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Princípios de Interpretação Constitucional
Profª Drª Sônia Letícia de Méllo Cardoso
Princípios de Interpretação Constitucional
Há distinção entre as expressões “interpretação” e “hermenêutica”.
Interpretar significa explicar, compreender, avaliar, ou seja, extrair de uma norma o seu sentido e o seu alcance. 
Nas palavras de Celso Ribeiro Bastos: “interpretar é extrair o significado de um texto” [...] “a interpretação é uma escolha entre múltiplas opções”.
(Bastos, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 18 ed., São Paulo : Saraiva, 1997, p. 59)
Princípios de Interpretação Constitucional
De outro lado, a expressão “hermenêutica”, que significa “(que interpreta ou que explica)”, tem por objeto a interpretação, ou seja, “é o ramo do conhecimento científico que estuda a interpretação”. 
(Araújo, Luiz Alberto David; Vital Serrano Nunes Junior. Curso de Direito Constitucional. 9. ed. São Paulo : Saraiva, 2005, p. 71)
“A ciência que estuda a interpretação é a hermenêutica” 
(Bulos, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo : Saraiva, 2007, p. 324)
Princípios de Interpretação Constitucional
“Intérprete, do latim interpres, é aquele que descortina o significado de uma norma jurídica, desentranhando a mensagem positivada nos textos legais.
Qualquer ser pensante que se depare com problemas jurídico-constitucionais, tem o dever, senão a missão sacrossanta, de pré-compreender o que está escrito nas constituições.
Não são apenas os órgãos incumbidos de aplicar o Direito que podem interpretar as normas supremas do Estado. Ninguém detém o monopólio da interpretação constitucional, nem mesmo o Poder Judiciário, aplicador do Direito por excelência.
Princípios de Interpretação Constitucional
Advogados, membros do Ministério Público, integrantes dos Poderes Executivo e Legislativo, juristas, doutrinadores, pareceristas, cidadãos, todos, enfim, que vivem sob a égide de uma carta magna, são os seus legítimos intérpretes.
Evidente que, no momento de aplicar, no caso sub judice, a carta suprema, são os titulares da jurisdição constitucional que determinam a exegese prevalente.
É o Supremo Tribunal Federal quem profere a última palavra em matéria de interpretação da constituição”. 
(Bulos, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo : Saraiva, 2007, p. 325/326)
Princípios de Interpretação Constitucional
METODOLOGIA DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
“A interpretação é uma tarefa que deve ser desincumbida metodicamente, como pressuposto para a aplicação da norma jurídica”. 
(Araújo, Luiz Alberto David; Vidal Serrano Nunes Júnior. Curso de direito constitucional. 9 ed. São Paulo : Saraiva, 2005, p. 79.)
Como afirma José Joaquim Gomes Canotilho, “considerar a interpretação como tarefa significa, por conseguinte, que toda a norma é ‘significativa’, mas o significado não constitui um dado prévio: é, sim, resultado da tarefa interpretativa”.
Princípios de Interpretação Constitucional
Segundo Canotilho, “a interpretação das normas constitucionais é um conjunto de métodos, desenvolvidos pela doutrina e pela jurisprudência com base em critérios ou premissas (filosóficas, metodológicas, epistemológicas) diferentes mas, em geral, reciprocamente complementares. 
Princípios de Interpretação Constitucional
Nesta linha, Canotilho, destaca os seguintes métodos de interpretação:
Método jurídico (hermenêutico clássico)
Método tópico-problemático
Método hermenêutico concretizador
Método científico-espiritual
Método normativo-estruturante
Método da comparação constitucional
(Canotilho, J.J. Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição, 6. ed. Coimbra: Almedina, 1993, p. 212/213)
Princípios de Interpretação Constitucional
Método jurídico (hermenêutico clássico)
 
Para este método jurídico, também denominado método clássico, a Constituição deve ser encarada como uma lei e, assim, todos os métodos tradicionais de hermenêutica deverão ser utilizados na tarefa interpretativa, valendo-se dos seguintes elementos de exegese:
 
elemento genético: busca investigar as origens dos conceitos utilizados pelo legislador;
elemento gramatical ou filológico: também chamado de literal ou semântico, a análise se realiza de modo textual e literal;
elemento lógico: procura a harmonia lógica das normas constitucionais;
Princípios de Interpretação Constitucional
elemento sistemático: busca a análise do todo;
elemento histórico: analisa o projeto de lei, a sua justificativa, exposição de motivos, pareceres, discussões, as condições culturais e psicológicas que resultaram na elaboração da norma;
elemento teleológico ou sociológico: busca a finalidade da norma;
elemento popular: a análise se implementa partindo da participação da massa, dos “corpos intermediários”, dos partidos políticos, sindicatos, valendo-se de instrumentos como o plebiscito, referendo, etc.,
elemento doutrinário: parte da interpretação feita pela doutrina;
elemento evolutivo: segue a linha da mutação constitucional.
