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Hermenêutica Jurídica e aplicação da lei Aplicação do Direito “o Direito se aplica de forma ampla espontaneamente, sem a interferência material da estrutura do Estado.” Silvio de Salvo Venosa Ex) Não pise a grama/ Não fume Obediência espontânea- advogado aconselha Aplicação do Direito Ou o que é mais comum pra ciência do direito, por meio da “materialização ou concretização do direito: na decisão judicial” Sentença define a norma a ser aplicada no mundo dos fatos. Para aplicação do direito de forma satisfatória na sociedade o operador do direito não deve ser conhecedor apenas das ciências jurídicas, mas também da Filosofia, Psicologia, História, Ética e Política. “O maior problema do homem ainda é o próprio homem” Conhecer o ser humano e bater-se sempre por sua dignidade é a regra de ouro de todo julgador.” Silvio de Salvo Venosa “Não há outra forma conhecer os anseios e as palpitações da sociedade e sem esse enfoque, apenas com os conhecimentos encastelados da academia ou na toga, difícil será plicar o direito justo e necessário ao caso concreto” Silvio de Salvo Venoso Costume- Fonte primária Fonte do Direito Refere-se aos valores do Direito “ Não se promulga, se cria, se forma, se impõe, sem que neste processo se possa localizar um ato sancionador” Requisitos: Uso continuado- elemento substancial Convicção da obrigatoriedade- elemento relacional Leis x Costumes Espécies de Costume Secundum Legem- Segundo a lei. Costume interpretativo. A lei faz previsão ao costume, remete à sociedade aos costumes. Ex) Art. 1.297, § 1º, CC: Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construção e conservação. Espécies de Costume Praeter Legem- Além da lei- É utliizado nas hipóteses de lacuna da lei. Ex) Art. 4o ,LINDB: Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Contra Legem- Contrário à lei. “Uma norma costumeira pode adquirir tamanha eficácia e importância que acaba prevalecendo sobre as normas legais, as quais entram em eclipse, suscitando o delicado problema de derrogação das leis pelo desuso” Miguel Reale Analogia e Princípios Gerais do Direito Fontes secundárias Formas de integração da Norma. Ausência de Norma, lacuna. Art. 4º, LINDB: Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Analogia e Princípios Gerais do Direito Art. 126, CPC: Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) Fase da Hermenêutica É uma técnica de interpretação. Hermenêutica ≠ Interpretação Interpretar é dizer o sentido de uma lei ou norma. Hermenêutica determina os critérios e técnicas de interpretação. Métodos de Interpretação Não existe prevalência de um método sobre o outro Interpretação Autêntica Interpretação Doutrinária Interpretação Judicial Interpretação Autêntica Realizada pelo próprio órgão elaborador da norma. O legislador elabora outra norma para interpretar a norma anterior. Lei confusa Lei recebendo interpretação diferente da finalidade para qual foi pensada. Interpretação Doutrinária Realizada pelos doutrinadores, por meio dos manuais, artigos, monografias. Utiliza a doutrina como fonte do direito, com o intuito de elucidar dúvidas do intérprete legal. Interpretação Judicial “Interpretação última que dá vida ao direito” Sentenças, acórdãos, jurisprudência Momento de concretização do Direito. Jurisprudência majoritária demonstra o entendimento dominante dos aplicadores sobre determinada norma. Elementos ou meio de Interpretação O intérprete do direito deve utilizar os elementos de interpretação de forma harmônica. Gramatical Lógica Teleológica Histórica Sociológica Sistemática Gramatical Ou Literal Início da interpretação Pode-se analisar com base nas verbos, advérbios, adjetivos, tempos verbais o que a lei de forma literal não quis dizer. A interpretação somente gramatical é falha. Lógico Completa a interpretação gramatical. O intérprete busca compreender a finalidade e o alcance da norma, dentro do ordenamento jurídico. A conclusão da interpretação lógica não pode ser contrária à lei. Histórico O intérprete analisa a época que a lei foi elaborada. O momento social, político, as necessidades da humanidade que propiciaram o surgimento da lei. Deve ser realizado um quadro comparativo entre a norma anterior e a posterior em relação a que esta sendo analisada. Sistemático O intérprete deve entender o o ordenamento jurídico como um todo coerente e único. As normas se relacionam por meio da subordinação e conexão às próprias normas e aos Princípios Jurídicos. Ex) Lei federal prevalece sobre lei estadual; aplicação da lei deve visar o fim social. Teleológico ou Racional O intérprete busca o sentido social da lei. A análise da norma é feita com base na verificação da sua finalidade dentro do ordenamento e da sociedade. Busca a “razão de ser da lei, a ratio legis”. Resultado da Interpretação Declarativa- o intérprete conclui que a lei expressa a vontade do legislador, estritamente, apenas utiliza outros vocábulos na sua aplicação Restritiva Restritiva- o intérprete conclui que a lei disse mais do que o legislador pretendia. Na aplicação legal, o intérprete irá restringir seu alcance. Ex) servidor público e queria se referir a apenas funcionários públicos de determinado setor. Extensiva Extensiva- o intérprete vislumbra que a lei disse menos do que a intenção do legislador.
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