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E.F.S – Exame do Abdome.

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EXAME FÍSICO SEGMENTAR – Exame do Abdome.
Estudante: Gabryel Cordeiro de Lima. Instituição: Escola Superior de Ciências da Saúde/DF.
Delimitação da região abdominal:
Limite superior: diafragma torácico (5° espaço intercostal).
Limite inferior: pelve (assoalho pélvico – linha que liga o promontório sacral à sínfise púbica).
Região posterior: superiormente delimitado pelo rebordo costal e inferiormente pelas cristas ilíacas.
Divisões do abdome em regiões:
Em quatro quadrantes: formado por duas linhas perpendiculares que passam pela cicatriz umbilical:
Em nove regiões: duas linhas hemiclaviculares, uma linha que cruza o rebordo costal e uma linha bi-ilíaca.
Projeção dos órgãos abdominais na parede abdominal:
HD (Hipocôndrio direito): Fígado, vesícula, flexura hepática do cólon, rim direito, supra-renal direita.
Epigastro: Fígado, estômago e piloro, pâncreas, grande omento, cólon transverso, duodeno, rins e supra-renais, aorta e linfonodos.
HE (Hipocôndrio esquerdo): Fígado, estômago, flexura esplênica do cólon, baço, cauda do pâncreas, rim esquerdo, supra-renal esquerda.
Flanco direito: Lobo de Riedel, cólon ascendente, intestino delgado, rim direito.
Umbilical/mesogastro: Estômago, duodeno, cólon transverso, grande omento, úraco, intestino delgado, rim, aorta, linfonodos.
Flanco esquerdo: Cólon descendente, rim esquerdo, intestino delgado.
FID (Fossa ilíaca direita): Ceco, apêndice vermiforme, linfonodos.
Hipogastro: Intestino delgado, cólon sigmoide, bexiga distendida, úraco, útero e anexo aumentados.
Fossa ilíaca esquerda: Cólon sigmoide e linfonodos.
Pontos de referência anatômicos do abdome:
Ponto epigástrico: localiza-se na metade da linha xifoumbilical e mostra-se muito sensível na úlcera péptica em atividade.
Ponto cístico: situa-se no ângulo formado pela reborda costal direita, com a borda externa do músculo reto abdominal. A compressão desse ponto desperta dor nos processos inflamatórios da vesícula biliar.
Ponto apendicular: localiza-se na união do terço externo, com os dois terços internos da linha que une a espinha ilíaca anterossuperior à cicatriz umbilical. A dor nesse ponto sugere apendicite aguda, especialmente quando há sinais de reação peritoneal. A compressão lenta da parede abdominal no ponto apendicular, seguida de descompressão brusca, produz dor no momento da descompressão quando há inflamação do peritônio (sinal de Blumberg).
Pontos ureterais: localizam-se na borda externa dos músculos retos abdominais em dois níveis: na interseção com uma linha horizontal, que passa pela cicatriz umbilical, e outra que liga as duas espinhas ilíacas anterossuperiores. A maior sensibilidade nesses pontos é encontrada na cólica nefrética durante a migração de um cálculo renal.
Adquirir habilidades em inspeção do abdome:
Inspeção estática: 
Tipo de abdome:
Abdome normal/atípico: plano, simétrico, sem alteração de volume abdominal.
Abdome globoso: aumentado globalmente com predomínio em diâmetro anteroposterior.
Abdome em ventre de betráquio: estando o paciente em decúbito dorsal, predomínio de diâmetro transversal.
Abdome em avental: caído, devido ao acúmulo de tecido gorduroso, em pessoas obesas.
Abdome pendular ou ptótico: caído, devido à fraqueza da musculatura em andar inferior.
Abdome escavado: parede abdominal retraída.
Circulação colateral:
Portal: obstrução do fluxo venoso provenientes da veia porta (veias esplênica e mesentérica superior), formando cabeça de medusa.
Cava inferior: obstrução ao nível da veia cava inferior, causando aumento do fluxo em vasos ascendentes.
Cava superior: obstrução ou compressão da veia cava superior, causando aumento do fluxo em vasos descendentes.
Alterações na pele:
Telangiectasias/aranhas vasculares: arteríola central emitindo fluxo em ramos, desaparecendo à compressão central.
Esquimose: extravasamento de sangue na derme.
Sinal de Cullen: esquimose periumbilical, hemorragia no retroperitôneo, causado por pancreatite necrosante e prenhez ectópica rota.
Sinal de Grey-Turner: esquimose nos flancos (pancreatite necrosante e hemorragia retroperitoenal).
Estrias: esbranquiçadas, relacionadas à obesidade, hipertrofia da musculatura que causa estiramento da pele.