Princípios de Interpretação Constitucional
“Segundo esse método, o papel do interprete resume-se a descobrir o verdadeiro significado da norma, o seu sentido e, assim, atribui-se grande importância ao texto da norma”.
(Lenza, Pedro. Direito constitucional sistematizado. 16. ed., São Paulo: Saraiva, 2012, p. 153/154)
“Em suma, o método jurídico não distingue a interpretação constitucional da interpretação geral do direito”
(Araújo, Luiz Alberto David; Vidal Serrano Nunes Júnior. Curso de direito constitucional. 9 ed. São Paulo : Saraiva, 2005, p. 79.)
Princípios de Interpretação Constitucional
Método tópico-problemático
 
“Por meio deste método, parte-se de um problema concreto para a norma, atribuindo-se à interpretação um caráter prático na busca da solução dos problemas concretizados. 
A Constituição é, assim, um sistema aberto de regras e princípios”. 
(Lenza, Pedro. Direito constitucional sistematizado. 16. ed., São Paulo: Saraiva, 2012, p. 153/154)
Princípios de Interpretação Constitucional
Este método não está livre de censuras. “Paulo Bonavides indica que, para alguns, a preocupação demasiada com a solução do problema isolado gera o risco de a interpretação menosprezar o princípio da congruência e da unidade intrínseca do sistema jurídico”.
 “Censura mais ferrenha, porém, adveio de J.J. Gomes Canotilho, para quem: “A concretização do texto constitucional a partir de tópoi merece sérias reticências. 
Além de poder conduzir a um casuísmo sem limites, a interpretação não deve partir do problema para a norma, mas desta para os problemas. 
A interpretação é uma atividade normativamente vinculada, constituindo a constitutivo scripta um limite ineliminável (Hesse), que não admite o sacrifício da primazia da norma em prol da prioridade do problema (F. Muller)”.
(Araújo, Luiz Alberto David; Vidal Serrano Nunes Júnior. Curso de direito constitucional. 9 ed. São Paulo : Saraiva, 2005, p. 81.)
 
Princípios de Interpretação Constitucional
Método hermenêutico concretizador
 
Diferente do método tópico-problemático, que parte do caso concreto para a norma, o método hermenêutico-concretizador parte da Constituição para o problema, destacando-se os seguintes pressupostos interpretativos:
Princípios de Interpretação Constitucional
pressupostos subjetivos: o interprete vale-se de suas pré-compreensões sobre o tema para obter o sentido da norma;
pressupostos objetivos: o interprete atua como mediador entre a norma e a situação concreta, tendo como “pano de fundo” a realidade social;
círculo hermenêutico: é o “movimento de ir e vir” do subjetivo para o objetivo, até que o interprete chegue a uma compreensão da norma.
O fato de se partir das pré-compreensões do intérprete pode distorcer não somente a realidade, como também o próprio sentido da norma.
 (Lenza, Pedro. Direito constitucional sistematizado. 16. ed., São Paulo: Saraiva, 2012, p. 153/154)
Princípios de Interpretação Constitucional
Método científico-espiritual“A análise da norma constitucional não se fixa na literalidade da norma, mas parte da realidade social e dos valores subjacentes do texto da Constituição.
Assim, a Constituição deve ser interpretada como algo dinâmico e que se renova constantemente, no compasso das modificações da vida em sociedade.
Conforme anota Inocêncio Mártires Coelho, segundo o método científico-espiritual, “...tanto o direito quanto o Estado e a Constituição são vistos como fenômenos culturais ou fatos referidos a valores, a cuja realização eles servem de instrumentos”.
