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5. Tecido Conjuntivo

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32 
TECIDO CONJUNTIVO 
 
 Há diversas variedades de tecido conjuntivo. Na tabela abaixo está apresentada uma 
classificação dos diferentes tipos de tecido conjuntivo embora a classificação apresentada a 
seguir seja uma das melhores, não é ainda suficiente para enquadrar todas as variedades de 
conjuntivo que podem ser encontradas. 
 
Tecido Conjuntivo 
Embrionário 
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito 
Tecido Conjuntivo de 
Propriedades Especiais 
- Mesênquima 
- Tecido Mucoso 
 
- Tecido Conjuntivo Frouxo 
- Tecido Conjuntivo Denso Modelado 
- Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado 
- Tecido Elástico 
- Tecido Reticular 
- Tecido Adiposo 
- Tecido Cartilaginoso 
- Tecido Ósseo 
 
 
O tecido conjuntivo é o mais abundante e o de distribuição mais ampla do corpo 
humano. Diferentemente dos epitélios, os tecidos conjuntivos são geralmente muito 
vascularizados. As exceções incluem a cartilagem que é avascular e os tendões com 
suprimento sanguíneo muito escasso. Igualmente aos epitélios, os tecidos conjuntivos são 
bastante inervados e, nesse caso, a exceção também inclui o tecido cartilaginoso. Portanto, o 
tecido cartilaginoso é um tecido conjuntivo que não é vascularizado e nem inervado. 
O tecido conjuntivo deriva do mesênquima, um tecido embrionário origina que tem a 
capacidade de originar os diferentes tipos de tecido conjuntivo. As células do mesênquima, 
durante o desenvolvimento embrionário, dão origem às células dos diferentes tipos de tecido 
conjuntivo como os condroblastos e condrócitos (células da cartilagem), adipócitos (células do 
tecido adiposo), fibroblastos (células do tecido conjuntivo propriamente dito) e os osteoblasto 
e os osteócitos (células do osso). Observe a figura abaixo. 
 
 
 
Neste capítulo será abordado o tecido conjuntivo propriamente dito. Os tecidos adiposo, 
cartilaginoso e ósseo, embora sejam especialidades do tecido conjuntivo, serão abordados em 
capítulos separados. O tecido conjuntivo propriamente dito consiste em dois elementos 
básicos: a matriz extracelular e as células. A matriz é constituída pela substância fundamental 
e pelas fibras. A substância fundamental contém moléculas que são associações de 
polissacarídeos e proteínas. Os três tipos principais de fibras são as fibras colágenas, elásticas 
e reticulares. As principais células são os fibroblastos, no entanto, em alguns tipos de tecido 
conjuntivo são encontradas células de defesa como macrófagos, plasmócitos e mastócitos. 
 
 33 
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL 
A substância fundamental é um gel hidratado e transparente que preenche o espaço por 
entre as células e as fibras, formada por glicosaminoglicanas (GAGs), proteoglicanas e 
glicoproteínas adesivas. 
As GAGs são polissacarídeos formados por várias unidades de dissacarídeos ligados em 
sequência sendo muito eficientes para resistir às forças de compressão. Uma GAG importante 
é o ácido hialurônico, uma substância viscosa e escorregadia que lubrifica as articulações 
sendo encontrada no líquido sinovial e em quase todos os tipos de tecido conjuntivo. 
Outras GAGs estabelecem ligações covalentes com um eixo central proteico formando 
uma molécula conhecida como proteoglicana. Uma molécula de proteoglicana parece uma 
escova de lavar frascos, com uma parte central proteica e as GAGs como se fossem as cerdas 
da escova. A figura a seguir representa esquematicamente uma molécula de proteoglicana 
com o eixo central proteico e as cerdas em azul representando as moléculas de GAGs. As 
proteoglicanas são responsáveis pelo estado gel da matriz extracelular e, igualmente às GAGs, 
oferecem ao tecido conjunto resistência às forças de compressão. Outra função importante das 
proteoglicanas é a de limitar o movimento de microrganismos no tecido conjuntivo. Essa 
função é possível devido à forma da molécula de proteoglicana ser semelhante a uma escova 
que faz com bactérias que penetrem no tecido conjuntivo se aprisionem por entre suas cerdas, 
facilitando, depois disso, o ataque de células de defesa presentes no tecido conjuntivo. 
 
