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Prova 2-1-2014 Prof Marlom Tomazette

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UNICEUB
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS
PROFESSOR: MARLON TOMAZETTE - 
DIREITO EMPRESARIAL CAMBIÁRIO 5º SEMESTRE TURMA: 	 TURNO: NOTURNO 
NOME: __________________________________________________
JUSTIFIQUE TODAS AS RESPOSTAS. NENHUM CONCEITO ESTÁ IMPLÍCITO.
1 – Fabiano Duarte ajuizou ação de indenização por danos morais em face do Posto Nova Brasília Ltda. Narra que efetuou compras no mercado São Jorge, no início de dezembro de 2003, pagando com cheque, no valor de R$ 458,00 (quatrocentos e cinquenta e oito reais), indicando a data de 14 de janeiro de 2004 para compensação. Sustenta que o proprietário do mercado abasteceu no posto ora demandado, pagando com o  referido cheque, que foi depositado em 15 de dezembro de 2003, antes da data pactuada com o beneficiário original do cheque, sendo devolvido por insuficiência de fundos,  em 6 de janeiro de 2004. Afirma que o fato  acarretou  bloqueio de sua conta corrente, perda do "crédito bancário", impossibilidade de retirar talão de cheque e registro de seu nome no cadastro desabonador do SERASA. Afirma ter sofrido sérios transtornos de ordem moral. Em contestação, o Posto Nova Brasília Ltda argumenta que não foi demonstrado que o réu tivesse ciência da pactuação realizada entre o Mercado São Jorge e o autor, estabelecendo que o cheque deveria ser descontado em data futura, não havendo legitimidade passiva do endossatário. Considerando que não há nenhuma menção no cheque a data combinada entre o autor e o mercado São Jorge, analise qual a natureza jurídica da pós-datação do cheque e se o Posto tem ou não responsabilidade pelos danos morais no caso. (REsp 884.346/SC, Rel. MIN. LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 06/10/2011, DJe 04/11/201)
RESPOSTA: A responsabilidade pela indenização dos danos causados pela apresentação antecipada do cheque pós-datado, devida pelo beneficiário, tem natureza contratual, uma vez que a fonte da indenização é o descumprimento de uma obrigação contratualmente assumida. Quando o beneficiário aceita a pós-datação, ele passa a ser parte de um contrato, no qual ele tem a obrigação de não fazer, vale dizer, a obrigação de não apresentar o cheque antes da data combinada. Caso ele descumpra sua obrigação, ele responderá pelos danos decorrentes do seu inadimplemento.
Todavia, nada impede que o cheque pós-datado seja objeto de endosso, isto é, ele poderá ser transferido a terceiros que não fizeram parte da combinação. Caso esse terceiro realize a apresentação antecipada e cause danos ao emitente, discute-se se há alguém responsável por tais perdas e danos, uma vez que não foi o beneficiário original, parte do contrato, que realizou a apresentação antecipada e o terceiro não foi parte do contrato.
O terceiro que recebeu o título do beneficiário só teria responsabilidade no caso de culpa comprovada da sua parte. Em outras palavras, se o terceiro tinha ciência da pós-datação e mesmo assim faz a apresentação antecipada, ele não está agindo de boa-fé e, por isso, deverá responder extracontratualmente por seu ato culposo que causou danos ao emitente. A ciência decorre da aposição expressa da data futura no título, seja como data de emissão, seja em outro ponto do título, ou qualquer outra prova que demonstre que ele tinha essa ciência.
Embora reconheça a relatividade dos efeitos do contrato, o STJ reconheceu que o endossatário de boa-fé não teria responsabilidade pela apresentação antecipada do cheque. Nesse sentido, afirmou que “com efeito, em não havendo ilicitude no ato do réu, e não constando na data de emissão do cheque a pactuação, tendo em vista o princípio da relatividade dos efeitos contratuais e os princípios inerentes aos títulos de crédito, não devem os danos ocasionados em decorrência da apresentação antecipada do cheque ser compensados pelo réu, que não tem legitimidade passiva por ser terceiro de boa-fé, mas sim pelo contraente que não observou a alegada data convencionada para apresentação da cártula”.�
No caso, o posto é terceiro de boa-fé, pois não comprovada sua ciência da data futura de apresentação, não podendo ser presumida a má-fé.
2 - Cuida-se de embargos à execução opostos por CONDOMÍNIO DO CONJUNTO NACIONAL BRASÍLIA (SACADO) à execução proposta por JADA FOMENTO MERCANTIL LTDA (ENDOSSATÁRIO). A autora alega que comprou suprimentos de informática de FORTGRAF LTDA. – EPP (SACADORA), negócio do qual originou-se a nota fiscal nº 1263 e a duplicata objeto da execução. Sustenta que, embora tenha assinado a duplicata no anverso, o contrato que lhe deu origem não foi devidamente cumprido e, por isso não há obrigação de pagamento da duplicata. Julgue fundamentadamente os embargos, analisando se há ou não abstração no caso e definindo se o CONDOMÍNIO DO CONJUNTO NACIONAL BRASÍLIA (SACADO) é o obrigado ou não a pagar a duplicata. (TJDFT - 20090110072700APC, Relator JOSÉ DIVINO DE OLIVEIRA, 6ª Turma Cível, julgado em 11/03/2011, DJ 24/03/2011 p. 260)
RESPOSTA: A duplicata é um título de crédito causal, na medida em que há uma estreita vinculação ao negócio jurídico que lhe deu origem, uma compra e venda ou uma prestação de serviços. Não se trata de mera ligação a uma causa, pois todo título de crédito tem uma causa. Nos títulos causais, esta emerge do título, vale dizer, a causa é conhecida por todos, pois é mencionada no próprio documento.
Ocorre que, em certos casos, o credor já não é mais aquele que participou do negócio e o próprio título traz uma aparência de que o negócio foi devidamente cumprido. Exigir, nesses casos, que o credor de boa-fé verifique o negócio jurídico seria contradizer a proteção da aparência e a celeridade inerente aos negócios empresariais. Assim, pode-se afirmar que, embora seja eminentemente causal, a duplicata poderá se tornar um título abstrato, não sendo oponíveis ao credor de boa-fé exceções ligadas ao negócio jurídico subjacente. 
Para possibilitar a aplicação dessa abstração, é essencial que o credor esteja de boa-fé, isto é, é fundamental que o credor não tenha participado do negócio jurídico, vale dizer, a abstração tem por pressuposto a circulação do título,� por meio de endosso, na medida em que sem esta circulação não haverá boa-fé do credor a ser tutelada. Além disso, exige-se o aceite, pois a aparência dada pelo aceite é digna de proteção. Assim, o credor fica desobrigado de verificar a regularidade do negócio jurídico subjacente e, consequentemente, fica imune às exceções ligadas ao negócio jurídico. O STJ já afirmou que “a ausência de entrega da mercadoria não vicia a duplicata no que diz respeito a sua existência regular, de sorte que, uma vez aceita, o sacado (aceitante) vincula-se ao título como devedor principal e a ausência de entrega da mercadoria somente pode ser oponível ao sacador, como exceção pessoal, mas não a endossatários de boa-fé”.�
Presentes, o aceite e o endosso no caso, aplica-se o princípio da abstração, de modo que problemas com o negócio jurídico não afetam o dever de pagar o título e, por isso, os embargos devem ser rejeitados, obrigando-se o sacado ao pagamento do título ao terceiro de boa-fé.
