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Atividade orientada - Resposta Imune (1)

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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ – UNIC 
NÚCLEO DE DISCIPLINAS INTEGRADAS 
DISCIPLINA DE CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS IV – CMF IV 
SEMESTRE LETIVO 2012/2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RREESSPPOOSSTTAA IIMMUUNNEE 
AATTEENNÇÇÃÃOO!! EESSTTAA AATTIIVVIIDDAADDEE ÉÉ IINNDDIIVVIIDDUUAALL.. AA LLIISSTTAA DDEE 
EEXXEERRCCÍÍCCIIOOSS DDEEVVEERRÁÁ SSEERR EENNTTRREEGGUUEE NNOO IINNÍÍCCIIOO DDAA AAUULLAA TTEEÓÓRRIICCAA 
DDEE RREESSPPOOSSTTAA IIMMUUNNEE.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NNOOMMEE:: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
TTUURRMMAA:: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
 
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CMF IV – A RESPOSTA IMUNE Página 2 
 
 
Este material foi elaborado para complementar o estudo de vocês e facilitar a 
fixação do conteúdo abordado. Ele deve ser levado para a aula teórica de 
RESPOSTA IMUNE, pois suas atividades e textos serão utilizados durante as 
aulas. Além do mais, este material deverá ser estudado atentamente após a leitura 
do livro texto indicado pela disciplina. O conteúdo deste também será objeto de 
avaliação oficial e parcial, incluindo a discussão de seus textos em sala de aula 
durante as aulas expositivas dialogadas e realização dos exercícios da lista. A lista 
de exercícios deverá ser vistada pela professora, portanto fique atento às datas! 
Esperamos que seu estudo seja aprimorado e facilitado com este material. 
Bom estudo! 
 
Conteúdo 
ÓRGÃOS E TECIDOS DO SISTEMA IMUNE ........................................................... 3 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE .............................................................................. 3 
Linfócitos ................................................................................................................. 3 
Células apresentadoras de antígeno ....................................................................... 2 
Neutrófilos ............................................................................................................... 3 
Eosinófilos ............................................................................................................... 4 
Basófilos .................................................................................................................. 4 
Mastócitos................................................................................................................ 4 
IMUNIDADE NATURAL............................................................................................ 4 
COMPONENTES DO SISTEMA IMUNOLÓGICO NATURAL ........................ 4 
OS FAGÓCITOS E A RESPOSTA INFLAMATÓRIA ........................................ 5 
IMUNIDADE ADQUIRIDA OU ADAPTATIVA ........................................................ 6 
RESPOSTA IMUNE CELULAR ........................................................................... 6 
RESPOSTA IMUNE HUMORAL ......................................................................... 7 
RESPOSTA IMUNE PRIMÁRIA E RESPOSTA IMUNE SECUNDÁRIA .................. 7 
CITOCINAS................................................................................................................. 8 
LISTA DE EXERCÍCIOS ............................................................................................ 9 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CMF IV – A RESPOSTA IMUNE Página 3 
 
ÓRGÃOS E TECIDOS DO SISTEMA IMUNE 
 
O sistema imunológico é responsável pela defesa do organismo contra agentes 
patogênicos, substâncias estranhas, microorganismos e toxinas. Sua habilidade depende de 
tecidos especializados que concentram os antígenos que são introduzidos por meio dos portais 
comuns de entrada e de células que migram através desses órgãos linfóides e reconhecem os 
antígenos e iniciam as respostas imunológicas. 
O sistema imune é constituído por vários órgãos e tecidos que são distribuídos por todo 
o organismo. Esses órgãos podem ser classificados funcionalmente em dois grandes grupos: 
órgãos linfóides primários e órgãos linfóides secundários. 
Os órgãos linfóides primários provêem um microambiente favorável para a produção, 
desenvolvimento e maturação de células imunes. A medula óssea e o timo são os dois órgãos 
linfóides primários. Os órgãos linfóides secundários são formados de tecidos especializados e 
responsáveis pela captação de antígenos de tecidos e órgãos específicos ou de espaços 
vasculares e são sítios onde ocorre a interação entre as células imunes e os antígenos. Assim 
sendo os órgãos linfóides periféricos concentram os antígenos que são introduzidos por meio de 
portais comuns de entrada: a pele e os tratos gastrointestinal, urogenital e respiratório. Os 
linfonodos, baço, linfonodos associados a mucosas (MALT – Mucosal Associated Lymphoid 
Organs), linfonodos associados ao intestino (GALT – Gut Associated Lymphoid Organs) são 
órgãos linfóides secundários. 
O timo é o local de maturação dos linfócitos T. É um órgão bilobulado localizado acima 
do coração, no mediastino anterior. As células T são produzidas na medula óssea e migram 
para o timo a fim de passarem pelo processo de maturação que torná-las há capazes de 
realizarem as respostas imunes. 
Os linfócitos B, em humanos, assim como as demais células do sistema imune são 
produzidas e maturadas na medula óssea. A partir do processo de maturação as células imunes 
tornam-se imunocompetentes, ou seja, capazes de gerar e participar de respostas 
imunológicas. 
Os linfonodos e o baço são os órgãos linfóides secundários melhor organizados. Nesses 
órgãos existem regiões especificas de células T e células B. outros tecidos menos organizados 
são os MALT, que compreendem: placas de Peyer, tonsilas, apêndice, folículos linfóides 
encontrados ao longo dos intestinos, do trato respiratório superior, brônquios e trato 
genitourinário. 
 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE 
As células do sistema imune são os leucócitos ou glóbulos brancos. Neutrófilos, 
eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos são tipos de leucócitos. Outras células também 
fazem parte do sistema imune como, por exemplo, as células Natural killer (NK), células 
dendríticas, e os macrófagos, sendo essas duas últimas fagócitos profissionais. 
 
