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Centro universitario estacio da bahia caso concreto da aula 4 filosofia juridica Caso 1 - O justo como meio termo Revisão do decreto de crimes ambientais deve chegar à Casa Civil nesta sexta Claudia Andrade UOL Notícias Em 09/10/2008 A proposta de revisão do Decreto 6.514, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais, deverá ser entregue à Casa Civil. O texto foi elaborado em conjunto pelos ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Justiça. (...) Os representantes do agronegócio, contudo, querem mais mudanças no decreto. (...) O deputado Valdir Colatto, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária reclama, por exemplo, das multas definidas para diferentes infrações ambientais. "As multas são exorbitantes, são confiscatórias. A lei diz que a multa tem que ser proporcional ao patrimônio, o que não ocorre no decreto", argumenta, referindo-se à Lei 9.605, de fevereiro de 1998, a Lei de Crimes Ambientais”. (ANDRADE, C. In: UOL notícias. Disponível em: : http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/10/09/ult4477u1032.jhtm.) Como podemos observar, a ideia de proporcionalidade é utilizada como referência de medida justa. Nesse sentido pergunta-se: 1. É possível, em Aristóteles, relacionar a ideia de justo meio à de proporcionalidade no direito? Justifique sua resposta. R: Sim, Aristóteles já escrevia sobre o que seria a ideia de proporcionalidade, na sua obra Ética a Nicômaco, quando define o princípio da justiça distributiva, no qual a proporcionalidade faz parte do próprio conceito de justiça. Para o filósofo Aristóteles o justo é visto como o igual. O igual é o meio-termo que pressupõe dois elementos que devem estar entre dois extremos. 2.No caso acima, constatada que a lei não respeita a proporcionalidade entre o valor da multa, seria esta justa na concepção aristotélica? R:Não, para Aristóteles a justiça sempre deveria vir acompanhada de ética e virtude. A lei acima não respeita a ótica do filósofo. 3. A concepção aristotélica de justo meio foi recepcionada, de alguma forma, no sistema jurídico brasileiro? Cite exemplos. R: Sim, a linha de raciocínio de Aristóteles é tão magnífica, que está inserida em alguns princípios da nossa legislação atual, fazendo-nos refletir que apesar desse imenso espaço temporal, Aristóteles conseguiuformular uma ideia madura que rompeu as barreiras do tempo e do espaço. A Justiça Aristotélica está sempre fundada na ética e na virtude. O Princípio da Proporcionalidade no Direito é uma vertente aristotélica. Caso 2 - Equidade Aristóteles, ao desenvolver sua teoria de justiça, acabou por nos proporcionar um mecanismo de adequação do justo, muito importante nos dias de hoje: a equidade. Leia a reportagem abaixo e, após, responda as questões que se seguem: Tarso descarta mudança na lei seca para motoristas -RENATA GIRALDI da Folha Online, em Brasília O ministro Tarso Genro (Justiça) descartou nesta sexta-feira qualquer possibilidade de modificação na lei denominada tolerância zero que proíbe a ingestão de álcool por motoristas. Tarso disse que a "lei é boa" e sua aplicabilidade depende do "bom senso" dos policiais. Para o ministro, o erro está em aplicar a lei de forma mecânica. Ele defendeu sua continuidade alegando que "está dando certo". (...) "[O ideal é que] não seja aplicada mecanicamente. Tem que ter uma tolerância, dependendo do caso concreto até 0,2, o que ressalva o bombom, o sagu [doce preparado com vinho] e o anti-séptico", brincou o ministro. Em seguida, Tarso brincou com o caso de um padre que venha a tomar um cálice de vinho ao celebrar a missa. "O padre sai da missa, tomou um cálice de vinho, poderia ter tomado um suco de uva, aí ele [padre] chega diante da autoridade que pede sua carteira [de motorista]. O policial que está ali vai registrar e certamente vai acolher [as explicações do padre]", disse o ministro. (fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u419353.shtml) 1. Como Aristóteles definiu o sentido de equidade? R: Segundo Aristóteles, a equidade a correção dos rigores da lei. Justiça e equidade é a mesma coisa, embora considere a equidade algo melhor. Ele observou que o justo é o equitativo, mas não o justo segundo a lei, sendo assim, a equidade é algo melhor e mais desejável que o justo. 2. No caso apresentado, um possível acolhimento do argumento do padre, poderia encontrar fundamento no sentido aristotélico de equidade? Por quê? R:Penso que não, o padre vive em nossa sociedade e certamente sabe da sanção penal cabível a quem desobedece à tolerância zero para direção e bebidas alcoólicas. Não seria justo e também não se aplicaria a equidade apenas por ele ser padre e ter bebido na missa. Considero que isso seria um privilégio e não uma equidade.
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