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COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

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COMUNICAÇÃO DOS ATOS 
PROCESSUAIS PENAIS
CITAÇÃO
Conceito – é o ato processual pelo qual se leva ao conhecimento do réu a
notícia de que contra ele foi recebida Denúncia ou Queixa, para que possa
defender-se. Tem o efeito de completar a relação processual.
Atenção: Em decorrência do princípio da ampla defesa é assegurado ao
acusado a cientificação da existência de processo e de todo seu
desenvolvimento.
ATENÇÃO: É um ato essencial do processo e sua falta gera nulidade absoluta
(art. 564, III, e - CPP).
Normalmente é ato do juiz, cumprido pelo Oficial de Justiça (exceção para a
citação do militar e a que deva ser feita em legação estrangeira).
Citação e vinculação à instância – Uma vez citado, fica o réu vinculado à
instância,“com todos os ônus daí recorrentes”. Enquanto não for citado, o réu
não ficará sujeito a nenhum dever ou ônus processual.
NÃO ATENDIMENTO À CITAÇÃO – SE O CITADO NÃO ATENDE À CITAÇÃO:
a) O processo corre à revelia - Ver Art. 367 CPP
a) Decretada a revelia, não será o réu notificado ou intimado para
qualquer ato do processo, salvo se houver condenação (sentença).
Assim, se regularmente citado ou intimado, o acusado deixar de
comparecer perante a autoridade que o convocou, sem motivo justificado,
será considerado revel.
Também será considerado revel no caso de mudança de residência sem
comunicar o novo endereço ao juízo (ART.367 CPP).
Atenção: Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por
edital. Cumpre informar que o réu que citado por edital não cumpriu o
chamamento nem constituiu Advogado, terá o processo suspenso, pelo
art. 366 do CPP, ficando também suspenso o prazo prescricional (art. 109 do
CP), até que ele apareça
Atenção: O revel não é necessariamente culpado..
ESPÉCIES DE CITAÇÃO
a) CITAÇÃO REAL (ou pessoal):
 é a regra;
 É feita na própria pessoa do réu;
 Concretiza-se por:
•Pessoal: por mandado;
•Requisição: preso / militar;
•Precatória: fora do juízo;
•Rogatória: estrangeiro.
b) CITAÇÃO FICTA (ou presumida):
é exceção;
é feita por meio da imprensa ou de fixação de edital à
porta ou no átrio do edifício onde funciona o juízo;
FORMAS DE CITAÇÃO REAL:
1) CITAÇÃO POR MANDADO:
 é feita quando o réu encontra-se no território do juiz
processante – Art. 351 CPP.
Obs: Salvo se estiver preso, em legação estrangeira, em lugar
não sabido ou for militar.
Obs: A citação pode ser feita em qualquer dia, em qualquer
lugar, a qualquer hora (respeitadas as questões relativas à
inviolabilidade de domicílio).
REQUISITOS – Ver art. 352 e 357 CPP.
Atenção: Requisitos intrínsecos – art. 352 CPP; requisitos
extrínsecos - art. 357 CPP
2 - CITAÇÃO POR CARTA PRECATÓRIA (art. 353 CPP).
Realizada quando o réu estiver no território nacional, mas fora do território
jurisdicional do juiz processante.
REQUISITOS – Ver art. 354 (Requisitos intrínsecos);
Obs: RÉU FORA DA COMARCA DEPRECADA (sujeito à jurisdição de outro juiz) - Ver
art. 355, §1°- CPP - o juiz deprecado remeterá a precatória ao juiz da comarca
onde se encontre o réu - é o que se denomina “PRECATÓRIA ITINERANTE”.
Obs: PRECATÓRIA POR TELEGRAMA: (art.356 CPP) - utilizada em caso de urgência;
Deve conter, em resumo, os requisitos exigidos para a carta precatória (Art. 354
CPP); Deve estar reconhecida a firma do juízo deprecante, circunstância esta que
a estação expedidora do telegrama deverá mencionar;
PRECATÓRIA POR TELEFONE : A lei não impede, porquanto a própria lei tenha
permitido até a requisição de prisão por telefone (art. 299). Há de se tomar as
cautelas para se apurar a autenticidade do pedido.
OUTRAS FORMAS DE CITAÇÃO REAL
Citação do militar (ART. 358 CPP) – Feita mediante requisição;
•Requisitos: - O Militar deve ser da ativa;
- O juiz processante deve expedir ofício requisitório,
contendo os mesmos requisitos do mandado,
dirigido ao chefe do serviço onde se encontre o militar.
Funcionário público (art. 359 CPP) – na sua citação, exige a lei que o chefe do
mesmo seja notificado de que, em tal dia e a tal hora, o funcionário-réu deverá
comparecer a juízo.