Linfócitos 
 Os linfócitos são as células imunes responsáveis por conferir ao sistema imune a 
capacidade de gerar memória imunológica, reconhecimento de antígenos, especificidade, 
distinção de moléculas próprias e não próprias. 
São células de extrema importância para o sistema imunológico. Possuem capacidade 
de reconhecer microorganismos ou toxinas no organismo. Sua capacidade de reconhecimento 
torna-as capazes de distinguir as células e moléculas do próprio organismo das células e 
moléculas dos microorganismos causadores de doenças. Algumas doenças denominadas 
doenças auto-imunes, surgem de falhas nesse mecanismo de reconhecimento fazendo com que 
os linfócitos iniciem respostas imunes contra o próprio organismo. Os linfócitos consistem em 
populações distintas que diferem quanto às funções e a seus produtos protéicos, mas que são 
indistintos morfologicamente. 
 O tamanho da população de linfócitos inativos se mantém constante mediante o 
equilíbrio entre a geração de novas células pelos progenitores da medula óssea e a morte das 
células que não entram em contato com nenhum antígeno. A princípio, os linfócitos ao saírem 
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CMFIV – A RESPOSTA IMUNE Página 2 
 
da medula óssea e do timo são chamados linfócitos ‘naives’, inativos ou virgens. Eles se tornam 
ativados apenas após se encontrarem com os antígenos para os quais são específicos. 
 
a) Linfócito B 
 São derivados da medula óssea e seus estágios de desenvolvimento iniciam-se 
também na medula óssea, são produtoras de anticorpos (plasmócitos). Estes linfócitos são 
produzidos e maturados na medula óssea. Ao serem ativados, se diferenciam em plasmócitos, 
dando início à produção de anticorpos. O primeiro isotipo produzido é o IgM. 
 
b) Linfócito T 
São mediadores da imunidade celular, derivados da medula óssea e migram para o 
timo a fim de completarem sua maturação. Os linfócitos T podem ser agrupados em linfócitos T 
auxiliares ou CD4, linfócitos T citotóxicos, citolíticos, CTL ou CD8. Os linfócitos TCD4 e CD8 são 
as duas populações maiores de linfócitos T. Entretanto ainda existem outras classes de 
linfócitos: os linfócitos T supressores e T regulatórios. As proteínas da membrana podem ser 
usadas como marcadores fenotípicos para distinguir populações de linfócitos funcionalmente 
distintos. Nesse caso, a Célula T auxiliar expressa CD4 (Cluster of Differentiation 4 - grupo de 
diferenciação 4), CTL (linfócito T citotóxico ou citolítico) expressa CD8 (Cluster of Differentiation 
8 - grupo de diferenciação 8). São as únicas células do corpo capazes de reconhecer e 
distinguir de modo específico diversos determinantes antigênicos, e são, consequentemente 
responsáveis por duas características definidoras da resposta imunológica específica: memória e 
especificidade. 
Na resposta imunológica adquirida, os linfócitos inativos são ativados por antígenos e 
outros estímulos para se diferenciarem em células efetoras ou células de memória. Para tanto, 
as células T expressam proteínas em sua superfície que interagem com ligantes de outras 
células ( macrófagos, linfócito B). Os CTL (linfócitos TCD8) desenvolvem grânulos que contém 
proteínas (perfurina e granzima) que destroem células infectadas por vírus e células tumorais. 
Os linfócitos B se diferenciam em células que secretam anticorpos, denominadas plasmócitos. 
Uma parte da prole dos linfócitos T e B estimulados se diferencia em células de memória, que 
agem como intermediários das respostas rápidas e acentuadas a exposições subseqüentes ao 
mesmo antígeno (respostas imunes secundárias). Os linfócitos B de memória expressam 
determinadas classes de Ig de membrana (IgG, IgE ou IgA) enquanto os linfócitos B inativos: 
expressam somente IgM ou IgD. 
Células Natural Killer (NK): compreendem cerca de 5 a 10% dos linfócitos circulantes. 
São células relacionadas com a primeira linha de defesa do organismo contra vírus, células 
tumorais, em um braço da imunidade chamado imunidade inata. Possuem grânulos 
citoplasmáticos que possuem proteínas denominadas perfurinas e granzimas que são 
responsáveis respectivamente por perfurar a membrana da célula-alvo e iniciar uma cascata de 
reações que culmina com a morte da célula-alvo. 
 
