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Administração
WEB AULA 1
Unidade 4 - Administração: enfoques e abordagens
Na Unidade 1 desta web-aula, travamos contato com os conceitos básicos de nossa disciplina e com as principais Teorias da Administração. Ao final daquela unidade, você foi convidado a explorar um pequeno quadro contendo os enfoques de cada uma das abordagens em Administração. Certamente, você percebeu que a Administração parte essencialmente de enfoques conceituais a partir dos quais teoriza e, ao mesmo tempo, materializa suas ações com vistas a alcançar os objetivos organizacionais. São, pelo menos, seis os enfoques que a Administração moderna elegeu como os principais ou os mais importantes. Isso não significa dizer que existem somente estes. Existem, evidentemente, muitos outros conceitos que podem servir à Administração em seu esforço de gestão das organizações. Vamos dar uma olhada no diagrama abaixo para entender melhor quais são os principais enfoques e abordagens nas organizações:
 
Uma organização, qualquer que seja a sua natureza – setor público, privado ou terceiro setor, opera diariamente a partir destes enfoques. Observar esses elementos contribui para que as pessoas que estão à frente das organizações encontrem soluções para os mais variados tipos de problemas e, via de regra, as pessoas encontram as soluções para os seus problemas. Estão, aí, as Teorias da Administração para comprovar essa afirmação.
Vamos retomar à evolução histórica da administração e o quadro das teorias que foram trabalhados na Unidade 1. Fica fácil perceber que a Administração Científica, por exemplo, buscou solucionar os problemas e ampliar o ganho de produtividade a partir de um enfoque maior nas tarefas. Do mesmo modo, a teoria comportamental encontrou no estudo psicossocial dos grupos envolvidos e participantes das organizações, soluções importantes para suas dificuldades mais imediatas. Ao mesmo tempo, fez novas descobertas sobre o comportamento das pessoas individualmente ou em grupo que ajudaram os administradores a propor novos modelos de gestão.
Toda essa gama de conhecimento foi sendo acumulada de modo que, nos dias atuais, o administrador não pode mais se ater a apenas um enfoque para lidar com as dificuldades por que passam as organizações. Embora o quadro da Unidade 1 apresente os enfoques de modo segmentado, entendemos que se o administrador os utilizar da mesma forma, as chances de obter êxito em seus empreendimentos será nula. O quadro apresenta a evolução das ideias na Administração. Nós sugerimos que você os conheça e procure articular as diferentes tendências e enfoques em seu próprio esforço de gestão. O acúmulo desse conhecimento, bem como dessas experiências, tem sido salutar para a nossa ciência, daí a importância de estudarmos todas essas teorias.
Atualmente, o dinamismo das empresas e das pessoas, a velocidade das mudanças e as novas exigências que a sociedade globalizada nos faz, coloca-nos em posições muito vulneráveis em relação aos nossos antepassados do início do século XX. Mas, por outro lado, os desafios do mundo atual certamente nos abrem uma série de possibilidades muito maiores e até mesmo melhores do que as que se apresentaram aos nossos avós. Essas mudanças e transformações podem ser postas à prova a partir da análise de, pelo menos, dois contextos muito específicos e diferentes, a saber a Era Industrial versus a Era do Conhecimento.
Da Era Industrial à Era do Conhecimento, ou as duas coisas:
Um indivíduo qualquer que acorda bem cedo, que toma um bom café da manhã e vai ao trabalho diariamente, tem acesso a, pelo menos, 100 vez mais informações, e em níveis qualitativos diferentes, do que um sujeito parecido com ele e que tenha vivido em 1920, por exemplo.
Ao abrir um dos jornais de grande circulação que existem no país ou uma página de notícias da internet, uma pessoa qualquer tem a possibilidade de acessar, em poucas horas ou em poucos minutos uma quantidade muito maior de informações do que um indivíduo que viveu no mundo medieval teve a oportunidade de conhecer durante toda a sua vida toda. As tecnologias, os ambientes e as pessoas se relacionam tão rápido e com tanta intensidade que seria impossível abordar um desses elementos isoladamente. De igual modo, tudo o que as pessoas realizam ou fazem no seu dia a dia ou em toda a sua vida também não pode ser abordado ou conhecido isoladamente.