(Lenza, Pedro. Direito constitucional sistematizado. 16. ed., São Paulo: Saraiva, 2012, p. 154/155)
Princípios de Interpretação Constitucional
Método normativo-estruturante
A doutrina que defende este método reconhece a inexistência de identidade entre a norma jurídica e o texto normativo. (norma não se restringe ao texto)
Isto porque, o teor literal da norma (elemento literal da doutrina clássica), que será considerado pelo intérprete, deve ser analisado à luz da concretização da norma em sua realidade social. 
A norma terá de ser concretizada não só pela atividade do legislador, mas, também, pela atividade do Judiciário, da administração, do governo etc”.
(Lenza, Pedro. Direito constitucional sistematizado. 16. ed., São Paulo: Saraiva, 2012, p. 155)
Princípios de Interpretação Constitucional
Método da comparação constitucional
A interpretação dos institutos se implementa mediante comparação nos vários ordenamentos. Estabelece-se, assim, uma comunicação entre as várias Constituições. Partindo dos 4 métodos ou elementos desenvolvidos por Savigny (gramatical, lógico, histórico e sistemático), Peter Häberle sustenta a canonização da comparação constitucional como um quinto método de interpretação”. 
(Lenza, Pedro. Direito constitucional sistematizado. 16. ed., São Paulo: Saraiva, 2012, p. 155)
 
Princípios de Interpretação Constitucional
Os Princípios de Interpretação Especificamente Constitucional – Luís Roberto Barroso
“O ponto de partida do intérprete há que ser sempre os princípios constitucionais, que são o conjunto de normas que espelham a ideologia da Constituição, seus postulados básicos e seus fins. [...] 
A atividade de interpretação da Constituição deve começar pela identificação do princípio maior que rege o tema a ser apreciado, descendo do mais genérico ao mais específico, até chegar à formulação da regra concreta que vai reger a espécie”.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p. 141) 
Princípios de Interpretação Constitucional
“Não há hierarquia em sentido normativo entre normas-princípio e normas-disposição (regras). Pelo princípio da unidade da Constituição, todas as normas constitucionais encontram no mesmo plano. 
Isso não impede, todavia, que normas de mesma hierarquia tenham funções distintas dentro do ordenamento. 
De fato, aos princípios cabe, além de uma ação imediata, quando diretamente aplicáveis a determinada relação jurídica, uma outra, de natureza mediata, que é a de funcionar como critério de interpretação e integração do Texto Constitucional”. 
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p. 141/142) 
Princípios de Interpretação Constitucional
“Demonstrou Miguel Reale que a norma jurídica é a síntese resultante de fatos ordenados segundo distintos valores. 
Com efeito, leciona ele, onde quer que haja um fenômeno jurídico, há, sempre e necessariamente, um fato subjacente (fato econômico, geográfico, demográfico, de ordem técnica etc); um valor, que confere determinada significação a esse fato; e, finalmente, uma norma, que representa a relação ou medida que integra um daqueles elementos ao outro, o fato ao valor”.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.142) 
Princípios de Interpretação Constitucional
“Os princípios constitucionais são, precisamente, a síntese dos valores mais relevantes da ordem jurídica.
 A Constituição é um sistema de normas jurídicas.
 
Ela não é um simples agrupamento de regras que se justapõem ou que superpõem. 
A ideia de sistema funda-se na de harmonia, de partes que convivem sem atritos. 
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.142/143) 
Princípios de Interpretação Constitucional
Em toda ordem jurídica existem valores superiores e diretrizes fundamentais que “costuram” suas diferentes partes. 
Os princípios constitucionais consubstanciam as premissas básicas de uma dada ordem jurídica, irradiando-se por todo o sistema. 
Eles indicam o ponto de partida e os caminhos a serem percorridos.
Os princípios constitucionais não são, na sua generalidade, objetos de disposição expressa.
Luís Roberto Barroso enquadra os princípios constitucionais, quanto ao seu conteúdo, na tipologia que adota para as normas constitucionais em geral. 
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.144) 
Princípios de Interpretação Constitucional
Desse modo, existem princípios constitucionais de organização, como os que definem a forma de Estado, a forma, o regime e o sistema de governo. 