 
Células apresentadoras de antígeno 
 São especializadas em captar microorganismos e outros antígenos e apresentá-los aos 
linfócitos e fornecer sinais que estimulam a proliferação e diferenciação dos linfócitos.Os 
linfócitos T reconhecem antígenos apenas quando estes estão fixados nas superfícies dos APCs. 
Funções: 
Capturam o antígeno, 
a) Transportam-no para os órgãos linfóides periféricos e induzem respostas dos linfócitos T às 
proteínas antigênicas. São encontradas sob o epitélio da maioria dos órgãos. 
b) Conversão de antígenos protéicos em peptídeos menores e exibem em complexos peptídeo-
MHC. 
c) Processamento e Apresentação de Antígenos. 
d) Fornecimento de estímulos além dos iniciados pelo reconhecimento: presença de moléculas 
co-estimulatórias. 
Desse modo, podemos evidenciar duas características principais das células 
apresentadoras de antígeno: 
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CMF IV – A RESPOSTA IMUNE Página 3 
 
Capacidade de processamento de antígeno e Apresentar antígenos processados em 
MHC classe II. 
São 3 as principais células apresentadoras de antígeno: células dendríticas, macrófagos 
e linfócitos B. 
a) Células dendríticas 
As células dendríticas desempenham um papel importante na imunidade natural aos 
microorganismos, na captura de antígenos e na indução de respostas dos linfócitos T às 
proteínas antigênicas. Originam-se de precursores da medula óssea, principalmente da 
linhagem monocítica, e são encontradas em muitos órgãos, inclusive nos tecidos de barreira 
epitelial, onde sua função é a captura de antígenos estranhos e seu transporte para os órgãos 
linfóides periféricos. Elas possuem longas projeções citoplasmáticas, o que aumenta 
eficazmente sua área de superfície, e colhem e interiorizam ativamente componentes do 
ambiente tecidual extracelular. Alem disso, as células dendríticas apresentam em sua superfície 
vários receptores que reconhecem padrões moleculares associados a patógenos. Ao 
encontrarem com antígenos as DC se tornam ativadas, e uma vez ativadas elas se tornam 
moveis e migram para tecidos linfóides regionais onde darão inicio as respostas imunes através 
da apresentação antigênica. Portanto, as células dendríticas imaturas residentes nos epitélios e 
tecidos, estrategicamente localizadas nos locais de entrada de microrganismos e nos órgãos 
que podem ser colonizados por patógenos capturam antígenos protéicos e os transportam aos 
linfonodos e caracterizam-se como as mais eficazes para iniciar as respostas de células T. É 
importante ressaltar três características das DC: 
a. Expressam receptores que permitem capturar microrganismos; 
b. Migram preferencialmente para as regiões de LT nos linfonodos; 
c. Expressam co-estimuladores que ativam as células T ‘virgens’. 
 
b) Fagócitos mononucleares 
Compreendem os monócitos circulantes no sangue e os macrófagos teciduais. As 
células fagocitárias mononucleares desempenham o papel de APCs nas respostas imunológicas 
adquiridas mediadas por células T e também são células importantes na imunidade natural, 
onde fagocitam os microorganismos e produzem citocinas que recrutam e ativam outras células 
do sistema imune. No contexto da imunidade adquirida, os macrófagos contendo 
microorganismos fagocitados apresentam os antígenos microbianos às células T e essas, por 
sua vez ativam os macrófagos para eliminar os patógenos. Na imunidade humoral, os 
anticorpos recobrem ou opsonizam os microorganismos e promovem a sua captura pelos 
macrófagos. 
Os macrófagos são derivados dos monócitos. O monócito é produzido na medula óssea 
e liberado na corrente sanguínea, na qual permanecem por aproximadamente 8 horas e 
migram para os tecidos onde se diferenciam em macrófagos. A diferenciação dos monócitos em 
macrófagos envolve uma série de alterações morfológicas na célula: aumento de volume e 
tamanho de 5 a 10 vezes, aumento da quantidade e complexidade das organelas celulares, 
aumento na capacidade fagocítica, produção de maiores quantidades de enzimas hidrolíticas e 
secreção de vários fatores solúveis imunocompetentes. 
Os macrófagos possuem grande capacidade de fagocitar antígenos, microorganismos e 
toxinas. Após a captura do antígeno os macrófagos se tornam ativados, e passam a produzir 
substâncias que vão atuar em outras células do sistema imune. 
 
Neutrófilos 
 São os leucócitos mais abundantes no sangue circulante. São chamados leucócitos 
polimorfonucleares e medeiam as fases mais iniciais das respostas inflamatórias. Possuem 
núcleo multilobulado, grânulos específicos e inespecíficos assim como capacidade fagocítica. 
São produzidos pela medula óssea e após sua liberação na corrente sanguínea circulam por 
aproximadamente 7 a 10 horas e migram para os tecidos. Um ser humano adultoproduz mais 
de 1 x 1011 neutrófilos por dia, e cada um circula no sangue por apenas 7 a 10. Os neutrófilos 
podem migrar para os locais de infecção dentro de poucas horas após a entrada do 
microorganismo. Se um neutrófilo circulante não for recrutado para um local de inflamação 
dentro desse período, ele sofre morte celular programada (apoptose) e é fagocitado por 
macrófagos residentes no fígado ou baço. Mesmo depois de entrar nos tecidos os neutrófilos 
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CMF IV – A RESPOSTA IMUNE Página 4 
 
funcionam durante algumas horas e a seguir morrem. Em infecções, principalmente 
bacterianas, a medula óssea libera uma grande quantidade de neutrófilos para a corrente 
sanguínea. Esse aumento transiente da concentração de neutrófilos – leucocitose – é indicativo 
de processos infecciosos ou inflamatórios. 
 