Réu preso (art. 360 CPP):
•RÉU PRESO NA COMARCA DO JUIZ PROCESSANTE: será pessoalmente citado,
mas o juiz, ao mesmo tempo, mandará ofício ao diretor do Presídio,
solicitando a apresentação em juízo, no dia e hora designados .
•RÉU PRESO EM TERRITÓRIO SUJEITO À JURISDIÇÃO DE OUTRO JUIZ:Serão
tomadas as mesmas medidas pelo juízo deprecado, após a emissão de
precatória.
Por meio de carta rogatória (art. 368 e 369
CPP) - será usada para citação de indiciado
residente no exterior (art. 368, CPP) e em
legações estrangeiras (art. 369, CPP).
ATENÇÃO: Pode ocorrer de o sistema normativo
de outro país não admitir e não realize a citação
do réu. Existindo esse fato, sendo impossível a
citação por Rogatória, a doutrina e a
jurisprudência entendem que a citação deve ser
realizada por edital, com base no art. 363, I, do
CPP.
CARTA DE ORDEM 
•Quando o órgão deprecante e o deprecado são do mesmo
grau, fala-se em carta precatória.
•Quando, ao contrário, o órgão que expedir for de grau superior
não pedirá, mas ordenará. Essa ordem advém dos Tribunais nas
ações penais originais, a teor do §1º, do art. 9º da Lei nº.
8.038/90.
Por exemplo: nos casos de foro especial em razão do cargo, o réu
será processado pelo STJ em Brasília, mas residindo em Belém, o
STJ ordenará que o Tribunal de Justiça do Pará cumpra a
determinação. São expedidas pelo STF, STJ, TSE, TRE’s, TRF’s ou
Tribunais de Justiça estaduais, pelos processos que têm
competência originária.
CITAÇÃO POR EDITAL
Chamada de citação ficta ou presumida;
é realizada quando não for possível localizar o citando a fim de se integrar a relação
processual.
Cabe citação por edital:
·réu não é encontrado;
·réu se encontra em lugar inacessível;
·for incerta a pessoa que estiver sendo citada;
Obs: Se o réu não for encontrado será citado por edital no prazo de 15 dias.
Obs: se o acusado citado por edital não comparecer ao interrogatório, tampouco constituir
advogado para defendê-lo, será impedido o desenvolvimento do processo.
Obs: citação com hora certa - caput e parágrafo único do Art. 362. CPP –(divergência
doutrinária quanto a constitucionalidade desse artigo – a matéria está n STF para
julgamento - Recurso Extraordinário – 635145)
CONSIDERAÇÕES GERAIS A CERCA DA CITAÇÃO
1 - CITAÇÃO NA EXECUÇÃO - A citação é feita uma única vez. Transitada em julgado a
sentença condenatória, não se procede à nova citação para a execução, porque esta não
constitui uma nova instância. (trata-se de nova fase, e não nova relação processual);
Exceção: na execução da pena de multa há nova citação (art. 164 da Lei 7.210/1984 - LEP) 
2 - A CITAÇÃO DO INCAPAZ: Não há previsão legal, mas a corrente doutrinária majoritária
entende que se já houver ocorrido o exame de insanidade mental na fase do IP e constatada
a imputabilidade, a citação será feita na pessoa do curador nomeado pelo juiz. Senão
houver perícia: será citado o próprio inimputável.
3 - NOTIFICAÇÃO PRÉVIA E CITAÇÃO POSTERIOR – É perfeitamente possível a hipótese do
réu tomar conhecimento da imputação que lhe pesa antes de ser citado, o que não torna
dispensável a citação. Ex: Crimes de responsabilidade de funcionário público de
competência do Juiz singular, se afiançáveis (Art. 514 CPP) - ou seja, não é dispensada,
mesmo que o acusado já tenha tomado conhecimento da imputação.
4 - A falta ou nulidade da citação estará sanada se o interessado
comparecer antes do ato se consumar, embora declare que o faça para o
único fim de argüir nulidade(art. 570 CPP).
5- No processo penal apenas o sujeito passivo pode ser citado.
OBS: na hipótese da ação penal ser movida contra pessoa jurídica (Lei
9.605/98) a citação será feita na pessoa do seu representante legal, o qual
será interrogado.
6- funcionáriode uma embaixada, que não conste com imunidades
diplomáticas, deverá ser citado por carta rogatória, dirigida ao Ministério
da Justiça, que solicitará ao Ministério das Relações Exteriores o seu
cumprimento.
•OBS: As sedes das embaixadas não são território estrangeiro, mas se trata
de uma regra de cortesia.
7- citação eletrônica – não permitida no processo penal – a intimação
eletrônica da vitima tem sido aceita, desde que anuída por aquela.