Na Era do Conhecimento, os seres humanos são obrigados a lidar com uma infinidade de conceitos, ferramentas e elementos ao mesmo tempo em que acumulam, digerem e tornam utilizável uma quantidade absurda de informações diariamente. Há, visivelmente, um confronto ocorrendo neste exato momento entre o que conhecemos por Era Industrial e o que convencionamos chamar de Era do Conhecimento:
Acompanhe, abaixo, as características que definem cada uma dessas Eras ou fases:
Era Industrial:
Hierarquia rígida;
Conformidade – indivíduos aceitam as mesmas tarefas, as mesmas funções e a mesma remuneração praticamente a vida toda;
Divisão do trabalho e hiper-especialização do trabalhador;
Padronização e rotineirização dos serviços e atividades;
Objetivo Imediato: produzir e acumular riqueza material a partir da produção e comercialização em larga escala e em grandes quantidades.
Prevalência da visão quantitativa.
Era do Conhecimento:
Igualdade de oportunidades e individualismo;
Criatividade e diversidade de ideias, opiniões e visões de mundo;
Descentralização e autonomia;
Sustentabilidade;
Objetivo Imediato: qualidade de vida e conservação de recursos a partir de uma produção e comercialização sustentável.
Prevalência de uma visão qualitativa.
 
Comparando essas duas fases ou momentos, podemos visualizar, ainda, como cada uma delas encara os diversos tipos de elementos que compõem as organizações:
	 
	Era Industrial
	Era do Conhecimento
	Pessoas
	Custos/ Recursos
	Receita e possibilidade de geração de renda
	Fonte de Poder
	Hierarquia/ Acúmulo de poder via função
	Nível de Conhecimento
	Luta pelo poder
	Operário X Capitalistas
	Meritocracia
	Informação
	Ferramenta de Controle
	Comunicação
	Tamanho da organização
	Grande porte
	Poucas pessoas
É necessário sublinhar que a Era Industrial, embora tenha sofrido agravos a partir do surgimento de novos modelos, não desapareceu e talvez nunca desapareça. Existem centenas de milhares de organizações que atuam a partir desse modelo e que são altamente lucrativas e competitivas. Do mesmo modo, as organizações que atuam a partir dos pressupostos colocados pela era do conhecimento ou tentam se adaptar, também têm apresentado bons resultados.
O que se observa é que já há uma grande tendência que empurra esses dois modelos um ao encontro do outro, ou melhor, é certo que já está havendo uma mistura de valores e práticas e, até mesmo, o que podemos tratar por uma “miscigenação” dos conceitos dessas duas modalidades distintas.
Assim como as teorias da Administração tendem a abarcar um número cada vez maior de conceitos para não perder a eficiência, e tendem também a trabalhar com um número cada vez maior de enfoques para se tornarem eficazes, conceitos e ideias que pertencem a um determinado período histórico tendem a incorporar conceitos e ideias que, eventualmente, surgem e que pertencem a outras eras.
Web aula 2:
Abordagem Organizacional:
 
A que tipo de organização você pertence, atua ou dirige? Esta pergunta, muito frequente nos dias atuais, aponta para a existência de um grande e variado número de organizações, com características e práticas diferentes. Henry Mintzberg disse, certa vez, que a obsessão por números e o excesso de zelo em fazer da Administração uma grande ciência da técnica e dos métodos, podem danificar e trazer sérios prejuízos à gestão organizacional.
Mintzberg acredita que as organizações, assim como os seus gestores, devem caminhar firmemente em direção aos seus objetivos e metas, sem jamais abrir mão da capacidade de dar respostas às imposições, dificuldades e problemas que o ambiente lhe traz.Ou seja, sem perder a qualidade de mudar sempre que for necessário e oportuno.
Segundo Mintzberg, a organização empresarial se divide em sete tipos diferentes:
O primeiro modelo é do tipo empresarial, cuja parte mais importante está concentrada em uma cúpula estratégica que centraliza as decisões na figura de um executivo empreendedor. Esses tipos de organizações aparecem constantemente em novelas e filmes. Existe um chefe patriarca que comanda a empresa e, consequentemente, a família.