3 – Cuida-se de embargos de terceiro opostos pelo BNB - Banco do Nordeste do Brasil, objetivando desconstituir penhora efetivada, em sede de execução fiscal, sobre imóvel do qual alega ser credor em cédula de crédito industrial, sob o fundamento de que o referido imóvel foi dado em garantia na referida cédula e não pode ser penhorado por nenhuma outra dívida. Analise fundamentadamente o pedido (REsp 1259704/SE, Rel. MIN. MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/08/2011, DJe 15/08/2011)
RESPOSTA: Qualquer que seja a garantia real oferecida, é certo que os bens dados em garantia ficam vinculados à satisfação do crédito documentado nas cédulas. Para reforçar essa vinculação, a legislação específica das cédulas determina que os bens dados em garantia não podem sofrer arresto, sequestro ou penhora em razão de qualquer outra dívida (Decreto-lei nº 167/67– art. 69; Decreto-lei nº 413/69 – art. 57). Consagra-se uma espécie de imunidade dos bens dados em garantia, que só poderiam responder pelas obrigações decorrentes da cédula. Tal previsão é perfeitamente válida, mas só prevalece durante o período de vigência do contrato.�
De outro lado, o STJ, a nosso ver com razão, vem afastando essa impenhorabi-lidade dos bens dados em garantia, quando se tratar de um crédito mais privilegiado, porquanto na ponderação dos valores em jogo, certos créditos seriam dignos de uma proteção maior. Havendo um conflito entre os interesses de diversos credores, a solução de tal conflito se dá pela prevalência do valor mais importante, confor-me escolhido pelo legislador.
No ordenamento jurídico brasileiro, os créditos tributários gozam de preferência sobre os demais, à exceção dos de natureza trabalhista (CTN – art. 186). A Fazenda Pública não participa de concurso de credores, tendo preferência no recebimento do produto da venda judicial do bem penhorado, ainda que esta alienação seja levada a efeito por outro credor. Ora, se a legislação estabelece essa preferência, é óbvio que o crédito tributário é mais privilegiado do que o crédito com garantia real e, por isso, o credor tributário poderá penhorar os bens dados em garantia numa cédula.
4 – Quais são os pressupostos de emissão do cheque.
RESPOSTA: Em primeiro lugar, é essencial que o sacado do cheque seja uma instituição financeira. Ao contrário da letra de câmbio, na qual há uma liberdade de escolha do sacado, no cheque é essencial que se trate de uma instituição financeira. Tal imposição deve-se ao papel que sempre foi atribuído aos bancos, como agente pagador e como responsável pela guarda de valores de terceiros.
Além disso, o cheque exige que haja um contrato de conta corrente entre o emitente e o sacado. Nesse contrato, são feitos lançamentos, a título de crédito e débitos para o emitente, à luz dos depósitos e pagamentos realizados. Há que se tratar de uma conta corrente, para que seja possível realizar todos os pagamentos ordenados, lançando-os como débitos para o emitente.
Por fim, exige-se, teoricamente, que o emitente tenha fundos disponíveis no momento da apresentação do cheque. Tais fundos podem advir do saldo de conta corrente bancária, do saldo exigível de conta corrente contratual, da soma proveniente de abertura de crédito, ou de qualquer outra origem. A ausência desses fundos não desconfigura o cheque, mas desnatura sua finalidade; trata-se de um cheque irregular, mas perfeitamente válido e eficaz.
5 – Explique as debêntures perpétuas.
RESPOSTA: as debêntures representam um empréstimo lançado pela sociedade, é um mútuo caracterizado “pela divisão da quantia mutuada em frações, atribuídas a diversos titulares que se tornam credores, ligados entre si pelo vínculo comum de uma só operação, que dá nascimento às debêntures”.� Como tal, deve haver restituição dos valores pagos seja no vencimento, seja em amortizações, ou pelo resgate do título. Assim sendo, a escritura de emissão deve fixar o vencimento das debêntures, demarcando um ou alguns momentos para restituição dos valores mutuados.
O artigo 55, § 4º, da Lei das Sociedades por Ações, admite a emissão de debêntures cujo vencimento esteja condicionado ao não pagamento dos juros, à dissolução da companhia, ou outras condições definidas na escritura. Neste caso, estamos diante das chamadas debêntures perpétuas.
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UNICEUB
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS
PROFESSOR: MARLON TOMAZETTE - 
DIREITO EMPRESARIAL CAMBIÁRIO 5º SEMESTRE TURMA: TURNO: NOTURNO 
NOME: __________________________________________________
JUSTIFIQUE TODAS AS RESPOSTAS. NENHUM CONCEITO ESTÁ IMPLÍCITO.
1 – Trata-se de ação monitória de cobrança, ajuizada em 18⁄12⁄2007, por meio da qual os Autores, ora Recorridos, em razão de supostas 'transações financeiras entre as partes, uma vez que a requerente realizou empréstimos à requerida' (sic - inicial fl. 3), alegam serem credores da importância de R$ 402.500,00, representada por um cheque emitido pela Ré, ora Recorrente, para pagamento na mesma praça, em 28⁄01⁄2005. A ré arguiu a prescrição da pretensão. Defina o prazo prescricional aplicável, seu fundamento legal, bem como seu termo inicial, à luz da jurisprudência dominante no STJ. Justifique. (AgRg no REsp 1197643/SP, Rel. MIN. LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 28/06/2011, DJe 01/07/2011)
RESPOSTA: A orientação jurisprudencial dominante é no sentido da aplicação do artigo 206, § 5º, I, do Código Civil,� para as ações de cobrança. Nesse sentido, afirmou-se que a “ação monitória fundada em cheque prescrito, independentemente da relação jurídica que deu causa à emissão do título, está subordinada ao prazo prescricional de 5 (cinco) anos previsto no artigo 206, § 5º, I, do Código Civil”.� Há atualmente, inclusive súmula do STJ sobre o tema que afirma que: “O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula”(súmula 503). Nos termos da já citada súmula 503 do STJ o termo inicial seria o primeiro dia útil seguinte ao dia da emissão do título, no caso 29/01/2005, logo, não teria ocorrido a prescrição.
2 - SÃO BRAZ ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR S/A interpôs apelação da r. sentença (fls. 192/5), que rejeitou os embargos à execução de duplicatas ajuizada por HEMOCLÍNICA CLÍNICA DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA LTDA, condenando a apelante-embargante ao pagamento de custas processuais e de honorários advocatícios, no valor de R$ 800,00. O apelante-embargante alega que a via eleita é inadequada, porque a execução está instruída apenas com as notas fiscais, o comprovante de entrega das mercadorias e o protesto por falta de pagamento lavrado por indicações. Argumenta que a falta do título impede a execução. Analise fundamentadamente os pedidos formulados, definindo se é cabível ou não a execução contrata SÃO BRAZ ORGANIZAÇÃO HOSPITAL S/A (20090111591197APC, Relator VERA ANDRIGHI, 6ª Turma Cível, julgado em 05/10/2011, DJ 20/10/2011 p. 198)
RESPOSTA: Além da assinatura do sacado no título, também representa sua vinculação como devedor principal da duplicata a junção de dois documentos: o comprovante de entrega das mercadorias e o protesto. Embora não tenha assinado o título, tais documentos juntos também servem para representar a obrigação do sacado de pagar o título. – O artigo 8º, parágrafo único, da Lei nº 9.492/97 admite a recepção das indicações da duplicata para protesto em meio magnético, sem especificar a que tipo de protesto se refere. Não se trata de um protesto de boleto, mas do protesto de uma duplicata que não existe em papel, mas sim sob a forma de um documento eletrônico. Assim, desde o advento desta lei é perfeitamente cabível o protesto por indicações em meio magnético em qualquer caso, uma vez que a lei não restringiu o tipo de protesto para o uso das indicações. No caso do protesto por indicações, é dispensada a apresentação do título original, nos termos do artigo 15 da Lei 5.474/68.
3 - Trata-se de recurso especial interposto contra acórdão que, em ação revisional, manteve a incidência dos juros remuneratórios previstos em cédula de crédito bancário com garantia de alienação fiduciária limitada à variação da taxa SELIC, com fundamento no CDC; excluiu a cláusula instituidora da comissão de permanência; proibiu a capitalização dos juros em periodicidade inferior à anual; impediu a inscrição em cadastros de devedores; admitiu a compensação⁄repetição simples do indébito e confirmou a manutenção de posse do veículo. Analise especificamente se é cabível a incidência da comissão de permanência no caso concreto. (AgRg no REsp 1411822/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 18/02/2014, DJe 28/02/2014)
A comissão de permanência foi criada pela Resolução nº 1.129/86 do CMN com o intuito de representar um fator de atualizaçãode débitos em atraso com instituições financeiras ou entidades equiparadas. Em última análise, trata-se de mais um encargo cobrado por instituições financeiras, pelo atraso no pagamento de obrigações.�
A jurisprudência vem reconhecendo a validade da pactuação de tal encargo, desde que não cumulado com outros encargos.� Todavia, sua admissão está condicionada à ausência de encargos legalmente previsto para o caso de atraso, pois, se a própria lei prevê os encargos, não há como se imaginar uma resolução alterando os objetivos da lei. Como as cédulas de crédito bancário não possuem encargos específicos para o caso de atraso, vem sendo admitida a pactuação da comissão de permanência, desde que não cumulada com nenhum outro encargo moratório ou remuneratório.�
4 – Qual a natureza jurídica do cheque pós-datado? Analise sua licitude à luz do artigo 32 da Lei do Cheque.
