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Avaliação da ação antibacteriana e antifúngica do extrato de Calêndula (Calendula officinalis L.) Resumo Na tentativa de encontrar novas possibilidades terapêuticas e com menor grau de toxicidade ao hospedeiro, o presente trabalho objetiva avaliar a ação antibacteriana e antifúngica do extrato hidro alcóolico de calêndula Calêndula officinalis L. frente às cepas padrões de Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Candida albicans, observando-se, até o presente momento, maior eficácia frente às bactérias do gênero Gram positivo e apresentando resultados satisfatórios para Candida albicans. Ainda será verificada a Concentração Mínima Inibitória do extrato para determinar a menor concentração eficaz da substância. Introdução A Calendula officinalis L. é uma planta herbácea anual originária da região mediterrânea, cultivadas em grande parte do mundo para fins medicinais, cosméticos e ornamentais (SILVEIRA et al., 2012). Diversos estudos têm sido realizados determinando sua ação em processos como cicatrização de feridas, ação antinflamatórias, ação antibacteriana e ação antifúngica, porém os estudos não demonstram sua ação frente a cepas de bactérias multirresistentes como Klebsiella pneumoniae e contra células fúngicas do gênero Candida sp. Objetivos - Estudar a atividade antibacteriana e antifúngica do extrato de calêndula (Calendula officinalis L.) frente à cepa padrão de bactérias e fungo. - Verificar a concentração mínima inibitória do extrato de calêndula (Calendula officinalis L.) frente à cepa padrão de bactérias e fungo. Metodologia 1. Obtenção do extrato hidro alcoólico e das frações HEX, AcOEt e MeOH. Utilizaram-se flores secas e pulverizadas da C. officinalis L. obtidas do laboratório PANIZZA FITOTERÁPICO (lote nº 1023131). O extrato foi obtido através de percolação e concentrado por meio de evaporador rotativo. Para obtenção das frações, foram utilizados os solventes: Hexano (HEX), Metanol (MeOH) e Acetato de Etila (AcOEt) (BORELLA et al, 2012). 2. Verificação da atividade antibacteriana do extrato e das frações. Foram utilizadas cepas padrão de microorganismos dos seguintes grupos: gram positivo, catalase positiva - Staphylococcus aureus (CCCD – S007), cocos gram positivos, catalase negativo, beta hemolítico – Streptococcus pyogenes (CCCD – S012), bacilos gram positivo cepa multirresistente da classe das enterobactérias – Klebsiella pneumoniae , bacilo gram positivo da classe das enterobactérias – Escherichia coli (CCCD - E003) e fungo – Candida albicans (CCCD – CC001). A atividade antibacteriana e antifúngica foi avaliada por técnica de difusão em disco (OSTROSKY et al , 2008). Desenvolvimento A extração foi realizada umedecendo 30 g da amostra com 300 mL de etanol 60%, por maceração. Os 300 ml do extrato obtido a partir do percolador foi submetido ao evaporador rotativo à temperatura de 80ºC por aproximadamente 30 minutos, obtendo-se uma massa de 5,2 g de extrato seco. Posteriormente este extrato foi solubilizado em 50 ml de uma mistura de metanol e água (7:1) e fracionado, obtendo-se as seguintes frações; HEX, MeOH e AcOEt, sendo concentrados em evaporador rotativo e solubilizadas em 10 ml de DMSO para a verificação da atividade antibacteriana pela metodologia de disco difusão (PARENTE, 2009;). Resultados Os resultados preliminares podem ser verificados pela tabela a seguir. Tabela 1. Perfil de sensibilidade das bactérias e fungo avaliados frente ás frações HEX, MeOH e AcOEt do extrato de Calêndula. Microrganismos Fração HEX Fração MeOH Fração AcOEt Controles negativos Controle positivo Klebsiella pneumoniae 7 7 9 R 20 Escherichia coli R R 7 R 23 Staphylococcus aureus 9 7 10 R 19 Streptococcus pyogenes 8 R 9 R 16 Candida albicans 9 9 10 R 15 R: Resistente; Controles negativos: correspondem aos solventes e diluentes utilizados no processo de obtenção das frações; Controle positivo: corresponde aos antibióticos utilizados para controle de viabilidade de cada cepa (Tetraciclina para bactérias gram negativas, Novobiocona para S. aureus, Bacitracina para S. pyogenes e Cetoconazol para C. albicans). Resultado expresso em mm. Fontes Consultadas BORELLA, J. C.; CARVALHO, D. M. A.; TEIXEIRA, J. C. L.; Ribeiro, N. S. Influência do processo extrativo nas propriedades Físico-químicas dos extratos de Calendula officinalis L. (ASTERACEAE). Revista Eletrônica de Farmácia Vol. IX (2), 25 - 36, 2012. PARENTE, L. M. L.; SILVA, M. S. B.; BRITO, L. A. B.; LINO-JUNIOR, R. S.; PAULA, J. R.; TREVENZOL, L. M. F.; ZATTA, D. T.; PAULO, N, M. Efeito cicatrizante e atividade antibacteriana da Calendula officinalis L. cultivada no Brasil. Rev. Bras. Pl. Med. V. 11, N. 4, p. 383-391, 2009. OSTROSKY, E. A.; MIZUMOTO, M. K.; LIMA, M. E. L.; KANEKO, T. M.; NISHIKAWA, S. O.; FREITAS, B. R. Métodos para avaliação da atividade antimicrobiana e determinação da concentração mínima inibitória (CMI) de plantas medicinais. Brazilian Journal of Pharmacognosy, V. 18, N. 2, p. 301- 307, 2008. SILVEIRA, M. A. M.; VILLELA, F. A.; TILLMANN, M. A. A. Maturação Fisiológica de Sementes de Calêndula (Calendula officinalis L.). Revista Brasileira de Sementes, V. 24, N. 2, p. 31-37, 2002.
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