pública, nas situações nas quais o servidor 
designado não se sinta capaz de desempenhar a contento as funções 
delegadas e não podendo negar-se em desempenhá-la, deverá solicitar à sua 
chefia imediata curso de capacitação, conforme preconiza a legislação por 
intermédio do Decreto 5.707 de 23 de fevereiro de 2006, ao qual citamos em 
seu artigo 3°: 
Art. 3o São diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento de 
Pessoal: 
I - incentivar e apoiar o servidor público em suas iniciativas de 
capacitação voltadas para o desenvolvimento das competências institucionais e 
individuais; 
II - assegurar o acesso dos servidores a eventos de capacitação interna 
ou externamente ao seu local de trabalho; 
III - promover a capacitação gerencial do servidor e sua qualificação para 
o exercício de atividades de direção e assessoramento; 
IV - incentivar e apoiar as iniciativas de capacitação promovidas pelas 
próprias instituições, mediante o aproveitamento de habilidades e 
conhecimentos de servidores de seu próprio quadro de pessoal; 
V - estimular a participação do servidor em ações de educação 
continuada, entendida como a oferta regular de cursos para o aprimoramento 
profissional, ao longo de sua vida funcional; 
VI - incentivar a inclusão das atividades de capacitação como requisito 
para a promoção funcional do servidor nas carreiras da administração pública 
federal direta, autárquica e fundacional, e assegurar a ele a participação 
nessas atividades; 
VII - considerar o resultado das ações de capacitação e a mensuração do 
desempenho do servidor complementares entre si; 
VIII - oferecer oportunidades de requalificação aos servidores 
redistribuídos; 
 
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27 
IX - oferecer e garantir cursos introdutórios ou de formação, respeitadas 
as normas específicas aplicáveis a cada carreira ou cargo, aos servidores que 
ingressarem no setor público, inclusive àqueles sem vínculo efetivo com a 
administração pública; 
X - avaliar permanentemente os resultados das ações de capacitação; 
XI - elaborar o plano anual de capacitação da instituição, compreendendo 
as definições dos temas e as metodologias de capacitação a serem 
implementadas; 
XII - promover entre os servidores ampla divulgação das oportunidades de 
capacitação; e 
XIII - priorizar, no caso de eventos externos de aprendizagem, os cursos 
ofertados pelas escolas de governo, favorecendo a articulação entre elas e 
visando à construção de sistema de escolas de governo da União, a ser 
coordenado pela Escola Nacional de Administração Pública - ENAP. 
Parágrafo único. As instituições federais de ensino poderão ofertar cursos 
de capacitação, previstos neste Decreto, mediante convênio com escolas de 
governo ou desde que reconhecidas, para tanto, em ato conjunto dos Ministros 
de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação. 
Logo, para que o gestor participe em todas as etapas do processo 
administrativo, ele precisa estar envolvido na elaboração do projeto básico ou 
do termo de referência até o termino da vigência do contrato, de forma a 
aumentar a eficiência das contratações permitindo assim procedimentos de 
fiscalização e gerenciamento do contrato precisos e eficazes. 
O Processo de Execução do Contrato 
Você estudou na aula 1 a definição do gestor do contrato, as atribuições 
do gestor do contrato, os pontos a serem observados, nesta aula você irá ver 
as características dos gestores ou fiscais de contratos, bem como, o 
acompanhamento da execução contratual. 
� O Passo A Passo da Execução Contratual 
O contrato também é acompanhado do processo de pagamento, este por 
sua vez precisa cumprir todos os ritos previstos na legislação, como o da 
regularidade fiscal, para que seja cumprido, liquidado, ou seja, pago, o serviço 
ou o objeto adquirido, é necessário a expressão da execução do contrato por 
meio do atesto que foi executado pelo gestor do contrato ou por seu substituto 
eventual formalmente nomeado pela autoridade competente como ele. 
É importante que o gestor do contrato tenha um processo montado, 
paginado e rubricado com todos os documentos relativos à execução 
contratual, uma organização capaz de:Secretaria Especial do Interlegis 
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28 
• arquivar todos os documentos relevantes, relativos à execução; 
• registrar por meio de ata no processo todos os fatos ocorridos; 
• estar atento quanto aos despachos emitidos dentro dos prazos; 
• manter cópia do contrato, da planilha de formação de preços, do ato 
convocatório (edital) para consulta em caso de esclarecimentos; 
• manter cópia de todas as comunicações escritas a sua chefia imediata, 
contendo as decisões ou solicitação de providências que fujam a sua 
competência e precisam de decisão de autoridade superior. 
 