Eosinófilos 
 Assim como os neutrófilos, os eosinófilos também são células fagocíticas móveis, 
entretanto sua capacidade de fagocitose é bem menos importante do que a dos neutrófilos. 
Possuem grânulos contendo substâncias capazes de danificar a membrana de microorganismos. 
Os eosinófilos estão envolvidos principalmente com a defesa contra helmintos e em reações 
alérgicas. Por esse motivo, aumento na concentração de eosinófilos na corrente sanguínea é 
indicativo de parasitas helmínticos ou processos alérgicos. 
 
Basófilos 
 São células não-fagocíticas que desempenham papel importante em processos 
alérgicos. Possuem grânulos que contem substâncias farmacologicamente ativas, tais como 
histamina e heparina que se relacionam diretamente com alguns tipos de alergias. 
 
Mastócitos 
 Não possuem capacidade fagocítica. Os mastócitos possuem grande quantidade de 
grânulos citoplasmáticos contendo substâncias vasoativas e farmacologicamente ativas como, 
por exemplo, histamina, heparina e leucotrienos, e do mesmo modo que os basófilos estão 
intimamente associados a processos alérgicos. 
 
IMUNIDADE NATURAL 
A imunidade natural ou inata é a primeira linha de defesa contra as infecções. Os 
mecanismos da imunidade natural existem mesmo antes do encontro com os microorganismos, 
e são rapidamente ativados por eles antes do desenvolvimento das respostas imunes 
adquiridas. Em termos evolutivos, a imunidade inata foi a primeira a surgir, abrangendo desde 
plantas até mamíferos. É caracterizada pela rapidez na resposta (ocorre em poucas horas), 
devido ao fato de seus componentes já estarem preparados para combater a infecção, mesmo 
quando esta se encontra ausente. Além disso, alguns constituintes da imunidade inata estão 
situados em locais estratégicos de constante contato com agentes provenientes do meio 
externo, como a pele e superfície das mucosas do trato respiratório, gastrointestinal e 
geniturinário. 
A imunidade inata desempenha duas funções importantes: 
a. A imunidade natural é a resposta inicial aos microorganismos que impede, controla ou 
elimina a infecção do hospedeiro. Muitos microorganismos patogênicos desenvolveram 
estratégias para resistir à imunidade natural, e essas estratégias são cruciais para a 
virulência dos microorganismos. 
b. A imunidade inata aos microorganismos estimula as respostas imunológicas adquiridas e 
pode influenciar na natureza das respostas adaptativas para torná-las otimamente eficazes 
contra os diferentes tipos de patógenos. 
 A imunidade natural não realiza somente funções defensivas logo após a entrada do 
microorganismo ou toxina, mas também proporciona o aviso de que uma infecção está 
presente contra a qual uma resposta específica deverá ser montada. Além disso, os 
componentes da imunidade inata reagem de maneira diferente aos diversos antígenos, e desse 
modo influenciam no tipo de resposta imune adquirida que se desenvolve. 
Alguns componentes da imunidade inata estão funcionando todo o tempo, mesmo 
antes da infecção; esses componentes incluem as barreiras de entrada de microorganismos 
representadas pelas superfícies epiteliais, tais como a pele e o revestimento dos tratos 
gastrointestinal e respiratório. Outros componentes estão normalmente inativos, mas prontos 
para responder rapidamente a presença de microorganismos; esses componentes incluem os 
fagócitos e o sistema do complemento. 
 
COMPONENTES DO SISTEMA IMUNOLÓGICO NATURAL 
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CMF IV – A RESPOSTA IMUNE Página 5 
 
O sistema imunológico inato consiste de barreiras epiteliais, células circulantes e 
teciduais e proteínas plasmáticas. As principais células efetoras da imunidade natural são os 
neutrófilos, os fagócitos mononucleares e as células natural Killer (NK). Algumas das células da 
imunidade natural, especialmente os macrófagos secretam citocinas que ativam os fagócitos e 
estimulam a reação celular da imunidade inata, chamada inflamação. 
 
a) Barreiras epiteliais 
Superfícies epiteliais intactas formam barreiras físicas entre os microorganismos no 
ambiente externo e os tecidos do hospedeiro. As três principais interfaces entre o ambiente e o 
hospedeiro são a pele e as superfícies mucosas dos tratos gastrointestinal e respiratório. Todas 
as três são protegidas por epitélios contínuos que evitam a entrada de microorganismos e a 
perda de integridade desses epitélios comumente predispõe a infecção. 
Os epitélios, como alguns leucócitos, produzem peptídeos que possuem função de 
antibiótico natural. Alem disso, os epitélios de barreira e as cavidades serosas possuem 
respectivamente populações de células T intraepiteliais e a subpopulação B-1 de células B, e 
essas células podem reconhecer e responder a microorganismos comumente encontrados. Uma 
terceira população de células presentes sob muitos epitélios e cavidades são os mastócitos. Eles 
produzem citocinas e mediadores que estimulam a inflamação. 
 