 
 
As moléculas de glicoproteínas adesivas também contêm uma parte proteica que se 
associa à carboidratos. Porém, ao contrário das proteoglicanas, há uma predominância da 
parte proteica. As glicoproteínas adesivas possuem regiões que aderem às células e regiões 
que aderem a todos os componentes da matriz incluindo as moléculas da substância 
fundamental e as fibras, promovendo a ligação entre estes componentes e oferecendo maior 
consistência ao tecido conjuntivo. 
 
AS FIBRAS 
Os três tipos principais de fibras encontradas nos diferentes tipos de tecido conjuntivo 
são as fibras colágenas, elásticas e reticulares. As·fibras são responsáveis por certas 
propriedades do tecido conjuntivo como, por exemplo, o tecido elástico, variedade de 
conjuntivo dotada de grande elasticidade por ser rico em fibras elásticas. 
 
Fibras Colágenas 
Sabemos que a capacidade do tecido conjuntivo de resistir às forças de compressão é 
devida à presença de GAGs e de proteoglicanas na substância fundamental. No entanto, a 
capacidade do tecido conjuntivo de resistir às forças de tração ocorre graças às fibras 
colágenas. A fibra colágena é uma fibra flexível e inelástica cuja resistência é maior do que a 
do aço de mesmo diâmetro. 
As fibras colágenas são formadas por proteínas conhecidas genericamente por 
colágeno. Esta família de proteínas é muito abundante, constituindo cerca de 30% de todas as 
proteínas do corpo. Embora existam pelo menos quinze tipos diferentes de colágeno, somente 
três tipos serão destacados aqui: o colágeno tipo I, o tipo II e o tipo III. O colágeno tipo I é o 
mais comum e forma fibras grossas sendo encontrado no tecido conjuntivo propriamente dito, 
ossos e dentes. No estado fresco são brancas, conferindo essa cor aos tecidos nos quais 
predominam. A cor branca dos tendões deve-se à riqueza em fibras colágenas formadas por 
 34 
colágeno tipo I. O colágeno tipo II forma fibras bem mais finas e é encontrado quase 
exclusivamente na matriz da cartilagem hialina e elástica. O colágeno tipo III, conhecido, 
também como fibra reticular, forma fibras muito finas, sendo encontrado na membrana basal e 
em órgãos moles como, por exemplo, na medula óssea. 
 
Fibras Elásticas 
As fibras elásticas distinguem-se facilmente das colágenas por serem mais finas e por 
se apresentarem ramificadas, ligando umas às outras, formando uma trama irregular. Estas 
fibras são formadas por moléculas da proteína chamada elastina, circundadas por moléculas da 
glicoproteína chamada fibrilina, essencial para a estabilidade da fibra elástica. 
Devido à estrutura molecular das fibras elásticas, elas podem ser distendidas em até 
150% do seu comprimento relaxado, sem serem rompidas. Igualmente importante, as fibras 
elásticas têm a capacidade de retornar à sua forma original, após serem estiradas, propriedade 
chamada elasticidade. As fibras elásticas são abundantes na pele, nas paredes das grandes 
artérias e no tecido pulmonar. 
 
Fibras Reticulares 
As fibras reticulares são muito delicadas e formam uma rede extensa em certos órgãos, 
geralmente apoiando suas células. As fibras reticulares são formadas por colágeno tipo III e 
constituem o arcabouço de sustentação dos órgãos formadores de células como o baço, 
linfonodos, medula óssea e fígado. O pequeno diâmetro destas fibras e sua disposição em rede 
criam um suporte para as células que são formadas no interior desses órgãos. Estas fibras 
também participam da formação da membrana basal. 
 
AS CÉLULAS 
As células principais do tecido conjuntivo são derivadas de células embrionárias, 
chamadas células mesenquimais. Os diferentes tipos de tecido conjuntivo contêm células com 
grande atividade na síntese de matriz extracelular cujos nomes terminam por blasto: 
fibroblasto no tecido conjuntivopropriamente dito, condroblasto na cartilagem e osteoblasto 
no osso. Uma vez produzida a matriz, essas células se transformam em células com 
capacidade bastante reduzida para a formação de matriz e atuam na manutenção da matriz, 
cujos nomes terminam em cito: fibrócito, condrócito e osteócito. Considerando o tecido 
conjuntivo propriamente dito, as principais células estão descritas a seguir. 
 
