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Introdução à Neurofisiologia

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Fisiologia 05 – Introdução a Neurofisiologia 
O sistema nervoso tem como função gerar respostas de interação com o nosso meio interno ou externo e gerar comportamento. Temos a entrada sensorial, e a quantidade de informações sensoriais que chegam é enorme e podemos não perceber, e tudo que chega está sendo integrado, que por final gera uma resposta. Então, existe o componente sensorial, que é formado por vários sistemas, que após ser integrado, gera uma resposta, ou seja, o componente efetor, que vai efetuar alguma coisa, não necessariamente movimento. E isso gera um ciclo, pois quando gera uma resposta, gera também uma nova gama de informações sensoriais. 
As informações sensoriais estão todas chegando ou na medula, ou direto no crânio, através dos nervos cranianos. E são informações que vem do meio externo (visão, tato, cheiro, etc.) e do meio interno (pressão arterial, por exemplo). Essas informações sensoriais podem passar por diferentes estágios onde ela já é integrada com outras informações, para no final sair uma resposta. Então, quando a informação chega na medula ou no tronco encefálico, já há um certo tipo de processamento (comportamentos simples: arcos reflexos e comportamentos automáticos), mas essa informação pode ir para estágios cada vez mais superiores, como os núcleos subcorticais, que continuam o processamento dessa informação. O estágio mais alto nessa hierarquia é o neocórtex, onde acontece a integração mais complexa de toda a informação sensorial, e é nessa região que se produz comportamentos mais complexos (mov. voluntários, consciência/recepção, tomada de decisão).
Por que não enxergamos infravermelho?
Não possuímos células especializadas em detectar o infravermelho. E isso vale para uma série de informações sensoriais, ou seja, todas as informações que conseguimos captar são detectadas por alguma célula, e essas células são chamadas de receptores sensoriais. Esses receptores podem ser neurônios ou células epiteliais modificadas, que se comunicam com os neurônios.
Um estímulo sensorial geral um potencial receptor, ou seja, uma célula frente a um estimulo sensorial, que ela consegue detectar, sofre uma variação do potencial (graduado). O estímulo sensorial é primeiramente transduzido e depois codificado. Na transdução ocorre a transformação da energia física em potencial elétrico na célula (potencial receptor), já a codificação é a transformação do potencial receptor em potencial de ação.
Esses dois processos acontecem em regiões/células diferentes. Em alguns casos, alguns neurônios possuem alguma especialização em uma das extremidades, onde vai ocorrer a transdução, e a codificação vai acontecer no restante da célula. Em no caso das células epiteliais modificadas, a transdução acontece na célula como um todo, e a codificação acontece nos neurônios seguintes.
Um estímulo sensorial pode nos dizer a sua modalidade, localização, intensidade e duração. O sistema nervoso codifica estes parâmetros de diversas formas:
Modalidades sensoriais: depende, basicamente, de qual célula foi estimulada.
Localização: determinada pelo campo receptor das células receptoras. Campo receptor é toda região da periferia sensorial, que quando é dado um estímulo, a célula o detecta. Então, cada célula possui um campo receptor, e seu tamanho varia ao longo do corpo, quanto menor, mais preciso será a sensação. 
Intensidade: é codificada pela frequência de potencias de ação, ou seja, se um estímulo é fraco e não atinge o limiar, não há potencial de ação, mas se o estimulo for um pouco mais forte, gera um potencial receptor, que atinge o limiar, e gera o potencial de ação. Quanto mais forte o estímulo, mais forte é o potencial receptor e maior é a frequência de potenciais de ação.
Duração: enquanto o estimulo sensorial estiver presente, a célula receptora gera potenciais de ação 
Todas as informações sensoriais sendo detectadas pelas células, estão sendo detectadas pelo sistema nervoso periférico (S.N.P), depois de terem sido codificadas em potenciais de ação. As informações vão percorrer o S.N.P até o sistema nervoso central (S.N.C), onde os nervos espinhas levam a informação até a medula e os nervos cranianos no tronco encefálico. Uma vez no S.N.C, as informações irão para o córtex (nível mais superior). Com exceção do olfato, todas as informações passam pelo tálamo, um estágio antes de seguir para o córtex, sendo o primeiro estágio o bulbo.
As vias por onde as informações sobem são de forma organizada. Cada modalidade sensorial possui uma via específica, e chegam em uma região específica do córtex, que são chamadas de áreas primárias.

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