b) Células da imunidade inata 
 
· Fagócitos polimorfonucleares: Neutrófilos 
· Fagócitos mononucleares: Monócitos e Macrófagos 
· Células dendríticas 
· Células Natural Killer 
· Eosinófilos 
· Basófilos 
 
OS FAGÓCITOS E A RESPOSTA INFLAMATÓRIA 
Os fagócitos, incluindo os neutrófilos, monócitos e os macrófagos são células cuja 
função principal é identificar, ingerir e destruir microorganismos. As respostas funcionais dos 
fagócitos na defesa do hospedeiro consistem em passos seqüenciais: recrutamento das células 
para os locais de infecção, reconhecimento dos micróbios, ingestão dos micróbios por 
fagocitose e destruição dos micróbios fagocitados. Além disso, essas células produzem citocinas 
que servem a muitos papeis importantes na imunidade natural e na adquirida e também na 
reparação tecidual. 
 
APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS 
 
Os linfócitos T desempenham papéis centrais em todas as respostas imunes adquiridas 
contra antígenos protéicos. Na imunidade celular, as células TCD4 ativam macrófagos para 
destruir microorganismos fagocitados, e os linfócitos TCD8 destroem as células infectadas por 
antígenos intracelulares. Na imunidade humoral as células TCD4 interagem com os linfócitos B e 
estimulam a proliferação e diferenciação destas células. Tanto a fase de indução quanto a fase 
efetora das respostas imunes são desencadeadas pelo reconhecimento específico do antígeno. 
As células que exibem peptídeos associados ao MHC são chamadas de células apresentadoras 
de antígeno (APCs). Certas APCs apresentam antígenos às células naives durante a fase de 
reconhecimento das respostas imunes para dar início a estas respostas, e algumas APCs 
apresentam antígenos às células T já diferenciadas durante a fase efetora para desencadear os 
mecanismos que eliminam os invasores. 
As células T reconhecem antígenos peptídicos estranhos e respondem a eles somente 
quando estes estão fixados na superfície de células APCs, enquanto os linfócitos B e anticorpos 
secretadosse ligam aos antígenos solúveis nos líquidos corporais, bem como antígenos da 
superfície celular. As células T de um indivíduo reconhecem peptídeos somente quando eles 
estão ligados às moléculas de MHC e são exibidos por elas nas células deste indivíduo. 
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CMF IV – A RESPOSTA IMUNE Página 6 
 
As células T auxiliares reconhecem peptídeos associados a moléculas de MHC classe II, 
enquanto os CTL reconhecem peptídeos ligados à moléculas de MHC classe I. assim as células 
TCD4 são restritas ao MHC classe II, e as células CD8 restritas ao MHC I. 
As células CD4 restritas ao MHC II reconhecem os peptídeos derivados principalmente 
de proteínas extracelulares que são interiorizadas em vesículas das APCs, enquanto os linfócitos 
TCD8 reconhecem os peptídeos derivados de proteínas citosólicas, em geral sintetizadas 
endogenamente. 
As vias de processamento de antígenos convertem antígenos protéicos derivados do 
especo extracelular ou do citosol em peptídeos e transportam estes peptídeos em moléculas 
MHC para exibi-los aos linfócitos T. os antígenos que se apresentam em compartimentos 
vesiculares ácidos de APCs geram peptídeos associados ao MHC II, enquanto que aqueles que 
se apresentam no citosol geram peptídeos ligados ao MHC I. 
IMUNIDADE ADQUIRIDA OU ADAPTATIVA 
 
Em contraste com a imunidade inata existem tipos de respostas imunes que são 
estimuladas pela exposição a agentes infecciosos cuja magnitude e capacidade defensiva 
aumentam com exposições subseqüentes a um mesmo microorganismo. Como este tipo de 
imunidade se desenvolve em resposta a infecções e se adapta à infecção, é chamada de 
adaptativa ou adquirida. As características que definem a imunidade adquirida incluem uma 
especificidade extraordinária para distinguir as diferentes moléculas e uma habilidade de se 
‘lembrar’ e responder com mais intensidade a exposições subseqüentes ao mesmo antígeno. O 
sistema imune adaptativo é capaz de reconhecer e reagir a um grande número de substâncias, 
microbianas ou não. Além disso, tem a incrível capacidade de distinguir entre os 
microorganismos e moléculas, incluindo até mesmo aqueles com grande semelhança, sendo por 
isso, chamada de imunidade específica. Ele também é chamado adquirido para enfatizar o fato 
de que as intensas respostas protetoras são ‘adquiridas’ por experiência. Os principais 
componentes da imunidade adquirida são os linfócitos e seus produtos, como os anticorpos. As 
substâncias que induzem respostas imunes específicas ou são o alvo de tais respostas são 
chamadas antígenos. 
A imunidade adquirida é capaz de reconhecer e eliminar seletivamente microorganismos 
e moléculas estranhas, chamados coletivamente de antígenos. Diferentemente das respostas 
imunes inatas, a resposta imune adquirida não é a mesma para os diferentes antígenos ou 
indivíduos, mas há reações específicas para cada desafio. As propriedades do sistema imune – 
especificidade, memória, reconhecimento do próprio e não próprio, diversidade e auto-
tolerância – são dadas pelas propriedades da própria imunidade adquirida. A especificidade 
permite ao sistema imune diferenciar dois antígenos que possuam apenas um ou dois 
aminoácidos diferentes, tamanha sua especificidade. A diversidade possibilita o reconhecimento 
de diversos microorganismos, toxinas e proteínas estranhas. 
A imunidade adquirida não é de forma alguma independente da imunidade inata. As 
células fagocíticas, cruciais para a imunidade natural, são intimamente envolvidas na ativação 
da resposta imune adquirida, do mesmo modo que produtos secretados pelas células da 
imunidade adaptativa são ativadoras da imunidade inata. 
A resposta imune adquirida pode ser dividida em dois componentes: celular e humoral. 
Ambos componentes são ativados durante a exposição a antígenos, entretanto uma delas pode 
ser mais predominante em relação a outra devido a características do próprio antígeno e de 
cada uma das imunidades, celular e humoral. 
Na imunidade celular, os principais atores serão os linfócitos TCD4 e TCD8, apesar do 
linfócito TCD4 possuir papel importante também na ativação de linfócitos B, portanto, na 
ativação de respostas humorais. A imunidade celular leva à produção de uma célula efetora – o 
linfócito TCD8 – que produz enzimas citotóxicas denominadas granzima e perfurina, 
responsáveis por promover a morte da célula – alvo. A ativação dos CTL é feita por citocinas 
produzidas pelo linfócito TCD4. 
 
