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05 - Poluiçao Hidrica

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INTRODUÇÃO À 
POLUIÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL 
Ciências do Ambiente – 1703103 
Turma 01 – Quinta 09:00 às 12:00 
Prof. Leonardo Vieira Soares 
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NO PLANETA 
• Recurso natural renovável por meio do ciclo hidrológico; 
• Cobre cerca de 70% da superfície da terra (1.370 milhões de km3): 
 1.338 106 km3 nos oceanos; 
 23,4 106 km3 nos aqüíferos; 
 24,1 106 km3 nas calotas polares; 
 0,176 106 km3 nos lagos; 
 0,002 106 km3 nos rios. 
• Em termos globais, a água disponível é muito superior ao total consumido pela 
população. 
POR QUE AINDA EXISTEM PESSOAS SEM ACESSO À ÁGUA? 
 Regiões com déficit hídrico devido à Evaporação ser maior que a Precipitação. 
 Regiões que apresentam os recursos hídricos com elevado estado de 
degradação, como os grandes centros urbanos. 
w
w
w
.c
es
an
.c
o
m
.b
r 
≈ 0,01% 
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NO BRASIL 
• O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água: possui 
cerca de 13% da água doce disponível no mundo. 
• Possui quatro grandes bacias que cobrem 80% do território nacional: Amazônica (Rio 
Amazonas), Tocantins (Rios Araguaia e Tocantins), Platina (Rios Paraná, Paraguai e 
Uruguai) e a bacia do Rio São Francisco. 
Rio Amazonas 
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL 
E A QUALIDADE DA ÁGUA? 
• Deve conter substâncias essenciais à vida (sais minerais); 
• E estar ausente de substâncias que causam efeitos deletérios aos 
organismos que compõem a cadeia alimentar; 
• A alteração da qualidade da água agrava o problema de escassez, 
bem como o tipo de uso ao qual foi destinada. 
QUALIDADE DA ÁGUA – CARACTERÍSTICAS FÍSICAS 
• Nas condições normais de temperatura e pressão, apresenta-se no 
estado líquido. 
• Possui densidade relativamente elevada, permitindo uma interface 
bem definida entre o meio aquático e o atmosférico. 
• No estado sólido (gelo), a 
densidade é menor que a 
água líquida, fundamental 
para ambientes aquáticos. 
Isso possibilita a flutuação 
do gelo e a manutenção de 
vida abaixo da camada 
congelada. 
Fonte: Mierzwa. 
QUALIDADE DA ÁGUA – CARACTERÍSTICAS FÍSICAS 
• Calor específico: absorve muito calor sem se aquecer em 
demasia (menor variação de temperatura), contribuindo 
para amenizar o clima na Terra. 
• A tensão superficial permite a vida próximo à superfície 
pela troca constante de oxigênio entre os meios aquáticos e 
atmosféricos. 
• Outras características físicas são: viscosidade, cor real e cor 
aparente, turbidez e temperatura, que tem influência direta 
sobre as demais. 
QUALIDADE DA ÁGUA – CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS 
• A água é capaz de dissolver um grande número de substâncias 
orgânicas e inorgânicas nos estados sólidos, líquidos ou gasosos, 
muitas delas essenciais para a sobrevivência dos organismos 
aquáticos. Por isso, ela é conhecida como solvente universal. 
• A presença de gases dissolvido na água, como oxigênio e gás 
carbônico, permite a ocorrência da fotossíntese e da respiração 
aeróbia nesse meio. 
• Ao mesmo tempo que a água permite a manutenção da vida, 
ela também possibilita a solubilização de uma série de elementos 
e substâncias químicas tóxicas ou prejudiciais aos seres vivos. 
Fonte: Mierzwa 
OXIGÊNIO DISSOLVIDO 
QUALIDADE DA ÁGUA – CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS 
• Caso existam condições físicas e químicas adequadas, a água poderá dar 
suporte a uma grande variedade de organismos vivos, surge uma cadeia 
alimentar; 
• Os organismos aquáticos podem pertencer a um dos seguintes grupos: 
 Vírus, bactérias, fungos, algas, macrófitas, protozoários, rotíferos, 
crustáceos, vermes, moluscos, peixes, répteis, mamíferos etc. 
