Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
26/02/2016 1 CRIPTOSPORIDIOSE Histórico Tyzzer, 1907 C. muris C. parvum C. meleagridis diarreia em perus e depois descrita em humanos 1980 (EUA) 21 casos; homens jovens, aparentemente saudáveis, comportamento homossexual, diarreia grave e debilitante e associação à AIDS. Etiologia e Morfologia Filo Apicomplexa (complexo apical associado à adesão e interiorização da célula) Classe Conoidasida Subclasse Coccidiasina Ordem Eucoccidiorida Subordem Eimeriorina Família Cryptosporididiidae Etiologia e Morfologia Parasito intracelular obrigatório Não mantém contato direto com o citoplasma da célula hospedeira (adesão ao epitélio; interiorização do vacúolo parasitóforo organela alimentar proteção contra resposta imune e nutrição) Oocistos: único estágio exógeno do parasito; 3 X 8,5 µm; formato esférico ovalado; quatro esporozoítos no interior. Taxonomia C. hominis C. parvum C. meleagridis 26/02/2016 2 Epidemiologia Prevalência 2,6 a 21,3% África 3,2 a 31,5% Américas Central e do Sul 1,3 a 13,1% Ásia 0,1 a 14,1% Europa 0,3 a 4,3% América do Norte Investigação Sorológica Grupos de Risco Epidemiologia C. hominis: Américas, África, Ásia e Austrália C. parvum bovino: Europa Presença na água / detecção / resistência Transmissão Ingestão de oocistos excistação 4 esporozoítos (intestino delgado) * estimulação por sais biliares e enzimas pancreáticas Excistação extra-intestinal Trofozoítos dividem-se assexuadamente (merogonia ou esquizogonia) formação de merontes Merozoítos tipo II originam gametas Merozoítos tipo I são invasivos e reiniciam o ciclo Transmissão por via fecal-oral Vetores mecânicos 26/02/2016 3 Patogenia Diarreia: transtornos epiteliais (infecção dos enterócitos; infiltração de células inflamatórias na lâmina própria; desarranjo da arquitetura epitelial; hiperplasia das células das criptas e apoptose celular) Inflamação com produção de TNF e PGs Possibilidade de enterotoxina Sinais e Sintomas Incubação: 7 dias (2 a 14) Diarreia aquosa, presença de muco nas fezes, desidratação, perda de peso, anorexia, dor abdominal, febre baixa, náuseas e vômitos Dores articulares, vertigens, mialgias e síndrome de Reiter Sintomas duram uma ou duas semanas Resolução espontânea em imunocompetentes Sinais e Sintomas Comprometimento imunológico Redução de T CD4+ Menos de 200 células/mm³ de sangue Sintomas gastrointestinais mais graves Criptosporidiose fulminante Sítios extra-intestinais: fígado, pâncreas e vesícula biliar: cirrose, pancreatite, colangiopatia crônica, colangite esclerosante (sem cálculos) e colangiocarcinoma. Sintomas respiratórios: tosse, rouquidão e falta de ar. Oocistos podem causar pneumonia. 26/02/2016 4 Diagnóstico Detecção de oocistos nas fezes (50.000 oocistos/g/fezes) Antes era necessária a biópsia intestinal Esfregaços fecais com coloração álcool ácido- resistente (padrão-ouro). Coloração ácido tricromático e álcool ácido- resistente: evidencia oocistos de outras coccidioses e microsporídios intestinais Testes imunoenzimáticos e métodos moleculares Cryptosporidium sp. oocysts stained with modified acid- fast. Cryptosporidium sp. oocysts stained with safranin. 26/02/2016 5 Cryptosporidium sp. oocysts labeled with immunofluorescent antibodies. Image contributed by the Kansas Department of Health and Environment. Commercially available diagnostic kits for detection of Cryptosporidium spp.(primarily in clinical specimens; partial list) Kit Name (Clinical specimens) Manufacturer/ distributor Type of test1 Sensitivity2 Specificity2 Comparison test Reference ProSpecT/ Crypto sporidium Alexon, Inc. EIA-plate 97 98 96 94 (97) 98 98 99.5 99 (98) acid-fast stain, IIF3 acid-fast stain M-DIF4 M-DIF4, acid-fast, Color Vue 1 2 3 4 IDEIA Cryptospori dium Dako Corp. EIA-plate 100 (93.1) 100 (98.7) auramine stain, N-DIF5 5 MeriFluor™ Crypt osporidium/Giardi a Meridian Diagnostics, Inc. DFA, IgG 100 96 (100) 100 100 (100) acid-fast stain acid-fast, ProSpecT, Color Vue 6 4 Color Vue Cryptosporidi um Seradyn, Inc. EIA-plate 93 76 94 (92) 93 100 100 (100) IIF3 M-DIF4 M-DIF4, acid-fast, ProSpecT 7 3 4 Cryptosporidium Antigen Detection Microwell ELISA LMD Laboratories EIA-plate 66.3 93 99.8 99 acid-fast, auramine IIF3 8 9 Enzyme Immunoassays At least four commercial EIA tests (see Table below) have been introduced for the detection of cryptosporidial antigens in stool samples. These kits are reportedly superior to conventional microscopic examination (especially acid-fast staining methods) and show good correlation with the monoclonal antibody-based immunofluorescence assays. Kit sensitivities and specificities ranged from 66.3% to 100% and 93% to 100%, respectively (see Table). Tratamento Sem terapias efetivas Barreira seletiva à fármacos Variabilidade das espécies Nitazoxamida para tratar diarreia em crianças: três dias com administração da suspensão (100mg/5ml) Paramomicina (500mg) por sete a dez dias Profilaxia Alto risco deve evitar exposição ao parasito. Portadores de deficiências específicas ás células T devem ferver a água e consumir apenas água filtrada em filtros de porosidade de 1 µm. Pesquisar sobre metabolismo, processo de invasão e da interação entre o hospedeiro e o parasito para desenvolvimento de novas terapias e tratamento profilático. Referências Fayer, R., & Ungar, B. L. (1986). Cryptosporidium spp. and cryptosporidiosis.Microbiological reviews, 50(4), 458. J O Haller and H L Cohen. Gastrointestinal manifestations of AIDS in children. American Journal of Roentgenology 1994 162:2 , 387-393 NETO, Vicente Amato et al. Parasitologia: uma abordagem clínica. Elsevier, 2008. RN Berk, SD Wall, CB McArdle, JA McCutchan, AR Clemett, JS Rosenblum, A Premkumer, and AJ Megibow. Cryptosporidiosis of the stomach and small intestine in patients with AIDS. American Journal of Roentgenology 1984 143:3 , 549-554
Compartilhar