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26/02/2016 1 Insônia Henrique Augusto Lino INTRODUÇÃO LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Polissonografia TOGEIRO, Sônia Maria Guimarães Pereira; SMITH, Anna Karla. Métodos diagnósticos nos distúrbios do sono. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 27, supl. 1, p. 8-15, May 2005 . INSÔNIAS LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Classificação Internacional dos Transtornos do Sono (American Academy of Sleep Medicine) • Classificação dos transtornos do sono • Oito categorias – três eixos básicos – Sintoma principal – Sistema funcional afetado – Fatores fisiopatológicos LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. 26/02/2016 2 Classificação Internacional dos Transtornos do Sono (American Academy of Sleep Medicine) • Insônia de ajuste (insônia aguda) • Insônia psicofisiológica • Insônia paradoxal • Insônia idiopática • Insônia causada por doença mental • Higiene inadequada do sono • Insônia comportamental da infância • Insônia causada por drogas ou substâncias • Insônia causada por condições médicas • Insônia não causada por substâncias ou condição fisiológica conhecida • Insônia inespecífica (insônia não orgânica; não especificada de outra forma) • Insônia fisiológica (orgânica); inespecífica NEVES, Gisele S. Moura L. et al. Transtornos do sono: visão geral. Revista Brasileira de Neurologia, v. 49, n. 2, p. 57-71, 2013. Classification schemes for insomnia By comorbidity¹ By duration² By severity³ Related to a psychiatric disorder (nonorganic) Transient, 2–3 d Mild, almost nightly, associated with little or no evidence of social or occupational impairment Related to an organic factor (i.e., medical condition) Short-term, less than 3 wks Moderate; nightly, mild to moderate impairment with associated symptoms Related to substance use or abuse Long-term, more than 3 wks Severe; nightly, severe impairment, significant restlessness, fatigue, irritability and anxiety Primary insomnia HOLBROOK, Anne M. et al. The diagnosis and management of insomnia in clinical practice: a practical evidence- based approach. Canadian Medical Association Journal, v. 162, n. 2, p. 216-210, 2000. ¹American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders (DSM-IV). 4th rev ed. Washington: The Association; 1994. 2. ²Hindmarch I, Ott H, Roth T. Sleep, benzodiazepines and performances: issues and comments. Psychopharmacology Suppl 1984;1:194-202. 3. ³Hauri PJ, Esther MS. Insomnia. Mayo Clin Proc 1990;65:869-82. Insônia • Queixa mais comum sobre o sono • Crônica e co-morbidade • Primária na ausência de co-morbidades • Incapacidade de iniciar ou manter o sono, sono de má qualidade, sintomas diurnos de fadiga, baixo redimento e insatisfação com a qualidade do sono obtido LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Insônia • Hx / familiares • Aguda – Até 3 meses – Fatores estressores psicogênicos, médicos ou ambientais • Crônica – Doenças físicas, mentais, transtornos do ritmo circadiano, medicamentos e transtornos primários do sono – Associada à transtornos psiquiátricos • Intermitente LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Classificação Internacional dos Transtornos do Sono (American Academy of Sleep Medicine) A. Queixa – Dificuldade de iniciar o sono – Manter o Sono – Despertar precoce – Sono cronicamente não restaurador – Má qualidade do sono B. Sintomas acima ocorrem apesar de existir contexto adequado para o sono LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Classificação Internacional dos Transtornos do Sono (American Academy of Sleep Medicine) C. Presença de queixas relacionadas às dificuldades – Fadiga – Déficit de atenção, concentração, memória – Disfunção social, profissional ou acadêmica – Irritabilidade – Sonolência excessiva diurna (SED) – Falta de motivação, energia – Propensão a erros, acidentes no trabalho ou ao dirigir – Cefaleias, tensão, sintomas gastrintestinais – Preocupação com o sono LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. 