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Córtex Cerebral Prof. Msc. Rodrigo Canizo Conceito e Estrutura O córtex cerebral é uma camada de substância cinzenta que envolve os hemisférios cerebrais; A superfície do cérebro é marcada por numerosos sulcos e giros que aumentam significativamente a quantidade de córtex, sem aumento do volume cranial; Os mamíferos pode ser classificados em: Girencéfalos: apresentam sulcos e giros cerebrais; Lisencéfalos: apresentam a superfície cerebral lisa. Conceito e Estrutura Os neurônios que utilizam fibras eferentes do córtex geralmente usam o glutamato (aminoácido excitatório) como neurotransmissor; Os interneurônios corticais podem ser: Excitatórios: usam o glutamato; Inibitórios: usam o GABA (ácido gama-aminobutírico); Sugere-se que a epilepsia poderia estar relacionada com a ausência de interneurônios GABAérgicos. Conceito e Estrutura O córtex dos lobos frontal, parietal e occipital está ligado à porção simétrica do hemisfério oposto pelas fibras do corpo caloso; As regiões temporais dos dois hemisférios estão ligadas pela comissura anterior; Conceito e Estrutura A maior parte das fibras aferentes sensoriais chega ao córtex a partir dos núcleos do tálamo; Grande parte das fibras direcionadas ao córtex ou que dele saem passam pela cápsula interna, onde estão agrupadas fibras relacionadas a sensibilidade e a motricidade de todo corpo; Lesões nessa região pode provocar extensas sintomatologias, com prejuízos sensoriais e motores na metade contralateral do corpo (ex: AVC); Conceito e Estrutura A maior parte das fibras aferentes sensoriais chega ao córtex a partir dos núcleos do tálamo; Grande parte das fibras direcionadas ao córtex ou que dele saem passam pela cápsula interna, onde estão agrupadas fibras relacionadas a sensibilidade e a motricidade de todo corpo; Lesões nessa região pode provocar prejuízos sensoriais e motores na metade contralateral do corpo (ex: AVC); Classificação Classificação anatômica Classificação Classificação citoarquitetural (Brodmann) Classificação Classificação filogenética NEOCÓRTEX PALEOCÓRTEX ARQUICÓRTEX Classificação Classificação funcional Áreas de projeção: são aquelas que recebem fibras aferentes sensoriais ou dão origem aos tratos descendentes motores; Áreas de associação: são aquelas não diretamente relacionadas nem com a motricidade nem com a sensibilidade. Classificação Classificação funcional Áreas de Projeção Área motora primária Localiza-se na região do giro pré-central, correspondendo a área 4 de Brodman; Áreas de Projeção Área motora primária Estímulos elétricos aplicados na porção baixa do giro produzem movimentos da língua; Em um ponto mais acima produzirão movimentos da face; Na região adjacente, movimentos do braço; Na face medial do hemisfério, movimentos da perna e pé. Áreas de Projeção Área motora primária Áreas de Projeção Área motora primária Somatotopia: para cada parte do corpo existe uma região correspondente no córtex cerebral; Lesões na área motora primária terão como resultado paralisias nas porções correspondentes da metade contralateral do corpo; Áreas de Projeção Área motora primária Áreas de Projeção Área somatossensorial primária (área somestésica) Situa-se no giro pós-central, correspondendo às áreas 1, 2 e 3 de Brodmann; Nessa área chegam fibras portadoras de informações sensoriais somáticas do corpo e da cabeça; Áreas de Projeção Área somatossensorial primária (área somestésica) Estímulos elétricos nessa região em um indivíduo acordado farão com que ele tenha sensações mal definidas (parestesias); Sensação de formigamento; Lesões provocam deficiências sensoriais como incapacidade de sentir ou de localizar estímulos táteis. Áreas de Projeção Área visual primária Situa-se nas bordas do sulco calcarino no lobo occipital, correspondendo à área 17 de Brodmann; Chegam informações visuais; Estimulação elétrica nessa área ocasiona pontos luminosos ou clarões na visão; Lesões resultam em cegueira parcial ou total, dependendo da extensão da lesão; Áreas de Projeção Área auditiva primária Situa-se no giro temporal transverso anterior, correspondendo às áreas 41 e 42 de Brodmann; Recebe informações auditivas; Estimulações dessa área provocam sensação auditiva mal definida (zumbidos); Lesões dificilmente provocam surdez, sendo possível somente através de lesão bilateral. Áreas de Associação Áreas unimodais (secundárias): conectadas diretamente às áreas de projeção e estão relacionadas com uma determinada modalidade sensorial ou com a motricidade; Áreas multimodais (terciárias): são áreas integradoras, conectadas com as áreas secundárias e com as áreas límbicas, sendo relacionadas com o pensamento abstrato e processos que possibilitam a simbolização; Áreas de Associação Áreas de associação unimodais A área somestésica secundária corresponde à área 5 de Brodmann, situada no lobo parietal superior; A área auditiva secundária corresponde à área 22 de Brodmann, que circunda a área auditiva primária; A área visual secundária