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Lição 7- Convênios 
� Definição 
Convênio é um instrumento formal que disciplina a transferência de 
recursos públicos da União para os Estados e Municípios. 
A IN STN nº. 01 de 1997 e a Lei 8.666/93 em seu Art. 116 apresentam 
disposições que disciplinam a celebração de convênios. 
Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, 
acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e 
entidades da Administração. 
§ 1º - A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou 
entidades da Administração Pública depende de prévia aprovação de 
competente plano de trabalho proposto pela organização interessada, o 
qual deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: 
I - identificação do objeto a ser executado; 
II - metas a serem atingidas; 
III - etapas ou fases da execução; 
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros; 
V - cronograma de desembolso; 
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da 
conclusão das etapas ou fases programadas; 
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação 
de que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão 
devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair 
sobre a entidade ou órgão descentralizador. 
§ 2º - Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência do 
mesmo à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva. 
 § 3º - As parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade 
com o plano de aplicação aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as 
mesmas ficarão retidas até o saneamento das impropriedades ocorrentes: 
I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da 
parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável, inclusive 
mediante procedimentos de fiscalização local, realizados periodicamente 
pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão 
competente do sistema de controle interno da Administração Pública; 
 
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II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, 
atrasos não justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas, 
práticas atentatórias aos princípios fundamentais da Administração Pública 
nas contratações e demais atos praticados na execução do convênio, ou o 
inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais 
básicas; 
III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas 
pelo partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo 
sistema de controle interno. 
§ 4º - Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão 
obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança de instituição 
financeira oficial se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês, 
ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de 
mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização 
dos mesmos verificar-se em prazos menores que um mês. 
§ 5º - As receitas financeiras auferidas na forma do parágrafo anterior serão 
obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas, 
exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de 
demonstrativo específico que integrará as prestações de contas do ajuste. 
§ 6º - Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, 
acordo ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os 
provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, 
serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo 
improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata 
instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada 
pela autoridade competente do órgão ou entidade titular dos recursos. 
É importante que você observe que no convênio os objetivos de ambas as 
Unidades são recíprocos e mútuos, diferentemente do contrato, onde os 
objetivos são opostos. 
 
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Resumo 
Indo mais fundo no estudo da Lei nº. 8.666/93, nesta aula você estudou 
sobre: as modalidades, os tipos e as fases da licitação e sobre aquilo que é 
uma das finalidades da licitação: a execução de contratos. Estudou também 
sobre convênios. As modalidades de licitação referem-se às formas de 
condução do procedimento de licitação, ou seja, como a licitação vai ocorrer. 
São modalidades de licitação: concorrência, tomada de preço, convite, 
concurso e leilão. 
Os tipos de licitação estão relacionados aos critérios que serão utilizados 
para avaliar e classificar as propostas apresentadas pelos licitantes. São tipos 
de licitação: menor preço, melhor técnica, técnica e preço, maior lance ou 
oferta. O procedimento de licitação compreende duas fases: fase interna ou 
preparatória e a fase externa ou executória. 
Segundo o Art. 2º da Lei nº. 8.666/932, parágrafo único, contrato é todo e 
qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e 
particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e 
a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. 
Você aprendeu, também, que o gestor de contratos, também conhecido 
como fiscal de contratos, exerce a função de acompanhar e fiscalizar a 
execução dos serviços ou o recebimento dos materiais adquiridos pela 
Administração por intermédio de contrato administrativo. 
Que o gestor ou fiscal deve acompanhar o contrato desde o início da 
contratação até o seu término, onde o controle e a fiscalização do objeto 
contratado são fundamentais para o bem público. Tendo o gestor contratual a 
responsabilidade de acompanhar o contrato quanto as obrigações da 
contratada, por também possuir responsabilidade, podendo ser 
responsabilizado da execução dos serviços e recebimento correto dos bens 
especificados no instrumento pactuado. 
Convênio é um instrumento formal que disciplina a transferência de 
recursos públicos da União para os Estados e Municípios. 
A IN STN nº. 01 de 1997 e a Lei 8.666/93 em seu Art. 116 apresentam 
disposições que disciplinam a celebração de convênios. 
 