RESPOSTA IMUNE CELULAR 
A imunidade celular é mediada por linfócitos TCD4 e TCD8 e sua função fisiológica é a 
defesa contra microorganismos intracelulares que vivem no citoplasma das células hospedeiras 
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ou se replicam no interior de vesículas de fagocitose. Assim, na imunidade celular temos a 
produção de uma célula efetora, o CTL. 
A fase efetora da resposta imune celular é iniciada pelo reconhecimento do antígeno 
por células T. os linfócitos T reconhecem antígenos protéicos de microorganismos 
intracelulares. 
A resposta imunológica adquirida a microorganismos que residem dentro de 
fagossomos é mediada por linfócitos TCD4 efetores, que reconhecem os antígenos microbianos 
apresentados no exterior da célula infectada e ativam os fagócitos a destruírem os 
microorganismos fagocitados. 
A resposta imune adquirida contra microorganismos que infectam e se replicam no 
citoplasma das células hospedeiras é mediada por linfócitos TCD8, que eliminam as células 
infectadas e os reservatórios de infecção. Os CTLs são o principal mecanismo de defesa contra 
vírus que infectam vários tipos celulares e se replicam no citoplasma. Se as células infectadas 
não são capazes de eliminar o invasor, então a infecção só poderá ser erradicada pela morte da 
própria célula infectada. 
 
RESPOSTA IMUNE HUMORAL 
A imunidade humoral é mediada por anticorpos secretados, e sua função fisiológica é a 
defesa contra microorganismos extracelulares e toxinas microbianas. Este tipo de imunidade 
contrasta com a imunidade celular, que é mediada por linfócitos T e atua para erradicar 
microorganismos intracelulares, que infectam e sobrevivem no interior das células do 
hospedeiro. 
Na imunidade humoral temos a produção de uma molécula efetora: o anticorpo, que 
desempenhará papéis importantes na erradicação da infecção. 
Os tipos de microorganismos combatidos pela imunidade humoral são as bactérias 
extracelulares, fungos e até mesmo os vírus que antes de entrarem nas células e quando são 
liberados das células hospedeiras são alvos da ação dos anticorpos. 
A fase efetora da resposta imune humoral é desencadeada pelo reconhecimento do 
antígeno pelos anticorpos secretados; desse modo a imunidade humoral é eficaz para 
neutralizar e eliminar microorganismos e substâncias que são acessíveis aos anticorpos, mas 
não é eficiente contra aquelas que sobrevivem no interior das células, pois estes não podem ser 
alcançados pelos anticorpos. 
As principais funções da imunidade humoral são a neutralização e a eliminação de 
microorganismos infecciosos e toxinas. Os anticorpos são produzidos por linfócitos B que se 
diferenciaram em plasmócitos. 
A função dos anticorpos será vista com mais detalhes no assunto: Anticorpos: estrutura 
e função. 
 