O cheque pós-datado envolve duas figuras distintas: um cheque e um contrato. Trata-se de um cheque como outro qualquer, na medida em que a pós-datação não desnatura sua condição de título de crédito, permitindo inclusive a execução do valor ali consignado. A tal condição, deve-se acrescer o contrato firmado entre o emitente e o beneficiário, pelo qual este tem a obrigação de não apresentar o cheque antes da data combinada.
Nos termos da Lei nº 7.357/85, o cheque é sempre à vista, ou seja, o banco deverá pagar o cheque que possua fundos quando ele lhe for apresentado. Para o sacado não existe a pós-datação, ele irá pagar o cheque mesmo que nele esteja consignada uma data futura (Lei nº 7.357/85 – art. 32, parágrafo único). Contudo, tal regra se dirige ao sacado apenas e não às demais partes intervenientes no cheque.
O artigo 32 da Lei nº 7.357/85 não se dirige à relação entre o emitente e o beneficiário. Estes têm ampla liberdade de combinar a apresentação do cheque apenas a partir de certa data, isto é, pela autonomia privada eles podem celebrar entre si um acordo para apresentação futura do cheque. Não há qualquer vedação legal dessa combinação, o que demonstra a sua legitimidade.
Em outras palavras, a pós-datação não produz qualquer efeito junto ao banco, por expressa proibição legal. Entretanto, tal combinação é perfeitamente válida e vincula as partes que assim ajustaram.� A pós-datação não altera o vencimento do cheque, mas gera efeitos obrigacionais entre as partes.
5 – Qual é o objeto primordial da securitização de recebíveis?
Dentre as diversas formas possíveis para ter acesso aos recursos, a mais eficiente é a captação pública no mercado, pelo oferecimento de títulos. Ela permite o acesso a mais recursos, pois pode atingir um número maior de pessoas fornecendo os recursos. Além disso, ela gera custos menores que as taxas bancárias e de desconto, uma vez que o público investidor tem interesse em remunerações menores.
Todavia, esse acesso à captação pública dos recursos não é disponibilizado para todos os sujeitos que exercem atividades econômicas. Muitos deles não têm a possibilidade de emitir títulos para captação de recursos junto ao mercado, seja pela impossibilidade jurídica, seja pela inviabilidade econômica de atrair interessados. Com o intuito de ampliar o acesso à captação pública de recursos, foi criada a securitização de recebíveis.�
Em última análise, a originadora conseguirá captar os recursos no mercado, por meio de uma antecipação de seus recebíveis. O custo dessa captação é menor porque a securitizadora é uma sociedade de propósito específico (SPE) e, nessa condição, não possui maiores passivos ou ativos. O risco para o investidor é relativamente baixo e consistirá no mesmo risco dos créditos recebíveis. Os títulos emitidos pela securitizadora são títulos de aceitação pelo mercado, pois não envolvem os mesmos riscos da originadora.�
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UNICEUB
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS
PROFESSOR: MARLON TOMAZETTE - 
DIREITO EMPRESARIAL CAMBIÁRIO 5º SEMESTRE TURMA: 	 TURNO: NOTURNO 
NOME: __________________________________________________
JUSTIFIQUE TODAS AS RESPOSTAS. NENHUM CONCEITO ESTÁ IMPLÍCITO.
1 - José Marinzeck opôs embargos do devedor em face da execução promovida por Flávio Ramos Balsini. Argumenta que as cártulas que embasam a execução estão prescritas para efeito de execução, pois os cheques foram emitidos em 20 de novembro de 2000, para pagamento em praça diversa da emissão, todavia a execução foi ajuizada somente em 30 de outubro de 2001. O credor alega que não há prescrição pois foi comprovado que as partes combinaram a apresentação do cheque apenas partir de 5 de outubro de 2001, o que ampliaria o prazo prescricional. Diga qual e o prazo prescricional aplicável, seu fundamento legal, bem como o seu termo inicial, à luz da jurisprudência dominante no STJ. (REsp 875161/SC, Rel. MIN. LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 09/08/2011, DJe 22/08/2011)
O prazo prescricional da execução do cheque é de 6 meses contados, da expiração do prazo de apresentação (60 dias – por se trata de cheque emitido para pagamento em praça diversa, nos termos do artigo 33 da Lei 7.357/85). 
O fundamento legal desse prazo prescricional é o artigo 59 da Lei 7.357/85.
A alteração do prazo de apresentação do cheque pós-datado, implicaria na dilação do prazo prescricional do título, situação que deve ser repelida, visto que infringiria o artigo 192 do Código
Civil, logo há prescrição.
2 –FSN SERVIÇOS E FOMENTO MERCANTIL LTDA (ENDOSSATÁRIO) ajuizou execução em desfavor de ARMAZÉM DO PÃO PANIFICADORA LTDA (SACADO), com fundamento em duplicata emitida por Newsoy Comercial LTDA – ME (SACADOR ENDOSSANTE). O executado (ARMAZÉM DO PÃO PANIFICADORA LTDA) opôs embargos a execução alegando a ausência de débito da sua parte, porquanto não consta sua assinatura no título. Instruem a inicial a duplicata, o protesto por falta de pagamento do título e nota fiscal descritiva das mercadorias vendidas, sem qualquer assinatura comprovando sua entrega. Analise se é cabível ou não a execução no caso (20090111356682APC, Relator ALFEU MACHADO, 3ª Turma Cível, julgado em 09/11/2011, DJ 14/11/2011 p. 102)
RESPOSTA: Além da assinatura do sacado no título, também representa sua vinculação como devedor principal da duplicata a junção de dois documentos: o comprovante de entrega das mercadorias e o protesto. Embora não tenha assinado o título, tais documentos juntos também servem para representar a obrigação do sacado de pagar o título. Não havendo assinatura ou comprovante de entrega, a execução é inviável, nos termos do artigo 15 da Lei 5.474/68.
3 – AIRTON RODRIGUES opôs embargos a execução que lhe move Aymoré Crédito Financiamento e Investimentos S/A fundada em cédula de crédito bancário, pretendendo a redução dos juros remuneratórios cobrados na referida cédula pela taxa de 3,5% ao mês. Há limite nos juros remuneratórios previstos para a CCB? Justifique. (20100112338655APC, Relator LECIR MANOEL DA LUZ, 1ª Turma Cível, julgado em 26/10/2011, DJ 07/11/2011 p. 226)
RESPOSTA: As cédulas de crédito bancário são títulos de crédito� e podem ser conceituadas como promessas de pagamento lastreadas em uma operação de crédito� (operação bancária ativa), com ou sem garantia cedularmente constituída.
Por terem origem em operações de crédito bancário, as cédulas de crédito bancário normalmente envolvem certos acréscimos ao valor nominal da dívida. A esse respeito, o artigo 28, § 1º, da Lei nº 10.931/2004 dispõe que o documento deverá prever os encargos, dando uma ampla margem de liberdade para sua fixação, admitindo expressamente a capitalização de juros.
4 – Indique e explique três vantagens que podem ser atribuídas as debêntures.
A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e prêmio de reembolso. A debênture poderá ser conversível em ações nas condições constantes da escritura de emissão, que especificará:I - as bases da conversão, seja em número de ações em quepoderá ser convertida cada debênture, seja como relação entre o valor nominal da debênture e o preço de emissão das ações; II - a espécie e a classe das ações em que poderá ser convertida; III - o prazo ou época para o exercício do direito à conversão; IV - as demais condições a que a conversão acaso fique sujeita.
