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Aula 2 - TANATOLOGIA

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Definição
- Estudo da morte
Relevância
Determinar a realidade da morte (DO)
Causa da morte
Transplante de órgãos (em caso de morte cerebral) 
Tempo de morte (cronotanatognose)
Definição de morte (anatômica)
- Cessação dos fenômenos vitais consecutiva a perdas das funções cerebrais, cardíacas e respiratórias. Mesmo assim, alguns tecidos ainda têm função vital, como as córneas.
Classificação dos tipos de morte
- Morfológica
Anatômica: cessam os grandes sistemas
Histológica: células perdem vitalidade de acordo com cada tipo histológico 
- Funcional
Relativa: tem como reverter, como uma PCR
Absoluta: morte anatômica sem reversão 
- Morte cerebral: perda irreversível da atividade cefálica, relevância para doação de órgãos e questão de tratar ou não o paciente.
Causa jurídica de morte
- Natural: decorrente de doenças
- Violenta (causas externas)
Homicídio: pode ter culpa ou dolo
Suicídio
Acidente: atestado pelo IML
- Morte suspeita: causa pode ser ou não violenta, sendo indeterminado.
- Culpa (acidental) e Dolo (intencional): penalidade maior para dolo
- Dolo eventual – quando se assume o risco (motorista embriagado, ou em alta velocidade)
# Não há de se falar em morte sem a presença de cadáver.
Cadáver: o corpo sem vida de homem ou animal, defunto.
Provas para verificar morte
- Métodos concludentes: ausculta cardíaca, ECG, prova de fluoresceina de Icard.
- Métodos complementares
Provas de Magnus: preensão de quirodáctilo
Provas de Halluin: éter na conjuntiva
Provas de Rebouillat: éter no subcutâneo 
Fenômenos Abióticos (duvidosos)
- Não há microrganismos envolvidos no processo
1. Imediatos: inconsciência, apnéia, relaxamento dos esfíncteres, EEG e ECG isoelétricos, assistolia. Logo após a morte.
- Linha isoelétrica/assistolia
- Midríase por relaxamento muscular
- Relaxamento de esfíncteres: presença de sêmen fluindo pela uretra masculina
2. Consecutivos
- Resfriamento do corpo (algidez cadavérica): perde 1°C por hora aproximadamente.
- Desidratação e ressecamento: perda de peso, ressecamento das mucosas, apergaminhamento da pele, mancha esclerótica (certeza de morte)
- Livores de hipóstase: depósito de sangue em declives do corpo
- Rigidez cadavérica: após 2°hs, coagulação de albuminas, e os filamentos de actina e miosina não conseguem mais se moverem.
# Sinal de Sommer-Larcher (tache noir): desidratação ocular (esclera) permitindo a visualização da camada ocular pigmentada (coroide)
# Livores de Hipóstase (fixos): concentração de sangue intravascular em áreas de menor aclive no post mortem. Relevância: realidade da morte, tempo de morte (fixação) e lesão corpórea. Surgem 2-3 hs da morte e se fixam entre 8-12 hs.
# Rigidez cadavérica: rigidez corpórea resultante de processos bioquímicos (depleção de ATP)
- Historia natural do processo de rigidez (Lei de Nysten e Soomer)
Face → Tronco → MMSS → MMII
Dura 36-48hs
Começa a desaparecer após 24hs (coagulação das albuminas)
Obs: espasmo cadavérico – rigidez imediata após a morte
Fenômenos Transformativos/destruição (certeza)
Autólise: acidificação do meio celular e ativação enzimática em seguida da morte
Putrefação: marcha putrefativa em ordem (início da ação bacteriana após 6hs)
Coloração/cromática (1-7 dias): reação com sulfato-hemoglobina, cadáver preto
Enfisema/gases (2-14 dias): tecido intumescido, corpo baloniforme, mal odor
Coliquativo (3 dias – meses): ação de larvas, microrganismos, desprendimento dos tecidos
Esqueletização 
Tipos especiais:
Maceração séptica – afogamento
Maceração asséptica – intrauterino
Fenômenos Conservadores
- Mumificação
- Adipocera (umidade + sais de cálcio) - saponificação
- Litopédio/Calcificação – ocorre em cadáver fetal, acidifica e atrai cálcio para tamponar
- Corificação 
- Congelamento

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