Buscar

01_Lingua_Portuguesa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 153 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 153 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 153 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
capa
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Análise, compreensão e interpretação de diversos tipos de textos verbais, não verbais, literários e 
não literários. 2. Informações literais e inferências possíveis. 3. Ponto de vista do autor. ......................1 
4. Estruturação do texto: relações entre ideias; recursos de coesão.
 ............................................... 19 
5. Significação contextual de palavras e expressões. 6. Sinônimos e antônimo. 7. Sentido próprio e 
figurado das palavras. .......................................................................................................................... 26 
8. Classes de palavras: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem: substantivo, 
adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção.
 ..................................... 35 
9. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................... 97 
10. Regência verbal e nominal. ...................................................................................................... 109 
11. Colocação pronominal.
 ............................................................................................................ 120 
12. Crase. ...................................................................................................................................... 124 
13. Pontuação.
 ............................................................................................................................... 135 
Questões Comentadas 2014
 ......................................................................................................... 142 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para 
dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um 
bom desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao 
entrar em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. 
O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
 
Bons estudos!
 
 1 
 
 
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo 
capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar). 
 
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma informação que 
se liga com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser 
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases é tão 
grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter 
um significado diferente daquele inicial. 
 
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores 
através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. 
 
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação de um texto é a identificação de sua ideia 
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamentações -, as argumentações - ou 
explicações -, que levam ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. 
 
Normalmente, numa prova, o candidato deve: 
 
1- Identificar os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época 
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
2- Comparar as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 
3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade. 
4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. 
5- Parafrasear = reescrever o texto com outras palavras. 
 
Condições básicas para interpretar 
 
Fazem-se necessários: 
- Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; 
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; 
 

 Observação – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, 
denotação e conotação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
 
- Capacidade de observação e de síntese; 
- Capacidade de raciocínio. 
 
Interpretar / Compreender 
 
Interpretar significa: 
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. 
- Através do texto, infere-se que... 
1. Análise, Compreensão e Interpretação de Diversos Tipos de 
Textos Verbais, não Verbais, Literários e não Literários. 
2. Informações Literais e Inferências Possíveis. 
3. Ponto de Vista do Autor. 
Prof.ª Zenaide Branco 
 
 2 
 
- É possível deduzir que... 
- O autor permite concluir que... 
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que... 
 
Compreender significa 
- entendimento, atenção ao que realmente está escrito. 
- o texto diz que... 
- é sugerido pelo autor que... 
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... 
- o narrador afirma... 
 
Erros de interpretação 
 
- Extrapolação (―viagem‖) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que não estão 
no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. 
 
- Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto (esquecendo que um 
texto é um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desenvolvido . 
 
- Contradição = às vezes o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar 
conclusões equivocadas e, consequentemente, errar a questão. 
 

 Observação - Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que 
existam, mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e 
nada mais. 
 
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou 
parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma 
conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o 
que já foi dito. 
 

 Observação – São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o mau uso do 
pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele, do seu 
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor 
semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz 
erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo 
adequado a cada circunstância, a saber: 
 
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase. 
- qual (neutro) idem ao anterior. 
- quem (pessoa) 
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. 
- como (modo) 
- onde (lugar) 
- quando (tempo)- quanto (montante) 
 
Exemplo: 
Falou tudo QUANTO queria (correto) 
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ). 
 

 Dicas para melhorar a interpretação de textos 
 
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto. Se ele for longo, não desista! Há 
muitos candidatos na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver com a leitura, mais 
chances terá de resolver as questões. 
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura. 
 
 3 
 
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas 
forem necessárias. 
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma conclusão). 
- Volte ao texto quantas vezes precisar. 
 
- Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as do autor. 
 
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão. 
 
- Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão. 
 
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. 
- Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo geralmente mantém com outro uma relação de 
continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem essas relações. 
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, a ideia mais importante. 
 
- Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou “incorreto”, evitando, assim, uma 
confusão na hora da resposta – o que vale não somente para Interpretação de Texto, mas para todas 
as demais questões! 
 
- Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia principal, leia com atenção a introdução e/ou a 
conclusão. 
- Olhe com especial atenção os pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, 
etc., chamados vocábulos relatores, porque remetem a outros vocábulos do texto. 
 
Observe uma questão aplicada pelo ENEM. 
 
NEM SEMPRE É O CRIMINOSO 
QUEM VAI PARAR ATRÁS DAS GRADES 
 
 
 
(Com Ciência Ambiental, nº 10, abr./2007.) 
 
(ENEM/2007) Essa campanha publicitária relaciona-se diretamente com a seguinte afirmativa: 
a) O comércio ilícito da fauna silvestre, atividade de grande impacto, é uma ameaça para a 
biodiversidade nacional. 
b) A manutenção do mico-leão-dourado em jaula é a medida que garante a preservação dessa 
espécie animal. 
c) O Brasil, primeiro país a eliminar o tráfico do mico-leão-dourado, garantiu a preservação dessa 
espécie. 
d) O aumento da biodiversidade em outros países depende do comércio ilegal da fauna silvestre 
brasileira. 
e) O tráfico de animais silvestres é benéfico para a preservação das espécies, pois garante-lhes a 
sobrevivência. 
 
 
 4 
 
Para realizar a interpretação textual da figura acima, que apresenta linguagem verbal e não verbal, é 
necessário observar informações internas e externas ao texto, as quais contribuirão para a 
compreensão do seu sentido e de sua função. Em primeiro lugar, o enunciado da questão afirma que o 
texto ―faz parte de uma campanha publicitária”, informação esta que nos possibilita saber que o texto 
cumpre uma finalidade própria das campanhas: conscientizar as pessoas e estimulá-las a aderir a uma 
causa (no caso, combater o tráfico de animais silvestres). Em segundo lugar, a fonte indica o veículo em 
que o texto foi divulgado. O fato de saber que a publicação foi em uma revista com o nome Com Ciência 
(soa: ―consciência) é uma dica de que se trata de uma revista lida por pessoas relacionadas com 
ciência e meio ambiente (público-alvo). 
Questões como esta requerem uma leitura, também, da imagem (linguagem não verbal), não só do 
texto. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/como-interpretar-textos 
http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas 
http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um.html 
http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/questao-117-portugues.htm 
 
Questões 
 
(POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014 - adaptada) Leia o texto abaixo para 
responder às questões 1 e 2. 
Os turistas que visitarão o Brasil neste ano, atraídos, especialmente, pela Copa do Mundo, devem 
injetar US$ 9,2 bilhões na economia do País, estima o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Em 
todo o ano de 2014, são esperados sete milhões de turistas estrangeiros no país, o que seria um 
recorde. Se for confirmada a previsão, esse valor representará um crescimento de 38,5% sobre os US$ 
6,64 bilhões que ingressaram no País, trazidos pelos turistas, em 2013. 
―A presença de sete milhões de turistas significa, provavelmente, a geração de recursos superiores 
aos da indústria automobilística e aos da indústria de papel e celulose no Brasil, mostrando a 
importância econômica do turismo e, portanto, a necessidade de haver investimentos públicos e 
privados, como vem ocorrendo na expansão da rede hoteleira‖, disse o presidente da Embratur, Flávio 
Dino. 
Segundo Dino, é preciso receber bem o turista estrangeiro e, para isso, é necessário ampliar 
investimentos em infraestrutura (como aeroportos) e ensinar línguas estrangeiras a profissionais que 
têm contato com esses turistas. ―Tenho muita confiança na necessidade de haver investimentos e 
competitividade, ou seja, haver políticas públicas e ações privadas que garantam preços justos, para 
que esses turistas possam ser bem acolhidos e também economicamente estimulados a voltar ao 
Brasil‖, disse. 
(Francisco Carlos de Assis, O Estado de S.Paulo, 01.01.2014, http://zip.net/bmlZTY. Adaptado). 
 