Cicatrizes: processos traumáticos ou cirúrgicos, localização e extensão.
Herniações: localização, relação com cicatrizes cirúrgicas.
Abaulamentos: localização, pulsatibilidade e extensão.
Movimentação do Abdome:
Movimentação respiratória: toracoabdominal, torácico, abdominal.
Pulsações: visíveis em pessoas emagrecidas, na presença de aneurismas ou massas próximas ao vaso arterial.
Movimentos peristálticos visíveis: indica obstrução em algum ponto do trato gastrointestinal.
Inspeção dinâmica: 
Manobra de Valsalva: permite avaliação de herniações através da parede abdominal, devido ao aumento de pressão intra-abdominal.
Manobra de Smith Bates: contração da musculatura abdominal. Se a massa visível desaparecer, indica que está abaixo da parede abdominal. Se persistir visível, indica que é da parede abdominal, ou que há enfraquecimento ou falha na musculatura abdominal.
Adquirir habilidades em técnica de ausculta do abdome: 
Motilidade intestinal: auscultar região direita lateroinferiormente à cicatriz umbilical e lateral ao reto abdominal.
Normal: 5 a 34 ruídos do borborigmo intestinal por minuto ou 1 a cada 5 incursões respiratórias.
Hiperperistáltico: ↑ 34 ruídos por minuto. 
Hipoperistáltico: ↓ 5 ruídos por minuto.
Aperistáltico: ruídos não auscultáveis.
Adquirir habilidades em técnica de percussão do abdome: 
Regiões de maciez: indicam massas ou visceromegalias.
No espaço de Traube: indica esplenomegalia, fecaloma, ascite volumosa ou adenocarcinoma gástrico
Nos flancos e timpanismo na região umbilical: indica líquido livre na cavidade.
Espaço de Traube: rebordo costal, linha axiliar anterior e 6° espaço intercostal esquerdos.
Sinal do piparote: comprime-se a região mediana, percute-se um dos lados e sente-se a onda líquida (caso haja) no outro lado.
Sinal da poça: posição genupalmar e se faz a percussão de baixo para cima na região periumbilical, estando essa região maciça (caso haja líquido).
Hepatimetria: inicia-se a percussão nos espaços intercostais até encontrar um som submaciço (sobreposição do pulmão com o fígado) até o fim da macicez hepática. Mede-se com a fita. Normal: 10cm.
Adquirir habilidades em técnica de palpação do abdome:
Palpação superficial: avalia a dor, tensão da parede, alteração no tecido, herniações, massas e visceromegalias.
Palpação profunda: avaliam-se os órgãos.
Sinal de Murphy: durante a expiração, posiciona-se a mão no ponto cístico (rebordo costal com o M. reto abdominal), na inspiração, se houver processo inflamatório na vesícula biliar, o paciente interromperá a inspiração, devido a dor.Achados durante a palpação:
Diástase do reto abdominal: separação dos músculos reto abdominais durante a contração da parede abdominal.
Hérnias: se houver confirmação pela técnica de Valsava, deve-se avaliar se elas são:
Redutível: o conteúdo retorna à cavidade por digito-pressão.
Encarcerada: o conteúdo não retorna, pode indicar isquemia na alça.
Estranguladora: constata-se isquemia, configurando emergência cirúrgica.
Palpação do Fígado: 
Método Bimanual (Lemos Torres): traciona-se a parte posterior do hipocôndrio direito com a mão esquerda e com a outra se inserem as popas digitais à fim de alcançar o borda do fígado.
Método em Garras (Processo de Mathieu): palpa-se o fígado com as mãos apoiadas no rebordo costal, com os dedos tentando entrar por debaixo do rebordo costal.
Palpação do Baço:
Método Bimanual: traciona-se o rebordo costal anteriormente com a mão esquerda, enquanto a mão direita aprofunda-se da cicatriz umbilical ao baço aumentado.
Método em Garras (Processo de Mathieu-Cardaelli): estando ao lado esquerdo do paciente, insere-se as popas digitais sob o rebordo costal.
Manobra de Schuster/Shuster-Rocco: o paciente em semidecúbitolateral direito, apoia-se a mão esquerda sobre o rebordo costal e a direita é usada para palpar.
Palpação Renal:
Método de Guyon:
Manobra de Israel:
Método de Goelet:
Punho Percussão Renal:
Referências Bibliográficas:
- Semiologia Médica. J. R. Rocco. 2011.
- Semiologia Médica, as bases do diagnóstico clínico. Mario López. 5ª ed. 2004.
- Semiologia Médica. Porto & Porto.7ª ed. 2014.

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