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Unidade 3 – Pregão e Registro de Preços 
Introdução 
Você já sabe que a Administração, ao adquirir bens e serviços, formaliza 
o acordo firmado por intermédio de cláusulas enumeradas e que especificam 
as condições para sua execução na forma de um contrato administrativo. 
Sabe também que as cláusulas que compõem o contrato deverão estar 
em consonância com o ato convocatório da licitação. Em caso de dispensa ou 
inexigibilidade de licitação a redação do contrato deverá considerar a proposta 
do contratado e o ato de autorização da contratação sem licitação. 
Mas, talvez o que ainda não saiba é todo o procedimento formal da 
Administração Pública em acompanhar e fiscalizar estes contratos firmados. 
Indo mais fundo no estudo da Lei nº. 8.666/93, nesta aula você estudará 
sobre: o papel do gestor de contratos na AdministraçãoPública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lição 8 - Licitações e Contratos: Novos Rumos - Pregão 
Pregão, em sentido dicionarizado, corresponde ao ato de apregoar. 
Significa proclamação pública. Na esfera do direito processual civil é o ato 
de anunciar, em voz alta, a realização de um fato judicial. É o anúncio de 
viva voz que faz um funcionário da justiça chamando as Unidades e seus 
advogados para uma audiência judicial ou que faz o porteiro dos auditórios 
ao submeter bens à praça (cf., Leib Soibelman – "Enciclopédia do 
Advogado" – Rio de Janeiro: Editora Rio, 1978 – pág. 284, apud, 
NÓBREGA, - 2000, s/p). 
No âmbito da Lei 10.520 de 2002, o pregão é uma modalidade de 
licitação em que a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns é 
realizada em sessão pública, por meio de propostas escritas e lances verbais. 
O pregão pode ser realizado em duas formas: eletrônica (Decreto 5.450 
de 2005) ou presencial (Decreto 3.555 de 2000). Ambas serão estudadas nesta 
aula. 
Nesta aula você estudará sobre a modalidade de licitação Pregão e a Lei 
complementar 123/2006 que estabelece normas gerais relativas ao tratamento 
diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de 
pequeno porte. 
� Objetivos 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
- Definir pregão; 
- Analisar aspectos referentes ao pregão pertinente a Lei nº. 10.520. 
- Reconhecer a importância do papel do pregoeiro na realização das 
sessões. 
 
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Pregão Eletrônico 
� Definição 
Como vimos no módulo anterior outra modalidade de licitação é o Pregão, 
que foi instituído pela Lei nº. 10.520 de 17 de julho de 2002, tal lei promulgou o 
Pregão como modalidade de licitação a ser utilizada pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios de vendo ser utilizado para a aquisição de bens 
ou serviços considerados comuns, que é realizada em sessão pública, foi 
regulamentado por dois decretos, o Decreto 3.555 de 8 de agosto de 2000, 
(Decreto 3.555 de 2000) o pregão em sua forma presencial, e o Decreto 5.450 
de 31 de maio de 2005, que estabeleceu a obrigatoriedade do uso do Pregão, 
devendo ser utilizado preferencialmente na sua forma eletrônica. 
� Características principais 
Observe que na apresentação da definição foi sublinhada a expressão 
bens ou serviços considerados comuns, pois de acordo com o parágrafo único 
do Art. 1º da Lei nº. 10.520/02 temos a seguinte consideração: 
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e 
efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade 
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações 
usuais no mercado. 
São exemplos de bens comuns: 
Espécies: canetas, papéis, mesas, cadeiras, veículos, aparelhos 
eletrônicos, pneus, algemas etc. 
Serviços: confecção de chaves, manutenção de veículos e aparelhos, 
contratação de mão de obra para manutenção predial, limpeza, vigilância e etc. 
Nesta modalidade de licitação as propostas de preço dos licitantes são 
apresentadas por escrito e por lances. Estes lances podem ser verbais, no 
caso do Pregão Presencial, ou na forma eletrônica (Internet) quando o Pregão 
for realizado em sua forma Eletrônica, esta definição será dada pela autoridade 
competente que, se optar pelo uso do Pregão Presencial, justificará tal 
assertiva. O Pregão pode ser utilizado para qualquer contratação de bens ou 
serviços comuns independentemente do valor estimado para contratação. O 
pregão não está relacionado a valores e sim ao objeto. 
Mas, é importante destacar que mesmo não estando relacionado a 
valores, o julgamento deve sempre ser feito pelo menor preço, a exceção dos 
produtos ou serviços que podem ser balizados por tabelas como é o caso de 
passagens aéreas que podem ser compradas pelo procedimento de maior 
desconto, conforme o Decreto 3.892/01, alterado pelo Decreto 4.002/01 
 
