3 EXISTÊNCIA, VIGÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA DA

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EXISTÊNCIA, VIGÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA
Profª Sônia Letícia de méllo Cardoso
EXISTÊNCIA, VIGÊNCIA, VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
“O normativismo jurídico distingue com exatidão a vigência e a eficácia da norma jurídica.
A vigência significa a existência específica da norma e a eficácia é o fato de que a norma é efetivamente aplicada e respeitada”.
(Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002 p. 238)
EXISTÊNCIA, VIGÊNCIA, VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
Para Miguel Reale, “a validade de uma norma de direito pode ser vista sob três aspectos: 
- validade formal ou técnico-jurídica (vigência),
 
- da validade social (eficácia ou efetividade) 
- validade ética (fundamento). 
EXISTÊNCIA, VIGÊNCIA, VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
Podemos dizer que a regra jurídica deve, normalmente, reunir os três seguintes requisitos de validade: 
a) fundamento de ordem axiológica; 
b) eficácia social, em virtude de sua correspondência ao querer coletivo; e 
c) validade formal ou vigência, por ser emanada do poder competente, com obediência aos trâmites legais”. 
(Reale, Miguel. Lições preliminares de direito. 24.ed., São Paulo : Saraiva, 1999, p. 105-116)
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“Nesse prisma a norma jurídica é encara em três aspectos: 
- dogmático (técnico-jurídico); 
- axiológico (ético); e 
- sociológico (histórico-social).
(Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002 p. 239)
EXISTÊNCIA, VIGÊNCIA, VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
EXISTÊNCIA
“A existência da norma jurídica é condição indispensável para que possa ser revestida de vigência, validade e eficácia.
“A existência da norma é a entrada válida ou inválida da norma no mundo jurídico” 
“No sistema jurídico pátrio a norma passa a ter existência jurídica após a promulgação e publicação no Diário Oficial”.
EXISTÊNCIA, VIGÊNCIA, VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
“O ingresso da lei no sistema jurídico ocorre com a promulgação”.
“Com a promulgação a lei torna-se executória”. 
“Com a publicação a lei torna-se obrigatória”. 
“A promulgação obriga o Estado, ao passo que a publicação obriga a coletividade”.
(Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002, p. 239)
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VIGÊNCIA
 
“A vigência da norma equivale ao seu período de vida, desde o início da sua obrigatoriedade e observância até sua revogação, quando deixa de existir no mundo jurídico”.
(Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002, p. 240)
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Para José Afonso da Silva, “a vigência tomada no seu sentido técnico-formal indica que norma que foi regularmente promulgada e publicada, com a condição de entrar em vigor em data determinada”. 
“Vigência (do verbo viger, do latim vigere) é, no sentido indicado, a qualidade da norma que a faz existir juridicamente e a torna de observância obrigatória, isto é, que a faz exigível, sob certas condições”.
EXISTÊNCIA, VIGÊNCIA, VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
“Vigência, pois, é o modo específico da existência da norma jurídica”. 
“Vigência não se confunde com eficácia, mas para que a eficácia se verifique é necessário que a norma comece a vigorar”. 
“A vigência é condição de efetivação da eficácia, ainda que a plenitude desta, tratando-se de norma constitucional, não raro, dependa de outras normas integrativas”. 
(Silva, Jose Afonso da. Aplicabilidade das normas constitucionais. 3. ed., São Paulo: Malheiros, 1998, p. 52-53)
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“A vigência da norma equivale ao seu período de vida, desde seu nascimento até sua morte, quando deixa de existir”. 
“A vigência refere-se a possibilidade da norma ser aplicada”.
(Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002, p. 241)
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VALIDADE
Para Miguel Reale, “vigência ou validade formal é a executoriedade compulsória de uma regra de direito, por haver preenchido os requisitos essenciais à sua feitura ou elaboração”
O referido autor enumera três requisitos de validade:
Legitimidade do órgão emanador da regra;
Competência ratione materiae;
Legitimidade de procedimento”.
 