Fibroblastos 
São células achatadas presentes em todos os tecidos conjuntivos e, geralmente, são as 
células mais abundantes. Os fibroblastos sintetizam todos os tipos de fibras e todas as 
moléculas da substância fundamental. 
 
Macrófagos 
Os macrófagos são células com capacidade de realizar fagocitose. O citoplasma 
apresenta muitos lisossomas que derramam suas enzimas nas vesículas que contém material 
englobado processando, desta forma, a digestão do material fagocitado. Os macrófagos atuam 
como elementos de defesa fagocitando restos de células, material extracelular envelhecido, 
células cancerosas e bactérias que penetram no organismo. Os macrófagos são originados dos 
monócitos, células do sangue produzidas na medula óssea, que atravessam a parede dos 
capilares e penetram no tecido conjuntivo, onde adquirem o aspecto morfológico do 
macrófago. 
 
Plasmócitos 
Os plasmócitos se desenvolvem de um tipo de glóbulo branco do sangue, chamado 
linfócito B e são encontrados em maior número nas áreas de inflamação crônica e nos locais 
onde substâncias estranhas e microrganismos tenham entrado nos tecidos. Os plasmócitos 
secretam anticorpos, proteínas específicas também denominadas imunoglobulinas, fabricadas 
em resposta à penetração de moléculas estranhas denominadas antígenos. Geralmente, cada 
anticorpo formado é específico para o antígeno que provocou a sua formação. A ligação 
antígeno-anticorpo pode neutralizar as ações prejudiciais que o antígeno teria sobre o 
organismo. Assim, os plasmócitos são partes importantes do sistema imune. Embora sejam 
encontrados em muitos locais do corpo, a maioria dos plasmócitos reside nos tecidos 
 35 
conjuntivos das mucosas do trato gastrintestinal, respiratório e urogenital, locais que são prtas 
de entrada de microrganismos e de moléculas estranhas. 
 
Mastócitos 
Os mastócitos são células grandes, com núcleo esférico e central e com citoplasma 
carregado de grânulos. Estes grânulos contêm mediadores químicos responsáveis pela reação 
inflamatória. A inflamação é uma resposta do organismo a uma agressão tecidual resultando 
na reparação do tecido lesionado. Ela é desencadeada por substâncias liberadas pelas próprias 
células danificadas que estimulam a liberação de histamina e de outros fatores pelos 
mastócitos. 
Histamina quando liberada pelos mastócitos provoca aumento da permeabilidade 
vascular e vasodilatação. O aumento da permeabilidade vascular faz com que o sangue perca 
muito fluido para o tecido conjuntivo resultando em edema (inchaço). Além disto, o aumento 
da permeabilidade vascular facilita a entrada de células de defesa do sangue para o tecido 
lesionado. A vasodilatação aumenta o fluxo sanguíneo na área lesionada, agilizando o processo 
de reparação do tecido e é responsável pela vermelhidão característica da reação inflamatória. 
 Logo após o início do processo inflamatório, alguns leucócitos do sangue, por ação de 
substâncias quimiotáticas produzidas pelos mastócitos, abandonam a corrente sanguínea e 
migram para o local inflamado através do processo denominado emigração (anteriormente 
denominado diapedese). Esses leucócitos tentam destruir os invasores por fagocitose. 
A liberação das substâncias dos grânulos dos mastócitos pode também promover as 
reações alérgicas denominadas reações de sensibilidade imediata ou alergia. Há muitos 
exemplos deste tipo de reação, porém, o choque anafilático é um dos mais dramáticos e pode 
ser fatal. Por exemplo, pode ocorrer choque anafilático na pessoa que recebe injeção de um 
medicamento (antígeno) alguns meses depois de ter tomado uma injeção do mesmo 
medicamento. Admite-se que, neste caso, ocorra o seguinte: a primeira injeção estimula os 
plasmócitos a produzirem anticorpos. Esses anticorpos se ligam a receptores de anticorpos 
localizados na membrana dos mastócitos. Numa injeção subsequente, as moléculas do 
medicamento se ligam aos anticorpos ligados aos receptores de anticorpos na membrana dos 
mastócitos. Essa ligação provoca a liberação do conteúdo dos grânulos, principalmente 
histamina. Histamina causa contração do músculo liso das vias aéreas inferiores causando 
dificuldade respiratória, dilata os capilares sanguíneos provocando vermelhidão, aumenta a 
permeabilidade dos vasos sanguíneos que leva ao edema (inchaço), reduz o volume sanguíneo 
provocando queda da pressão arterial o que prejudica a distribuição de oxigênios aos tecidos. 
 