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corroborado pelo Acórdão 1.477/2004 Plenário-TCU, como é o caso também 
na aquisição de peças para manutenção de veículos. 
O pregão é uma modalidade obrigatória no âmbito da União para 
aquisição de bens e serviços comuns. Após o Decreto 5.504/05, passou a ser 
obrigatório para entes públicos ou particulares, de qualquer esfera do governo 
que, ao utilizarem recursos federais por meio de convênios, os convenentes 
viessem a prever na ocasião contratual cláusula obrigando o recebedor dos 
recursos à sujeição as regras da lei 8.666/93 e no caso das contratações de 
bens e serviços comuns a previsão da execução da licitação por meio do 
Pregão, preferencialmente em sua forma eletrônica, conforme preconiza o 
citado decreto. 
O pregão caracteriza-se como sendo a forma mais dinâmica de 
contratação, apresenta custos mais reduzidos do que as demais modalidades e 
também uma economicidade mais significativa no que tange aos custos da 
administração, sua fase externa inicia-se, diferentemente das demais 
modalidades, pela apresentação de preços e possíveis lances que reduzam os 
valores iniciais apresentados e ainda há a possibilidade de negociação para 
redução dos preços, mesmo após a etapa de lances. 
 
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Lição 9 - Fases do pregão 
Assim como as outras modalidades de licitação, o pregão também possui 
duas fases: interna e externa. A fase interna é regulamentada pelo Art. 3º da 
Lei nº. 10.520 e assim se apresenta: 
Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte: 
I - a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e 
definirá o objeto do certame, as exigências de habilitação, os critérios de 
aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do 
contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento; 
II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas 
especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem 
a competição; 
III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições 
referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos 
sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo 
órgão ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem 
licitados; e 
IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou 
entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, 
cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, 
a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação 
e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor. 
§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores 
ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração, 
preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou 
entidade promotora do evento. 
§ 2º No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de pregoeiro e de 
membro da equipe de apoio poderão ser desempenhadas por militares. 
Princípios básicos do pregão: 
Legalidade – A atuação do gestor público e a realização da licitação devem 
ser processadas na forma da lei. 
Publicidade – Transparência do processo licitatório, com ampla 
divulgação, podendo ser acompanhado simultaneamente de qualquer lugar 
por qualquer pessoa. 
Igualdade – Possui cláusulas abrangentes e não restritivas. 
Impessoalidade – Dispensa tratamento igual a todos, os licitantes ao 
participarem possuem chave de acesso própria e exclusiva, somente vindo 
a ser identificado pela administração após a fase de lances. 
 
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Moralidade – A licitação é realizada em estrito cumprimento dos princípios 
morais. 
Probidade administrativa – O gestor deve apresentar um 
comprometimento em cumprir todos os deveres que lhe são atribuídos, 
ficando restrito aos deveres impostos por força de legislação. 
Vinculação ao instrumento convocatório – A administração, bem como 
os licitantes, fica obrigada a cumprir os termos do edital que deve possuir 
total relação com a legislação. 
Julgamento objetivo – Levando em consideração o preço, a qualidade de 
rendimento, a durabilidade, a eficiência, em suma a vinculação ao objeto 
licitado. 
Também temos os seguintes princípios correlatos: celeridade, finalidade, 
razoabilidade, proporcionalidade, competitividade, justo preço, seletividade 
e comparação objetiva das propostas. 
Vantagens do Pregão: 
Agilidade nas compras, procedimentos simplificados, desburocratização, 
transparência, competição e ampliação de participação. 
Fase externa do pregão 
A fase externa é regulamentada por vinte e três incisos descritos no Art. 
4º da Lei nº. 10.520. 
A primeira etapa da fase externa é a constituída pela publicação do edital, 
que deve preceder a realização da sessão pública no mínimo em 8 dias úteis, 
na contagem exclui-se o primeiro dia e inclui-se o último Durante este período 
qualquer pessoa poderá solicitar esclarecimentos, providências ou impugnar o 
ato convocatório do pregão em até dois dias úteis antes da data fixada para 
recebimento das propostas e caberá ao pregoeiro decidir sobre a petição no 
prazo de vinte e quatro horas tornando publica sua decisão a todos os 
interessados. 
A segunda etapa da fase externa é a sessão do pregão, onde 
primeiramente ocorre a apresentação da proposta inicial sucedida pela 
apresentação de lances sucessivos e inferiores ao último apresentado pelo 
próprio licitante, o menor lance apresentado é o que será aceito para posterior 
habilitação, após encerrada a fase de lances ainda é possível uma redução de 
preços entre a administração e o licitante. 
Aceita e habilitada a melhor proposta, o pregão será adjudicado pelo 
pregoeiro e homologado pela autoridade competente, após o que será 
realizada a respectiva contratação. 
Após realizada a habilitação e declarado o vencedor, qualquer licitante 
poderá manifestar imediata e motivadamente a intenção de interpor recurso, 
 