Existem, também, princípios constitucionais cuja finalidade precípua é estabelecer direitos, isto é, resguardar situações jurídicas individuais, como os que asseguram o acesso à Justiça, o devido processo legal, a irretroatividade das leis etc. 
Por igual, existem princípios de caráter programático, que estabelecem certos valores a serem observados – livre iniciativa, função social da propriedade – ou fins a serem perseguidos, como a justiça social.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.144) 
Princípios de Interpretação Constitucional
“Os princípios possuem a peculiaridade de se irradiarem pelo sistema normativo, repercutindo sobre outras normas constitucionais e daí se difundindo para os escalões normativos infraconstitucionais. 
Nem todos os princípios, no entanto, possuem o mesmo raio de atuação. 
Eles variam na amplitude de sua aplicação e mesmo na sua influência. Dividem-se, assim, em princípios fundamentais, princípios gerais e princípios setoriais ou especiais.”
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.144) 
Princípios de Interpretação Constitucional
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS são aqueles que contêm as decisões políticas estruturais do Estado. 
São tipicamente os fundamentos da organização política do Estado, correspondendo ao que referimos anteriormente como princípios constitucionais de organização. 
Neles se substancia a opção política entre Estado unitário e federação, república ou monarquia, presidencialismo ou parlamentarismo, regime democrático, etc.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.145) 
Princípios de Interpretação Constitucional
Esses princípios constitucionais fundamentais exprimem a ideologia política que permeia o ordenamento jurídico e são também o núcleo imodificável do sistema, servindo como limite às mutações constitucionais. 
Sua superação exige um novo momento constituinte originário. 
Não obstante, esses princípios são dotados de natural força de expansão, comportando desdobramentos em outros princípios e em ampla integração infraconstitucional.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.145)Princípios de Interpretação Constitucional
“Os PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS GERAIS, embora não integrem o núcleo da decisão política formadora do Estado, são, normalmente, importantes especificações dos princípios fundamentais. 
Tem eles menor grau de abstração e ensejam, em muitos casos, a tutela imediata das situações jurídicas que contemplam. 
São princípios que se irradiam por toda a ordem jurídica, como desdobramentos dos princípios fundamentais, e se aproximam daqueles que identificamos como princípios definidores de direitos. 
São exemplos o princípios da legalidade, da isonomia, do juiz natural. Canotilho se refere a eles como princípios-garantia.”
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.145) 
Princípios de Interpretação Constitucional
“E, por fim, os princípios SETORIAIS OU ESPECIAIS, que são aqueles que presidem um específico conjunto de normas afetas a determinado tema, capítulo ou título da Constituição. 
Eles se irradiam limitadamente, mas no seu âmbito de atuação são supremos. 
Por vezes são mero detalhamento dos princípios gerais, como os princípios da legalidade tributária ou da legalidade penal. 
Outras vezes são autônomos, como o princípio da anterioridade em matéria tributária ou o do concurso público em matéria de administração pública.”
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.145/146) 
Princípios de Interpretação Constitucional
“É preciso destacar o papel prático dos princípios dentro do ordenamento jurídico constitucional, enfatizando sua finalidade ou destinação. 
Cabe-lhes, em primeiro lugar, embasar as decisões políticas fundamentais tomadas pelo constituinte e expressar os valores superiores que inspiram a criação ou reorganização de um dado Estado. 
Eles fincam os alicerces e traçam as linhas mestras das instituições, dando-lhes o impulso vital inicial”.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.146) 
Princípios de Interpretação Constitucional
“Em segundo lugar, aos princípios se reserva a função de ser o fio condutor dos diferentes segmentos do Texto Constitucional, dando unidade ao sistema normativo. 
Um documento marcantemente político como a Constituição, fundado em compromissos entre correntes opostas de opinião, abriga normas à primeira vista contraditórias. 
Compete aos princípios compatibilizá-las, integrando-as à harmonia do sistema”.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.146) 
Princípios de Interpretação Constitucional
“E, por fim, na sua principal dimensão operativa, dirigem-se os princípios ao Executivo, Legislativo e Judiciário, condicionando a atuação dos poderes públicos e pautando a interpretação e aplicação de todas as normas jurídicas vigentes. Exemplo dessa utilidade prática do uso dos princípios vem de ser dado por Sergio Ferraz, como doação de órgãos, inseminação artificial, útero de aluguel, etc”. 
