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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS I SUPERLARGURA LARGURAS DAS FAIXAS DE TRÂNSITO Folgas suficientes em relação à largura máxima dos veículos Acomodação estática Variações de posicionamento Veículos trafegando nas faixas em velocidades usuais TRECHOS EM TANGENTE Certa liberdade de manobra no espaço correspondente à sua faixa de trânsito Permite efetuar pequenos desvios e correções de trajetória para ajustes de curso Condição de fluidez ao trafegar na rodovia TRECHOS EM CURVA Os veículos ocupam fisicamente espaços laterais maiores que as suas próprias larguras Os trechos em curva horizontal provocam aparência de estreitamentos da pista à frente dos usuários, provocando sensação de confinamento SUPERLARGURA Acréscimo de largura necessário em uma curva de uma rodovia para manter as condições de conforto e segurança dos trechos em tangente sR superlargura a adotar em uma concordância horizontal com curva circular de raio R Calculadas considerando sempre veículos de maior porte Veículo básico tipo CO Em casos especiais, pode ser efetuados ou verificados para outros tipos de veículos SUPERLARGURA SR = LT - LN SR: superlargura para uma pista em curva horizontal (m) LT: largura total de uma pista em curva (m) LN: largura normal de uma pista em tangente (m) LN: largura total da pista em tangente (m) N: número de faixas de trânsito na pista LF: largura de projeto da faixa de trânsito (m) LN = N ×LF CÁLCULO DA SUPERLARGURA O veículo percorre o trecho em curva circular mantendo seu eixo traseiro perpendicular à trajetória, ou seja, alinhado com o raio de curvatura A roda dianteira externa descreve uma trajetória em curva circular, admitindo-se que o raio dessa trajetória seja igual ao raio da concordância horizontal (do eixo da rodovia) A trajetória de um veículo em curva circular descreve um gabarito (Gc) dado pela largura do veículo (Lv) acrescida de uma largura adicional (GA) que se deve à disposição do veículo na curva GA = OP - OX OP = R GA = R - OX R² = OX² + XY² XY = EE R² = OX² + EE² OX = √ R² - EE² GA = R – OX GC: gabarito devido à trajetória em curva (m) LV: largura do veículo, faces externas dos pneus (m) EE: distância entre eixos (m) R: raio da curva circular (m) GC = Lv + GA GA = R - √ R² - EE² GC = Lv+ R – √ R² - EE² Veículo ocupa geometricamente um gabarito devido ao balanço dianteiro (GD) acréscimo de largura devido à disposição do veículo na curva, em função do seu balanço dianteiro (BD) medido entre o eixo dianteiro e a frente do veículo GD = OZ - R GD = OQ - OP OP = R OQ = OZ OZ² = XZ² +OX² XZ = EE + BD OZ² = (EE + BD)² +OX² OZ = √(EE + BD)² +OX² OZ = √(EE + BD)² + OX² OX = √ R² - EE² OZ = √(EE² + 2.EE.BD + BD²) +R² - EE² OZ = √ 2.EE.BD + BD² +R² GD = OZ - R GD = √ 2.EE.BD + BD² +R² - R GD: gabarito devido ao balanço dianteiro (m) BD: balanço dianteiro (m) EE: distância entre eixos (m) R: raio da curva circular (m) GD = √ 2.EE.BD + BD² +R² - R Estabelece para o veículo um valor de gabarito lateral (GL) que é a folga lateral livre que deve ser mantida para o veículo de projeto em movimento O gabarito lateral é fixado em função da largura da faixa de trânsito Compensar as dificuldades naturais de manobra em curva e as diferenças entre as características de operação dos motoristas, considera-se para a pista um acréscimo de largura adicional, denominado folga dinâmica (FD) FD: folga dinâmica (m) V: velocidade diretriz (km/h) R: raio da curva circular (m) LT = N × (GC +GL ) + (N -1) × GD + FD Largura total pista de uma rodovia em curva é projetada, N faixas de trânsito, para que os efeitos de ordem estática e dinâmica sobre os usuários, causados pela curvatura, sejam devidamente compensados LN: largura total da pista em tangente (m) N: número de faixas de trânsito na pista LF: largura de projeto da faixa de trânsito (m) LN = N ×LF SR = LT - LN SR: superlargura para uma pista em curva horizontal (m) CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS • Veículo tipo CO LV = 2,6 m; EE = 6,1 m; BD = 1,2 m •Veículo articulado como veículo de projeto substitui-se o valor da distância entre-eixos (EE) por uma distância entre-eixos equivalente (EEq) EEq: distância entre eixos equivalente, para os veículos articulados (m) E1: distância entre o eixo dianteiro do veículo trator (cavalo mecânico) e o pivô de apoio do semi-reboque E2: distância entre esse pivô e o eixo traseiro (ou ponto médio entre eixos traseiros) do semi-reboque (m) • Valores de superlargura que correspondem ao caso de pista simples obtidos mediante a aplicação das fórmulações, são diretamente aplicáveis também para o caso de pista dupla • Valores de superlargura a considerar nos projetos devem ser arredondados