 
RESPOSTA IMUNE PRIMÁRIA E RESPOSTA IMUNE SECUNDÁRIA 
 
O primeiro contato com um antígeno, por exposição natural ou vacinação, leva à 
ativação de LB virgens, que se diferenciam em plasmócitos produtores de anticorpos e em 
células de memória, resultando na produção de anticorpos específicos contra o antígeno 
indutor. Após o início da resposta, observase uma fase de aumento exponencial dos níveis de 
anticorpos, seguida por uma fase denominada platô, na qual os níveis não se alteram.Segue-se 
a última fase da resposta primária, a fase de declínio, na qual ocorre uma diminuição 
progressiva dos anticorpos específicos circulantes. 
Ao entrar em contato com o antígeno pela segunda vez, já existe uma população de LB 
capazes de reconhecer esse antígeno devido à expansão clonal e células de memória geradas 
na resposta primária. A resposta secundária difere da primária nos seguintes aspectos: a dose 
de antígeno necessária para induzir a resposta é menor; a fase de latência é mais curta e a fase 
exponencial é mais acentuada; a produção de anticorpos é mais rápida e são atingidos níveis 
mais elevados; a fase de platô é alcançada mais rapidamente e é mais duradoura e a fase de 
declínio é mais lenta e persistente. A magnitude da resposta secundária depende também do 
intervalo de tempo desde o contato inicial com o antígeno. A resposta será menor se o intervalo 
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for muito curto ou muito longo. Se for muito curto, os anticorpos ainda presentes formam 
complexos Ag/Ac que são rapidamente eliminados; se for muito longo, é possível que as células 
de memória tenham diminuído gradualmente com o tempo, embora a capacidade para 
deflagrar uma resposta secundária possa persistir por meses ou anos. O período ótimo para a 
indução de resposta secundária é logo após a queda do nível de anticorpos da resposta 
primária abaixo dos limites de detecção. Nos dois tipos de resposta, primária e secundária, há a 
produção dos isótipos IgM e IgG, porém, na resposta primária IgM é a principal Ig e a produção 
de IgG é menor e mais tardia. Na resposta secundária, a IgG é a imunoglobulina predominante. 
Nas duas respostas, a concentração de IgM sérica diminui rapidamente de maneira que, após 
uma ou duas semanas, observa-se queda acentuada enquanto a produção de IgG é persistente. 
 
CITOCINAS 
 
 As citocinas são proteínas secretadas pelas células da imunidade inata e adaptativa 
que medeiam muitas das funções das células imunes. As citocinas são produzidas em resposta 
a microrganismos e outros antígenos, e diferentes citocinas estimulam respostas diversas das 
células envolvidas na imunidade e na inflamação. Na fase de ativação das respostas imunes 
adquiridas, as citocinas estimulam o crescimento e a diferenciação de linfócitos, e nas fases da 
imunidade natural e adquirida elas ativam diferentes células. 
 
Propriedades gerais das citocinas 
As citocinas são polipeptídeos produzidos em resposta a microorganismos e outros 
antígenos, que medeiam e regulam reações imunológicas e inflamatórias. 
Embora as citocinas sejam estruturalmente diferentes, elas compartilham várias 
propriedades. A secreção de citocinas é um evento breve e autolimitado. Uma vez sintetizadas 
as citocinas são repidamente liberadas, ou seja, não são geralmente armazenadas no interior 
das células produtoras. 
As ações das citocinas são frequentemente pleiotrópicas e redundantes, e ainda as 
citocinas podem interagir de modos antagônicos ou sinérgicos. 
· Pleiotropismo: se refere à habilidade de uma citocina agir em diferentes tipos celulares; 
· Redundância: múltiplas citocinas possuírem os mesmos efeitos funcionais; 
· Antagonismo: citocinas com efeitos opostos, contrários, uma citocina inibindo o efeito de 
outra; 
· Sinergismo: duas ou mais citocinas exercendo um efeito maior do que os efeitos aditivos. 
As citocinas frequentemente influenciam a síntese e as ações de outras citocinas e suas 
ações podem ser locais ou sistêmicas. As citocinas podem agir de três formas: 
· Ação autócrina: ação na mesma célula que a secreta; 
· Ação parácrina: ação em uma célula próxima; 
· Ação endócrina: são produzidas em grandes quantidades, entram na circulação e atuam à 
distância do local de produção. 
As respostas celulares para a maioria das citocinas consistem em alterações na 
expressão gênica em células-alvo, resultando na expressão de novas funções e, algumas vezes, 
na proliferação das células-alvo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
01. O que é imunidade inata? 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
02. Explique duas propriedades das respostas imunes: 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
03. O que consiste uma célula apresentadora de antígeno e que células possuem esta função? 
Quais são as funções exercidas pelas APCs? 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
04. O que são citocinas? 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
05. Compare a imunidade inata e a imunidade adaptativa com relação aos quesitos memória e 
diversidade. 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
06. Diferencie funcionalmente Linfócitos B, Linfócitos TCD4, Linfócitos TCD8. 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
07. Diferencie resposta imune celular e resposta imune humoral. Inclua em sua resposta as 
células efetoras e o tipo de antígeno capaz de induzi-la. 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
08. Comente a seguinte afirmação: “A imunidade inata e a imunidade adaptativa (ou adquirida) 
são completamente independentes uma da outra. Os mecanismos de imunidade inata não 
interagem com aqueles da imunidade adaptativa.” 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
09. Diferencie apresentação de antígenos aos linfócitos TCD4 e TCD8. 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
10. ENADE 2010 – A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral, de evolução 
benigna na forma clássica e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. É uma 
NOME: ___________________________________________ 
TURMA:___________________________________________ 
 
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importante arbovirose (doença transmitida por artrópodes) que afeta o homem e constitui 
sérioproblema de saúde pública, especialmente nos países tropicais, inclusive no Brasil. O 
principal vetor do vírus da dengue é o mosquito Aedes aegypti. 
No que tange à suscetibilidade e imunidade à dengue, assinale a opção incorreta: 
A) A susceptibilidade ao vírus da dengue é universal. 
B) A imunidade não é permanente para um mesmo sorotipo. 
C) A resposta primária se dá em pessoas não expostas anteriormente ao flavivírus e o título de 
anticorpos se eleva lentamente. 
D) A resposta secundária se dá em pessoas com infecção aguda por dengue, mas que tiveram 
um contato prévio com o flavivírus e o título de anticorpos se eleva rapidamente em níveis 
altos. 
E) A suscetibilidade à febre hemorrágica da dengue não está totalmente esclarecida. 
 