5 – Indique uma exceção ao princípio da literalidade na duplicata.
RESPOSTA: Além da assinatura do sacado no título, também representa sua vinculação como devedor principal da duplicata a junção de dois documentos: o comprovante de entrega das mercadorias e o protesto. Embora não tenha assinado o título, tais documentos juntos também servem para representar a obrigação do sacado de pagar o título.
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FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS
PROFESSOR: MARLON TOMAZETTE - 
DIREITO EMPRESARIAL CAMBIÁRIO 5º SEMESTRE TURMA: 	 TURNO: NOTURNO 
NOME: __________________________________________________
JUSTIFIQUE TODAS AS RESPOSTAS. NENHUM CONCEITO ESTÁ IMPLÍCITO.
1 – Cuida-se de ação de execução ajuizada por COLUNAS MATERIAL DE CONSTRUÇÃO LTDA contra MACIEL FELINTO SANTANA. Os cheques (000138 e 850006) foram emitidos em 4.8.10 e 26.8.10, para pagamento na mesma praça, com a observação nas cártulas de que deveriam ser apresentados a partir de 12.12.10 e 12.01.12, respectivamente (fls. 20/1). A execução foi ajuizada em 10.5.11. Diga qual e o prazo prescricional aplicável, o seu fundamento legal, bem como o seu termo inicial, à luz da jurisprudência dominante no STJ. (20110020123515AGI, Relator JAIR SOARES, 6ª Turma Cível, julgado em 17/08/2011, DJ 25/08/2011 p. 149)
O prazo prescricional da execução do cheque é de 6 meses contados, da expiração do prazo de apresentação (30 dias – por se trata de cheque emitido para pagamento na mesma praça, nos termos do artigo 33 da Lei 7.357/85). 
O fundamento legal desse prazo prescricional é o artigo 59 da Lei 7.357/85.
A alteração do prazo de apresentação do cheque pós-datado, implicaria na dilação do prazo prescricional do título, situação que deve ser repelida, visto que infringiria o artigo 192 do Código
Civil, logo há prescrição.
2 - Cuida-se de embargos à execução de título extrajudicial opostos por BULL TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LTDA em desfavor do BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S.A., ora recorrido. Segundo consta da inicial, o recorrido recebeu, por endosso de Vgart Indústria Eletrônica S.A., duplicatas mercantis tendo como sacada BULL TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LTDA, a qual assinou os títulos no anverso. Chegado o vencimento do título, este executou as respectivas duplicatas. A embargante aduz que a mercadoria que deu origem à emissão das duplicatas pela Vgart não foi entregue. Julgue fundamentadamente os embargos, analisando se há ou não abstração no caso e definindo se a BULL TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LTDA (SACADO) é o obrigado ou não a pagar a duplicata. (REsp 1102227/SP, Rel. MIN. NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 12/05/2009, DJe 29/05/2009)
RESPOSTA: A duplicata é um título de crédito causal, na medida em que há uma estreita vinculação ao negócio jurídico que lhe deu origem, uma compra e venda ou uma prestação de serviços. Não se trata de mera ligação a uma causa, pois todo título de crédito tem uma causa. Nos títulos causais, esta emerge do título, vale dizer, a causa é conhecida por todos, pois é mencionada no próprio documento.
Ocorre que, em certos casos, o credor já não é mais aquele que participou do negócio e o próprio título traz uma aparência de que o negócio foi devidamente cumprido. Exigir, nesses casos, que o credor de boa-fé verifique o negócio jurídico seria contradizer a proteção da aparência e a celeridade inerente aos negócios empresariais. Assim, pode-se afirmar que, embora seja eminentemente causal, a duplicata poderá se tornar um título abstrato, não sendo oponíveis ao credor de boa-fé exceções ligadas ao negócio jurídico subjacente. 
Para possibilitar a aplicação dessa abstração, é essencial que o credor esteja de boa-fé, isto é, é fundamental que o credor não tenha participado do negócio jurídico, vale dizer, a abstração tem por pressuposto a circulação do título,� por meio de endosso, na medida em que sem esta circulação não haverá boa-fé do credor a ser tutelada. Além disso, exige-se o aceite, pois a aparência dada pelo aceite é digna de proteção. Assim, o credor fica desobrigado de verificar a regularidade do negócio jurídico subjacente e, consequentemente, fica imune às exceções ligadas ao negócio jurídico. O STJ já afirmou que “a ausência de entrega da mercadoria não vicia a duplicata no que diz respeito a sua existência regular, de sorte que, uma vez aceita, o sacado (aceitante) vincula-se ao título como devedor principal e a ausência de entrega da mercadoria somente pode ser oponível ao sacador, como exceção pessoal, mas não a endossatários de boa-fé”.�
Presentes, o aceite e o endosso no caso, aplica-se o princípio da abstração, de modo que problemas com o negócio jurídico não afetam o dever de pagar o título e, por isso, os embargos devem ser rejeitados, obrigando-se o sacado ao pagamento do terceiro de boa-fé.
3 – Regina Neves Cambraia Corrêa opôs embargos a execução movida pelo Banco de Brasília S/A – BRB com fundamento em cédula de crédito industrial. Pleiteia a exclusão da comissão de permanência e a redução dos juros mensais remuneratórios fixados em 3,45% ao mês. É possível a incidência de comissão de permanência na cédula de crédito industrial? Há limite para os juros cobrados na cédula de crédito industrial? Justifique.
RESPOSTA: Nas obrigações em que um banco seja credor, normalmente prevalece a regra da liberdade na fixação de juros,� isto é, os bancos normalmente não estão sujeitos aos limites da lei da usura (STF – Súmula 596), por força da determinação do artigo 4º, IX, da Lei nº 4.595/64 que afirma que compete ao Conselho Monetário Nacional: “Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros...” 
No caso das cédulas, estamos diante de leis posteriores à Lei nº 4.595/64, as quais estabelecem que compete ao CMN fixar as taxas de juros a serem cobradas (Decreto-lei nº 167/67 – art. 5º; Decreto-lei nº 413/69 – art. 5º). Veja-se que as leis especiais e posteriores não determinam que compete ao CMN a fixação do limite, mas sim a fixação da própria taxa de juros. Ora, em nenhum momento o CMN fixou a taxa a ser cobrada, porquanto a Resolução nº 1.064 apenas diz que os juros serão pactuados de acordo com a taxa do mercado. Diante da omissão do CMN, deve-se aplicar o limite legal para os juros remuneratórios, isto é, nas cédulas os juros remuneratórios não poderão ultrapassar 12% ao ano� ou a taxa SELIC.
Embora a lei já preveja dois encargos para os casos de mora, as instituições financeiras costumam prever também a incidência de comissão de permanência para o caso de atraso no pagamento. Tal encargo foi criado pela Resolução nº 1.129/86 do CMN com o intuito de representar um fator de atualização de débitos em atraso com instituições financeiras, ou entidades equiparadas. Em última análise, trata-se de mais um encargo cobrado por instituições financeiras.
Todavia, sua admissão está condicionada à ausência de encargos legalmente previstos para o caso de atraso, pois, se a própria lei prevê os encargos, não há como se imaginar uma resolução alterando os objetivos da lei. Se a lei já prevê encargos para o caso de mora, não se pode falar em pactuação da comissão de permanência. Esse é o caso das cédulas, ora em estudo, uma vez que a sua legislação específica já prevê os juros de mora e a multa para o caso de atraso, não sendo, portanto, admissível a pactuação de outro encargo como a comissão de permanência.�
4 – Diferencie cheque visado e cheque administrativo.
RESPOSTA: A primeira modalidade de cheque é o cheque visado. Nessa modalidade, o banco sacado lança e assina no verso do título, declarando a existência de fundos suficientes, no valor do título, os quais ficarão reservadospara a liquidação do cheque, pelo prazo para apresentação do título (Lei nº 7.357/85 – art. 7º). O visto significa que existem fundos disponíveis para cobrir o valor do cheque e que tais fundos não serão utilizados para pagar outros cheques, durante o prazo de apresentação do cheque.