1-(POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) Afirma-se, corretamente, que um 
assunto tratado no texto é: 
A) a ausência de investimentos públicos e privados na rede hoteleira no Brasil. 
B) o crescimento da economia brasileira decorrente de investimentos estrangeiros na indústria. 
C) o anúncio da destinação de verbas da Embratur para ampliar os aeroportos brasileiros. 
D) a boa recepção que os turistas estrangeiros tiveram no Brasil em 2013 e sua intenção em retornar 
em 2014. 
E) a importância da vinda de turistas estrangeiros, em 2014, para a economia brasileira. 
 
2-(POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) Na passagem que inicia o texto – 
Os turistas que visitarão o Brasil neste ano, atraídos, especialmente, pela Copa do Mundo, devem 
injetar US$ 9,2 bilhões na economia do País, estima o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). –, as 
expressões verbais em destaque indicam que o valor a ser introduzido pelos turistas na economia do 
Brasil em 2014. 
A) não pode ser suposto antes do fim de 2014. 
B) está exato, pois já se sabe quanto os turistas gastarão. 
C) foi previsto por um cálculo aproximado. 
D) foi calculado sem qualquer margem para erro. 
E) não tinha sido orçado até a publicação do texto. 
 
 5 
 
 
3-(POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) Leia a tira de Hagar, por Chris 
Browne. 
 
Considerando o contexto global da tira, com a frase – É hora de mostrar a eles quem vocês são! -, 
Hagar demonstra ter a expectativa de que seus homens. 
A) sejam indiferentes à chegada dos inimigos. 
B) mostrem-se subservientes aos inimigos. 
C) tratem os inimigos com clemência. 
D) demonstrem sua valentia aos inimigos. 
E) furtem-se a enfrentar os inimigos.(POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014 - adaptada) Para responder às 
questões 4 a 8, leia o texto: 
 
Sob ordens da chefia 
Ah, os chefes! Chefões, chefinhos, mestres, gerentes, diretores, quantos ao longo da vida, não? 
Muitos passam em brancas nuvens, perdem-se em suas próprias e pequenas histórias. Mas há outros 
cujas marcas acabam ficando bem nítidas na memória: são aqueles donos de qualidades incomuns. 
Por exemplo, o meu primeiro chefe, lá no finalzinho dos anos 50: cinco para as oito da noite, e eu 
começava a ficar aflito, pois o locutor do horário ainda não havia aparecido. A rádio da pequena cidade 
do interior, que funcionava em três horários, precisava abrir às oito e como fazer? Bem, o fato é que eu 
era o técnico de som do horário, precisava ―passar‖ a transmissão lá para a câmara, e o locutor não 
chegava para os textos de abertura, publicidade, chamadas. Meu chefe, de lá, tomou a iniciativa: 
– Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, vá pro estúdio e ponha a rádio no ar. Vamos lá, 
firme, coragem! – foi a minha primeira experiência: fiz tudo como mandava e ele pôde, assim, transmitir 
tudo sem problemas. 
No dia seguinte, muita apreensão logo de manhã, aguardando o homem. Será que tinha alguma 
crítica? Mas eis que ele chega, simpático e sorridente como sempre, e me abraça. 
– Muito bem! Você está aprovado. Quer começar amanhã na locução? 
Alguns meses antes do seu falecimento reencontrei-o num lançamento de livro: era o mesmo de 
cinquenta e tantos anos atrás: magrinho, calva luzidia, falante, sempre cheio de planos para o futuro. 
E o chefe das pestanas brancas, anos depois: estremecíamos quando ele nos chamava para 
qualquer coisa, fazendo-nos entrar na sua sala imensa, já suando frio e atentos às suas finas e 
cortantes palavras. Olhar frio, imperturbável, postura ereta, ágil, sempre trajando ternos impecáveis. 
Suas atitudes? Dinâmicas, surpreendentes. 
Uma vez, precisando de algumas instruções, perguntei a sua secretária se poderia ―entrar‖. 
– Não vai dar. – Respondeu-me ela. – Está ocupadíssimo, em reunião. Mas volte aqui um pouco 
mais tarde. Vamos ver! 
Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e quase não acreditei no que ouvi: – Sinto muito, o 
chefe está viajando para a Alemanha. 
Era bem diferente daquele outro da mesma empresa, descontraído, amigão de todos: não era 
somente um chefe, era um líder, bem conhecido entre os revendedores. Todos sentíamos prazer em 
trabalhar com ele, e para ele. Até quando o serviço resultava numa sonora bronca – sempre justificada, 
é claro. Jeitão simples, de fino humor, tratava tudo com o tempero da sua criatividade nata. ―Punha para 
 
 6 
 
frente‖ até quem precisava demitir: intercedia lá fora em seu favor, o que víamos com nossos próprios 
olhos. 
Não chamava ninguém do seu pessoal a toda hora, a não ser que o assunto fosse sério mesmo: se 
tinha algo a tratar no dia a dia, chegava pessoalmente, numa boa, às vezes até sentava numa de 
nossas mesas para expor o assunto. Aliás, era o único chefe que se lembrava de me dar um abraço e 
dizer ―parabéns‖ no dia do meu aniversário. 
(Gustavo Mazzola, Correio Popular, 04.09.2013, http://zip.net/brl0k3. Adaptado). 
4- (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) A respeito do segundo chefe, o 
autor conta: ―... estremecíamos quando ele nos chamava para qualquer coisa, fazendo-nos entrar na 
sua sala imensa, já suando frio e atentos às suas finas e cortantes palavras‖. Com isso, percebe-se que 
esse chefe. 
A) portava-se com muita afabilidade. 
B) incutia medo a seus funcionários. 
C) era notável por sua humildade. 
D) expressava-se com cortesia e serenidade 
E) ficava encabulado diante dos funcionários. 
 
5- (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) De acordo com o autor, as 
atitudes do segundo chefe eram: 
A) apáticas. 
B) inesperadas. 
C) previsíveis. 
D) regradas. 
E) vagarosas. 
 
6- (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) No contexto do penúltimo 
parágrafo, ao afirmar que o terceiro chefe ―não era somente um chefe, era um líder‖, o autor chama a 
atenção para o fato de que esse chefe despertava, naqueles com quem trabalhava, 
A) respeito e consideração. 
B) indisciplina e rebeldia 
C) ansiedade e aflição 
D) obediência e inveja. 
E) submissão e temor. 
 
7- (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) Uma característica que apenas o 
primeiro e o terceiro chefes têm em comum é a: 
A) simpatia. 
B) presunção. 
C) negligência. 
D) fanfarrice. 
E) intransigência. 
 
8- (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) O chefe que tratava o autor com 
maior intimidade é o: 
A) segundo, porque este permitia que o autor entrasse em sua sala sem precisar avisar. 
B) primeiro, porque este convidou o autor a trabalhar como técnico de som. 
C) segundo, porque este sempre recebia o autor com palavras finas e ternos impecáveis. 
D) terceiro, porque este cumprimentava o autor com um abraço no dia de seu aniversário. 
E) terceiro, porque, após arrepender-se de demitir o autor, recomendou-o a um novo empregador. 
 
9- (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – 
TÉCNICO EM CONTABILIDADE – IADES/2014 - adaptada) O texto abaixo serve de base para 
responder à questão. 
 
Concha Acústica 
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de 
Arte de Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer, foi inaugurada 
 
 7 
 
oficialmente em 1969 e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje Secretaria de 
Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. Foi o primeiro grande palco da cidade. 
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa-cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, com adaptações. 
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem compatível com o texto. 
(A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Oscar Niemeyer, está localizada às margens do 
Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte. 
(B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF em 1969. 
(C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que hoje é a Secretaria de Cultura do DF. 
(D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura do DF. 
(E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. 
 
