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despachados à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, perante a qual todos os Senadores podem apresentar emendas no prazo de cinco dias úteis. A Comissão tem o prazo de quinze dias úteis, prorrogável por igual período, para opinar sobre o projeto. Publicados o parecer e as emendas, que também serão distribuídos em avulsos, e decorrido o interstício regimental, a matéria será incluída na Ordem do Dia. Caso não seja emitido o parecer pela Comissão, e se faltarem dez dias ou menos para o término do prazo no qual o Brasil deva se manifestar sobre o ato em questão, o projeto é incluído na Ordem do Dia para receber parecer em plenário por relator designado pelo Presidente da Casa. Como os outros projetos de decreto legislativo, uma vez aprovado em ambas as Casas do Poder Legislativo, o decreto legislativo dele oriundo é promulgado pelo Presidente do Senado. Uma outra matéria que tramita na forma de PDS diz respeito ao art. 49, XV: autorizar referendo e convocar plebiscito. A Lei nº 9.709, de 18.11.98, dispõe que para dar início a esse projeto é necessário que 1/3 dos Senadores o assinem. Quanto às demais etapas de tramitação, equivale a um outro PDS em rito normal, com aprovação por maioria simples. Há outros casos de PDS, como, por exemplo, o destinado a sustar atos do Poder Executivo (CF, art. 49, V). Depois de submetido à Comissão competente que emitirá parecer sobre a matéria, esse parecer será lido em Plenário, numerado e publicado no DSF e em avulsos. A seguir, tem início o prazo de cinco dias úteis para que a Mesa receba emendas. Se não houver emendas, o projeto está pronto para agendamento na Ordem do Dia. Caso sejam apresentadas emendas, as Comissões deverão apresentar parecer. Depois que o parecer tenha sido emitido, lido, numerado e publicado, observado o interstício regimental de três dias úteis entre sua publicação e o início da discussão da matéria, o projeto pode ser incluído na Ordem do Dia. Referência: CF - arts. 49. RISF - arts. 211; 213; 280; 281; 288, IV; 294; 375; 376. Pág. 3 C) PROJETO DE RESOLUÇÃO DO SENADO (PRS) - Apreciado somente pelo Senado (Não é submetido à revisão pela Câmara dos Deputados) Existem vários tipos de projeto de resolução. Vejamos: I. Alteração do Regimento Interno do Senado (RISF): a) O RISF pode ser alterado por iniciativa de qualquer Senador ou da Comissão Diretora. Como toda proposição legislativa, o projeto é lido no Período do Expediente. É aberto prazo de cinco dias úteis para recebimento de emendas perante a Mesa. Havendo ou não emendas, o projeto é remetido à CCJ e, em seguida, à Comissão Diretora (CDIR). Caso o projeto seja de origem da própria CDIR, o projeto só voltará a ela se tiver recebido emendas. Uma vez que já tenham sido dados os pareceres, eles são lidos no Período do Expediente, numerados e publicados no DSF e em avulsos para distribuição aos Senadores. Esse é o procedimento usual. Decorrido o interstício regimental, o projeto está pronto para ser incluído na Ordem do Dia para turno único de discussão e votação. b) O RISF pode ser alterado ou reformado como um todo. Nesse segundo caso, é constituída uma comissão temporária especial de Senadores aprovada pelo Plenário, destinada a analisar e elaborar um projeto de resolução. Dessa comissão deverá fazer parte um membro da Comissão Diretora. Uma vez lido o projeto em plenário, tem início o prazo de cinco dias úteis para encaminhamento de emendas à Mesa. Recebendo ou não emendas, o projeto vai à CCJ e, se ali receber emendas, volta à Comissão Especial para emissão de parecer. Os pareceres são lidos no Período do Expediente, numerados e publicados. Depois do interstício regimental, o projeto pode ser agendado na Ordem do Dia. II. A CCJ apresenta projeto de resolução suspendendo, no todo ou em parte, lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, como conclusão de seu parecer a um Ofício S (Senado) sobre a matéria que foi enviada ao Senado pelo STF. Essa matéria tramita somente no Senado e tem caráter terminativo na CCJ. Como toda matéria que tramita em rito terminativo, uma vez aprovada pela Comissão, seu Presidente comunica o fato, através de ofício, ao Presidente da Casa, que dá ciência ao Plenário, no Período do Expediente. Inicia-se o prazo de cinco dias úteis para interposição de recurso por 1/10 de Senadores. Se não houver recurso, como a matéria é de competência privativa do Senado, o Presidente da Casa promulga a resolução. Se houver recurso, a matéria ainda deve ser apreciada pelo Plenário do Senado. Antes de ir a plenário, abre-se prazo de cinco dias úteis para encaminhamento de emendas à Mesa. Sem emendas, passado o interstício regimental, o projeto pode ir para a Ordem do Dia. Com emendas, volta à CCJ para, só depois do parecer emitido, lido, numerado e publicado, ser incluído na Ordem do Dia. Pág. 4 Tipos de projeto de resolução III. A Comissão de Assuntos Econômicos apresenta projeto de resolução como conclusão de seu parecer, quando do exame de matérias financeiras como pedido de autorização para operações externas de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios ou de aval em contratação de operação de empréstimo externo por entidade autárquica subordinada aos governos Federal, Estadual ou Municipal. O processo, que tem início com a documentação encaminhada pelo Banco Central, recebe a denominação, no Senado, de Ofício S, e vai à CAE para parecer. Uma vez lido o Projeto de Resolução (objeto de parecer da CAE) em plenário, numerado e publicado, tem início o prazo de cinco dias úteis para emendas. Sem emendas, vai à Ordem do Dia; com emendas, à CAE para parecer, que será lido, numerado e publicado para posterior inclusão na Ordem do Dia. IV. A Comissão de Assuntos Econômicos: por proposta do Presidente da República, apresenta projeto de resolução como conclusão de seu parecer, fixando limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do DF e dos Municípios; por proposta do Presidente da República ou de 1/3 dos membros do Senado, apresenta à Comissão, em conclusão de seu parecer, PRS estabelecendo alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação, devendo ser aprovado por maioria absoluta de votos do Plenário do Senado; por iniciativa de 1/3 dos membros do Senado, a CAE apresenta, também, em conclusão de parecer, PRS que, para ser aprovado, precisa da maioria absoluta de votos favoráveis da Casa, estabelecendo alíquotas mínimas nas operações internas; por iniciativa da maioria absoluta dos membros do Senado, a CAE ainda apresenta PRS em conclusão de seu parecer, que deve ser aprovado por 2/3 da composição da Casa, fixando alíquotas máximas nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados e do DF. Em todos esses casos, o procedimento é o mesmo que para outro projeto de resolução advindo de conclusão de parecer. Lido no Período do Expediente, é numerado e publicado, ficando sobre a Mesa para recebimento de emendas durante cinco dias úteis. Com emendas, o projeto volta à CAE para parecer antes de ser agendado. Sem emendas, já estará pronto para o agendamento. Ainda sobre matéria financeira, a CAE apresenta PRS dispondo sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, DF e Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder público federal; ou dispondo