Outra modalidade de cheque é o cheque administrativo, no qual o emitente do cheque é o próprio banco sacado. Tal modalidade é usada pelos próprios bancos para honrar suas obrigações, mas também pelos particulares para dar mais segurança às suas transações. Neste caso, há uma espécie de compra do cheque administrativo, que será entregue aos credores, dando-lhes mais segurança, uma vez que é difícil imaginar que um banco não tenha fundos disponíveis para quitar o cheque.
5 – Explique a securitizadora de recebíveis.
RESPOSTA: A cessão dos recebíveis deverá ser feita para a sociedade securitizadora, que é uma sociedade de propósito específico (SPE), não financeira,� que se dedica a duas atividades: a compra de recebíveis e a emissão de valores mobiliários.� Caso a cessão não ocorresse para essa sociedade, não haveria tanta efetividade no mecanismo da securitização de recebíveis.
Tal sociedade deverá ser constituída sob a forma de sociedade anônima,� porquanto é esse tipo societário que tem a possibilidade de emitir valores para captação de recursos, representando, portanto, um mecanismo de financiamento dos empreendimentos.� Maria Cristina Chaves admite outras formas societárias,� porém, acreditamos que a S.A. é a única forma efetivamente útil para tal operação. Como S.A., a securitizadora poderá ser aberta ou fechada, optando pela primeira forma caso queira emitir seus valores mobiliários no mercado de capitais. Atualmente, mesmo as fechadas podem emitir valores no mercado, em certos casos, desde que registrem ao menos a emissão.
A condição de sociedade anônima está ligada à emissão de valores mobiliários, mas, além disso, ela deve ser uma sociedade de propósito específico (SPE), isto é, uma sociedade que se dedica apenas à securitização de recebíveis. Tal condição visa a diminuir os riscos dos valores mobiliários emitidos, tornando-os mais atrativos. Ao se limitar a tal atividade, ela evita a contaminação dos riscos decorrentes de passivos decorrentes de outras atividades.� Ademais, com tal medida há a segregação dos riscos dos créditos recebidos, em relação aos riscos da originadora, dando mais segurança aos eventuais investidores.
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UNICEUB
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PROFESSOR: MARLON TOMAZETTE - 
DIREITO EMPRESARIAL CAMBIÁRIO 5º SEMESTRE TURMA: 	 TURNO: NOTURNO 
NOME: __________________________________________________
JUSTIFIQUE TODAS AS RESPOSTAS. NENHUM CONCEITO ESTÁ IMPLÍCITO.
1 - Cuida-se de ação monitória de cobrança, ajuizada por SÍNTESE COMÉRCIO DE MATERIAIS MÉDICO HOSPITALARES LTDA contra ANGÉLICA MENESES DO NASCIMENTO, instruída com cheque, objetivando-se o recebimento da quantia R$ 2820,54 (dois mil, oitocentos e vinte reais e cinqüenta e quatro centavos) consoante termos do art. 1102a, do CPC. Malgrado frustrado o mandado de citação (fls.28), a parte ré compareceu espontaneamente aos autos (fl.30) e opôs embargos (fls.36/38),nos quais alega, preliminarmente, prescrição do direito de ação. O cheque que instrui a ação monitória foi emitido em 04/10/2003 (fl. 12) na cidade de Goiânia, para pagamento em Brasília. A ação foi ajuizada em 22/10/2008 (fl. 02). Diga qual e o prazo prescricional aplicável, seu fundamento legal, bem como o seu termo inicial, de acordo com a jurisprudência predominante no STJ.
(20080610124038APC, Relator JOÃO MARIOSA, 3ª Turma Cível, julgado em 14/09/2011, DJ 20/09/2011 p. 183)
RESPOSTA: A orientação jurisprudencial dominante é no sentido da aplicação do artigo 206, § 5º, I, do Código Civil,� para as ações de cobrança. Nesse sentido, afirmou-se que a “ação monitória fundada em cheque prescrito, independentemente da relação jurídica que deu causa à emissão do título, está subordinada ao prazo prescricional de 5 (cinco) anos previsto no artigo 206, § 5º, I, do Código Civil”.� Há atualmente, inclusive súmula do STJ sobre o tema que afirma que: “O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula”(súmula 503). Nos termos da já citada súmula 503 do STJ o termo inicial seria o primeiro dia útil seguinte ao dia da emissão do título, no caso 05/10/2004, logo já teria ocorrido a prescrição no caso.
2 - Noticiam os autos que BRASAL REFRIGERANTES S⁄A ajuizou ação executiva em face de MADRE BIANCA PANIFICADORA LTDA, objetivando o recebimento da importância de R$ 1.216,13 (hum mil duzentos e dezesseis reais e treze centavos), devidamente corrigida, representada pelas duplicatas anexadas à exordial. A executada ajuizou embargos à execução, requerendo a extinção do processo executivo ante a inadequação da via eleita (consoante art. 16 da Lei 5.474⁄68), o cancelamento dos protestos indevidamente efetuados, reconhecimento da inexistência dos débitos. Verifica-se que as duplicatas, embora sem assinatura do sacado, foram devidamente levadas a protesto, consoante se infere dos documentos de folhas 20⁄28, tendo o embargado juntado nos autos comprovantes de entrega das mercadorias à embargante, conforme as notas fiscais de fls. 22, 25 e 28. Analise se é possível a execução e se a MADRE BIANCA PANIFICADORA LTDA é devedora. (REsp 844.191/DF, Rel. MIN. LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 02/06/2011, DJe 14/06/2011)
RESPOSTA: Além da assinatura do sacado no título, também representa sua vinculação como devedor principal da duplicata a junção de dois documentos: o comprovante de entrega das mercadorias e o protesto. Embora não tenha assinado o título, tais documentos juntos também servem para representar a obrigação do sacado de pagar o título, dispensando-se inclusive a juntada da duplicata no caso do protesto por indicações (art. 15 da Lei 5.474/68). Assim, a execução é possível, pois devidamente instruída, sendo a MADRE BIANCA PANIFICADORA LTDA devedora do título.
3 – Regina Neves Cambraia Corrêa opôs embargos a execução de cédula de crédito bancário. Pleiteia a exclusão da comissão de permanência prevista para cobrança isolada no período de inadimplência e a redução dos juros mensais remuneratórios fixados em 3,45%, 6,38% e 4% ao mês. Há limite nos juros remuneratórios previstos para a CCB? É possível a cobrança de comissão de permanência? Justifique. (20060110652940APC, Relator NÍDIA CORRÊA LIMA, 3ª Turma Cível, julgado em 30/07/2008, DJ 21/08/2008 p. 58)
RESPOSTA: As cédulas de crédito bancário são títulos de crédito� e podem ser conceituadas como promessas de pagamento lastreadas em uma operação de crédito� (operação bancária ativa), com ou sem garantia cedularmente constituída.
Por terem origem em operações de crédito bancário, as cédulas de crédito bancário normalmente envolvem certos acréscimos ao valor nominal da dívida. A esse respeito, o artigo 28, § 1º, da Lei nº 10.931/2004 dispõe que o documento deverá prever os encargos, dando uma ampla margem de liberdade para sua fixação, admitindo expressamente a capitalização de juros. Além disso, na CCB não há que se cogitar de limite, pois não há regra sobre o regime de fixação de juros, prevalecendo o regime de liberdade de pactuação para as instituições financeiras.�
Além disso, poderão ser pactuados outros encargos como a comissão de permanência. Tal encargo foi criado pela Resolução nº 1.129/86 do CMN com o intuito de representar um fator de atualização de débitos em atraso com instituições financeiras ou entidades equiparadas. Em última análise, trata-se de mais um encargo cobrado por instituições financeiras, pelo atraso no pagamento de obrigações.�
A jurisprudência vem reconhecendo a validade da pactuação de tal encargo, desde que não cumulado com outros encargos.� Todavia, sua admissão está condicionadaà ausência de encargos legalmente previsto para o caso de atraso, pois, se a própria lei prevê os encargos, não há como se imaginar uma resolução alterando os objetivos da lei. Como as cédulas de crédito bancário não possuem encargos específicos para o caso de atraso, vem sendo admitida a pactuação da comissão de permanência, desde que não cumulada com nenhum outro encargo moratório ou remuneratório.�
4 – Quais são as consequências da pós-datação do cheque.