• Os organismos aquáticos são de grande importância, pelas seguintes razões: 
 Podem servir de alimento para o Homem (+); 
 Atuam nos processos de recuperação da qualidade da água (+); 
 Podem ser prejudiciais à saúde humana (-). 
INDICADORES DE QUALIDADE DA ÁGUA 
• Para caracterizar uma água, são determinados diversos parâmetros, os 
quais representam as suas características físicas, químicas e biológicas. 
Físicos Cor, Turbidez, Temperatura, Sabor e Odor.
Químicos
pH, Alcalinidade e Dureza, Cloretos, Ferro e Manganês, Nitrogênio, Fósforo, 
Fluoretos, Oxigênio Dissolvido, Matéria orgânica (DBO e DQO), Metais 
Pesados e Componentes Orgânicos.
Biológicos Coliformes e Algas.
Esses parâmetros são indicadores da qualidade da água 
e constituem impurezas quando seus valores são 
superiores aos estabelecidos para determinado uso. 
ÁGUA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES HUMANAS 
• Abastecimento humano; 
• Abastecimento industrial; 
• Irrigação; 
• Dessedentação de animais; 
 
 
• Recreação; 
• Harmonia paisagística; 
• Geração de energia elétrica; 
• Conservação da flora e fauna; 
• Navegação; 
• Pesca; 
• Diluição, assimilação e afastamento de 
despejos. 
Consuntivos 
(envolve perdas de água) 
Não Consuntivos 
(não envolve perdas de água) 
OS PROCESSOS DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS 
• A poluição das águas é resultado da associação entre os seguintes 
fatores e causas: 
 Usos múltiplos; 
 Capacidade de dissolver as substâncias com as quais entra em 
contato; 
 Alto grau de urbanização aliado à falta de saneamento básico; 
 Desenvolvimento das indústrias e do lançamento de seus 
despejos complexos; 
 Necessidade de uma maior produção agrícola que leva ao uso de 
pesticidas e fertilizantes sintéticos; 
 Ausência ou ineficácia de sistemas de tratamento de esgotos e 
efluentes; 
 Lançamento indevido ou deliberado de poluentes nos corpos 
d’água. 
POLUIÇÃO HÍDRICA 
“É qualquer alteração nas características físicas, 
químicas e/ou biológicas das águas, que possa 
constituir prejuízo à saúde, à segurança e ao bem estar 
da população e, ainda, possa comprometer a fauna 
ictiológica e a utilização das águas para fins 
recreativos, comerciais, industriais e de geração de 
energia” (CONAMA). 
Esgotos Domésticos; 
Resíduos líquidos Industriais; 
Águas pluviais (lavagem urbana). 
Resíduos líquidos da agroindústria; 
Pesticidas; 
Fertilizantes; 
Precipitação de Poluentes atmosféricos 
sobre o solo ou as águas. 
Poluente Origem Efeito Indicadores 
Matéria 
Orgânica 
Esgotos domésticos, 
alguns efluentes 
industriais (Alimentos, 
papel e têxtil), chorume 
etc. 
• Redução de oxigênio dissolvido 
(decomposição aeróbia). 
• Maus odores (decomposição 
anaeróbia). 
DBO, DQO e COT. 
Óleos Vazamento de tanques 
de estocagem, efluentes 
de lava-jatos e oficinas. 
• Impede a absorção do oxigênio; 
• É tóxico para animais e plantas. 
Óleos e Graxas. 
Sólidos Esgotos domésticos e 
alguns efluentes 
industriais, lixo e 
mineração. 
• Assoreamento dos recurso 
hídricos; 
• Aumento da turbidez (impede a 
penetração da luz). 
Sólidos sedimentáveis, 
em suspensão e 
dissolvidos, e turbidez. 
Temperatura Águas de resfriamento 
de indústrias e algumas 
tipos de resíduos 
industriais. 
• Aumento da atividade química e 
biológica; 
• Redução dos níveis de oxigênio 
dissolvido; 
• Diminuição da viscosidade da 
água. 
Temperatura 
PRINCIPAIS POLUENTES HÍDRICOS 
Poluente Origem Efeito Indicadores 
Nutrientes 
(Nitrogênio e 
Fósforo) 
Esgotos domésticos, 
esgotos industriais, 
fertilizantes, 
detergentes fosfatados. 