26/02/2016 3 Insônia psicofisiológica • Causas – Tensão somatizada por internalização de emoções – Condicionamento negativo aprendido em relação ao ato de dormir – hiperalerta • Pode inicialmente ser aguda e depois cronificar • Ciclo vicioso: paciente tenta dormir mas fica mais agitado e disperso • Mais frequente no adulto jovem e mulher idosa • Pode levar ao vício à hipnóticos e/ou álcool LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Insônia psicofisiológica • Sem sonolência diurna – hiperalerta • Alterações cognitivas leves – memória, atenção, alterações do humor, redução do rendimento psicomotor, fadiga, maiores níveis de ansiedade, estresse, tensão, redução do vigor, ansiedade e sintomas depressivos • Dx na ausência de transtorno mental e doenças médicas em geral • Polissonografia: transtornos simultâneos, dúvida diagnóstica e resistência ao tratamento LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Insônia psicofisiológica • Tratamento comportamental (complementar) – Restrição do sono – Medidas de higiene do sono – Controle de estímulo – Técnicas de relaxamento – Controle do estresse – Psicoterapia cognitivo-comportamental • Farmacológico – Antidepressivos – Agentes hipnóticos LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Insônia idiopática • “Insônia com início na infância” • Impossibilidade crônica de obter sono suficiente • Começa na infância e persiste por toda a vida • Fatores que dificultam o diagnóstico são condicionamento negativo, transtornos psiquiátricos e abuso de álcool • Tratamentos geralmente pouco satisfatórios, sendo usada a terapêutica da insônia psicofisiológica LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Insônia paradoxal • Pseudo-insônia ou má percepção do padrão de sono • Queixas subjetivas de insônia relatadas pelo paciente sem comprovação polissonográfica • Causa desconhecida • Dx na ausência de outros transtornos do sono ou mentais ou doenças médicas que justifiquem • Tratamento com orientação psicológica LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Insônia secundária a transtorno mental e co- morbidade • Relação causal direta ou temporal com transtorno subjacente • Transtornos de humor, ansiedade, esquizofrenia, farmacodependência e somatoformes • Desaparece com estabilização do quadro subjacente • DDX insônia secundária à transtorno mental e insônia como co- morbidade anamnese • Evolução indedependente • Queixas foco principal (desviando atenção da doença de base) – Má qualidade do sono – Sintomas diurnos LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. 26/02/2016 4 Insônia Secundária ao uso de hipnóticos • Tolerância e dependência de hipnóticos insônia primária ou secundária inicial • Fatores predisponentes – BZD de meiavida curta – Tempo de uso prolongado – Uso inadequado – Características do paciente • Tolerância à dose terapêutica aumento progressivo da dose • Redução gradual e progressiva das doses e terapia cognitivo comportamental como tratamento LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Insônia Aguda • Paciente antes com sono normal desenvolve insônia • Sintomas de insônia e sintomas do fator precipitante • Resolução com suspensão do fator precipitante • Pode cronificar-se • Tratamento com BZD e outros hipnóticos de meia-vida curta e ação rápida. • Midazolan, triazolan, zopiclone, eszopiclone, zaleplon, zolpidem • Antidepressivos sedativos também podem ser usados: amitriptilina, clomipramina, doxepina, imipramina, maprotilina, trimipramina, nefazodona, trazodona, mitazapina LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Critérios Diagnósticos para F51.0 - 307.42 Insônia Primária A. A queixa predominante é de dificuldade em iniciar ou manter o sono, ou de sono não reparador, por pelo menos 1 mês. B. O distúrbio do sono (ou fadiga diurna associada) causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. C. O distúrbio do sono não ocorre exclusivamente durante o curso de Narcolepsia, Transtorno do Sono Relacionado à Respiração, Transtorno do Ritmo Circadiano do Sono ou de uma Parassonia. D. O distúrbio não ocorre exclusivamente durante o curso de outro transtorno mental (por ex., Transtorno Depressivo Maior, Transtorno de Ansiedade Generalizada, delirium). E. O distúrbio não é devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: texto revisado (DSM-IV-TR). Artmed, 2002. Insônia na Criança Faixa Etária Causas Lactente Distúrbios de associação do início do sono 2-3 anos Hábito de alimentação ou ingestão noturna excessiva de líquidos Alergia ao leite de vaca Doenças crônicas ou agudas Pré-Escolar e Escolar Falta do estabelecimento de limites Medo, pesadelos