10- (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) 
 
A violência não é uma fantasia 
A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a 
capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio ou 
desequilíbrio depende do ambiente familiar, educação, exemplos, tendência pessoal, circunstâncias 
concretas, algumas escolhas individuais. Vivemos numa época violenta. Temos medo de sair às ruas, 
temos medo de sair à noite, temos medo de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e 
treinados porteiros. As notícias da imprensa nos dão medo em geral. Não são medos fantasiosos: são 
reais. E, se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A segurança, 
como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de instituições e autoridades. 
Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui 
e ali vêm ocorrendo furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa sãomovimentos 
adolescentes que reivindicam acesso aos shoppings para seus grupos em geral organizados na 
internet. (...) 
(Revista Veja. Editora ABRIL. Edição 2358 - ano 47 - nº 5. 29 de janeiro de 2014. Por Lya Luft - p. 20) 
 
De acordo com as ideias explicitadas no texto, a violência é um fenômeno 
A) próprio da modernidade. 
B) inerente à natureza humana. 
C) dos grandes centros urbanos. 
D) comum às pessoas desequilibradas. 
 
(SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014 - 
adaptada) Texto para as questões 11 e 12. 
 
ESPADAS NENHUMA OUTRA ARMA TINHA O MESMO GLAMOUR 
Séculos depois de terem se tornado obsoletas, espadas ainda decoram brasões, bandeiras e 
insígnias militares por todo o mundo. "A história da espada é a história da Humanidade", afirmou o 
aventureiro, esgrimista e escritor britânico Richard Burton no século 19. 
Uma espada é inteira letal. Com a ponta, o inimigo podia ser trespassado, como uma lança. Com os 
lados, retalhado, como um machado - com a vantagem de a lâmina ser muito maior, e haver duas delas, 
nos modelos com dois gumes. Até a empunhadura servia para atacar, batendo-a contra a cabeça do 
inimigo - uma tática particularmente eficiente contra um oponente usando um elmo, que acabava 
desnorteado e vulnerável para ser finalizado. A espada também pode bloquear eficientemente ataques 
inimigos, dando origem à arte da esgrima, a complexa dança mortal entre movimentos defensivos e 
ofensivos. Ainda que raramente fosse a arma principal de uma unidade lutando em formação, não havia 
nada mais eficiente para combate próximo e pessoal - por isso, mesmo guerreiros equipados com 
lanças ou outras armas longas, como os hoplitas espartanos, carregavam-na consigo como arma 
reserva, para um ataque final ou como último recurso, quando a situação se degenerava num salve-se 
quem puder. (...) 
(Revista Superinteressante, Editora Abril, Edição 329-A, Edição especial Armas, fevereiro-2014, p. 14) 
 
11- (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) 
Considerando-se o que é dito no texto, a espada é uma arma que 
A) teve um lugar de destaque entre as outras armas e, se bem utilizada, era muito eficiente. 
B) era uma arma de difícil manuseio e de pouca eficiência. 
C) tornou-se obsoleta e, por isso, destinou-se ao uso em esportes como a esgrima. 
 
 8 
 
D) servia como arma principal, nas grandes batalhas. 
E) destacava-se, não por sua eficiência, mas por seu glamour. 
 
12- (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) 
O objeto espada é apresentado no texto ressaltando-se, especialmente, aspectos que dizem respeito 
a(o) sua (seu) 
A) valor social e valor histórico. 
B) valor monetário e glamour. 
C) potencial letal e forma. 
D) função e forma. 
E) forma e valor histórico. 
 
13- (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014) 
 
Escrever é fácil? 
Para estimular crianças e jovens a escrever, há quem diga que escrever é fácil: basta pôr no papel o 
que está na cabeça. Na maioria das vezes, porém, este estímulo é deveras desestimulante. 
Há boas explicações para o desestímulo: se a pessoa não consegue escrever, convencê-la de que 
escrever é fácil na verdade a convence apenas da sua própria incompetência, a convence apenas de 
que ela nunca vai conseguir escrever direito; não se escreve pondo no papel o que está na cabeça, sob 
pena de ninguém entender nada; quem escreve profissionalmente nunca acha que escrever é fácil, nem 
mesmo quando escreve há muito tempo — a não ser que já escreva mecanicamente, apenas repetindo 
frases e fórmulas. 
Via de regra, nosso pensamento é caótico: funciona para alimentar nossas decisões cotidianas, mas 
não funciona se for expresso, em voz alta ou por escrito, tal qual se encontra na cabeça. Para entender 
o nosso próprio pensamento, precisamos expressá-lo para outra pessoa. Ao fazê-lo, organizamos o 
pensamento segundo um código comum e então, finalmente, o entendemos, isto é, nos entendemos. 
Não à toa o jagunço Riobaldo, personagem do escritor Guimarães Rosa, dizia: professor é aquele que 
de repente aprende. 
Todo professor conhece este segredo: você entende melhor o seu assunto depois de dar sua aula 
sobre ele, e não antes. Ao falar sobre o meu tema, tentando explicá-lo a quem o conhece pouco, 
aumento exponencialmente a minha compreensão a respeito. Motivado pelas expressões de dúvida e 
até de estupor dos alunos, refino minhas explicações e, ao fazê-lo, entendo bem melhor o que queria 
dizer. Costumo dizer que, passados tantos anos de profissão, gosto muito de dar aula, principalmente 
porque ensinar ainda é o melhor método de estudar e compreender. 
Ora, do mesmo jeito que ensino me dirigindo a um grupo de alunos que não conheço, pelo menos no 
começo dos meus cursos, quem escreve o faz para ser lido por leitores que ele potencialmente não 
conhece e que também não o conhecem. Mesmo ao escrever um diário secreto, faço-o imaginando um 
leitor futuro: ou eu mesmo daqui a alguns anos, ou quem sabe a posteridade. Logo, preciso do outro e 
do leitor para entender a mim mesmo e, em última análise, para ser e saber quem sou. 
Exatamente porque esta relação com o outro, aluno ou leitor, é tão fundamental, todo professor sente 
um frio na espinha quando encontra uma nova turma, não importa há quantos anos exerça o magistério. 
Pela mesma razão, todo escritor fica ―enrolando‖ até começar um texto novo, arrumando a escrivaninha 
ou vagando pela internet, não importa quantos livros já tenha publicado. Pela mesmíssima razão, todo 
aluno não quer que ninguém leia sua redação enquanto a escreve ou faz questão de colocá-la debaixo 
da pilha de redações na mesa do professor, não importa se suas notas são boas ou não na matéria. 
Escrever definitivamente não é fácil, porque nos expõe no momento mesmo de fazê-lo. [...] Quem 
escreve sente de repente todas as suas hesitações, lacunas e omissões, percebendo como o seu 
próprio pensamento é incompleto e o quanto ainda precisa pensar. Quem escreve de repente entende o 
quanto a sua própria pessoa é incompleta e fraturada, o quanto ainda precisa se refazer, se inventar, 
enfim: se reescrever. 
BERNARDO, G. Conversas com um professor de literatura. Rio de Janeiro: Rocco, 2013. Adaptado. 
 
De acordo com as ideias desenvolvidas pelo autor no texto, a dificuldade em escrever existe pela 
falta de 
(A) dedicação diária ao hábito da leitura 
(B) interesse verdadeiro do público leitor 
(C) relação direta entre pensamento e escrita 
(D) estímulo constante para a prática da redação 
 
 9 
 
(E) interação adequada entre professores e alunos 
 
14- (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014 - adaptada) Ao longo do texto, há 
marcas de linguagem que indicam uma aproximação, uma espécie de diálogo, que o autor estabelece 
com aqueles que estão lendo seu texto. Um trecho que contém uma dessas marcas de linguagem é: 
(A) ―Na maioria das vezes, porém, este estímulo é deveras desestimulante.‖ 
(B) ―Ao fazê-lo, organizamos o pensamento segundo um código comum‖ 
(C) ―Todo professor conhece este segredo:‖ 
(D) ―Ao falar sobre o meu tema, tentando explicá-lo‖ 
(E) ―do mesmo jeito que ensino me dirigindo a um grupo de alunos‖ 
 
15- (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014) A atividade de escrita, de acordo 
com o texto, pressupõeo(a) 
(A) domínio das estruturas linguísticas prescritas pela norma 
(B) gosto bem desenvolvido pela leitura 
(C) clareza e completude nas intenções do falante 
(D) criação de imagem de um interlocutor 
(E) utilização mecânica dos tipos textuais 
 
16- (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – 
TÉCNICO EM ELETRÔNICA – IADES/2014) 
 
Gratuidades 
Crianças com até cinco anos de idade e adultos com mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao 
Metrô-DF. Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e, para os idosos, a carteira de 
identidade. Basta apresentar um documento de identificação aos funcionários posicionados no bloqueio 
de acesso. 
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/ gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações. 
 