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.146) 
Princípios de Interpretação Constitucional
“Luís Roberto Barroso, com fundamento na C.F traça um quadro geral dos princípios constitucionais brasileiros:
Princípios Fundamentais:
- princípio republicano (art. 1º, caput)
- princípio federativo (art. 1º, caput)
- princípio do Estado democrático de direito (art. 1º , 	caput)
- princípio presidencialista (art. 76)
- princípio da livre iniciativa (art. 1º, IV)
Princípios de Interpretação Constitucional
Princípios Gerais:
- princípio da legalidade (art. 5º, II)
- princípio da liberdade (art. 5º, II e diversos incisos do art. 5º, como IV, VI, IX, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, etc)
- princípio da isonomia (art. 5º, caput e inciso I)
- princípio da autonomia estadual e municipal (art. 18)
- princípio do acesso ao Judiciário (art. 5º, XXXV)
- princípio da segurança jurídica (art. 5º, XXXVI)
Princípios de Interpretação Constitucional
- princípio do juiz natural (art. 5º, XXXVII e LIII)
- princípio do devido processo legal (art. 5º, LIV)
Esses princípios não tem caráter organizatório do Estado, mas sim limitativo de seu poder, resguardando desde logo situações individuais. 
Seu conteúdo tem menos decisão política e mais de valoração ética, embora, de certa forma, não deixem de ser meros desdobramentos daquelas opções políticas fundamentais.
Princípios de Interpretação Constitucional
PRINCÍPIOS SETORIAIS:
I – Administração Pública:
- princípio da legalidade administrativa (art. 37, caput)
- princípio da impessoalidade (art. 37, caput)
- princípio da moralidade (art. 37, caput)
- princípio da publicidade (art. 37, caput)
- princípio do concurso público (art. 37, II)
- princípio da prestação de contas (arts. 170, parágrafo único, 34, VII, d, e 35, III)
Princípios de Interpretação Constitucional
II – Organização dos Poderes:
- princípio majoritário (arts. 46 e 77, § 2º)
- princípio proporcional (arts. 45 e 58, § 1º)
- princípio da publicidade e da motivação das decisões judiciais e administrativas (art. 93, IX e X)
- princípio da independência e da imparcialidade dos juízes (arts. 95 e 96)
- princípio da subordinação das Forças Armadas ao poder civil (art. 142).
Princípios de Interpretação Constitucional
III – Tributação e Orçamento
- princípio da capacidade contributiva (art. 145, III)
- princípio da legalidade tributária (art. 150, I)
- princípio da isonomia tributária (art. 150, II)
- princípio da anterioridade da lei tributária (art. 150, III)
- princípio da imunidade recíproca das pessoas jurídicas de direito público (art. 150, VI, a)
- princípio da anualidade orçamentária (art. 165, III)
- princípio da universalidade do orçamento (art. 165, § 5º)
- princípio da exclusividade da matéria orçamentária (art. 165, § 8º)
Princípios de Interpretação Constitucional
IV – Ordem Econômica:
- princípio da garantia da propriedade privada (art. 170, II)
- princípio da função social da propriedade (art. 170, III)
- princípio da livre concorrência (art. 170, IV)
- princípio da defesa do consumidor (art. 170, V)
- princípio da defesa do meio ambiente (art. 170, VI)
V – Ordem Social:
- princípio da gratuidade do ensino público (art. 206, IV)
- princípio da autonomia universitária (art. 207)
- princípio da autonomia desportiva (art. 27, I)
Princípios de Interpretação Constitucional
Muitas vezes a Constituição se refere a “princípios”, quando na verdade está significando uma verdadeira finalidade, como ocorre com a “redução das desigualdades regionais e sociais” ou a “busca do pleno emprego”, indicadas como “princípios” da ordem econômica no art. 170. 
Outras vezes, embora empregue o termo princípios, a Constituição quer referir-se às regras constitucionais em geral, como se passa nos arts. 25, caput, e 29, caput, que, ao tratarem do poder de auto-organização de Estados-membros e Municípios, impõem o respeito aos princípios da Constituição. 