Doenças crônicas ou agudas Adolescência Ansiedade Pressão familiar ou escolar Distúrbios emocionais (anorexia, esquizofrenia, mania) Doenças crônicas ou agudas NUNES, Magda Lahorgue. Distúrbios do sono. Jornal de pediatria, v. 78, n. 1, p. 63-72, 2002. Tratamento da Insônia • O hipnótico “perfeito” – Deveria possibilitar a ocorrência de um sono com arquitetura normal não um sono farmacologicamente alterado – Não causaria efeitos no dia seguinte, como ansiedade de rebote ou persistência da sedação – Não interagiria com outros medicamentos – Uso crônico não causaria dependência ou insônia de rebote após interrupção • Controvérsias – Tratamento farmacológico versus o não farmacológico – Uso de hipnóticos de curta ação versus o de longa ação BRUNTON, Laurence L.; CHABNER, Bruce A.; KNOLLMANN, Björn C. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman-12. McGraw Hill Brasil, 2012. Diretrizes para prescrição médica no tratamento da insônia • Uso dos hipnóticos que agem nos receptores GABA-A (BZD e agentes novos) preferível aos BBT. – Índice terapêutico maior – Menos tóxicos em overdose – Efeitos deletérios menores sobre a arquitetura do sono – Menor potencial de uso abusivo BRUNTON, Laurence L.; CHABNER, Bruce A.; KNOLLMANN, Björn C. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman-12. McGraw Hill Brasil, 2012. 26/02/2016 5 Diretrizes para prescrição médica no tratamento da insônia • Compostos de meia-vida mais curta devem ser preferidos – Em pacientes com insônia que manifesta-se sem ansiedade diurna significativa – Paciente que necessite exercer suas funções com plena eficácia durante o dia • BZD com meia-vida longa são preferidos – Pacientes com ansiedade diurna significativa – Pacientes capazes de tolerar sedação – Pacientes que recebem tratamento para episódios depressivos maiores • Agentes mais antigos: BBT, hidrato de cloral e meprobamato – Evitar – Alto potencial de uso indiscriminado – Perigosos em caso de overdose BRUNTON, Laurence L.; CHABNER, Bruce A.; KNOLLMANN, Björn C. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman-12. McGraw Hill Brasil, 2012. Efeitos dos BZD na arquitetura do sono e EEG POYARES, Dalva et al. Hipnoindutores e insônia Sleep promoters and insomnia. Rev Bras Psiquiatr, v. 27, n. Supl I, p. 2-7, 2005. ABS: Algoritmo básico ideal para o controle de pacientes com insônia NEVES, Gisele S. Moura L. et al. Transtornos do sono: visão geral. Revista Brasileira de Neurologia, v. 49, n. 2, p. 57-71, 2013. ABS: Algoritmo básico ideal para o controle de pacientes com insônia • Associação Brasileira de Sono • Primariamente uso da TCC, depois farmacológico 1. ARGABA-A: Zolpidem (padrão); Zopiclona (recomendado); 2. Antidepressivos sedativos: trazodona (recomendado), doxepin (recomendado), tricíclicos (opcional), mirtazapina (opcional); 3. Valeriana (opcional); 4. Benzodiazepinos (opcional); 5. Agonistas do receptor da melatonina (opcional); 6. Outros fármacos: os anti-histamínicos são opcionais, enquanto os antipsicóticos não são recomendados. NEVES, Gisele S. Moura L. et al. Transtornos do sono: visão geral. Revista Brasileira de Neurologia, v. 49, n. 2, p. 57-71, 2013. ABS: Algoritmo básico ideal para o controle de pacientes com insônia • Mecanismo de ação padrão: via GABAérgica • BZD e agonistas do receptor GABA-A (zolpidem, zolpiclona) são os fármacos mais bem tolerados • Para iniciar e manter o sono, os medicamentos com meia-vida curta são os mais indicados – Zolpidem e zolpiclona reduzem de forma eficaz o tempo de latência do sono, sem causar sedação residual durante o dia – BZD e agonistas podem causar sedação residual, alterações da memória, quedas, alterações comportamentais durante a noite, depressão respiratória (associados ao álcool) NEVES, Gisele S. Moura L. et al. Transtornos do sono: visão geral. Revista Brasileira de Neurologia, v. 49, n. 2, p. 57-71, 2013. ABS: Algoritmo básico ideal para o controle de pacientes com insônia • Antidepressivos com ação sedativa podem ser usados no tratamento da insônia associada à depressão (trazodona, doxepina, amitriptilina), uso sempre associado à psicoterapia • Agonistas do receptor da melatonina são usados em transtornos circadianos • Medicação hipnótica crônica pode ser indicada para uso em longo prazo em pacientes com insônia grave ou refratária, ou doença comórbida crônica – uso de TCC associado NEVES, Gisele S. Moura L. et al. Transtornos do sono: visão geral. Revista Brasileira de Neurologia, v. 49, n. 2, p. 57-71, 2013. 