RESPOSTA: O cheque pós-datado envolve duas figuras distintas: um cheque e um contrato. Trata-se de um cheque como outro qualquer, na medida em que a pós-datação não desnatura sua condição de título de crédito, permitindo inclusive a execução do valor ali consignado. A tal condição, deve-se acrescer o contrato firmado entre o emitente e o beneficiário, pelo qual este tem a obrigação de não apresentar o cheque antes da data combinada.
A primeira consequência da pós-datação é criminal. A princípio, é crime de estelionato a emissão de cheque sem provisão de fundos (CP – art. 171, § 2º, VI). Ocorre que para a configuração desse crime é essencial a existência de um elemento subjetivo do tipo, isto é, ao emitir o título o sujeito ativo deve ter a ciência de que está emitindo o cheque para pronto pagamento sem a suficiente provisão de fundos.� Ocorre que, no cheque pós-datado, não há essa ciência, o emitente não cria o cheque para pagamento imediato, mas apenas para pagamento futuro.� No aspecto subjetivo do emitente, aquele cheque não é ordem de pagamento à vista, mas uma promessa de pagamento a prazo. Diante disso, a jurisprudência é uníssona em afastar a configuração do estelionato quando o cheque é pós-datado.�
Outra consequência da pós-datação seria contratual. A pós-datação tem o condão de criar uma obrigação extracambiária para o beneficiário do título, no sentido de não apresentar o cheque antes da data acordada. Tal obrigação é contratual, isto é, decorre do acordo realizado pelas partes e não diretamente do título de crédito, podendo ser provada por qualquer meio, uma vez que não se trata de obrigação solene. Ressalte-se, ainda, que tal obrigação contratual é do beneficiário e não do banco sacado. Assim sendo, se o beneficiário descumprir sua obrigação e apresentar o cheque antes da data combinada, ele irá responder por perdas e danos nos termos do artigo 389 do Código Civil. Se ele assumiu uma obrigação contratual e a descumpriu, ele terá que responder pelas perdas e danos que seu inadimplemento contratual causou, indenizando aquele que sofreu com o seu comportamento�.
Além disso, o STJ vem afirmando que a pós-datação amplia o prazo de apresentação do cheque.� Registre-se, porém, a existência de respeitáveis opiniões em sentido contrário, negando qualquer influência da pós-datação na prescrição do cheque.� O próprio STJ já afirmou que “a alteração do prazo de apresentação do cheque pós-datado, implicaria na dilação do prazo prescricional do título, situação que deve ser repelida, visto que infringiria o artigo 192 do Código Civil. Assentir com a tese exposta no especial, seria anuir com a possibilidade da modificação casuística do lapso prescricional, em razão de cada pacto realizado pelas partes”.�
5 – Explique o papel da originadora na securitização de recebíveis. 
RESPOSTA: A originadora é o empresário ou qualquer pessoa interessada na captação de recursos no mercado, mas que, por si só, não consegue ter acesso a tal mecanismo, apesar de possuir créditos a receber (recebíveis). Nessa situação, ela (originadora) transfere seus créditos à securitizadora, que é uma sociedade de propósito específico (SPE), ou seja, que se destina apenas ao exercício dessa atividade.
A securitizadora, tendo por lastro os créditos adquiridos, emitirá títulos e valores mobiliários, que serão oferecidos ao público (investidor) no mercado de capitais.� Com os recursos captados junto ao público (investidor), a securitizadora pagará à originadora o valor dos créditos transferidos, com um pequeno deságio,� sem o qual a operação seria inviável.
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JUSTIFIQUE TODAS AS RESPOSTAS. NENHUM CONCEITO ESTÁ IMPLÍCITO.
1 - ANDRÉIA MÁRCIA FERREIRA SALES firmou contrato em 01/02/2010 (fls. 13/16) e deu em pagamento seis (06) cheques pós-datados de nº 850200, 850201, 850202, 850203 e 850204, com vencimentos em 06/03/2010 a 06/07/2010, respectivamente, e em 08/02/2010 pediu o cancelamento, conforme indica o documento de fl. 20. ALTO NIVEL CURSOS ESPECIAIS E CONCURSOS LTDA (beneficiário), após a resilição contratual, apresentou ao banco, em 08/02/2010, o cheque 850200, conforme indicam os extratos bancários acostados à fl. 17, ao invés de restituir as cártulas ao emitente, levando-as à devolução por insuficiência de fundos. Em razão desses fatos foi requerida a condenação De ALTO NIVEL CURSOS ESPECIAIS E CONCURSOS LTDA ao pagamento dos danos morais. Analise o pedido formulado, decidindo pelo cabimento ou não da indenização. (20110710093832ACJ, Relator AISTON HENRIQUE DE SOUSA, 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, julgado em 25/10/2011, DJ 14/11/2011 p. 156)
RESPOSTA: A pós-datação tem o condão de criar uma obrigação extracambiária para o beneficiário do título, no sentido de não apresentar o cheque antes da data acordada. Tal obrigação é contratual, isto é, decorre do acordo realizado pelas partes e não diretamente do título de crédito, podendo ser provada por qualquer meio, uma vez que não se trata de obrigação solene. Ressalte-se, ainda, que tal obrigação contratual é do beneficiário e não do banco sacado. Assim sendo, se o beneficiário descumprir sua obrigação e apresentar o cheque antes da data combinada, ele irá responder por perdas e danos nos termos do artigo 389 do Código Civil. Se ele assumiu uma obrigação contratual e a descumpriu, ele terá que responder pelas perdas e danos que seu inadimplemento contratual causou, indenizando aquele que sofreu com o seu comportamento�. O STJ já decidiu que “caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque pré-datado” (Súmula 370). Diante do caso concreto, é cabível a indenização, porquanto houve descumprimento da obrigação e restou comprovado o dano decorrente da devolução do título..
2 - Cooperativa Platinense dos Cafeicultores LTDA ajuizou ação visando à declaração de nulidade de títulos de créditos (Duplicatas) emitidos pela Petrobrás S/A, nas quais ela consta como sacada, fundados em comodato de bombas de combustíveis firmados entre as partes. Analise se as duplicatas são válidas ou são nulas. (AgRg no Ag 914.172/PR, Rel. MIN. MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 16/08/2011, DJe 23/08/2011)
RESPOSTA: A duplicata é um título de crédito causal, na medida em que há uma estreita vinculação ao negócio jurídico que lhe deu origem, uma compra e venda ou uma prestação de serviços. Ao contrário de outros títulos de crédito que podem se referir a qualquer crédito, a duplicata deve se referir necessariamente aos créditos decorrentes de contratos de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços. Apenas esses créditos poderão ser documentados por meio de uma duplicata. Assim, um comodato não pode ensejar a emissão da duplicata que, por isso, é nula.
3 - Cuida-se de embargos à execução opostos por ÁGUA MINERAL SUPER-VIDA MINERAÇÃO LTDA em face de BANCO DO BRASIL S/A , partes qualificadas nos autos. No mérito, aduz que pagou, inicialmente, em dinheiro, a quantia de R$ 12.000,00, em face da aquisição do caminhão, financiando o restante (R$ 22.600,00), consoante se infere da Cédula de Crédito Industrial. Requer seja caracterizado o excesso de execução, em razão da incidência de comissão permanência e juros de 2,4%. É possível a incidência de comissão de permanência na cédula de crédito industrial?Há limite para os juros cobrados na cédula de crédito industrial? Justifique. (20000110259983APC, Relator JOÃO MARIOSA, 3ª Turma Cível, julgado em 18/11/2009, DJ 02/12/2009 p. 60)
RESPOSTA: Nas obrigações em que um banco seja credor, normalmente prevalece a regra da liberdade na fixação de juros,� isto é, os bancos normalmente não estão sujeitos aos limites da lei da usura (STF – Súmula 596), por força da determinação do artigo 4º, IX, da Lei nº 4.595/64 que afirma que compete ao Conselho Monetário Nacional: “Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros...” 