Princípios de Interpretação Constitucional
Entre esses “princípios” inclui-se todo o longo elenco de direitos e deveres dos servidores públicos, típicas normas de preceitos, sem qualquer traço de especial abstração ou generalidade.
“Ao intérprete constitucional caberá visualizá-los (princípios) em cada caso e seguir as prescrições. 
A generalidade, abstração e capacidade de expansão dos princípios permite ao intérprete, muitas vezes, superar o legalismo estrito e buscar no próprio sistema a solução mais justa.
Princípios de Interpretação Constitucional
São esses princípios que funcionam como limites interpretativos máximos, neutralizando o subjetivismo voluntarista dos sentimentospessoais e das conveniências políticas, reduzindo a discricionariedade do aplicador da norma e impondo-lhe o dever de motivar seu convencimento.”
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.147/150) 
Princípios de Interpretação Constitucional
1 . PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
“Toda interpretação constitucional se assenta no pressuposto da superioridade jurídica da Constituição sobre os demais atos normativos no âmbito do Estado. 
Por força da supremacia constitucional, nenhum ato jurídico, nenhuma manifestação de vontade pode subsistir validamente se for incompatível com a Lei Fundamental”. 
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.150)
Princípios de Interpretação Constitucional
“Trata-se de supremacia formal e substancial. 
A supremacia substancial significa que determinados conteúdos, inscritos ou não na Constituição, tem dignidade constitucional e, por conseguinte, ascendência sobre o restante do ordenamento jurídico.
(Fachin, Zulmar. Curso de direito constitucional. 7. Ed., Rio de Janeiro : Forense, 2015, p. 133/134)
Princípios de Interpretação Constitucional
A supremacia formal implica reconhecer que a Constituição escrita localiza-se em posição superior às demais normas do ordenamento jurídico e que exige um procedimento específico para ser alterada. 
Pouco importa saber qual a importância de seu conteúdo, se deveria ou não ter assento constitucional. 
Reconhece-se, portanto, a existência de normas que, apesar de não terem valor suficiente de normas constitucionais, estão inseridas na Constituição. 
São as normas formalmente constitucionais. 
O intérprete da Constituição deve partir da primazia da norma constitucional em relação às normas infraconstitucionais”. 
(Fachin, Zulmar. Curso de direito constitucional. 7. Ed., Rio de Janeiro : Forense, 2015, p. 133/134)
Princípios de Interpretação Constitucional
2. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS E DOS ATOS DO PODER PÚBLICO
“A interpretação constitucional é atividade desenvolvida pelos três Poderes no âmbito do Estado. 
Idealmente, todos os órgãos públicos pautam sua conduta na conformidade da Constituição e agem na realização do bem comum.
 Embora se haja reservado ao Judiciário o papel de intérprete qualificado das leis, os Poderes se situam em plano de recíproca igualdade e os atos de cada um deles nascem com presunção de validade. 
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.161)
Princípios de Interpretação Constitucional
Mais que isso: nenhum Poder, nem mesmo o Judiciário, pode intervir em esfera reservada ao outro para substituí-lo em juízos de conveniência e oportunidade”.
“Todo ato normativo, quando nasce, traz, ínsito em si, a presunção de que é constitucional. 
Presume-se que o órgão estatal, ao elaborar o ato normativo infraconstitucional, tenha observado as normas da Constituição. 
Portanto, como ponto de partida, a lei vale. 
Princípios de Interpretação Constitucional
Essa presunção, todavia, não é absoluta, mas relativa, podendo ser desfeita mediante a prova da inconstitucionalidade. Basta haver uma decisão judicial reconhecendo a inconstitucionalidade do ato normativo, para que a presunção de constitucionalidade seja desfeita.
A presunção de constitucionalidade produz vários efeitos: 
a) garante ao ato normativo, mesmo que precariamente, plena e total validade jurídica; 
b) obriga a todos, particulares e agentes estatais, respeitá-lo; 
c) proíbe que alguém se negue a cumprir o ato normativo sob a alegação de que este é inconstitucional”.
