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Filtração Glomerular

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Fisiologia 17 – Filtração Glomerular
	O sistema urinário tem como principal função controlar a quantidade de agua de íons (Na) no corpo. Possui outras funções como regular a osmolaridade (concentração do plasma), manutenção do equilíbrio iônico e regulação do volume do liquido extracelular e da pressão sanguínea. Consiste em rins, ureteres, bexiga e uretra. Basicamente, o sangue está sendo processado, que no final das contas irá gerar a urina, que terá volume e composição de acordo com a necessidade do corpo.
	A urina é produzida na região do córtex e da medula (mais escura). E a principal diferença funcional dessas duas porções é que a porção da medula é muito salgada, ou seja, a concentração sal ali é maior em comparação com o córtex. Os néfrons é que são os responsáveis por gerar a urina, já que são a unidade funcional dos rins. O sangue que chega no néfron passa a partir de uma arteríola aferente para dentro de uma rede de capilares, o glomérulo (circundado pela Cápsula de Bowman). Nesse local, o plasma é filtrado para dentro do túbulo, mas o sangue que sai do glomérulo flui para dentro da arteríola eferente. Da cápsula, o liquido filtrado segue para o túbulo proximal e depois para a Alça de Henle, que é divido em ramo descendente e ascendente. O fluido que deixa a alça entra no T. distal, que segue para o ducto coletor. E existem dois tipos de néfrons: os corticais (90%) e os justamedulares.
	O néfron não está isolado, existe, passando por seus túbulos, uma rede de capilares. E o controle que o rim tem de o que vai ser urinado ou não, vai depender do que está voltando para a corrente sanguínea. O sangue que está chegando no néfron está passando pela a. aferente que em seguida vai passar pelo glomérulo, onde vai ocorre o processo de filtração, então, parte do plasma que está passando ali vai extravasar, ou seja, sair do capilar e entrar no túbulo (20% - fração de filtração). O que ficou no capilar vai continuar e passar pela a. eferente e vai continuar pelos capilares que contornam os túbulos. Parte do que foi para os túbulos pode ser reabsorvido pela corrente sanguínea, assim, a maior parte do que foi filtrado vai ser reabsorvido (19%). Quando tem alguma substância saindo do capilar e entrando no túbulo acontece o processo de secreção. O que permanece dentro do túbulo será excretado. Por exemplo, se uma substância é somente filtrada ela é excretada. Agora, se uma substância é filtrada e depois reabsorvida, a quantidade excretada é nula. 
	E esse plasma que está sendo filtrado, ele passa por três barreiras básicas: células do endotélio, membrana basal e o epitélio da cápsula de Bowman, em que parte dele é formada por células chamada podócitos, que se estendem e formam os pedicelos que envolvem os capilares, de modo que as projeções se intercalem. E por isso, existem fendas entre os pedicelos, que é por onde o filtrado pode passar. Essas camadas são todas carregadas negativamente, impedindo que proteínas grandes passem por elas. Então, final das contas, a composição do filtrado é muito semelhante ao plasma, porém, está livre de proteínas e elementos celulares.
	As forças que determina a filtração nos capilares glomerulares são a pressão hidrostática do líquido capsular, pressão oncótica e pressão hidrostática do sangue capilar. As pressões hidrostáticas do liquido capsular e do sangue atuam em direções opostas, a do líquido querendo entrar, e a do sangue querendo sair. Como dentro dos capilares tem proteínas, a pressão oncótica exercida por elas é na direção da própria cápsula. E a pressão oncótica do líquido capsular é nula, uma vez que não passam proteínas para a capsula de bowman. A resultante dessas forças físicas, está puxando o plasma para sair. Essas pressões que determinam a filtração, no final elas determinam a taxa de filtração glomerular (TFG), que é a quantidade filtrada em uma unidade de tempo. Caso algo causasse a obstrução da ureter, a TFG diminuiria, já que a pressão logo antes da obstrução iria aumentar, essa pressão vai aumentando até chegar na cápsula, aumentando a pressão hidrostática, afetando a filtração. Agora, se há um aumento da concentração de proteínas no plasma sanguíneo, a pressão oncótica vai aumentar, que é uma força contraria a filtração, diminuindo a TFG. Mas, se houvesse um aumento da pressão arterial (PA), a TFG aumenta, pois, a pressão hidrostática no glomérulo iria aumentar. Felizmente, existem mecanismos que conseguem manter a TFG, relativamente, constante, e são chamados de mecanismos de autorregulação. Nos rins, esses mecanismos conseguem regular a quantidade de sangue que está chegando nos glomérulos, variando a resistência das arteríolas aferentes e eferentes. Se há um aumento da resistência da a. aferente, a PH capilar irá diminuir, diminuindo também a TFG, mas se reduz a resistência da a. aferente, a PH capilar aumenta, assim como a TFG. A regulação da TFG se dá principalmente, regulando a a. aferente. Mas se aumentar a resistência da a. eferente, a PH no glomérulo vai aumentar, aumentando a TFG.

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