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registrando em ata a síntese das suas razões, devendo os interessados juntar 
memoriais no prazo de 03 (três) dias úteis A falta de manifestação imediata e 
motivada importará na decadência do direito de recurso. 
Essa manifestação poderá ser avaliada pelo pregoeiro, que poderá 
aceitá-la ou não, em aceitando os demais licitantes poderão apresentar contra-
razões em igual período de dias, a decisão sobre o recurso será instruída por 
parecer do Pregoeiro e homologada pela Autoridade Competente, que irá então 
adjudicar e homologar o certame licitatório e convocará o adjudicatário a 
assinar contrato (se for o caso) dentro do período definido no edital. 
Além dos benefícios já citados, o pregão se destaca também pela figura 
do pregoeiro. Quem é este profissional? 
� O Pregoeiro 
O pregoeiro é o servidor encarregado de conduzir o pregão desde o 
credenciamento dos licitantes até a indicação dos vencedores da sessão 
pública. No caso de órgãos militares, o pregoeiro poderá ser um militar. 
Somente poderá atuar como pregoeiro o servidor que tenha realizado 
capacitação específica para exercer a atribuição. 
Ao contrário do que ocorre na licitação convencional, em que as 
responsabilidades das decisões são divididas entre os membros das 
comissões de licitações, no pregão um só agente decide. Apesar de existir uma 
equipe de apoio, ele coordena a equipe, mas decide sozinho, inclusive os 
pregoeiros e membros de comissão de licitação, assumem a natureza de 
responsabilidade de gestão de licitação, visto que os mesmos praticam atos de 
gestão. 
O perfil do pregoeiro 
Exigi-se do pregoeiro, alguns princípios essenciais como: honestidade, 
integridade e responsabilidade dentre outros, para que o mesmo possa 
desenvolver as suas atividades maximizando resultados em termos de custos, 
prazos e qualidade. 
 
 
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Lição 10 - A Lei complementar 123/2006 e as Licitações. 
� Definição 
A Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento 
diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de 
pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
� Características principais 
Do artigo 42 a 49 da Lei Complementar n° 123 de 14 de dezembro de 
2006 foram apresentadas importantes mudanças nas aquisições públicas 
regidas pela Lei 8.666/93, que iremos transcrever. 
Das Aquisições Públicas: 
Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das 
microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para 
efeito de assinatura do contrato. 
Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da 
participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a 
documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, 
mesmo que esta apresente alguma restrição. 
§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, 
será assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, cujo termo inicial 
corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o vencedor 
do certame, prorrogáveis por igual período, a critério da Administração 
Pública, para a regularização da documentação, pagamento ou 
parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou 
positivas com efeito de certidão negativa. 
§ 2o A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1o 
deste artigo, implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo 
das sanções previstas no art. 81 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, 
sendo facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na 
ordem de classificação, para a assinatura do contrato, ou revogar a 
licitação. 
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, 
preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno 
porte. 
§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas 
apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam 
iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem 
classificada. 
 
 
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§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o 
deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço. 
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, 
ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte forma: 
I – a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada 
poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora 
do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado; 
II – não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno 
porte, na forma do inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as 
remanescentes que porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1o e 2o 
do art. 44 desta Lei Complementar, na ordem classificatória, para o 
exercício do mesmo direito; 
III – no caso de equivalência dos valores apresentados pelas 
microempresas e empresas de pequeno porte que se encontrem nos 
intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar, 
será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro 
poderá apresentar melhor oferta. 
§ 1o Na hipótese da não-contratação

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