No caso das cédulas, estamos diante de leis posteriores à Lei nº 4.595/64, as quais estabelecem que compete ao CMN fixar as taxas de juros a serem cobradas (Decreto-lei nº 167/67 – art. 5º; Decreto-lei nº 413/69 – art. 5º). Veja-se que as leis especiais e posteriores não determinam que compete ao CMN a fixação do limite, mas sim a fixação da própria taxa de juros. Ora, em nenhum momento o CMN fixou a taxa a ser cobrada, porquanto a Resolução nº 1.064 apenas diz que os juros serão pactuados de acordo com a taxa do mercado. Diante da omissão do CMN, deve-se aplicar o limite legal para os juros remuneratórios, isto é, nas cédulas os juros remuneratórios não poderão ultrapassar 12% ao ano� ou a taxa SELIC.
Embora a lei já preveja dois encargos para os casos de mora, as instituições financeiras costumam prever também a incidência de comissão de permanência para o caso de atraso no pagamento. Tal encargo foi criado pela Resolução nº 1.129/86 do CMN com o intuito de representar um fator de atualização de débitos em atraso com instituições financeiras, ou entidades equiparadas. Em última análise, trata-se de mais um encargo cobrado por instituições financeiras.
Todavia, sua admissão está condicionada à ausência de encargos legalmente previstos para o caso de atraso, pois, se a própria lei prevê os encargos, não há como se imaginar uma resolução alterando os objetivos da lei. Se a lei já prevê encargos para o caso de mora, não se pode falar em pactuação da comissão de permanência. Esse é o caso das cédulas, ora em estudo, uma vez que a sua legislação específica já prevê os juros de mora e a multa para o caso de atraso, não sendo, portanto, admissível a pactuação de outro encargo como a comissão de permanência.�
4 – O recibo da duplicata em documento separado passado pelo endossante do título libera o devedor? Justifique.
Nas duplicatas, a prova do pagamento pode decorrereeeeeeeeee de um recibo escrito no próprio título ou mesmo fora dele (Lei nº 5.474/68 – art. 9º, § 1º), excepcionando-se o princípio da literalidade. O recibo deverá ser passado pelo legítimo credor do título, ou por seu representante. Recibos passados por endossantes não têm o condão de liberar o devedor do pagamento, a menos que se comprove a má-fé do endossatário,� pois o endossante já não é mais credor do título. Nesse sentido, o STJ já afirmou que “a jurisprudência desta Corte, centrada na exegese do art. 9º, § 1º, da Lei nº 5.474/1968, entende que a circulação da duplicata impõe ao sacado o dever de pagar ao endossatário o valor representado no título de crédito, descabendo falar-se em recibo em separado ao endossante, quando presente a anterioridade do endosso e a inexistência de má-fé na circulação cambial”.�
5 – Explique a debêntures subordinadas.
Além da ausência de garantia, nossa lei das sociedades anônimas prevê a possibilidade de emissão das chamadas debêntures subordinadas. Nesse caso, idêntico às subordinated debentures do direito norte-americano,� os titulares das debêntures com tal condição, numa liquidação da companhia, só receberão após o pagamento de todos os credores quirografários. Para tornar tais debêntures interessantes, a companhia, em contrapartida, oferece grandes vantagens, balanceando a “garantia negativa” que elas possuem.
� STJ – REsp 884.346/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 6/10/2011, DJe 4/11/2011. No mesmo sentido: REsp 1169414/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 4/10/2011, DJe 13/10/2011.
� COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2004, v. 1, p. 377.
� STJ – REsp 261.170/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Quarta Turma, julgado em 4/8/2009, DJe 17/8/2009.
� STJ – REsp 131.699/MG, Rel. Ministro BARROS MONTEIRO, Quarta Turma, julgado em 18/9/2003, DJ 24/11/2003, p. 306.
� CARVALHOSA, Modesto. Comentários à lei de sociedades anônimas. São Paulo: Saraiva, 1997, v. 1, p. 462.
� TJRJ – 6ª C. Cível, Apelação Cível nº 2007.001.26254, Rel. Desembargador MARCO AURÉLIO DOS SANTOS FRÓES, julgado em 19/3/2008; TJRS Apelação Cível nº 70020403457, Nona Câmara Cível, Rel. MARILENE BONZANINI BERNARDI, julgado em 7/5/2008; TJRS – Recurso Cível nº 71001479526, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Rel. RICARDO TORRES HERMANN, julgado em 17/7/2008; TJDF – 20070110815524APC, Rel. JOSÉ DIVINO DE OLIVEIRA, 6ª Turma Cível, julgado em 18/6/2008, DJ 23/7/2008, p. 75; TJMG – 16ª C. Cível, Apelação Cível nº 1.0699.07.070745-9/001, Rel. Desembargador NICOLAU MASSELI, DJ de 25/7/2008; STJ – REsp 1038104/SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, Terceira Turma, julgado em 9/6/2009, DJe 18/6/2009; STJ – AgRg no REsp 1197643/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Quarta Turma, julgado em 28/6/2011, DJe 1º/7/2011.
� STJ – REsp 1339874/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 9/10/2012, DJe 16/10/2012.
� SALOMÃO NETO, Eduardo. Direito bancário. São Paulo: Atlas, 2007, p. 194.
� STJ – AgRg no REsp 1056827/RS, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, Terceira Turma, julgado em 7/8/2008, DJe 28/8/2008.
� STJ – REsp 906.054/RS, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, julgado em 7/2/2008, DJe 10/3/2008.
� MIRANDA, Pontes de. Tratado de direito cambiário. Campinas: Bookseller, 2000, v. 4, p. 110-111; COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2004, v. 1, p. 442; MAMEDE, Gladston. Direito empresarial brasileiro: títulos de crédito. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005, v. 3, p. 289.
� CHAVES, Maria Cristina. Direito empresarial: securitização de créditos. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p. 14-15.
� YAZBEK, Otávio. O risco de crédito e os novos instrumentos – uma análise funcional. In: WAISBERG, Ivo; FONTES, Marcos Rolim Fernandes (Coord.). Contratos bancários. São Paulo: Quartier Latin, 2006, p. 323; GAGGINI, Fernando Schwarz. Securitização de recebíveis. São Paulo: LEUD, 2003, p. 21.
� ABRÃO, Carlos Henrique. Cédula de crédito bancário. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2005, p. 31; PEREIRA FILHO, Valdir Carlos. Cédula de crédito bancário. In: WAISBERG, Ivo; FONTES, Marcos Rolim Fernandes (Coord.). Contratos bancários. São Paulo: Quartier Latin, 2006, p. 286. 
� SANTOS, Theophilo de Azeredo. Notas sobre a cédula de crédito bancário. Revista de direito bancário, do mercado de capitais e da arbitragem, ano 3, nº 8, abr./jun. 2000, p. 86; THEODORO JÚNIOR, Humberto. A cédula de crédito bancário. Revista de direito bancário, do mercado de capitais e da arbitragem, ano 6, nº 22, out./dez. 2003, p. 31.
� COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2004, v. 1, p. 377.
� STJ – REsp 261.170/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Quarta Turma, julgado em 4/8/2009, DJe 17/8/2009.
� STJ – AgRg no REsp 1041086/RS, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, Quarta Turma, julgado em 19/8/2008, DJe 1º/9/2008.
� STJ – AgRg no Ag 637.627/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, Terceira Turma, julgado em 25/3/2008, DJe 11/4/2008; REsp 887.034/DF, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Terceira Turma, julgado em 19/12/2007, DJ 8/2/2008, p. 1; STJ – EREsp 108674/RS, Rel. Ministro EDUARDO RIBEIRO, Segunda Seção, julgado em 12/5/1999, DJ 21/6/1999, p. 71; NEVES, Rúbia Carneiro. Cédula de crédito. Belo Horizonte: Del Rey, 2002, p. 97.