abrange as áreas 18 e 19 (lobo occipital) e 20, 21 e 37 (lobo temporal) Áreas de Associação Áreas de associação unimodais Áreas de Associação Áreas de associação unimodais Lesões nessas regiões secundárias causam agnosias; Área visual secundária Agnosia visual Área auditiva secundária Agnosia auditiva Área somestésica secundária Agnosia somestésica Áreas de Associação Áreas de associação unimodais AGNOSIA VISUAL Áreas de Associação Áreas de associação unimodais Essas áreas unimodais apresentam assimetria funcional; Lesão na área auditiva secundária do hemisfério esquerdo pode provocar dificuldade na percepção de sons da linguagem (afasia), enquanto uma lesão na mesma região no lado direito pode provocar amusia; Áreas de Associação Áreas de associação unimodais A área motora secundária corresponde às áreas 6, 8 e 44 de Brodmann; Responsável pelo planejamento motor; Áreas de Associação Áreas de associação supramodais Área temporoparietal Região pré-frontal Além da integração sensoriomotora, essas regiões estão envolvidas no controle do comportamento, linguagem, atenção e memória; Áreas de Associação Áreas de associação supramodais Essas regiões somente se desenvolvem com a interação da criança com o ambiente, estabelecendo as conexões necessárias para a plenitude de suas funções; Áreas de Associação Áreas de associação supramodais A área temporoparietal equivale às áreas 39, 40 e parte da área 7 de Brodmann; Importante no processo de simbolização e aparecimento da linguagem, além de atuar na percepção e atenção espacial; Áreas de Associação Áreas de associação supramodais Lesões na área temporoparietal do hemisfério esquerdo podem levar a problemas de linguagem; Pode surgir a Síndrome de Gerstmann, caracterizada pela dificuldade de discriminar os próprios dedos (agnosia dos dedos); Discalculia: dificuldade de fazer cálculos; Incapacidade de discriminar direita/esquerda. Áreas de Associação Áreas de associação supramodais Lesões na área temporoparietal do hemisfério direito provocam desorientação espacial generalizada; Problemas de atenção; Distúrbio na percepção do próprio esquema corporal (negligência espacial), tendendo a discriminar o hemiespaço contralateral (esquerdo); Áreas de Associação Áreas de associação supramodais Áreas de Associação Áreas de associação supramodais Áreas de Associação Áreas de associação supramodais Áreas de Associação Áreas de associação supramodais A área pré-frontal desempenha papel extremamente importante em um conjunto de operações chamadas funções executivas; Essas funções se referem a planejar, executar e monitorar as estratégias de comportamento mais adequadas para realizar ações do cotidiano; Áreas de Associação Áreas de associação supramodais Além disso, atua também na memória operacional, a qual nos permite manter a consciência e também modifica as informações necessárias para realizar uma tarefa específica; Áreas de Associação Áreas de associação supramodais Lesões na região pré-frontal podem ocasionar dois tipos de síndromes: Síndrome da desinibição pré-frontal Alteração do funcionamento das funções executivas Áreas de Associação Áreas de associação supramodais A Síndrome da desinibição o paciente não observa regras sociais e exibe comportamentos inadequados (como urinar ou se masturbar em público); Ocorre a incapacidade de projetar as consequências das próprias ações ao longo do tempo; Áreas de Associação Áreas de associação supramodais A alteração das funções executivas tornam os pacientes facilmente distraídos, além de incapazes de distribuir tarefas ao longo do tempo; Apresentam também dificuldade de mudar as estratégias comportamentais, tendendo a insistir em um comportamento já iniciado; Áreas de Associação Áreas de associação supramodais Na primeira metade do século XX, a lobotomia pré-frontal era o tratamento mais utilizado em pacientes psiquiátricos; Essa técnica foi desenvolvida por Egas Moniz (1874 – 1955), um neurologista português; Áreas da Linguagem A Área de Broca localiza-se nas porções triangular e opercular do giro frontal inferior; A Área de Wernicke localiza-se na região temporoparietal; Áreas da Linguagem A Área de Broca está relacionada com a expressão da linguagem; Enquanto a Área de Wernicke se ocupa, basicamente, com a percepção da linguagem; Lesões nessas regiões provocam o surgimento de afasias; Pacientes afásicos são incapazes de se comunicar por meio da linguagem verbal embora os mecanismos sensoriais e motores estejam intactos; Áreas da Linguagem Lesão na área de Broca Paciente é capaz de compreender a linguagem falada e escrita, mas não consegue se expressar verbalmente; Ocorre então uma afasia motora; Áreas da Linguagem Áreas da Linguagem Lesão na área de Wernicke Ocorre uma afasia de percepção, onde o paciente será incapaz de reconhecer a palavra escrita ou falada, refletindo-se também na maneira de falar; A linguagem falada será fluente, mas sem nenhuma organização lógica das frases;
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