O segundo tipo é o da empresa máquina, comandada por uma tecnoestrutura composta de técnicos e gerentes especializados. Os técnicos buscam padronizar as estruturas e estabelecer rotinas que ampliam o controle sobre os grupos existentes nas organizações por meio de regulamentos e normas. Tendem, portanto, a tornar excessivamente formal toda a estrutura.
O terceiro tipo é a organização profissional. Esse tipo tem, à frente, um núcleo operacional composto por especialistas independentes que assumem o controle das tarefas e das decisões. Há um grau elevado de autonomia dos profissionais que atuam nesse tipo de organização. Por outro lado, esse elevado grau de autonomia que sempre evolui para a democratização, acaba dificultando a coordenação dos trabalhos e dos processos de tomada de decisões, sobretudo quando as divergências se tornarem maiores que os consensos.
Nas organizações diversificadas, quarto tipo de organização proposto por Mintzberg, uma linha média de gerentes administra todas as linhas de negócios e atividades. Nesses casos, a linha média se situa entre a cúpula empresarial e os encarregados de produção. Esse desenho estrutural tende a se tornar altamente burocrático para a organização, impedindo que as decisões e movimentos sejam efetuados com a velocidade necessária quando oportunas.
O quinto tipo de organização propõe um modelo que elege o pessoal da pesquisa e do desenvolvimento como os mais importantes membros da organização. Esse núcleo (P&D,development, etc...) lida diretamente com o conhecimento. A ênfase desses profissionais é a busca de mais conhecimento para lidar com ambientes extremamente dinâmicos ou específicos.
O sexto tipo de organização é o que possui um modelo missionário ou revolucionário. Seu norte é a ideologia do grupo ou da instituição a qual pertencem os ideologistas. Por meio de crenças e símbolos, estabelecem e exercem controle sobre os demais membros ou grupos das organizações.
Finalmente existem as organizações do tipo político. Nessas organizações, não há uma parte mais importante ou que exerce um comando, pois estas organizações estão envolvidas em constantes conflitos e mudanças.
Com os sete modelos ou tipos de organização sugeridos por Mintzberg, podemos perceber uma série de conceitos que fazem parte do nosso dia a dia em nossas instituições. A pergunta que fizemos no início desse capítulo não foi uma pergunta retórica. Ela precisa ser respondida constantemente por você, por mim e por todos aqueles que atuam em uma organização, pois estas mudam e podem ganhar feições diferentes de tempos em tempos.
Da mesma forma, faz-se necessário realizarmos o exercício de confrontar as teorias com a realidade em que vivemos sempre. Se conseguirmos identificar em nossa realidade prática e material os mesmos elementos ou características que são descritas nos livros e teorizadas pelos grandes pensadores, então poderemos dizer que tais teorias são verdadeiras ou reais.
Outro importante pensador, chamado Peter Senge, afirma que as organizações devem aprender a lidar com as mudanças contínuas e ininterruptas. Sua sobrevivência depende dessa capacidade de aprender a lidar e atuar em ambientes cada vez mais voláteis, flexíveis ou líquidos, como sustenta Zygmunt Bauman.
	Para Saber Mais:
Antes de retomarmos o estudo das organizações na perspectiva de Peter Senge, vamos tentar entender o que está ocorrendo com o mundo na visão de um dos mais importantes filósofos da contemporaneidade, Zygmunt Bauman.
Para Bauman, o homem busca intensamente estabelecer maior solidez em suas relações, mas, em face do dinamismo e das mudanças que a contemporaneidade lhe impõem, ele se ressente e teme assumir compromissos, relacionamentos e atividades duradouras pois, com isso, pode perder algo novo ou “ficar para trás” em um mundo que se transforma tão rapidamente. Desse modo, todas as convicções humanas, relações, sentimentos, valores, quadros de referência, posturas e atitudes tendem a se tornar voláteis, altamente flexíveis e nada sólidas. A sociedade de fins do século XX que Bauman visualiza é uma sociedade líquida.