para múltiplos de 0,20 m e limitados a mínimo de 0,40 m • Normas do DNIT consideram que superlarguras menores 0,40 m não resultariam em efeitos práticos relevantes, desconsideradas (>R$, mão obra) •AASHTO adota um limite inferior a 0,60 m, e sugere a dispensa de superlargura para curvas com raios superiores a 250 m, nos projetos com largura normal de faixa de 3,60 m CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS • Pistas com mais de 2 faixas de trânsito por sentido recomenda a redução proporcional dos valores de superlargura, levando em consideração as folgas já propiciadas pelas larguras normais das faixas e a improbabilidade de emparelhamento de três ou mais veículos com as dimensões do veículo de projeto nas curvas • Critério recomendado multiplicar os valores calculados (pista com duas faixas de trânsito) por 1,25 para pistas com três faixas e 1,50 para pistas com quatro faixas • Pistas de duas faixas que disponham de faixa auxiliar (3ª faixa, faixa de desaceleração ou de aceleração, faixa destinada a conversões ou a movimentos de entrelaçamento) faixa pode ser desconsiderada na determinação da superlargura, principalmente quando há acostamento externo CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS Pista é alargada igualmente em ambos os lados do eixo Linha central coincide com o eixo de projeto da rodovia Superlargura obtida por alargamento simétrico da pista Vantagem: preservar a posição do eixo original de projeto, mantendo-o para as finalidades construtivas e de operação Superlargura obtida por alargamento assimétrico da pista Pista é alargada somente no lado interno da curva, onde se dispõe toda a superlargura Linha central demarcada não mais coincide com o eixo de projeto, resultando deslocada para o lado interno da curva Superlargura obtida por alargamento assimétrico da pista (Pista com canteiro central) Alargamento da pista para proporcionar a superlargura será assimétrico, para o lado oposto ao canteiro central Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II, concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo tipo CO. SR = LT – LN LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD LN = N × LF N: número de faixas de trânsito na pista GC: gabarito devido à trajetória em curva (m) GL: gabarito lateral GD: gabarito devido ao balanço dianteiro (m) FD: folga dinâmica (m) LF: largura de projeto da faixa de trânsito (m) LT: largura total da pista em curva (m) LN: largura total da pista em tangente (m) Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II, concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo tipo CO.N = 2 nº faixas Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II, concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo tipo CO. LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD GC = Lv+ R – √ R² - EE² LV: largura do veículo, faces externas dos pneus (m) EE: distância entre eixos (m) R: raio da curva circular (m) GC = 2,6 + 214,88 – √ 214,88² - 6,1² GC = 2,69 m Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II, concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo tipo CO. LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD Gabarito lateral para largura de faixa LF = 3,50 m GL = 0,90 m Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II, concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo tipo CO. LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD GD: gabarito devido ao balanço dianteiro (m) BD: balanço dianteiro (m) EE: distância entre eixos (m) R: raio da curva circular (m) GD = √ 2 x EE x BD + BD² +R² - R GD = √ 2 x 6,1 x 1,2 + 1,2² + 214,88² - 214,88 GD = 0,04 m Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II, concordância horizontal de raio 214,88m e considerando o veículo tipo CO. LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD Folga dinâmica: FD: folga dinâmica (m) V: velocidade diretriz (km/h) R: raio da curva circular (m) FD = 70 10 x √214,88 FD = 0,48 m Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II, concordância horizontal de raio 214,88 e considerando o veículo tipo CO. LT = N × (GC + GL ) + (N - 1) × GD + FD LT = 2 × (2,69 + 0,9 ) + (2 - 1) × 0,04 + 0,48 LT = 7,70 m LN: largura total da pista em tangente (m) N: número de faixas de trânsito na pista LF: largura de projeto da faixa de trânsito (m) LN = N × LF LN = 2 × 3,5 LN = 7 m Exemplo: Determine a superlargura a ser adotada para um projeto de uma rodovia nova, em região de relevo ondulado, na classe II, concordância horizontal de raio 214,88 e considerando o veículo tipo CO. LT = 7,70 m LN = 7 m SR = LT – LN SR = 7,7 – 7,0 SR = 0,77 m Arredondando para múltiplo de 0,20 m (DNIT) SR = 0,80 m
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