INTIMAÇÃO
inicialmente, necessário diferenciar intimação de notificação:
•INTIMAÇÃO – é a ciência que se dá a alguém de um ato já praticado, já
consumado, seja um despacho, seja uma sentença. É a comunicação de um
ato já praticado (ex: “intima-se o réu de uma sentença”);
•NOTIFICAÇÃO – é o chamamento que se faz a alguém (réu, partes,
testemunhas, peritos, etc), para a realização de algum ato processual,
comunicando o lugar dia e hora do ato processual a que deva comparecer
(ato não praticado). Exemplo: a testemunha é notificada a comparecer em
juízo no dia e hora designados, sob pena de cominações legais em caso de
descumprimento - art. 218 (condução coercitiva) e 219 (multa) do CPP
Obs: A falta de intimação ou notificação implica nulidade por cerceamento
de direito de defesa, passível de ser corrigida por meio de habeas corpus.
REGRAS DAS INTIMAÇÕES 
•Tratando-se de defensor constituído, advogado do Querelante e do Assistente
de Acusação, a intimação é feita por publicação no órgão incumbido da
publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o
nome do acusado.
•Se não houver na comarca o órgão de publicidade, deverá ser feita na Imprensa
Oficial do Estado – DOJ x DOE
•Caso não haja nenhum, nem o outro, a intimação se fará pelo escrivão,
pessoalmente ou por mandado, ou por via postal com aviso de recebimento (AR),
ou por qualquer outro meio idôneo.
•Tratando-se de Ministério Público ou Defensor Público a intimação será sempre
pessoal.
OBS: no caso da oitiva da testemunha por precatória, art. 222 do CPP, a Súmula
273 do STJ autoriza que a defesa seja intimada apenas da expedição da carta
precatória, sem lhe ser informado o dia e a hora da diligência, o que tem causado
polêmica, já que a doutrina majoritária entende que a não intimação da defesa
sobre o dia e a hora da oitiva pode gerar ofensa ao Princípio do Contraditório.
FORMAS DE INTIMAÇÃO:
Gerais: conforme art. 370-CPP, devem ser
observadas, no que couber, as formas aplicáveis à
citação (mandato).
Especiais – verificar arts. 390 a 392 do CPP.
Obs: Expedição de precatória e intimação – ver art.
222 CPP.
Obs: ver art. 1º, 2º e 3º da lei 9.800/99 e art. 67 da
lei 9.099/95.
PRAZO NO PROCESSO PENAL
CONCEITO – Prazo é o lapso de tempo dentro do qual é ordenada, proibida ou facultada a prática
de um ato.
CLASSIFICAÇÃO:
a)Prazo legal – é aquele determinado por lei (art. 46, 395, 401, 499, 500, 586, 593, etc.;
b)Prazo judicial – é o prazo fixado pelo juiz (art. 10 § 3º, 364, 786, etc.);
c)Prazo convencional – é o prazo ajustado entre as partes. No processo penal não há prazo
convencional, não podendo o prazo legal ou judicial ser sequer prorrogado por vontade das partes;
d)Prazos comuns – que correm para ambas as partes, como aqueles previstos para o assistente para
as alegações no processo do júri (art. 406, § 1º);
e)Prazos particulares – são os que correm para uma das partes apenas (art. 46, 395, 499, 500, etc.).
f)Prazos improrrogáveis ou peremptórios – são os prazos que não admitem prorrogação (art. 798 –
sábado, domingo e feriado), porém com exceções, por exemplo, quando o prazo termina no
domingo vale para o 1º dia útil seguinte.
g)Prazos prorrogáveis – permitem a dilatação (art. 798, § 3º e art. 93);
h)Prazos contínuos – Os prazos fluem de uma só vez, sem interrupção ou suspensão (art. 798, § 4º)
PRECLUSÃO – é a perda do direito de praticar ato processual por ter se escoado o seu prazo.
CONTAGEM DOS PRAZOS – no processo penal - art. 798
A contagem do prazo está compreendida entre os termos inicial
e final:
Termo – é o acontecimento ou momento que limita o prazo;
- termo inicial (a quo)
- termo final (a quem)
Face ao art. 798, § 1º, não se computará no prazo o dia do
começo, incluindo-se porém o do vencimento.
OBS: Prazo processual penal e prazo penal – Diverso é o
tratamento do prazo processual penal no confronto com o prazo
penal, para o qual, em benefício do acusado, o dia do começo
inclui-se no prazo (art. 10, 1ª parte do CP).
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO PRAZO
Já na Interrupção o tempo decorrido não é
computado. É como se nunca tivesse fluído.
Na Suspensão o prazo deixa de fluir por
determinado tempo, voltando a partir do momento
em que parou computado ou já decorrido.

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