11. CONCURSO MÉDICO HEMATOLOGISTA (NCE –UFRJ 2006) - No Rio de Janeiro ocorreram 
duas grandes epidemias de dengue. A primeira, em 1986-87, foi causada pelo tipo 1. A 
segunda, em 1990/91, foi provocada pelos tipos 1 e 2. A circulação de um novo vírus (o 
tipo 3) no Rio de Janeiro significa que: 
A) O Aedes aegypti não transmite esse tipo de vírus; 
B) Aqueles que tiveram a doença em 1986 – 87 estão imunes ao tipo 3; 
C) Toda a população está sob risco de adquirir esta infecção; 
D) Somente aqueles que tiveram dengue do tipo 2 tem risco de desenvolver a forma grave; 
E) Todos que se reinfectarem por outro sorotipo desenvolverão a forma grave 
 
12. Observe o quadro abaixo e assinale a alternativa CORRETA: 
 
CITOCINA FUNÇÃO 
TGF-β Inibição da proliferação de células T 
IL-4 Inibição da proliferação de macrófagos 
IL-2 Proliferação de células T 
 
 
13. PUC-RJ - A reação do corpo humano a doenças infectocontagiosas é influenciada pelo 
sistema imunológico. Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE elementos 
relacionados a esse sistema: 
A) Linfócitos e hemácias 
B) Plaquetas e leucócitos 
C) Plaquetas e hemácias 
D) Macrófagos e linfócitos 
E) Macrófagos e hemácias 
 
14. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas (1) e (2) do texto: Os 
....(1)...... são células fagocíticas presentes no sangue, derivadas da medula óssea. Estas 
células ao saírem da corrente sanguinea e entrarem nos tecidos se diferenciam em ..(2)..... 
que podem receber diferentes nomes de acordo com sua nova localização, por exemplo 
células de langerhans na pele, células de kupfer no fígado, osteoclastos no tecido ósseo. 
A) Hemácias e plaquetas 
B) Megacariócitos e plaquetas 
C) Linfoblastos e linfócitos 
D) Monócitos e macrófagos 
E) Fagócitos polimorfonucleares e fagócitos mononucleares 
 
15. Cite uma aplicação útil do conhecimento das propriedades da resposta imune secundária: 
>________________________________________________________ 
 
16. A propriedade do sistema imune que se refere à capacidade do sistema imune de 
reconhecer e eliminar diversos tipos de microorganismos é a: 
A) IL-2 e IL-4 possuem funções redundantes. 
B) IL-2, IL-4 e TGF- β exemplificam a propriedade 
‘sinergismo’ das citocinas. 
C) TGF-β e IL-4 possuem funções pleiotrópicas. 
D) TGF-β e IL-2 possuem funções antagônicas. 
E) IL-4 e IL-2 são citocinas de ação endócrina. 
 
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A) Autotolerância 
B) Diversidade 
C) Memória 
D) Especificidade 
E) Discriminação entre próprio e não próprio 
 
17. Leia atentamente as características abaixo: 
I. Gera memória 
 II. É específica 
 III. É a primeira linha de defesa do organismo 
Das afirmativas acima, podemos atribuir corretamente à imunidade Inata: 
A) Apenas I 
B) Apenas II 
C) I e II somente 
D) III somente 
E) Todas elas 
 
18. No texto abaixo, as células que “apresentam o inimigo ao exército do sistema imune” são: 
Células do sistema imune são altamente organizadas como um exército. Cada tipo de célula 
age de acordo com sua função. Algumas são encarregadas de receber ou enviar mensagens 
de ataque, ou mensagens de supressão (inibição), outras apresentam o “inimigo” ao 
exército do sistema imune, outras só atacam para matar, outras constroem substâncias que 
neutralizam os “inimigos” ou neutralizam substâncias liberadas pelos “inimigos”. 
A) células apresentadoras de antígeno, por exemplo: Macrófagos e células dendríticas 
B) células apresentadoras de antígeno, por exemplo: Linfócitos TCD4 e mastócitos 
C) células da linhagem linfóide, por exemplo: Macrófagos e neutrófilos 
D) células polimorfonucleares residentes do tecido conjuntivo, por exemplo: Células NK, 
linfócitos TCD8 
E) células mediadoras da inflamação aguda, por exemplo: Monócitos e mastócitos 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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mediada por linfócitos T e B. Rev. Bras. Reumatol., São Paulo, v. 50, n. 5, out. 2010 . 
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CRUVINEL, Wilson de Melo et al . Sistema imunitário: Parte I. Fundamentos da imunidade inata com 
ênfase nos mecanismos moleculares e celulares da resposta inflamatória. Rev. Bras. Reumatol., São 
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Elsevier, 2008. 
 
JANEWAY, CA; AL, E.T. Imunobiologia: o sistema imunológico na saúde e na doença. 4ª edição, 
Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. 
 
KINDT, TJ; OSBORN, BA; GOLDSBY, RA. Imunologia de Kuby. 6ª edição, Editora Artmed, 2008. 
 
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