26/02/2016 6 Farmacoterapia da insônia primária (adaptado de Quinhones et al.) NEVES, Gisele S. Moura L. et al. Transtornos do sono: visão geral. Revista Brasileira de Neurologia, v. 49, n. 2, p. 57- 71, 2013. Agentes hipnóticos BZD e não BZD Nome Grupo Farmacológico Meia-vida (h) Tempo para ação Dose adultos (mg) Metabólitos ativos Zolpidem Imidazopiridi na 1,5 a 2,5 20 a 30 5 a 10 Não Zaleplone Pirazoliprimidi na 1,5 a 3 20 a 30 10 a 20 Não Zopiclone Ciclopirrolona 4 a 6 20 a 30 3,75 a 7,5 Sim Eszopiclone Ciclopirrolona 1 a 5 20 a 30 3,75 a 7,5 Sim Ramelteon Indefuran 1 a 3 20 a 30 15 a 60 Não Triazolam BZD 0,5 a 2 20 a 30 0,25 a 0,5 Não Midazolan BZD 1,5 a 2,5 30 a 90 7,5a 15 Sim Estazolam BZD 10 a 24 15 a 30 1 a 2 Não Flunitrazepam BZD 10 a 20 20 a 30 0,5 a 1 Sim Flurazepam BZD 70 a 10 15 a 30 7,5 a 15 Não LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Agentes hipnóticos BZD e não BZD Nome Grupo Farmacológico Meia-vida (h) Tempo para ação Dose adultos (mg) Metabólitos ativos Diazepam BZD 20 a 40 20 a 30 5 a 10 Sim Temazepam BZD 10 a 24 60 a 120 15 a 30 Não Lormetazepa m BZD 8 a 24 30 a 60 1 a 4 Não Oxazepam BZD 3 a 6 30 a 60 15 a 30 Não Quazepam BZD 15 a 40 25 a 45 7,5 a 15 Sim Nitrazepam BZD 25 a 35 20 a 40 5 a 10 Sim Alprazolam BZD 6 a 20 20 a 40 0,25 a 3 Sim Bromazepam BZD 10 a 12 30 a 40 3 a 6 Sim Cloxazolam BZD 18 a 20 20 a 30 18 a 20 Sim Clonazepam BZD 20 a 60 20 a 30 0,5 a 2 Sim LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Antidepressivos Nome Grupo Farmacológico Dose (mg) Efeito Sedativo Meia-vida (h) Amitriptilina ADTC 25 a 300 3 16 a 30 Clomipramina ADTC 25 a 250 2 32 a 70 Doxepina ADTC 25 a 300 3 16 a 30 Imipramina ADTC 25 a 300 2 12 a 30 Maprotilina ADTC 25 a 225 2 48 Trimipramina ADTC 25 a 300 3 16 a 30 Mirtazapina AT 7,5 a 45 4 16 a 30 Mianserina AT 30 a 90 4 16 a 30 Nefazodona AT 150 a 600 3 3 Trazodona AT 50 a 600 3 6 LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995. Tratamento não farmacológico para a insônia crônica • Terapia Cognitiva 1) uma falsa expectativa do tempo necessário de sono ("Eu não consigo dormir as oito horas de sono que são necessárias para o meu bem-estar..."); 2) uma concepção inadequada das causas da insônia ("Minha insônia é a conseqüência de um desequilíbrio químico..."); 3) a amplificação das suas conseqüências ("Eu não consigo fazer nada após uma má noite de sono..."). • Terapia do controle de estímulos – Treinar o insone a reassociar o quarto de dormir e a cama com um rápido início do sono abreviar as atividades incompatíveis com o sono PASSOS, Giselle Soares et al. Nonpharmacologic treatment of chronic insomnia. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 29, n. 3, p. 279-282, 2007. Tratamento não farmacológico para a insônia crônica • Terapia de restrição do sono – Redução do tempo despendido na cama de modo a que este se aproxime do tempo total de sono eficiência de sono de 90% • Terapia de relaxamento – Tencionar e relaxar diferentes grupos musculares de todo o corpo Diminuição do alerta fisiológico (tensão muscular) – Estímulos visuais (imagens confortáveis ou neutras) e/ou auditivos (músicas) para desfocar a atenção do paciente • Terapia de intenção paradoxal – Ficar acordado durante a noite • Fototerapia – Aumentar estado de alerta com luz W = 2.500 e 10.000 lux; d = 90cm; t = 30min – 2h PASSOS, Giselle Soares et al. Nonpharmacologic treatment of chronic insomnia. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 29, n. 3, p. 279-282, 2007. 26/02/2016 7 Tratamento não farmacológico para a insônia crônica • Higiene do sono – Educar os hábitos relacionados à saúde • Exercício físico – “Melhorar a qualidade do sono, embora o tipo, a intensidade e a duração do exercício ainda não estejam bem definidos” PASSOS, Giselle Soares et al. Nonpharmacologic treatment of chronic insomnia. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 29, n. 3, p. 279-282, 2007. PEROGAMVROS, Lampros et al. Sleep and dreaming are for important matters. Frontiers in psychology, v. 4, 2013. Referências • LOUZÃ NETO, Mario Rodrigues et al. Psiquiatria básica. In: Psiquiatria básica. Artes Médicas, 1995.
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