Adipócitos 
Também chamados células de gordura, são as células do tecido conjuntivo que 
armazenam energia sob a forma de triglicerídeos (gordura), no entanto, se encontram isoladas 
e não juntas como ocorrem no tecido adiposo. 
 
Glóbulos Brancos do Sangue ou Leucócitos 
Os leucócitos ou glóbulos brancos são constituintes normais do tecido conjuntivo, 
vindos do sangue por emigração. A emigração aumenta muito nos locais de invasões de 
microrganismos, pois os leucócitos são células cuja função é a defesa contra microrganismos 
invasores. Os leucócitos mais comuns no tecido conjuntivo são os neutrófilos, eosinófilos e os 
linfócitos. Exceto os linfócitos que recirculam, estas células não retornam ao sangue depois de 
penetrarem no tecido conjuntivo. 
 
FUNÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO 
Uma das funções importantes do tecido conjuntivo é proporcionar sustentação 
estrutural. Os ossos, as cartilagens e os ligamentos bem como os tendões que ligam os 
músculos ao osso, atuam nesta função. Da mesma forma, os tecidos conjuntivos que formam 
as cápsulas que envolvem os órgãos internos, têm também função de sustentação. 
O tecido conjuntivo atua também como um meio de troca entre o sangue e as células 
do corpo. Os nutrientes que abandonam os vasos sanguíneos para penetrarem nas células do 
corpo, antes devem se difundir pelo tecido conjuntivo. Isso acontece também com as escórias 
que tomam sentido inverso. O tecido conjuntivo, que geralmente é muito vascularizado e 
inervado, não apenas envolve nossos órgãos externamente como também penetra neles, 
levando vasos sanguíneos e nervos para as células mais profundas. 
 36 
O tecido conjuntivo serve também como local de atuação de muitas células de defesa 
do organismo como as células fagocitárias, as células que produzem anticorpos e as células 
que iniciam as respostas inflamatórias. Assim, O tecido conjuntivo contribui também para a 
proteção do organismo formando uma barreira física contra a invasão e a disseminação de 
microrganismos. 
 
OS DIFERENTES TIPOS DE TECIDO CONJUNTIVO 
 Serão descritas a seguir as características principais dos dois tipos de tecido conjuntivo 
embrionário (mesênquima e tecido mucoso) e dos cinco tipos de tecido conjuntivo 
propriamente dito (frouxo, denso modelado, denso não modelado, elástico e reticular). Os 
tecidos conjuntivos de propriedades especiais (adiposo, cartilaginoso e ósseo) serão tratados 
em capítulos separados. 
 
Tecido Conjuntivo Embrionário 
Mesênquima 
O tecido conjuntivo mesenquimal encontra-se presente somente no embrião, é 
altamente vascularizado e constituído de células mesenquimais que possuem uma forma 
estrelada localizadas na substância fundamental que contendo algumas fibras reticulares 
esparsas. Mitoses são frequentemente observadas nas células mesenquimais, visto que este 
tecido origina todos os outros tipos de tecido conjuntivo. Observe na figura abaixo que mostra 
o mesênquima, as células mesenquimais, algumas fibras reticulares e alguns vasos 
sanguíneos.Tecido mucoso 
O tecido mucoso é de consistência gelatinosa e apresenta predomínio da substância 
fundamental. Contém poucas fibras colágenas e raras fibras elásticas e reticulares. As células 
encontradas são os fibroblastos. O tecido mucoso é o principal componente do cordão 
umbilical, onde é chamado de gelatina de Wharton, sendo encontrado também na polpa dental 
jovem. Observe na figura a seguir que mostra o tecido conjuntivo mucoso, as fibras colágenas 
e alguns fibroblastos. 
 