Conforme a mensagem do primeiro período do texto, assinale a alternativa correta. 
(A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade e os adultos com 65 anos em diante têm acesso 
livre ao Metrô-DF. 
(B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os adultos com mais de 65 anos têm acesso livre 
ao Metrô-DF. 
(C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm 
acesso livre ao Metrô-DF. 
(D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com cinco anos de idade e com 66 anos em 
diante, têm acesso livre ao Metrô-DF. 
(E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com até cinco anos de idade e com 65 anos em 
diante, têm acesso livre ao Metrô-DF. 
 
(SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA 
SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014 - adaptada) Leia o texto abaixo para responder às questões 17 a 20. 
 
Cidadão 
(Zé Ramalho) Compositor: Lúcio Barbosa 
 
Tá vendo aquele edifício, moço? 
Ajudei a levantar 
Foi um tempo de aflição 
Eram quatro condução 
Duas pra ir, duas pra voltar 
 
Hoje depois dele pronto 
Olho pra cima e fico tonto 
Mas me vem um cidadão 
E me diz desconfiado 
―Tu tá aí admirado? Ou tá querendo roubar?‖ 
 
 
 10 
 
Meu domingo tá perdido 
Vou pra casa entristecido 
Dá vontade de beber 
E pra aumentar meu tédio 
Eu nem posso olhar pro prédio 
Que eu ajudei a fazer 
 
Tá vendo aquele colégio, moço? 
Eu também trabalhei lá 
Lá eu quase me arrebento 
Fiz a massa, pus cimento 
Ajudei a rebocar 
 
Minha filha inocente 
Vem pra mim toda contente 
―Pai, vou me matricular‖ 
Mas me diz um cidadão 
―Criança de pé no chão Aqui não pode estudar‖ 
 
Essa dor doeu mais forte 
Por que é que eu deixei o norte? 
Eu me pus a me dizer 
Lá a seca castigava 
Mas o pouco que eu plantava 
Tinha direito a comer 
 
Tá vendo aquela igreja, moço? 
Onde o padre diz amém 
Pus o sino e o badalo 
Enchi minha mão de calo 
Lá eu trabalhei também 
 
Lá foi que valeu a pena 
Tem quermesse, tem novena 
E o padre me deixa entrar 
Foi lá que Cristo me disse 
―Rapaz deixe de tolice 
Não se deixe amedrontar 
Fui eu quem criou a terra 
Enchi o rio, fiz a serra 
Não deixei nada faltar 
Hoje o homem criou asas 
E na maioria das casas 
Eu também não posso entrar 
Fui eu quem criou a terra 
Enchi o rio, fiz a serra 
Não deixei nada faltar 
Hoje o homem criou asas 
E na maioria das casas 
Eu também não posso entrar‖ 
 
17- (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA 
SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) De acordo com o texto, a grande frustração do sujeito poético do 
texto é: 
(A) ser um operário. 
(B) não ter sido bem remunerado. 
(C) não poder visitar o que ajudou a construir. 
(D) não poder educar sua filha. 
 
 
 11 
 
18- (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA 
SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) O desvio de concordância, presente na primeira estrofe do texto, 
revela: 
(A) o descuido do autor no trato da Língua. 
(B) a representação do discurso do possível leitor. 
(C) um exemplo de formalidade. 
(D) uma variante social do uso da Língua. 
 
19- (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA 
SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) Na última parte do texto, estabelece-se uma importante comparação 
entre: 
(A) o operário e Cristo 
(B) o padre e Cristo 
(C) o operário e a Igreja 
(D) o padre e a Igreja 
 
20- (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA 
SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) O texto propõe uma reflexão e, em sua análise global, evidencia-se 
uma crítica em relação: 
(A) à diversidade no emprego de uma mesma Língua. 
(B) à religiosidade dos homens. 
(C)à realidade do sistema educacional brasileiro. 
(D) ao fato de todos os homens não receberem o mesmo tratamento. 
 
Respostas 
1-) Segundo o texto, ―A presença de sete milhões de turistas significa, provavelmente, a geração de 
recursos superiores aos da indústria automobilística e aos da indústria de papel e celulose no Brasil, 
mostrando a importância econômica do turismo‖. 
 
Resposta: ―E‖. 
 
2-) Até no texto encontramos a resposta: ―Se for confirmada a previsão‖. 
 
Resposta: ―C‖. 
 
3-) A expressão ―É hora de mostrar a eles quem vocês são‖ equivale a ―do que vocês são capazes‖, 
representando a valentia que possuem – ou deveriam possuir! 
Resposta: ―D‖. 
 
4-) Só pela presença do termo ―estremecíamos‖ sabemos qual a resposta à questão: medo. 
 
Resposta: ―B‖. 
 
5-) No texto: ―Suas atitudes? Dinâmicas, surpreendentes‖. Se surpreendiam é porque não eram 
esperadas. 
 
Resposta: ―B‖. 
 
6-) Texto: ―Todos sentíamos prazer em trabalhar com ele, e para ele‖. 
 
Resposta: ―A‖. 
 
7-) Dentre as características apresentadas, a única que, através das descrições realizadas no texto, 
percebemos em ambos os chefes é a simpatia. 
Resposta: ―A‖. 
8-) Texto: referindo-se ao terceiro chefe, o autor relata: “Aliás, era o único chefe que se lembrava de 
me dar um abraço e dizer “parabéns” no dia do meu aniversário”. 
 
 12 
 
Resposta: ―D‖. 
 
9-) Recorramos ao texto: ―Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos 
Norte (ao lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada por 
Oscar Niemeyer‖. As informações contidas nas demais alternativas são incoerentes com o texto. 
 
Resposta: ―A‖. 
 
10-) Retiremos do texto: ―A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do 
nosso DNA, assim como a capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico‖. 
 
Resposta: ―B‖. 
 
11-) Segundo informações do texto, a espada ocupava um lugar de destaque e era muito eficiente, 
desde que bem utilizada. 
 
Resposta: ―A‖. 
 
12-) No segundo parágrafo, o autor descreve a espada segundo sua forma e função. 
 
Resposta: ―D‖. 
 
13-) Segundo o texto: ―Escrever definitivamente não é fácil, porque nos expõe no momento mesmo 
de fazê-lo. [...] Quem escreve sente de repente todas as suas hesitações, lacunas e omissões, 
percebendo como o seu próprio pensamento é incompleto e o quanto ainda precisa pensar‖ = relação 
entre o que pensamos e o que escrevemos. 
 
Resposta: ―C‖. 
 
14-) Ao utilizar o verbo ―organizamos‖, o autor inclui não só ele, mas nós, leitores, na ação de 
expressar nosso pensamento. 
 
Resposta: ―B‖. 
 
15-) Retiremos do própriotexto a resposta: ―Ora, do mesmo jeito que ensino me dirigindo a um grupo 
de alunos que não conheço, pelo menos no começo dos meus cursos, quem escreve o faz para ser lido 
por leitores que ele potencialmente não conhece e que também não o conhecem‖, ou seja, um leitor, um 
interlocutor. 
 
Resposta: ―D‖. 
 
16-) Dentre as alternativas apresentadas, a única que condiz com as informações expostas no texto 
é ―Somente crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm 
acesso livre ao Metrô-DF‖. 
 
Resposta: ―C‖. 
 
17-) Texto maravilhoso, se me permite opinar! Fica evidente a frustração do operário: não poder 
visitar as construções que ele ajudou a construir. 
 
Resposta: ―C‖. 
 