• Causa o crescimento excessivo de 
algas e plantas aquáticas que 
contribuem para a eutrofização de 
rios e lagos. 
Amônia (NH3 ou NH4
+), 
nitrito (NO2
-), nitrato 
(NO3
-) e fosfatos (PO4
-
). 
Microrganismos 
Patogênicos 
Esgotos domésticos e 
hospitalar. 
• Bactérias, vírus, fungos, 
protozoários e helmintos 
patogênicos causadores de doenças 
aos homens e animais. 
Coliformes. 
Ácidos e Álcalis Despejos industriais, 
chuvas ácidas, 
escoamento em solos 
ácidos e alcalinos. 
• Interfere na atividade química e 
biológica; 
• Tóxico para a vida aquática. 
pH (potencial 
hidrogeniônico). 
Metais Agrotóxicos, despejos 
industriais, chorume, 
garimpo emineração. 
• Tóxico ao homem; 
• Reduzem a capacidade de 
autodepuração das águas; e 
• Biomagnificação. 
Metais 
PRINCIPAIS POLUENTES HÍDRICOS 
PRINCIPAIS FORMAS DE POLUIÇÃO HÍDRICA 
POLUIÇÃO SEDIMENTAR 
• Acúmulo de partículas em suspensão, principalmente solos e 
produtos químicos insolúveis. 
Qual a origem? O que causam? 
Extração mineral 
Desmatamentos 
Erosões 
Interferem na fotossíntese 
e na capacidade dos animais 
encontrarem alimentos 
Extração mineral 
Esgotos e efluentes 
Adsorvem e concentram os 
poluentes biológicos e os 
poluentes químicos 
 
Partículas do solo 
 
Produtos químicos 
insolúveis 
 
Fonte: Notas de Aula Professora Márcia Maria Rios Ribeiro - UFCG. 
Erosão e assoreamento dos 
corpos d’águas. 
POLUIÇÃO SEDIMENTAR 
• Presença de microrganismos patogênicos, especialmente na água 
potável: 
 4 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável 
tratada; 
 2,9 bilhões de pessoas vivem em áreas sem coleta ou tratamento 
de esgoto. 
Fonte: Notas de Aula Professora Márcia Maria Rios Ribeiro - UFCG. 
Controle simples 
Apesar disso 
250 milhões de casos de doenças (cólera, febre tifóide, 
diarréia, hepatite A) são transmitidas pela água por ano 
10 milhões desses casos resultam em mortes (50% são crianças) 
Adição de NaClO 
Ou Ca(OH)2 
Fervura da água 
POLUIÇÃO BACTERIANA 
FALTA DE SANEAMENTO 
• De acordo com o IBGE, um quarto da população do Brasil não conta 
com água potável e quase metade não têm serviço de esgoto; 
• Apenas 6% dos esgotos são tratados no Brasil. Mais de 90% são 
lançados nos rios, nos solos e nos mares; 
• A falta de água potável e de saneamento 
é causa de 80% das doenças e 65% das 
internações hospitalares no Brasil, 
implicando gastos de US$ 2,5 bilhões, de 
acordo com a Organização Mundial da 
Saúde (OMS). 
POLUIÇÃO TÉRMICA 
• Descarte de grandes quantidades de água com elevada temperatura 
em rios, lagos e oceanos. 
• Consequências nocivas ao meio aquático: 
1. Diminui do tempo de vida de algumas espécies aquáticas; 
2. Diminui a quantidade de oxigênio dissolvido e aumenta a quantidade 
de gás carbônico; 
3. Aumenta a velocidade das reações entre os poluentes presentes na 
água; 
4. Altera os ciclos de reprodução; 
5. Potencializa a ação nociva dos poluentes. 
Fonte: Notas de Aula Professora Márcia Maria Rios Ribeiro - UFCG. 
POLUIÇÃO POR DESPEJO DE SUBSTÂNCIAS 
• Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de identificar 
nem de remover; 
• Em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos para serem 
sentidos; 
• Os poluentes mais comuns das águas são: 
 Fertilizantes agrícolas; 
 Esgotos doméstico e industrial; 
 Compostos orgânicos sintéticos; 
 Plásticos; 
 Petróleo; 
 Metais pesados. 