O filósofo polonês utiliza uma metáfora bastante interessante para ilustrar como vivemos nessa sociedade líquida. De acordo com Zygmunt Bauman, os homens estão correndo sobre um gigantesco lago recoberto por uma fina camada de gelo. Além do gelo, um nevoeiro espesso paira sobre o lago, de modo que os homens que se movimentam sobre ele não conseguem enxergar o que está a sua frente.
De um lado, os homens não podem parar, pois, caso o façam, a fina camada de gelo se rompe e os homens se afogam ou morrem congelados nas águas escuras do lago. Do outro, precisam correr mesmo que não enxerguem o que está ou existe a sua frente.
O grande dilema, proposto por Bauman aos homens contemporâneos através dessa metáfora, serve não somente para os indivíduos, mas também para os grupos de indivíduos, para as empresas e para a sociedade como um todo. Viver em uma sociedade tão volátil e fluída como a sociedade contemporânea só deixa mesmo uma alternativa aos homens, correr sempre.
Dica de leitura:
Acesse o link <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-20702004000100015&script=sci_arttext> e leia a entrevista que a historiadora brasileira Maria Lucia Garcia Palhares Burke realizou com o autor para a Revista Tempo Social.
Aterrorizador não é? Eu também fiquei horrorizado e preocupado com a visão de Bauman na primeira vez que tive a oportunidade de ler um texto de sua autoria. Além da preocupação com as características dessa nova era, o que me restou naqueles dias foi confrontar o que Bauman haviam dito com a minha realidade material.
Na verdade, estou fazendo isso até hoje, mas o que posso lhes garantir é que o filósofo faz uma leitura muito fiel da realidade que nos cerca. É nesse ambiente que você, enquanto administrador, vai ter que conduzir a organização da qual participa. Você, certamente, deve estar se perguntado se há possibilidade de chegar ao final do lago após uma longa e cansativa corrida? Peter Senge diz que sim.
Retomando o raciocínio de Senge, as empresas precisam aprender a lidar em ambientes de intensas mudanças e transformações. Aprender. Essa palavra soa pesada aos nossos ouvidos porque quase sempre aprender demanda esforço, sacrifício, entrega, renúncia e dedicação. Senge mapeou e apontou as principais dificuldades que pessoas e organizações têm com o aprender. E quase todas elas têm a ver com nossa incapacidade de se esforçar, sacrificar-se, entregar-se, renunciar as coisas e se dedicar a algo com afinco. Vejamos o que Peter Senger tem a nos dizer sobre isso:
As pessoas estão mais preocupadas com a posição que ocupam dentro das organizações do que necessariamente com a própria organização, ou o todo;
Costumeiramente as pessoas atribuem culpa de seus fracassos a fatores externos a elas e dificilmente reconhecem as próprias deficiências e problemas;
O imediatismo nos atinge como uma flecha certeira a todo o instante bem no meio dos olhos. A violência do seu impacto nos cega e nos impede de desenvolver visões e perspectivas de longo prazo;
Aprender não significa somente viver ou passar por experiências. Aprender exige estudo, mas, antes disso, exige um olhar para si mesmo e o reconhecimento de que pouco ou nada sabemos.
Finalmente, a alta cúpula quase sempre não tem razão. Confiar cegamente em suas decisões é como parar de correr sobre o lago congelado.
Esse último ponto nos coloca de volta no ponto de partida da unidade 2. Quando mencionamos no início de nossa aula-atividadeque os indivíduos ou os grupos de indivíduos devem focar e articular todos os elementos da organização – informação, pessoas, ambiente, competitividade, tecnologias, tarefas, estrutura e etc., estávamos dizendo justamente isso, o que nos ensinou Senge: é preciso pensar e agir de modo sistêmico.
Abordagem Sistêmica:
Deixamos para a parte final   desta unidade os aspectos que definem o pensamento sistêmico, seus desdobramentos e suas abordagens. Lembre-se de que nós estamos tentando dizer a você, desde o nosso primeiro contato na Unidade 1 que, nos dias atuais, pensar a Administração de Empresas ou as organizações a partir de uma única abordagem pode lhe custar a vida no mundo corporativo.