18-) 
Tá vendo aquele edifício, moço? 
Ajudei a levantar 
Foi um tempo de aflição 
Eram quatro condução (conduções) 
Duas pra ir, duas pra voltar 
 
 
 13 
 
O desvio é proposital: serve para retratar com fidelidade a fala coloquial, informal. 
 
Resposta: ―D‖. 
 
19-) 
Foi lá que Cristo me disse 
“Rapaz deixe de tolice 
Não se deixe amedrontar 
Fui eu quem criou a terra 
Enchi o rio, fiz a serra 
Não deixei nada faltar 
Hoje o homem criou asas 
E na maioria das casas 
Eu também não posso entrar 
 
Comparação entre as obras do operário e as de Cristo, o qual também ―não pode visitar o que ele 
ajudou a construir‖, metaforicamente falando. 
 
Resposta: ―A‖. 
 
20-) Questão fácil de ser respondida. A crítica (ironia) começa já no título do texto: Cidadão. As 
pessoas não são tratadas da mesma maneira, pois sua posição social, nível cultural ou cor de pele 
pesará na maneira pela qual serão tratadas pela sociedade, mesmo esta sabendo que somos todos 
iguais perante a lei. 
 
Resposta: ―D‖. 
 
O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. A 
linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e 
imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita. 
A linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Assim, a linguagem verbal é a que 
utiliza palavras quando se fala ou quando se escreve. 
A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não utiliza vocábulo (palavras) para se 
comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está 
pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, 
ou seja, dos signos visuais. 
Vejamos: 
- um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou 
televisionado, um bilhete = Linguagem verbal 
- o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma 
dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” 
através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito = Linguagem não verbal 
A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, 
cartoons e anúncios publicitários. 
Há, ainda, a linguagem mista, como as histórias em quadrinhos, o cinema, o teatro e os programas 
de televisão, que reúnem diferentes linguagens, como o desenho, a palavra, o figurino, a música, o 
cenário, etc. 
Recentemente, com o uso da informática, surgiu também a linguagem digital, que permite armazenar 
informações em meios eletrônicos. 
Aquele que produz a linguagem – que fala, pinta, dança – é chamado de locutor; aquele que recebe 
a linguagem, locutário. No processo de comunicação e interação, ambos são interlocutores. 
 
 
 
 
 14 
 
 
 
 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.brasilescola.com/redacao/linguagem.htm 
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=117&evento=3 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São 
Paulo: Saraiva, 2010. 
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus 
Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. 
 
 
 
A ―matéria-prima‖ da literatura são as palavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre a 
linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, aquela que não caracteriza a literatura. 
Embora um médico faça suas prescrições em determinado idioma, as palavras utilizadas por ele não 
podem ser consideradas literárias porque se tratam de um vocabulário especializado e de um contexto 
de uso específico. Agora, ao analisarmos a literatura, vemos que o escritor dispensa um cuidado 
diferente com a linguagem escrita, e que os leitores dispensam uma atenção diferenciada ao que foi 
produzido. 
Outra diferença importante é com relação ao tratamento do conteúdo: ao passo que, nos textos não 
literários (jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras servem para veicular uma série de 
informações, o texto literário funciona de maneira a chamar a atenção para a própria língua (FARACO & 
MOURA, 1999) no sentido de explorar vários aspectos como a sonoridade, a estrutura sintática e o 
sentido das palavras. 
Veja abaixo alguns exemplos de expressões na linguagem não literária ou ―corriqueira‖ e um 
exemplo de uso da mesma expressão, porém, de acordo com alguns escritores, na linguagem literária: 
 
Linguagem não literária: 
- Anoitece. 
- Teus cabelos loiros brilham. 
- Uma nuvem cobriu parte do céu. 
 
 Linguagem literária: 
- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvarenga Peixoto) 
- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz! (Mário Quintana) 
- Um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nascença. (José Cândido de Carvalho) 
 
Como distinguir, na prática, a linguagem literária da não literária? 
 
A linguagem literária: 
 
 15 
 
- é conotativa, utiliza figuras (palavras de sentido figurado) em que as palavras adquirem sentidos 
mais amplos do que geralmente possuem; 
- há uma preocupação com a escolha e a disposição das palavras, que acabam dando vida e beleza 
a um texto; 
- é muito importante a maneira original de apresentar o tema escolhido. 
 
A linguagem não literária é objetiva, denotativa, preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a 
palavra em seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística. Geralmente, recorre à ordem direta 
(sujeito, verbo, complementos). 
 
Leia com atenção os textos a seguir e compare as linguagens utilizadas neles. 
 
Texto A 
 
Amor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou 
de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de sua terra. 2. Sentimento de 
dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor à Pátria; 
amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços de família: amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação 
forte por pessoa de outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas que apresenta grande variedade e 
comportamentos e reações. 
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Nova Fronteira. 
 
Texto B 
 
Amor é fogo que arde sem se ver; 
É ferida que dói e não se sente; 
É um contentamento descontente; 
é dorque desatina sem doer. 
 Luís de Camões. Lírica, Cultrix. 
 
Você deve ter notado que os textos tratam do mesmo assunto, porém os autores utilizam linguagens 
diferentes. 
No texto A, o autor preocupou-se em definir ―amor‖, usando uma linguagem objetiva, científica, sem 
preocupação artística. 
No texto B, o autor trata do mesmo assunto, mas com preocupação literária, artística. De fato, o 
poeta entra no campo subjetivo, com sua maneira própria de se expressar, utiliza comparações 
(compara amor com fogo, ferida, contentamento e dor) e serve-se ainda de contrastes que acabam 
dando graça e força expressiva ao poema (contentamento descontente, dor sem doer, ferida que não se 
sente, fogo que não se vê). 
 
Os textos podem ser divididos conforme a linguagem escolhida para a construção do discurso. São 
dois grandes grupos, que privilegiam a linguagem literária e a linguagem não literária. Apesar de os 
textos literários e não literários apresentarem pontos convergentes em sua elaboração, existem alguns 
aspectos que tornam possível a diferenciação entre eles. Saber identificá-los e reconhecê-los conforme 
o tipo de linguagem adotado é fundamental para a compreensão dos diversos gêneros textuais aos 
quais estamos expostos no nosso dia a dia. 
Nessa questão, não existe uma linguagem que seja superior à outra: ambas são importantes e estão 
representadas pelos incontáveis gêneros textuais. As diferenças nos tipos de linguagem estão 
ancoradas pela necessidade de adequação do discurso, pois para cada situação escolhemos a maneira 
mais apropriada para elaborar um texto. Se a intenção é comunicar ou informar, certamente adotaremos 
recursos de linguagem que privilegiem o perfeito entendimento da mensagem, evitando entraves 
linguísticos que possam dificultar o acesso às informações. Se a intenção é privilegiar a arte, através da 
escrita de poemas, contos ou crônicas, estarão à nossa disposição recursos linguísticos adequados 
para esse fim, tais como o uso da conotação, das figuras de linguagem, entre outros elementos que 
confiram ao texto um valor estético. 
 
RESUMO 
 
 
 16 
 
→ Linguagem literária: encontrada na prosa, em narrativas de ficção, na crônica, no conto, na 
novela, no romance e também em verso, no caso dos poemas. Apresenta características como a 
variabilidade, a complexidade, a conotação, a multissignificação e a liberdade de criação. A Literatura 
deve ser compreendida como arte e, como tal, não possui compromisso com a objetividade e com a 
transparência na emissão de ideias. A linguagem literária faz da linguagem um objeto estético, e não 
meramente linguístico, ao qual podemos inferir significados de acordo com nossas singularidades e 
perspectivas. É comum na linguagem literária o emprego da conotação, de figuras de linguagem e 
figuras de construção, além da subversão à gramática normativa. 
 