 
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito 
Tecido Conjuntivo Frouxo 
É um tecido conjuntivo muito comum. Preenche espaços entre as fibras musculares, 
serve de apoio para os epitélios das membranas mucosas e serosas, forma uma camada em 
 37 
torno dos vasos sanguíneos e linfáticos e é encontrado na pele (derme superficial). O tecido 
frouxo contém todos os elementos estruturais típicos do conjuntivo propriamente dito. As 
células mais comuns são os fibroblastos, macrófagos e mastócitos, mas todos os outros tipos 
descritos estão presentes. Não há predomínio acentuado de nenhum tipo de fibra, ou seja, 
fibras colágenas, elásticas e reticulares estão presentes em quantidades equivalentes. 
Por este tecido repousar imediatamente abaixo do fino epitélio dos tratos digestivo e 
respiratório, é aqui que o organismo ataca, em primeiro lugar, os antígenos, as bactérias e 
outros invasores. Deste modo, o tecido conjuntivo frouxo contém muitas células responsáveis 
pela reação inflamatória. Estas células, que originalmente circulam na corrente sanguínea, 
penetram no tecido conjuntivo em resposta a um estímulo inflamatório. Observe na figura a 
seguir que mostra o tecido conjuntivo frouxo, as fibras colágenas mais grossas, as fibras 
elásticas mais finas e os diferentes tipos celulares encontrados nesse tecido. 
 
 
 
 
Tecido Conjuntivo Denso Modelado 
O tecido conjuntivo denso possui predominância acentuada de fibras colágenas e por 
isso trata-se de um tecido muito resistente às forças de tração. O tecido conjuntivo denso 
modelado possui as fibras colágenas paralelas umas as outras. Trata-se de um conjuntivo que 
formou suas fibras colágenas em resposta a trações exercidas somente num determinado 
sentido. Os tendões, ligamentos e aponeuroses representam exemplos típicos de tecido denso 
modelado. Os tendões, por exemplo, são estruturas cilíndricas alongadas que ligam os 
músculos esqueléticos aos ossos. Devido à sua riqueza em fibras colágenas, são brancos e 
inextensíveis. São formados por feixes de fibras colágenas que se orientam no mesmo sentido 
das forças que lhe são aplicadas. Por entre os feixes de fibras colágenas existem fibroblastos, 
também denominados células tendinosas, e pequena quantidade de substância fundamental. 
Observe na figura a seguir que mostra o tecido conjuntivo denso modelado, as fibras 
colágenas dispostas paralelamente e os fibroblastos por entre as fibras. 
 
 
 
 
Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado 
Quando as fibras colágenas se dispõem em feixes arranjados sem orientação fixa, o 
tecido chama-se denso não modelado. Neste tecido, as fibras colágenas formam uma trama 
tridimensional, o que confere ao tecido certa resistência às trações exercidas em qualquer 
 38 
direção. O conjuntivo denso não modelado é encontrado, por exemplo, na derme profunda da 
pele, nas cápsulas articulares, nas cápsulas que envolvem vários órgãos internos como o 
coração, os rins, o fígado, os testículos e os linfonodos, nas válvulas cardíacas e revestindo 
ossos e cartilagens. Observe na figura a seguir que mostra o tecido conjuntivo denso não 
modelado, as fibras colágenas dispostas aleatoriamente na matriz. 
 
 
 
Tecido Elástico 
É formado por feixes paralelos de fibras elásticas grossas. O espaço entre estas fibras é 
ocupado por fibras colágenas e fibroblastos achatados. A riqueza em fibras elásticas confere ao 
tecido elástico sua cor amarela típica e uma grande elasticidade. O tecido elástico é pouco 
frequente, sendo encontrado, por exemplo, nos pulmões e nas grandes artérias. Observe na 
figura a seguir que mostra o tecido conjuntivo elástico, as fibras elásticas mais escuras em 
grande quantidade. 
 
 
Tecido Reticular 
É constituído por fibras reticulares sintetizadas por fibroblastos especializados, 
chamados de células reticulares. Encontra-se nos órgãos formadores de células (medula óssea 
e órgãos e tecidos linfáticos), constituindo um arcabouço que sustenta as células. Observe na 
figura a seguir que mostra o tecido conjuntivo reticular, as finas fibras reticulares mais escuras 
que se dispõem em forma para apoiar as células.

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