� STJ – AgRg no Ag 919.864/MG, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Quarta Turma, julgado em 20/11/2007, DJ11/2/2008, p. 126; STJ – AgRg no Ag 883.139/MG, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Terceira Turma, julgado em 18/10/2007, DJ 31/10/2007, p. 330.
� CHAVES, Maria Cristina. Direito empresarial: securitização de créditos. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p. 67.
� GAGGINI, Fernando Schwarz. Securitização de recebíveis. São Paulo: LEUD, 2003, p. 47. 
� CAMINHA, Uinie. Securitização. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 108.
� REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 1998, v. 2, p. 6; ASCARELLI, Tullio. Problemas das sociedades anônimas e direito comparado. Campinas: Bookseller, 2001, p. 457.
� CHAVES, Maria Cristina. Direito empresarial: securitização de créditos. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p. 144-145.
� CAMINHA, Uinie. Securitização. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 54.
� TJRJ – 6ª C. Cível, Apelação Cível nº 2007.001.26254, Rel. Desembargador MARCO AURÉLIO DOS SANTOS FRÓES, julgado em 19/3/2008; TJRS Apelação Cível nº 70020403457, Nona Câmara Cível, Rel. MARILENE BONZANINI BERNARDI, julgado em 7/5/2008; TJRS – Recurso Cível nº 71001479526, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Rel. RICARDO TORRES HERMANN, julgado em 17/7/2008; TJDF – 20070110815524APC, Rel. JOSÉ DIVINO DE OLIVEIRA, 6ª Turma Cível, julgado em 18/6/2008, DJ 23/7/2008, p. 75; TJMG – 16ª C. Cível, Apelação Cível nº 1.0699.07.070745-9/001, Rel. Desembargador NICOLAU MASSELI, DJ de 25/7/2008; STJ – REsp 1038104/SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, Terceira Turma, julgado em 9/6/2009, DJe 18/6/2009; STJ – AgRg no REsp 1197643/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Quarta Turma, julgado em 28/6/2011, DJe 1º/7/2011.
� STJ – REsp 1339874/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 9/10/2012, DJe 16/10/2012.
� ABRÃO, Carlos Henrique. Cédula de crédito bancário. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2005, p. 31; PEREIRA FILHO, Valdir Carlos. Cédula de crédito bancário. In: WAISBERG, Ivo; FONTES, Marcos Rolim Fernandes (Coord.). Contratos bancários. São Paulo: Quartier Latin, 2006, p. 286. 
� SANTOS, Theophilo de Azeredo. Notas sobre a cédula de crédito bancário. Revista de direito bancário, do mercado de capitais e da arbitragem, ano 3, nº 8, abr./jun. 2000, p. 86; THEODORO JÚNIOR, Humberto. A cédula de crédito bancário. Revista de direito bancário, do mercado de capitais e da arbitragem, ano 6, nº 22, out./dez. 2003, p. 31.
� STJ – REsp 906.054/RS, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, julgado em 7/2/2008, DJe 10/3/2008.
� SALOMÃO NETO, Eduardo. Direito bancário. São Paulo: Atlas, 2007, p. 194.
� STJ – AgRg no REsp 1056827/RS, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, Terceira Turma, julgado em 7/8/2008, DJe 28/8/2008.
� STJ – REsp 906.054/RS, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, julgado em 7/2/2008, DJe 10/3/2008.
� JESUS, Damásio E. Direito penal. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 1999, v. 2, p. 437.
� BITENCOURT, Cézar Roberto. Tratado de direito penal. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2006, v. 3, �p. 299.
� STJ – HC 39.056/SP, Rel. Ministro PAULO GALLOTTI, Sexta Turma, julgado em 14/2/2006, DJ 6/3/2006, p. 447; STJ – RHC 16.880/PB, Rel. Ministro HÉLIO QUAGLIA BARBOSA, Sexta Turma, julgado em 6/10/2005, DJ 24/10/2005, p. 381; STJ – RHC 13.793/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, Quinta Turma, julgado em 2/12/2003, DJ 19/12/2003, p. 496; STJ – AgRg no REsp 953.222/RS, Rel. Ministra JANE SILVA (Desembargadora Convocada do TJ/MG), Sexta Turma, julgado em 21/8/2008, DJe 8/9/2008; STJ – HC 121.628/SC, Rel. Ministro OG FERNANDES, Sexta Turma, julgado em 9/3/2010, DJe 29/3/2010.
� MIRANDA, Pontes de. Tratado de direito cambiário. Campinas: Bookseller, 2000, v. 4, p. 110-111; COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2004, v. 1, p. 442; MAMEDE, Gladston. Direito empresarial brasileiro: Títulos de crédito. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005, v. 3, p. 289.
� STJ – REsp 612.423/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, Terceira Turma, julgado em 1º/6/2006, DJ 26/6/2006, p. 132; REsp 223.486/MG, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, Terceira Turma, julgado em 8/2/2000, DJ 27/3/2000, p. 99; STJ – REsp 16855/SP, Rel. MIN. SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, Quarta Turma, julgado em 11/5/1993, DJ 7/6/1993, p. 11261.
� TJDF – 20070110477258APC, Rel. ALFEU MACHADO, 4ª Turma Cível, julgado em 17/12/2009, DJ 20/1/2010, p. 70; TJDF – 20080111405893APC, Rel. VERA ANDRIGHI, 1ª Turma Cível, julgado em 23/4/2009, DJ 11/5/2009, p. 104.
� AgRg no Ag 1159272/DF, Rel. Ministro VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS), Terceira Turma, julgado em 13/4/2010, DJe 27/4/2010.
� GAGGINI, Fernando Schwarz. Securitização de recebíveis. São Paulo: LEUD, 2003, p. 19.
� YAZBEK, Otávio. O risco de crédito e os novos instrumentos – uma análise funcional. In: WAISBERG, Ivo; FONTES, Marcos Rolim Fernandes (Coord.). Contratos bancários. São Paulo: Quartier Latin, 2006, p. 323.
� MIRANDA, Pontes de. Tratado de direito cambiário. Campinas: Bookseller, 2000, v. 4, p. 110-111; COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2004, v. 1, p. 442; MAMEDE, Gladston. Direito empresarial brasileiro: Títulos de crédito. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005, v. 3, p. 289.
� STJ – AgRg no REsp 1041086/RS, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, Quarta Turma, julgado em 19/8/2008, DJe 1º/9/2008.
� STJ – AgRg no Ag 637.627/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, Terceira Turma, julgado em 25/3/2008, DJe 11/4/2008; REsp 887.034/DF, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Terceira Turma, julgado em 19/12/2007, DJ 8/2/2008, p. 1; STJ – EREsp 108674/RS, Rel. Ministro EDUARDO RIBEIRO, Segunda Seção, julgado em 12/5/1999, DJ 21/6/1999, p. 71; NEVES, Rúbia Carneiro. Cédula de crédito. Belo Horizonte: Del Rey, 2002, p. 97.
� STJ – AgRg no Ag 919.864/MG, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Quarta Turma, julgado em 20/11/2007, DJ 11/2/2008, p. 126; STJ – AgRg no Ag 883.139/MG, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Terceira Turma, julgado em 18/10/2007, DJ 31/10/2007, p. 330.
� STJ – REsp 37.907/PR, Rel. Ministro ANTONIO TORREÃO BRAZ, Quarta Turma, julgado em 14/12/1993, DJ 28/2/1994, p. 2894; TJDF – 20010110380740APC, Rel. JOÃO BATISTA TEIXEIRA, 3ª Turma Cível, julgado em 31/10/2007, DJ 28/3/2008, p. 86; TJMG – 17ª C. Cível, Apelação Cível nº 1.0024.06.057997-6/002, Rel. Desembargador EDUARDO MARINÉ DA CUNHA, julgado em 14/8/2008, publicado em 3/9/2008.
� STJ – AgRg no REsp 556002/SP, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, julgado em 23/3/2010, DJe 26/4/2010.
� HENN, Harry G. e ALEXANDER, John R. Law of corporations. 3. ed. St. Paul: West Group, 1983, p. 389.

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