Poluição pelo uso de fertilizantes. 
Fonte: http://www.sapo.salvador.ba.gov.br 
Poluição pelo uso surfatantes. 
Lançamento de esgotos 
domésticos e Industriais 
POLUIÇÃO POR DESPEJO DE SUBSTÂNCIAS 
POLUIÇÃO POR PLÁSTICOS 
Alta produção 
Longo tempo para degradação 
Causam a morte de animais por sufocamento 
Alta velocidade de uso e descarte 
POLUIÇÃO POR PETRÓLEO 
Grandes acidentes 
Vazamentos em poços 
de petróleo, superpetroleiros, 
rompimentos de dutos. 
• Exxon Valdez: 42 milhões de litros 
• Kuwait: 200.000 t no Golfo Pérsico 
• Rio Barigüi: 4 milhões de litros 
• Baia de Guanabara: 1,3 milhão de litros 
5% dos danos 
Pequenos acidentes 
Vazamentos de óleo 
de motor de barcos 
e de carros 
• Somente no Canadá: 
300 milhões de litros/ano 
95% dos danos 
Fonte: Notas de Aula Professora Márcia Maria Rios Ribeiro - UFCG. 
POLUIÇÃO POR PETRÓLEO 
Fonte: Notas de Aula Professora Márcia Maria Rios Ribeiro - UFCG. 
• O petróleo vaza e se espalha no mar ou no rio; 
• A mancha recobre a superfície das águas; 
• Sem a luz do sol as algas param de fazer fotossíntese. 
• A quantidade de oxigênio diminui e outras espécies acabam 
morrendo; 
• Os peixes da superfície morrem por intoxicação e falta de Oxigênio; 
• Peixes que vivem no fundo e se alimentam de resíduos, morrem 
envenenados. 
POLUIÇÃO POR PETRÓLEO 
Fonte: Notas de Aula Professora Márcia Maria Rios Ribeiro - UFCG. 
• As aves marinhas ficam com o corpo impregnado de óleo; 
• Deixam de reter o ar entre as penas e morrem afogadas ao 
mergulhar; 
• O óleo penetra no bulbo causando intoxicação; 
• Mesmo as aves tratadas acabam morrendo. 
POLUIÇÃO POR PETRÓLEO 
Fonte: Notas de Aula Professora Márcia Maria Rios Ribeiro - UFCG. 
• Com o ecossistema comprometido milhares de pessoas ficam sem 
trabalho; 
• Famílias de pescadores perdem sua fonte de sustento; 
• O comércio local acaba falindo com o fim do turismo na região. 
POLUIÇÃO POR PETRÓLEO 
Fonte: Notas de Aula Professora Márcia Maria Rios Ribeiro - UFCG. 
POLUIÇÃO POR METAIS PESADOS 
Cu, Zn, Pb, Cd, Hg, Ni e Sn 
Bioacumulação 
Mineração (garimpo) 
Pilhas e baterias 
Rios e mares Aterro sanitário 
Os oceanos recebem por ano 
400.000 t de metais pesados 
(80.000 t só de mercúrio) 
Contaminação de águas 
subterrâneas, córregos 
e riachos 
Fonte: Notas de Aula Professora Márcia Maria Rios Ribeiro - UFCG. 
• Poluição resultante do lançamento de esgotos 
domésticos e industriais ricos em matéria orgânica. 
• Forma de poluição hídrica mais presente e visível no 
dia a dia dos brasileiros que habitam grandes cidades. 
POLUIÇÃO ORGÂNICA 
Rio Tietê – São Paulo (SP). 
www.g1.globo.com 
Rio Jaguaribe – João Pessoa (PB). 
www.db.com.br 
• Caracterizada pela carência de Sistemas de Esgotamento Sanitário 
(coleta, transporte, tratamento e disposição adequada de esgoto 
sanitário). 
Palafitas sobre o rio Capibaribe. Recife – PE. 
Foto: Eraldo Peres – Assiciated Press. 
BRASIL 
42% 
Coleta de 
Esgoto* 
32,5% 
Tratamento de 
Esgoto** 
* População atendida com coleta de 
esgotos/População abastecida com água potável; 
** Volume de esgoto tratado/Volume de água 
consumida. 
Fonte: SNIS (2009). 