Para Maximiano (2007), o pensamento sistêmico ou a abordagem sistêmica é mais complexa abordagem e, ao mesmo tempo, uma das mais importantes ferramentas da Administração. Convido-o, então, a olhar para o diagrama acima e analisá-lo com cuidado.
Antes de tudo, é preciso dizer que você está olhando para um sistema. Nesse caso, e como não poderia deixar de ser diferente, esse é um sistema construído para que os administradores possam pensar as organizações. Nesse diagrama, os resultados constituem o elemento definidor da organização. Porém, se olharmos atentamente, vamos perceber que todos os elementos que constituem uma organização estão privilegiados e aparecem no diagrama.
Lá, estão os processos, ponto de partida dos estudos de Taylor/ Ford e do modelo japonês de administração; as pessoas, ponto de partida da teoria comportamental; as estratégias e planos, pontos centrais do Planejamento Estratégico etc.
Além desses elementos, a teoria sistêmica aborda e se relaciona com os elementos definidores da Administração como os clientes, a sociedade, a informação e o conhecimento.
Mas o que é um sistema? Embora existam muitas controvérsias em torno do conceito, podemos pensar, pelo menos por enquanto, que um sistema pode ser definido como um conjunto de entidades ou partes, elementos ou componentes que se relacionam e interagem entre si. Tais entidades ou partes, por sua vez, podem ser físicos ou materiais e abstratos ou conceituais. Não preciso dizer novamente que essas partes se relacionam e se interagem etc. [...]
Quando alguém quer explicar algo muito complexo, normalmente diz que aquilo é um sistema. No campo da Administração, o conceito de sistema constitui-se um sistema de ideias materiais e abstratos que contribuem para que os administradores elaborem ou reelaborem processos, operações, ações, alcancem resultados e dirijam pessoas, tudo isso pensando e considerando os diversos elementos que constituem uma organização ao mesmo tempo. Daí a ideia de complexidade.
Para pensar as organizações enquanto sistemas, é preciso atentar para, pelos menos, dois elementos elementares e essenciais no que tange a sua formação. Para facilitar a compreensão, elaboramos um outro diagrama, observem:
Percebemos, obviamente, que o enfoque sistêmico se formou essencialmente a partir da junção ou interação dos sistemas técnicos e dos sistemas sociais de uma organização. O primeiro é formado por todos os aspectos materiais das organizações – recursos e componentes físicos – e pelos componentes abstratos – missão, valores, normas. O segundo é formado por todas as manifestações sociais e comportamentais que envolvem as pessoas – indivíduos e grupos.
Para ampliar ainda mais a nossa compreensão sobre o enfoque sistêmico, ainda que superficialmente, elaboramos, abaixo, um pequeno resumo das principais teorias do enfoque sistêmico.
Teorias do Enfoque Sistêmico:
As três principais teorias do enfoque sistêmico partem a ideia de componentes – processo, pessoas, ambiente, informação, conhecimento e outros – que se relacionam e interagem constantemente dentro de um todo que é a própria organização.
No decorrer de nossa disciplina, sobretudo nas teleaulas vamos ter a oportunidade de discutir com maior profundidade cada uma das teorias. Por ora, vamos simplesmente sobrevoá-las na tentativa de estabelecer um primeiro contato.
GESTALT: o todo é maior que a soma das partes e as propriedades das partes são definidas toda a que pertencem.
CIBERNÉTICA: a informação é a base do controle dos sistemas. O auto-controle de um sistema depende de informações sobre seu objetivo e sobre o seu desempenho.
TEORIA GERAL DOS SISTEMAS: o desempenho de qualquer componente depende do sistema em que se insere. É preciso considerar, ainda, outros componentes externos ao sistema em que esses componentes estão inseridos – visão holística – para lidar com a complexidade de todos.
Virtualmente, o que podemos apreender da teoria geral dos sistemas ou enfoque sistêmico é que (1) realidades complexas exigem um tratamento complexo para se chegar a entendimentos; e (2) as partes de um sistema – componentes – estabelecem entre si uma complexa rede de interdependências, influenciando-se mutuamente.
Bom, por ora é o que temos para discutir em nossas web-aulas. Vamos, agora, para as avaliações virtuais e para os outros ambientes de aprendizagem. Um grande abraço a todos!

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