(Fachin, Zulmar. Curso de direito constitucional. 7. Ed., Rio de Janeiro : Forense, 2015, p.134)
Princípios de Interpretação Constitucional
3. PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO
 
“O conceito sugere mais: a necessidade de buscar uma interpretação que não seja a que decorre da leitura mais óbvia do dispositivo. 
É, ainda, da sua natureza excluir a interpretação ou as interpretações que contravenham a Constituição. 
À vista das dimensões diversas que sua formulação comporta, é possível e conveniente decompor didaticamente o processo de interpretação conforme a Constituição nos elementos seguintes:
Princípios de Interpretação Constitucional
1 – Trata-se da escolha de uma interpretação da norma legal que a mantenha em harmonia com a Constituição, em meio a outra ou outras possibilidades interpretativas que o preceito admita.
2 – Tal interpretação busca encontrar um sentido possível para a norma, que não é o que mais evidentemente resulta da leitura do seu texto.
Princípios de Interpretação Constitucional
3 – Além da eleição de uma linha de interpretação, procede-se à exclusão expressa de outra ou outras interpretações possíveis, que conduziriam a resultado contrastante com a Constituição.
4 – Por via de consequência, a interpretação conforme a Constituição não é mero preceito hermenêutico, mas, também, um mecanismo de controle de constitucionalidade pelo qual se declara ilegítima uma determinada leitura da norma legal.
Princípios de Interpretação Constitucional
Na interpretação conforme a Constituição, o órgão jurisdicional declara qual das possíveis interpretações de uma norma legal se revela compatível com a Lei Fundamental. 
Isso ocorrerá, naturalmente, sempre que um determinado preceito infraconstitucional comportar diversas possibilidades de interpretação, sendo qualquer delas incompatível com a Constituição. 
Note-se que o texto legal permanece íntegro, mas sua aplicação fica restrita ao sentido elaborado pelo tribunal”.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. p.174/175)
Princípios de Interpretação Constitucional
“A decisão do Supremo Tribunal Federal, que realiza interpretação conforme a Constituição, tem eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal (Lei 9.868, de 10.11.1999, art. 28, parágrafo único)”.
(Fachin, Zulmar. Curso de direito constitucional. 7. Ed., Rio de Janeiro : Forense, 2015, p.139)
Princípios de Interpretação Constitucional
4. PRINCÍPIO DA UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO
“A Constituição é o documento que dá unidade ao sistema jurídico, pela irradiação de seus princípios aos diferentes domínios infraconstitucionais. 
O princípio da unidade é uma especificação da interpretação sistemática, impondo ao intérprete o dever de harmonizar as tensões e contradições entre normas jurídicas. 
A superior hierarquia das normas constitucionais impõe-se na determinação de sentido de todas as normas do sistema.
Princípios de Interpretação Constitucional
“O problema maior associado ao princípio da unidade não diz respeito aos conflitos que surgem entre as normas infraconstitucionais ou entre estas e a Constituição, mas sim às tensões que se estabelecem dentro da própria Constituição. 
De fato, a Constituição é um documento dialético, fruto do debate e da composição política. Como consequência, abriga no seu corpo valores e interesses contrapostos. Nesses casos, como intuitivo, a solução das colisões entre normas não pode se beneficiar, de maneira significativa, dos critérios tradicionais.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação constitucional como interpretação específica. Comentários à Constituição do Brasil/J.J. Gomes Canotilho...[et al.] , São Paulo/Almedina, 2013, p. 93/94)
Princípios de Interpretação Constitucional
Portanto, na harmonização de sentido entre normas contrapostas, o intérprete deverá promover a concordância-prática entre os bens jurídicos tutelados, preservando o máximo possível de cada um. 
Em algumas situações, precisarárecorrer a categorias como a teoria dos limites imanentes: os direitos de uns têm de ser compatíveis com os direitos de outros. 
E em muitas situações, inexoravelmente, terá de fazer ponderações, com concessões recíprocas e escolhas”.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação constitucional como interpretação específica. Comentários à Constituição do Brasil/J.J. Gomes Canotilho...[et al.] , São Paulo/Almedina, 2013, p. 93/94)
Princípios de Interpretação Constitucional
5. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE
“O princípio da razoabilidade-proporcionalidade, termos aqui empregados de modo fungível, é de grande importância na dogmática jurídica contemporânea, tanto por sua dimensão instrumental, quanto material. 