POLUIÇÃO ORGÂNICA 
Índice de Atendimento de Esgoto - Brasil 
PARAÍBA 
27% 
Coleta de 
Esgoto 
32,7% 
Tratamento de 
Esgoto 
Há muito o que 
fazer na área de 
Saneamento! 
• A matéria orgânica (mistura heterogenia constituída principalmente de proteínas, 
carboidratos e lipídios), naturalmente presente nos esgotos, é “consumida” por 
protozoários, fungos e, principalmente, por bactérias, o que provoca modificações 
nas características do corpo hídrico. 
“Meio aquático rico em oxigênio 
dissolvido e com matéria orgânica 
pouco abundante (característica 
natural.” 
Decomposição AERÓBIA 
Consumo de oxigênio e formação 
de gás carbônico, água e nitrato. 
“Meio aquático com oxigênio dissolvido 
insuficiente (baixas concentrações).” 
Decomposição 
ANAERÓBIA 
formação de gás carbônico, metano, amônia, ácidos 
graxos, mercaptanas, fenóis e gás sulfídrico. 
POLUIÇÃO ORGÂNICA 
Decomposição 
A E R Ó B I A 
Decomposição 
A N A E R Ó B I A 
“A existência de um ou outro processo dependerá das condições do meio, da 
quantidade de esgotos lançados, do volume do corpo receptor, da rapidez de 
oxigenação da água (fotossíntese e trocas gasosas com o meio atmosférico) e da 
temperatura da água.” 
† MORTE DO CORPO D’ÁGUA 
Quantidade de esgotos lançada 
>>>> volume do corpo receptor e 
capacidade de oxigenação 
Proliferação de bactérias e 
aumento do consumo de oxigênio 
até níveis próximos de zero. 
POLUIÇÃO ORGÂNICA 
ESTIMATIVA DA POLUIÇÃO ORGÂNICA 
• Estimativa da poluição  DBO e DQO. 
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (DBO): 
• Corresponde a quantidade de oxigênio necessária para que bactérias oxidem a matéria 
orgânica biodegradável 
(MO + O2 → H2O + CO2 + Energia↑). 
• DBO padrão: consumo de OD até o 5º dia mantendo-se T = 20 oC (DBO5
20). 
0
7,8
0
2
4
6
8
10
12
0 5 10 15 20 25 30
DB
O 
-C
on
su
m
o d
e O
D 
(m
g/
L)
Tempo (dias)
Dia 0  OD = 9,8 mg/l 
Dia 5  OD = 2,0 mg/l 
DBO5
20 = 9,8 – 2,0 = 7,8 mg/l 
DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (DQO): 
• Corresponde ao consumo deoxigênio ocorrido durante a oxidação química da 
matéria orgânica biodegradável ou não biodegradável. 
• Não há atuação de microrganismos e sim de um forte oxidante químico (dicromato 
de potássio) em meio ácido. 
• A relação DQO/DBO5
20 indica a biodegradabilidade dos despejos líquidos, 
possibilitando conclusões sobre o tipo de tratamento (depurar, “limpar”) a ser 
utilizado antes de seu lançamento no curso d’água. 
DQO/DBO5
20 
 fração biodegradável é elevada. 
 provável indicação para tratamento 
biológico (via microrganismos 
decompositores). 
Elevada 
Baixa 
 a fração inerte (não biodegradável) é elevada. 
 indicação para tratamento biológico ou químico 
dependendo da característica do material não 
biodegradável. 
ESTIMATIVA DA POLUIÇÃO ORGÂNICA 
CARGA POLUIDORA: 
• DBO5
20 → dá uma idéia do grau de poluição; 
• Avaliação da poluição → necessidade de correlacionar esse indicador com a 
quantidade de despejos; 
• Representa a quantidade de oxigênio que vai ser requerida do corpo d’água 
na unidade de tempo; 
• CP = Concentração de DBO5
20 x Vazão do Despejo 
• O resultado indica superávit ou déficit de oxigênio dissolvido. 
• Exemplo: Qual a carga poluidora de uma indústria que lança seus efluentes 
com uma vazão de 1.000 m3/dia e DBO5
20 de 500 mg/L? 
CP = Q x DBO = 1.000 x 500 x (0,001) = 500 kg/dia de DBO. 