→ Linguagem não literária: encontrada em notícias, artigos jornalísticos, textos didáticos, verbetes 
de dicionários e enciclopédias, propagandas publicitárias, textos científicos, receitas culinárias, 
manuais, entre outros gêneros textuais que privilegiem o emprego de uma linguagem objetiva, clara e 
concisa. Considerados esses aspectos, a informação será repassada de maneira a evitar a 
incompreensão da mensagem. No discurso não literário, as convenções prescritas na gramática 
normativa são adotadas. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.soliteratura.com.br/texto_literario/ 
http://www.brasilescola.com/literatura/linguagem-literaria-naoliteraria.htm 
 
Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. 
Também pode ocorrer com música, pintura, filme, novela etc. Quando uma obra fizer alusão à outra 
ocorre a intertextualidade. 
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto científico, 
por exemplo, o autor do texto citado é indicado; já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é 
importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar 
quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas ideias da 
obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia. 
 
Paráfrase 
 
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto é confirmada pelo novo texto; a 
alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com 
outras palavras o que já foi dito. Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant‘Anna em seu 
livro ―Paródia, paráfrase & Cia‖ (p. 23): 
 
Texto Original 
 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá, 
As aves que aqui gorjeiam 
Não gorjeiam como lá. 
(Gonçalves Dias, ―Canção do exílio‖) 
 
Paráfrase 
 
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos 
Minha boca procura a „Canção do Exílio‟. 
Como era mesmo a „Canção do Exílio‟? 
Eu tão esquecido de minha terra... 
Ai terra que tem palmeiras 
Onde canta o sabiá! 
(Carlos Drummond de Andrade, ―Europa, França e Bahia‖) 
 
Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é muito utilizado como exemplo de paráfrase e de 
paródia. Aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando suas ideias, 
não há mudança do sentido principal do texto, que é a saudade da terra natal. 
 
Paródia 
 
 17 
 
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos; há uma ruptura com as ideologias 
impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, um 
choque de interpretação. A voz do texto original é retomada para transformar seu sentido, levando o 
leitor a uma reflexão crítica de suas verdades incontestadas anteriormente. Com esse processo, há 
uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do 
raciocínio e da crítica. Os programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte. Frequentemente os 
discursos de políticos são abordados de maneira cômica e contestadora, provocando risos e também 
reflexão a respeito da demagogia praticada pela classe dominante. Com o mesmo texto utilizado 
anteriormente, teremos, agora, uma paródia. 
 
Texto Original 
 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá, 
As aves que aqui gorjeiam 
Não gorjeiam como lá. 
(Gonçalves Dias, ―Canção do exílio‖) 
 
Paródia 
 
Minha terra tem palmares 
onde gorjeia o mar 
os passarinhos daqui 
não cantam como os de lá. 
(Oswald de Andrade, ―Canto de regresso à pátria‖). 
 
O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra ―palmeiras‖; há um contexto 
histórico, social e racial neste texto: Palmares é o quilombo liderado por Zumbi. Há uma inversão do 
sentido do texto primitivo, que foi substituído pela crítica à escravidão existente no Brasil. 
 
Intertextualidade é a influência de um texto sobre outro. Todo texto, em maior ou menor grau, é um 
intertexto, pois é normal que, durante o processo da escrita, aconteçam relações dialógicas entre o que 
estamos escrevendo e outros textos previamente lidos por nós. A intertextualidade pode acontecer de 
maneira proposital ou não, mas é certo que cada texto faz parte de uma corrente de produções verbais 
e, conscientemente ou não, retomamos, ou contestamos, os chamados textos-fonte, fundamentais na 
memória coletiva de uma sociedade. Passemos à análise dos tipos de intertextualidade. 
A intertextualidade pode ser construída de maneira explícita ou implícita.Na intertextualidade 
explícita, ficam claras as fontes nas quais o texto baseou-se e acontece, obrigatoriamente, de maneira 
intencional. Pode ser encontrada em diversos textos, como, por exemplo, resumo, resenhas, citações e 
traduções. Podemos dizer que, por nos fornecer diversos elementos que nos remetem a um texto-
fonte, a intertextualidade explícita exige de nós mais compreensão do que dedução. 
A intertextualidade implícita demanda um pouco mais de atenção e análise. Este tipo de intertexto 
não se encontra na superfície textual, visto que não fornece para o leitor elementos que possam ser 
imediatamente relacionados com algum outro tipo de texto-fonte. Sendo assim, pedem para o leitor 
uma maior capacidade de realizar analogias e inferências, fazendo com que ele reative conhecimentos 
preservados em sua memória para, então, compreender integralmente o texto lido. A intertextualidade 
implícita é muito comum em textos parodísticos (que contêm traços de paródia), irônicos e em 
apropriações. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.infoescola.com/portugues/intertextualidade-parafrase-e-parodia/ 
http://www.mundoeducacao.com/redacao/intertextualidade-explicita-implicita.htm 
 
 
Diferença entre fato e opinião 
 
Distinguir ―fato‖ de ―opinião‖ é fundamental na hora de desenvolver um texto dissertativo. A 
dissertação é caracterizada por apresentar a predominância da opinião. Deixar que o fato prevaleça 
num texto que se quer opinativo é cometer um sério equívoco, pois isso levará à produção de outra 
 
 18 
 
tipologia textual. No caso, uma narração, motivo de sobra para se eliminar o candidato. Ou seja, trocar 
fato por opinião é trocar dissertação por narração. Leia atentamente os exemplos abaixo e veja que não 
é tão difícil fazer essa diferenciação. 
 
Conceituando: 
Fato: algo cuja existência independe de quem escreve. 
Opinião: maneira pessoal de ver o fato. A depreensão de conceitos e valores a partir de algo pré- 
-existente, que é o fato. 
 
Exemplos de fato e opinião: 
Fato: 
A educação brasileira patina no atraso e na defasagem, em relação à dos países desenvolvidos. 
 
Opinião: 
Equacionar a problemática da educação no país é inadiável. 
 
Fato: 
Novamente, a discussão acerca da redução da maioridade penal ocupa lugar de destaque no 
congresso. 
 
Opinião: 
Como em todo tema polêmico, discutir a maioridade penal requer, pela gama de aspectos 
envolvidos, sensatez e muita responsabilidade dos legisladores. 
 
Fato: 
Volta à pauta de discussões da câmara a possibilidade de se liberar a maconha. 
 
Opinião: 
A liberação da maconha, no Brasil, não pode ser levada a cabo antes de se promover um amplo, 
objetivo e transparente debate com toda a sociedade brasileira. 
 
Fato: 
O progresso célere e a qualquer custo tem levado à exaustão dos recursos naturais do planeta. 
Opinião: 
O homem moderno, sempre ávido por progresso, precisa, agora mais do que nunca, rever sua 
postura no tocante à maneira como lida com os recursos naturais ainda disponíveis no planeta, sob 
pena de colocar em xeque o próprio futuro da humanidade. 
 
Fato: 
Vive-se um momento de um crescente e irrefreável consumismo. 
 
Opinião: 
As pessoas são levadas a acreditar que só poderão ser plenamente felizes se consumirem cada vez 
mais. Não percebem que a felicidade e a realização pessoal nada têm a ver com a posse material e o 
ter mais e mais. 
 
Fonte de pesquisa: 
http://lingua-agem.blogspot.com.br/2011/06/fato-algo-cuja-existencia-independe-de.html 
 
 19 
 
 
 
Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a capacidade que temos de pensar. Por meio do 
pensamento, elaboramos todas as informações que recebemos e orientamos as ações que interferem 
na realidade e organização de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensamento transformado 
em texto. 
Logo, como cada um de nós tem seu modo de pensar, quando escrevemos sempre procuramos uma 
maneira organizada do leitor compreender as nossas ideias. A finalidade da escrita é direcionar 
totalmente o que você quer dizer, por meio da comunicação. 
Para isso, os elementos que compõem o texto se subdividem em: introdução, desenvolvimento e 
conclusão. Todos eles devem ser organizados de maneira equilibrada. 
 