O referido princípio não está expresso na Constituição, mas tem seu fundamento nas ideias de devido processo legal substantivo e na de justiça. 
Princípios de Interpretação Constitucional
Trata-se de um valioso instrumento de proteção dos direitos fundamentais e do interesse público, por permitir o controle da discricionariedade dos atos do Poder Público e por funcionar como a medida com que uma norma deve ser interpretada no caso concreto para melhor realização do fim constitucional nela embutido ou decorrente do sistema.
Princípios de Interpretação Constitucional
Em resumo sumário, o princípio da razoabilidade permite ao Judiciário invalidar atos legislativos ou administrativos quando: 
(i) não haja adequação entre o fim perseguido e o instrumento empregado (adequação); 
(ii) a medida não seja exigível ou necessária, havendo meio alternativo menos gravoso para chegar ao mesmo resultado (necessidade/vedação do excesso); 
(iii) os custos superem os benefícios, ou seja, o que se perde com a medida é de maior relevo do que aquilo que se ganha (proporcionalidade em sentido estrito). 
Princípios de Interpretação Constitucional
O princípio pode operar, também, no sentido de permitir que o juiz gradue o peso da norma, em uma determinada incidência, de modo a não permitir que ela produza um resultado indesejado pelo sistema, fazendo assim a justiça do caso concreto”.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação constitucional como interpretação específica. Comentários à Constituição do Brasil/J.J. Gomes Canotilho...[et al.] , São Paulo/Almedina, 2013, p. 93/94)
Princípios de Interpretação Constitucional
6. PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE
“Consoante doutrina clássica, os atos jurídicos em geral, inclusive as normas jurídicas, comportam análise em três planos distintos: os da sua existência, validade e eficácia. 
No período imediatamente anterior e ao longo da vigência da Constituição de 1988, consolidou-se um quarto plano fundamental de apreciação das normas constitucionais: o da sua efetividade.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação constitucional como interpretação específica. Comentários à Constituição do Brasil/J.J. Gomes Canotilho...[et al.] , São Paulo/Almedina, 2013, p. 93/94)
Princípios de Interpretação Constitucional
Efetividade significa a realização do Direito, a atuação prática da norma, fazendo prevalecer no mundo dos fatos os valores e interesses por ela tutelados. 
Simboliza, portanto, a aproximação, tão íntima quanto possível, entre o dever-ser normativo e o ser da realidade social. 
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação constitucional como interpretação específica. Comentários à Constituição do Brasil/J.J. Gomes Canotilho...[et al.] , São Paulo/Almedina, 2013, p. 93/94)
Princípios de Interpretação Constitucional
O intérprete constitucional deve ter o compromisso com a efetividade da Constituição: entre interpretações alternativas e plausíveis, deverá prestigiar aquela que permita a atuação da vontade constitucional, evitando, no limite do possível, soluções que se refugiem no argumento da não autoaplicabilidade da norma ou na ocorrência de omissão do legislador”.
(Barroso, Luís Roberto. Interpretação constitucional como interpretação específica. Comentários à Constituição do Brasil/J.J. Gomes Canotilho...[et al.] , São Paulo/Almedina, 2013, p. 93/94)
BIBLIOGRAFIA
Araújo, Luiz Alberto David; Vital Serrano Nunes Junior. Curso de Direito Constitucional. 9. ed. São Paulo : Saraiva, 2005.
Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática transformadora. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 1998. 
Barroso, Luís Roberto. Interpretação constitucional como interpretação específica. Comentários à Constituição do Brasil/J.J. Gomes Canotilho...[et al.] , São Paulo/Almedina, 2013.
Bastos, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 18 ed., São Paulo : Saraiva, 1997.
Bulos, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo : Saraiva, 2007.
Canotilho, J.J. Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição, 6. ed. Coimbra: Almedina, 1993.
Fachin, Zulmar. Curso de direito constitucional. 7. Ed., Rio de Janeiro : Forense, 2015.
Lenza, Pedro. Direito constitucional sistematizado. 16. ed., São Paulo: Saraiva, 2012.

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