(Reale, Miguel. Lições preliminares de direito. 24.ed., São Paulo : Saraiva, 1999, p. 105-116)
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 “A norma jurídica encontra seu fundamento de existência nos valores sociais e no sistema jurídico em que está inserida”. 
“Assim, podemos afirmar que a norma é válida na medida em que preenche os requisitos de validade de ordem extrínseca e intrínseca”.
(Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002, p. 245)
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“Os requisitos extrínsecos são aqueles afetos ao sistema jurídico normativo positivo”. 
“Nesse sentido a validade da norma encontra-se em normas procedimentais ou formais do próprio sistema jurídico”.
Os requisitos intrínsecos são aqueles afetos aos fatores e valores sociais, em especial a Justiça. 
Nesse sentido, a validade ou fundamento da norma encontra-se nos preceitos de ordem axiológica.
(Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002, p. 245)
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“Assim, os requisitos de validade são os seguintes:
Respeito à Lei Maior e as normas procedimentais para elaboração da norma jurídica; e
As normas devem traduzir os princípios de direito natural, ou seja, guardando consonância com a ordem natural das coisas, bem como a preservação de valores jurídicos, com a Justiça.
 
(Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002, p. 245)
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“Na atualidade um dos critérios de legitimidade da norma é o respeito aos direitos humanos e a participação da sociedade na elaboração da norma jurídica”.  
“O direito deve guardar consonância com os fatores e valores sociais”.  
Requisitos de validade: 
Ordem extrínseca – direito positivo
Ordem intrínseca – direito natural.
(Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002, p. 245)
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EFICÁCIA
 
“A eficácia é a efetiva aplicação e observância da norma. 
A eficácia refere-se aos efeitos ou consequências de uma norma jurídica.
 A eficácia pode ser jurídica ou social”. 
(Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002, p. 246)
EXISTÊNCIA, VIGÊNCIA, VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
“A eficácia social e a efetiva conduta social, sendo a norma aplicada e respeitada”.
“A eficácia jurídica é a quantidade de produção de efeitos jurídicos”.
“É a capacidade de a norma produzir efeitos jurídicos”. 
(Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002, p. 246)
EXISTÊNCIA, VIGÊNCIA, VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
Para Miguel Reale: “a eficácia se refere, pois, à aplicação ou execução da norma jurídica, ou por outras palavras, é a regra jurídica enquanto momento da conduta humana. O Direito autêntico não é apenas declarado mas reconhecido, é vivido pela sociedade, como algo que se incorpora e se integra na sua maneira de conduzir-se. 
A regra de direito deve, por conseguinte, ser formalmente válida e socialmente eficaz”.
 
(Reale, Miguel. Lições preliminares de direito. 24.ed., São Paulo : Saraiva, 1999, p. 105-116)
EXISTÊNCIA,VIGÊNCIA, VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
Efetividade é o fenômeno social de obediência às normas jurídicas.
 
José Afonso da Silva ensina que “eficácia social significa a real efetivação da norma: significa que ela está efetivamente regendo a realidade social nela descrita. O termo efetividade exprime tecnicamente essa qualidade da norma jurídica. No sentido jurídico, diz-se da norma que tem capacidade de produzir efeitos jurídicos”.
(Silva, Jose Afonso da. Aplicabilidade das normas constitucionais. 3. ed., São Paulo: Malheiros, 1998, p. 52-53)
EXISTÊNCIA, VIGÊNCIA, VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
BIBLIOGRAFIA:
 
Reale, Miguel. Lições preliminares de direito. 24.ed., São Paulo : Saraiva, 1999.
Siqueira Júnior, Paulo Hamilton. Lições de introdução ao direito. 4. ed. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002.
Silva, Jose Afonso da. Aplicabilidade das normas constitucionais. 3. ed., São Paulo: Malheiros, 1998.