Introdução 
 
Caracterizada pela entrada no assunto e a argumentação inicial. A ideia central do texto é 
apresentada nessa etapa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu tamanho raramente 
excede a 1/5 de todo o texto. Porém, em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente. Neles, a 
introdução pode ser o próprio título. Já nos textos mais longos, em que o assunto é exposto em várias 
páginas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma parte precedida por subtítulo. Nessa 
situação, pode ter vários parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm de 25 a 80 linhas, 
a introdução será o primeiro parágrafo. 
 
Desenvolvimento 
 
A maior parte do texto está inserida no desenvolvimento, que é responsável por estabelecer uma 
ligação entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são elaboradas as ideias, os dados e os 
argumentos que sustentam e dão base às explicações e posições do autor. É caracterizado por uma 
―ponte‖ formada pela organização das ideias em uma sequência que permite formar uma relação 
equilibrada entre os dois lados. 
O autor do texto revela sua capacidade de discutir um determinado tema no desenvolvimento, e é 
através desse que o autor mostra sua capacidade de defender seus pontos de vista, além de dirigir a 
atenção do leitor para a conclusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui. 
Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o escritor já deve ter uma ideia clara de como será 
a conclusão. Daí a importância em planejar o texto. 
Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar 
inserido em capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-se-á no formato de parágrafos 
medianos e curtos. 
Os principais erros cometidos no desenvolvimento são o desvio e a desconexão da argumentação. O 
primeiro está relacionado ao autor tomar um argumento secundário que se distancia da discussão 
inicial, ou quando se concentra em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O segundo caso 
acontece quando quem redige tem muitas ideias ou informações sobre o que está sendo discutido, não 
conseguindo estruturá-las. Surge também a dificuldade de organizar seus pensamentos e definir uma 
linha lógica de raciocínio. 
 
Conclusão 
 
4. Estruturação do Texto: Relações entre Ideias; 
Recursos de Coesão. 
Prof.ª Zenaide Branco 
 
 20 
 
Considerada como a parte mais importante do texto, é o ponto de chegada de todas as 
argumentações elaboradas. As ideias e os dados utilizados convergem para essa parte, em que a 
exposição ou discussão se fecha. 
Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma brecha para uma possível continuidade do 
assunto; ou seja, possui atributos de síntese. A discussão não deve ser encerrada com argumentos 
repetitivos, como por exemplo: ―Portanto, como já dissemos antes...‖, ―Concluindo...‖, ―Em conclusão...‖. 
Sua proporção em relação à totalidade do texto deve ser equivalente ao da introdução: de1/5. Essa 
é uma das características de textos bem redigidos. 
Os seguintes erros aparecem quando as conclusões ficam muito longas: 
 
→ O problema aparece quando não ocorre uma exploração devida do desenvolvimento, o que gera 
uma invasão das ideias de desenvolvimento na conclusão. 
→ Outro fator consequente da insuficiência de fundamentação do desenvolvimento está na 
conclusão precisar de maiores explicações, ficando bastante vazia. 
→ Enrolar e ―encher linguiça‖ são muito comuns no texto em que o autor fica girando em torno de 
ideias redundantes ou paralelas. 
→ Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeitamente dispensáveis. 
→ Quando não tem clareza de qual é a melhor conclusão, o autor acaba se perdendo na 
argumentação final. 
 
Em relação à abertura para novas discussões, a conclusão não pode ter esse formato, exceto pelos 
seguintes fatores: 
 
→ Para não influenciar a conclusão do leitor sobre temas polêmicos, o autor deixa a conclusão em 
aberto. 
→ Para estimular o leitor a ler uma possível continuidade do texto, o autor não fecha a discussão de 
propósito. 
→ Por apenas apresentar dados e informações sobre o tema a ser desenvolvido, o autor não deseja 
concluir o assunto. 
→ Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o autor enumera algumas perguntas no final do 
texto. 
 
A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o autor fizer um esboço de todas as suas ideias. 
Essa técnica é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos. Naquele devem estar indicadas 
as melhores sequências a serem utilizadas na redação; ele deve ser o mais enxuto possível. 
 
Fonte de pesquisa: 
http://producao-de-textos.info/mos/view/Caracter%C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/ 
 
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a 
compreensão do que é dito, ou lido. Estes mecanismos linguísticos que estabelecem a coesão e 
retomada do que foi escrito - ou falado - são os referentes textuais, que buscam garantir a coesão 
textual para que haja coerência, não só entre os elementos que compõem a oração, como também 
entre a sequência de orações dentro do texto. Essa coesão também pode muitas vezes se dar de modo 
implícito, baseado em conhecimentos anteriores que os participantes do processo têm com o tema. 
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha imaginária - composta de termos e expressões - 
que une os diversos elementos do texto e busca estabelecer relações de sentido entre eles. Dessa 
forma, com o emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substituição, 
associação), sejam gramaticais (emprego de pronomes, conjunções, numerais, elipses), constroem- 
-se frases, orações, períodos, que irão apresentar o contexto – decorre daí a coerência textual. 
Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditória. Muitas vezes 
essa incoerência é resultado do mau uso dos elementos de coesão textual. Na organização de períodos 
e de parágrafos, um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento 
do texto. Construído com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. 
Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enunciado não se constrói com um amontoado de 
palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência 
sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”. 
 
 21 
 
Não se deve escrever frases ou textos desconexos – é imprescindível que haja uma unidade, ou 
seja, que as frases estejam coesas e coerentes formando o texto. Relembre-se de que, por coesão, 
entende-se ligação, relação, nexo entre os elementos que compõem a estrutura textual. 
 
Formas de se garantir a coesão entre os elementos de uma frase ou de um texto: 
 
1. Substituição de palavras com o emprego de sinônimos - palavras ou expressões do mesmo campo 
associativo. 
 
2. Nominalização – emprego alternativo entre um verbo, o substantivo ou o adjetivo correspondente 
(desgastar / desgaste / desgastante). 
3. Emprego adequado de tempos e modos verbais: Embora não gostassem de estudar, participaram 
da aula. 
 
4. Emprego adequado de pronomes, conjunções, preposições, artigos: 
O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital brasileira, Sua Santidade participou de uma reunião com 
a Presidente Dilma. Ao passar pelas ruas, o papa cumprimentava as pessoas. Estas tiveram a certeza 
de que ele guarda respeito por elas. 
 
5. Uso de hipônimos – relação que se estabelece com base na maior especificidade do significado de 
um deles. Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais genérico). 
 
 6. Emprego de hiperônimos - relações de um termo de sentido mais amplo com outros de sentido 
mais específico. Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com gato. 
 
 7. Substitutos universais, como os verbos vicários. 
 
 (Ajuda da Zê: verbo vicário é aquele que substitui um outro já utilizado no período, evitando 
repetições. Geralmente é o verbo fazer e ser. Exemplo: Não gosto de estudar. Faço porque preciso. O 
―faço‖ foi empregado no lugar de ―estudo‖, evitando repetição desnecessária). 
 
A coesão apoiada na gramática se dá no uso de conectivos, como pronomes, advérbios e 
expressões adverbiais, conjunções, elipses, entre outros. A elipse justifica-se quando, ao remeter a um 
enunciado anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem recolheu-se cedo. Sabia 
que ia necessitar de todas as suas forças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a 
relação entre as duas orações). 
 
Dêiticos são elementos linguísticos que têm a propriedade de fazer referência ao contexto 
situacional ou ao próprio discurso. Exercem, por excelência, essa função de progressão textual, dada 
sua característica: são elementos que não significam, apenas indicam, remetem aos componentes da 
situação comunicativa. 
Já os componentes concentram em si a significação. Elisa Guimarães ensina-nos a esse respeito: 
―Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os participantes do ato do discurso. Os 
pronomes demonstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, bem como os advérbios de tempo, 
referenciam o momento da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade ou 
posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ultimamente, recentemente, ontem, 
há alguns dias, antes de (pretérito); de agora em diante, no próximo ano, depois de (futuro).” 
 