ESTIMATIVA DA POLUIÇÃO ORGÂNICA 
Exemplo: Determinar o balanço de oxigênio no rio abaixo após o lançamento dos 
efluentes de uma indústria de curtume. 
Rio 
ZONA DE 
MISTURA 
TRECHO A MONTANTE 
DO LANÇAMENTO 
TRECHO A JUSANTE DO 
LANÇAMENTO 
Qrio = 15.000 l/d e ODrio = 8,0 mg/l 
QI = 300 l/dia e DBO5
20 = 300 mg/l 
EQUIVALENTE POPULACIONAL (EP): 
• Poluição orgânica  f (quantidade média de detritos produzidos diariamente por 
uma pessoa); 
• EP  corresponde à carga poluidora ou carga de DBO5
20 produzida por uma pessoa 
diariamente (54 g DBO5
20/hab.dia); 
• Para despejos indústrias, o equivalente populacional varia de acordo com o tipo de 
indústria. 
Exemplo: uma indústria de curtume 
produz 30 ton de pele por dia, qual o seu 
equivalente populacional? 
1 ton/dia  2.500 hab. 
Produção 30 ton/dia  
EPI= 30 x 2.500 = 75.000 hab 
CPI = (75.000 * 54)/1.000g/kg  
CPI = 4.050 kg DBO/dia 
Indústria Quant./dia EP (hab)
Cerveja 1000 litros de cerv. 1.500
Curtume 1 ton de peles 2.500
Matadouro 1 ton de bovino 300
Celulose 1 ton de celulose 5.000
Álcool 65 litros de álcool 400
Granja de Aves 10 aves abatidas 2
Laticínios 1.000 litros de leite 200
Lavanderia 1 ton de roupas 700
ESTIMATIVA DA POLUIÇÃO ORGÂNICA 
AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS 
• “Todo corpo d’água tem condições de receber e depurar, através de 
mecanismos naturais, uma quantidade específica de matéria orgânica.” 
• Vários são os fenômenos que contribuem para autodepuração de um corpo 
d’água: 
• Fenômenos Físicos: diluição, turbulência da água, sedimentação, temperatura, 
luz solar; 
• Fenômenos químicos: reações de oxidação e redução; 
• Fenômenos biológicos: predatismo, aglutinação, produção de antibióticos e 
toxinas. 
• O processo de autodepuração passa por uma série de etapas sucessivas, 
quer no espaço quer no tempo, permitindo dividir o rio poluído em zonas de 
autodepuração, onde devem ser observadas, principalmente, as evoluções 
do teor de oxigênio dissolvido e da concentração de DBO. 
ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS 
Processo de Autodepuração. Fonte: Braga et al. (2005). 
ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS 
Zona de Degradação: 
• Início  ponto de lançamento dos despejos; 
• Água turva (cor acinzentada); 
• Precipitação de partículas  lodo no leito do corpo d’água; 
• Proliferação de bactérias (consumo de matéria orgânica); 
• Redução da concentração de oxigênio dissolvido; 
• Limite da 1ª zona  concentração de oxigênio atinge 40% da concentração inicial; 
• Não há odor; 
• Presença de oxigênio não permita a decomposição anaeróbia. 
ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS 
ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS 
Zona de Decomposição Ativa: 
• Início  oxigênio atinge valores inferiores a 40% da concentração de saturação; 
• Água  cor cinza-escura, quase negra; 
• Bancos de lodos no fundo em ativa decomposição anaeróbia; 
• Desprendimento de gases mal cheirosos (amônia, gás sulfídrico etc); 
• Oxigênio dissolvido  pode zerar ou “ficar negativo”; 
• Biota aeróbia é substituída por outra anaeróbia; 
• Ambiente fétido e escuro; 
• Oxigênio passa a ser reposto  ar atmosférico ou fotossíntese; 
• População de bactérias  decresce; 
• Água começa a ficar mais clara (ainda impróprio p/ os peixes); 
• Fim da 2ª zona  oxigênio eleva-se a 40% da conc. de saturação. 
ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS 
ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS 
Zona de Recuperação: 
• Início  40% de oxigênio de saturação; 
• Término  água saturada de oxigênio; 
• Água  mais clara e límpida; 
• Proliferação de algas que reoxigenam o meio; 
• Amônia  oxidada a nitritos e nitratos (+ fosfatos fertilizam o meio, favorecendo a 
proliferação de algas); 
• Cor esverdeada intensa (alimento p/ crustáceos, larvas de insetos, vermes etc, que 
servem de alimentos p/ os peixes); 
• Diversificação da biocenose. 
ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS 
ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS 
Zona de Águas Limpas: 
• Água  características diferentes das águas poluídas; 
• Água encontra-se “eutrófica”; 
• Não é limpa, devido a presença das algas (cor verde); 
• Água  recuperou-se, melhorou suas capacidade de produzir alimento protéico 
(piorou no quesito de potabilidade); 
• Péssimo aspecto estético; 
• Grande assoreamento nas margens; 
• Invasão de plantas aquáticas indesejáveis. 
ZONAS DE AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS 
EUTROFICAÇÃO E EUTROFIZAÇÃO 
• Eutrofização  resultante da fertilização 
das águas pelo escoamento das águas de 
chuva nos solos, que arrasta nutrientes para 
os corpos d’água (origem natural); 
• Eutroficação (Eutrofização Acelerada)  resultante da fertilização 
das águas por despejos orgânicos domésticos ou industriais, despejos 
de resíduos da agricultura, poluição do ar ou por afogamento da 
vegetação em represas (processo desencadeado pelo homem); 
 
• Ambos os processos caracterizam-se pelo envelhecimento precoce de 
um corpo d’água, devido a grande quantidade de nutrientes, 
principalmente nitrogênio e fósforo. 
EUTROFICAÇÃO E EUTROFIZAÇÃO 
• Causa: lançamento de nutrientes na água, principalmente, nitrogênio e 
fósforo (oriundos de esgoto doméstico, efluentes industriais e 
fertilizantes); 
• Reação em cadeia: crescimento excessivo de algas e plantas aquáticas em 
um corpo d’água  aumento de oxigênio  proliferação de pequenos 
animais que utiliza as algas como alimentos  proliferação de peixes que 
se alimentam desses pequenos animais; 
• Quebra do equilíbrio ecológico  mais produção de matéria orgânica do 
que o sistema é capaz de assimilar; 
• Aumento no número de algas  alterações qualitativas  surgimento de 
novas espécies e desaparecimentos de outras; 
• Estágio final (ecossistema agonizante)  pouca profundidade, altos 
déficits de oxigênio, organismos mortos flutuantes e grande quantidade de 
colchões de algas. 
EUTROFICAÇÃO E EUTROFIZAÇÃO 
Lagos 
eutrofizados 
Cristina Palma 
Moreira 
• É mais comum em águas paradas (lagos, lagoas represas), por não serem 
favorecidas pelas conduções de cursos d’água como a velocidade de escoamento 
e turbidez. 
• Problemas devido à proliferação excessiva de algas e plantas aquáticas: 
• Sabor e odor; 
• Toxicidade; 
• Turbidez e cor; 
• Aderência às paredes dos reservatórios e tubulações (lodo); 
• Prejuízos no tratamento da água; 
• Prejuízos aos usos – navegação e recreação; 
• Assoreamento; 
• Redução gradual do reservatório; 
• Cobertura da água com diminuição da penetração da luz solar; 
• Entupimento de canalizações e grades; 
• Danos à bombas e turbinas hidrelétricas. 
• Para CORREÇÃO dos efeitos da Eutroficação , necessita-se do uso de TÉCNICAS 
MODERNASque por sua vez requerem ALTO INVESTIMENTO. 
EUTROFICAÇÃO E EUTROFIZAÇÃO 
• CAPÍTULOS 11 de Araújo, Selma Maria de. Introdução às Ciências do Ambiente para 
Engenharia. Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências e Tecnologia, 
Departamento de Engenharia Civil. Apostila. 1997. 168 p. 
• CAPÍTULO 8 de Braga, B. P. F., Hespanhol, I., Conejo, J. G. L., Mierzwa, J. C., Barros, 
M. T. L. de, Spencer, M., Porto, M., Nucci, N., Juliano, N., Eiger, S. Introdução à 
Engenharia Ambiental. 2ª Edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 318 p. 
• BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução no 357 de 2005. 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 518 de 2004. 
BIBLIOGRAFIA

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