A coerência de um texto está ligada: 
- à sua organização como um todo, em que devem estar assegurados o início, o meio e o fim; 
- à adequação da linguagem ao tipo de texto. Um texto técnico, por exemplo, tem a sua coerência 
fundamentada em comprovações, apresentação de estatísticas, relato de experiências; um texto 
informativo apresenta coerência se trabalhar com linguagem objetiva, denotativa; textos poéticos, por 
outro lado, trabalham com a linguagem figurada, livre associação de ideias, palavras conotativas. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.mundovestibular.com.br/articles/2586/1/COESAO-E-COERENCIA-TEXTUAL/Paacutegina1.html 
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único / Samira Yousseff 
Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. 
 
 22 
 
Questões 
 
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO– VUNESP/2013) Na passagem – Nesse contexto, governos e empresas estão fechando 
o cerco contra a corrupção e a fraude, valendo-se dos mais variados mecanismos... – a oração 
destacada expressa, em relação à anterior, sentido que responde à pergunta: 
(A) ―Quando?‖ 
(B) ―Por quê?‖ 
(C) ―Como?‖ 
(D) ―Para quê?‖ 
(E) ―Onde?‖ 
 
(PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – GUARDA MUNICIPAL – VUNESP/2011 - 
ADAPTADA) Leia o texto para responder à questão 2. 
Desde o dia do ataque, agentes da guarda municipal fazem vigília na porta do colégio. Como o 
matador Wellington de Oliveira era ex-aluno, passou à vontade pelo portão. Mas o debate sobre como 
garantir a segurança nas escolas públicas permanece aceso. Nas escolas da rede municipal do Rio, 
funcionários encarregados da merenda e de outras funções eram também incumbidos de zelar pela 
portaria. A ideia agora é dotar as escolas de porteiros responsáveis pela entrada e saída de visitantes 
devidamente identificados. Também haverá mais inspetores, de modo que cada colégio conte com um 
deles por andar. O mais difícil será amenizar a sensação de insegurança que restou. Recentemente, ao 
ouvirem a movimentação de estudantes no corredor, os alunos de uma das turmas da Tasso de Oliveira 
saíram correndo, no meio da aula, aos berros. “Aquele dia marcou nossa vida para sempre”, afirma Luís 
Marduk, diretor da escola. 
(Veja, 25.05.2011) 
 
2-) A frase – Como o matador Wellington de Oliveira era ex-aluno, passou à vontade pelo portão. – 
equivale a: 
(A) O matador Wellington de Oliveira passou à vontade pelo portão, portanto era ex-aluno. 
(B) O matador Wellington de Oliveira passou à vontade pelo portão, mas era ex-aluno. 
(C) O matador Wellington de Oliveira passou à vontade pelo portão, porque era ex-aluno. 
(D) O matador Wellington de Oliveira passou à vontade pelo portão, conforme era ex-aluno. 
(E) O matador Wellington de Oliveira passou à vontade pelo portão, apesar de ser ex-aluno. 
 
3-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012) 
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade, a 
história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a todas as 
coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em todos os 
seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo. 
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 
1987, p. 73 (com adaptações). 
 
Na linha 1, o elemento ―ele‖ tem como referente textual ―O riso‖. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
4-) (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – AOCP/2010) ―A carga foi 
desviada e a viatura, com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” 
Pela leitura do fragmento acima, é correto afirmar que, em sua estrutura sintática, houve supressão 
da expressão 
(A) vigilantes. 
(B) carga. 
(C) viatura. 
(D) foi. 
(E) desviada. 
 
(METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO – FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Leia 
o texto abaixo para responder à questão 5. 
O criador da mais conhecida e celebrada canção sertaneja, Tristeza do Jeca (1918), não era, como 
se poderia esperar, um sofredor habitante do campo, mas o dentista, escrivão de polícia e dono de loja 
 
 23 
 
Angelino Oliveira. Gravada por “caipiras” e “sertanejos”, nos “bons tempos do cururu autêntico”, assim 
como nos “tempos modernos da música „americanizada‟ dos rodeios”, Tristeza do Jeca é o grande 
exemplo da notável, embora pouco conhecida, fluidez que marca a transição entre os meios rural e 
urbano, pelo menos em termos de música brasileira. 
Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz grave, o Jeca surge humilde e sem 
vergonha alguma da sua “falta de masculinidade”, choroso, melancólico, lamentando não poder voltar 
ao passado e, assim, “cada toada representa uma saudade”. O Jeca de Oliveira não se interessa pelo 
meio rural da miséria, das catástrofes naturais, mas pelo íntimo e sentimental, e foi nesse seu tom que a 
música, caipira ou sertaneja, ganhou forma. 
“A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. Moderna, sofisticada e citadina, essa música 
foi e é igualmente roceira, matuta, acanhada, rústica e sem trato com a área urbana, de tal forma que, 
em todas essas composições, haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual se faz ouvir para 
registrar uma situação de desenraizamento, de dependência e falta”, analisa a cientista política Heloísa 
Starling. 
Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira: “foi entre 1902 e 1960 que a música sertaneja 
surgiu como um campo específico no interior da MPB. Mas, se num período inicial, até 1930, „sertanejo‟ 
indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país, tendo como referência o Nordeste, a 
partir dos anos de 1930, 'sertanejo' passou a significar o caipira do Centro-Sul. E, pouco mais tarde, de 
São Paulo. Assim, se Jararaca e Ratinho, ícones da passagem do sertanejo nordestino para o „caipira‟, 
trabalhavam no Rio, as duplas dos anos 1940, como Tonico e Tinoco, trabalhariam em São Paulo”. 
(Adaptado de: HAAG, Carlos. ―Saudades do Jeca no século XXI‖. In: Revista Fapesp, outubro de 2009, p. 80-5.) 
 
5-) Os pronomes ―que‖ (1º parágrafo), ―sua‖ (2º parágrafo) e ―a qual‖ (3º parágrafo), referem-se, 
respectivamente, a: 
(A) exemplo − Jeca − composições 
(B) fluidez − Jeca − voz exemplar do migrante 
(C) Tristeza do Jeca − homem − canção popular 
(D) exemplo − homem − voz exemplar do migrante 
(E) fluidez − homem − canção popular 
 
6-) (MPE/RO – ANALISTA – AUDITORIA – FUNCAB/2012 - ADAPTADA) 
(...) As pesquisas indicam, em essência, um caminho: graças à vontade política dos governantes 
locais, em nenhum outro lugar da Índia se investiu tanto na educação das mulheres. Uma ação que 
enfrentou a rotina da marginalização. Na Índia, por questões culturais, se propagou o infanticídio contra 
meninas, praticado pelos próprios pais.(...) 
A que se refere a expressão UMA AÇÃO? 
(A) vontade política. 
(B) governantes locais. 
(C) pesquisas feitas em Kerala. 
(D) investimento na educação das mulheres. 
(E) o infanticídio contra meninas. 
 
7-) (CONDER/BA – JORNALISTA – FGV PROJETOS/2013) "Agora compreendo o entusiasmo de 
gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e 
depois dele". Nesse segmento, cinco termos estabelecem a coesão textual. Assinale a alternativa em 
que a referência coesiva é adequada. 
(A) "Gente" se refere a termos futuros da progressão textual. 
(B) O pronome relativo "que" se refere a Fernando Sabino. 
(C) O possessivo "sua" se refere a "Fernando Sabino". 
(D) Os dois pronomes "ele" não se referem ao mesmo antecedente. 
(E) Todos os termos coesivos se referem a termos anteriormente expressos. 
 
8-) (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013) Em ―O criminoso encontra uma 
forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável.‖ há uma relação estabelecida no período de 
(A) restrição. 
(B) conclusão. 
(C) acréscimo. 
(D) explicação. 
 
 
 24 
 
9-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA DE 
CLASSE I – VUNESP/2013 - adaptada) Leia a passagem: 
Cheguei à conclusão, então, de que não é o dinheiro o vilão da história. O problema está em nós 
mesmos, que, insatisfeitos com aquilo que já temos, criamos novas necessidades a todo o tempo e, a 
fim de

Outros materiais