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Fases do processo: Petição inicial 
Dra. Evelyn P. Santinon Sola 
Relembrando o Funcionamento do Processo – de maneira simples 
1. Distribuição da petição inicial – 1º Grau – motivos de fato, direito, pedidos. 
2.1 Se a pedido de tutela de urgência, (intervenção imediata do poder judiciário). Caso o juiz indefira esse pedido, o autor poderá ajuizar um recurso chamado Agravo de Instrumento no Tribunal de Justiça para reverter a situação
2.2 O juiz manda citar a parte contrária (resposta do réu: contestação, reconvenção ou revelia) 
3. Autor faz a réplica, afirmando suas razões de direito (não há efeitos negativos caso não seja apresentada * verificar ressalvas) 
4. Juiz intima as partes – sobre as provas, caso existam provas testemunhais ou depoimentos, marcará audiência
6. Após a fase das provas, o juiz novamente intima as partes para que se manifestem e apresentem suas considerações finais. Após = sentença (decide processo). 
Após publicação a sentença, caso não concorde – pode interpor o Recurso de Apelação. (3 desembargadores do TJSP)
5. Audiência 
Instrução e Julgamento
(para ouvir) 
Se a decisão do Tribunal for contrária a CF ou em Lei Federal, poderemos ajuizar dois recursos específicos ao Supremo Tribunal de Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal.
Audiência de conciliação 
Fases do processo 
Fase postulatória
Petição inicial 
Citação
Resposta do Réu 
Instrutória 
Nesta fase os fatos delimitados pelo autor e pelo réu serão objeto de prova
- Prova documental: juntada na PI ou na Contestação. 
Quer ouvir testemunha? Depoimento? Audiência de instrução. 
Perícia? Também pode ser necessária. 
- Caso o Juiz entenda que os documentos juntados pelas partes são suficientes (ou não há discordância) = sentença – julgamento antecipado do mérito. 
Decisória
Na fase decisória, o juiz vai proferir a sentença, resolvendo o mérito do processo, dizendo quem tem razão. Cognição exauriente ocorre quando há toda a possibilidade de que as partes discutissem e que os fatos fossem provados.
 
Recursal 
Executória: transito em julgado. Cumprimento da sentença. 
Fase Saneatória: 
Julgamento antecipado 
Promover saneamento do feito 
Extinguir o processo sem julgamento de mérito
PETIÇÃO INICIAL – ATO DO AUTOR 
PETIÇÃO INICIAL – POR ESCRITO NORMALMENTE. 
Porém é admitida oralmente: Juizado especial; Ação de alimentos. 
PROCESSO ELETRÔNICO X PROCESSO FÍSICO 
ASSINATURA – CAPACIDADE DE POSTULAR 
Regra: o advogado, membro do MP ou o Defensor Público.
Leigo tem capacidade postulatória em: Ação de alimentos; Habeas corpus; Juizados especiais cíveis, na primeira instância, em causas cujo valor não exceda a 20 salários mínimos; Pedido de concessão de medida protetiva de urgência em favor da mulher que se afirma vítima de violência doméstica ou familiar.
Art. 287 do CPC: o advogado tem que indicar na petição inicial o seu endereço eletrônico e o não eletrônico e a petição deve, ainda, vir acompanhada de procuração.
ENDEREÇAMENTO – REGRAS DE COMPETÊNCIA
A Petição Inicial deve ser dirigida ao órgão jurisdicional competente (DOUTO JUÍZO DA ... VARA Da Comarca de... – ESTADO ).
Analisar se o caso não é de competência de TRIBUNAL, pois caso seja, chama-se de Egrégio Tribunal (Ex. Ação rescisória; mandado de segurança contra ato judicial – casos de competência originária de tribunal).
QUALIFICAÇÃO DAS PARTES 
Art. 319. A petição inicial indicará: II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial NÃO será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
CAUSA DE PEDIR 
Fatos e fundamentos jurídicos do pedido.
Compõem a causa de pedir: o fato (causa próxima) e o fundamento jurídico (causa remota).
Teoria da substancialização da causa de pedir – exige-se indicar o fato jurídico e qual a relação jurídica dele decorrente, não bastando indicar a relação jurídica, efeito do fato jurídico, sem indicar qual o fato jurídico que lhe deu causa. 
PEDIDO
PROCESSUAL (pedido imediato - representa a providência processual pretendida, tal como a condenação, por exemplo).
MATERIAL (pedido mediato - representa o bem da vida perseguido, ou seja, o resultado prático que o autor pretende obter com a demanda judicial).
VALOR DA CAUSA 
Certo e fixado em moeda corrente nacional, atribuída pelo autor. 
TODA causa deve ter um valor, ainda que não haja valor econômico nela (ARTS. 292,293 CPC). 
O valor da causa cumpre diversos papéis no processo:
1. Define competência;
2. Define procedimento (ex. Juizados especiais).
3. Define custas judiciais (são calculadas a partir do valor da causa), possuindo uma função tributária.
4. Serve como base de cálculo para diversas punições processuais.
5. Prevê a possibilidade de o juiz, de ofício, controlar a atribuição do valor da causa (§ 3º art. 292, NCPC).
DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS À PROPOSITURA DA AÇÃO
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Por força de lei: são aqueles documentos que a própria LEI diz ser indispensável. Ex. A procuração; o título executivo na ação de execução; a prova escrita, na ação monitória.
Por força do autor: são aqueles documentos que o autor os torna indispensável. Ex. Se o autor se refere a um documento na PI ele tem que juntá-lo, pois o torna indispensável.
Se o autor faz referência a um documento sem tê-lo, deve justificar porque não apresentou, podendo solicitar exibição do documento na própria petição inicial, em relação a réu ou terceiro.
REQUISITOS UM POR UM 
1. Juízo de Destino: O primeiro requisito, que deve ser inserido no cabeçalho da petição inicial, é o juízo a que se destina. O CPC/2015 substitui as expressões “juiz ou tribunal” (utilizadas no CPC/73) por juízo, para esclarecer que faz referência geral e abstrata ao órgão judiciário para quem se destina a petição, definido a partir das regras de competência e observado o princípio do juiz natural. Logo, a indicação do juízo deve ser precedida da análise da competência para processar e julgar o pedido inicial, seja na primeira instância, seja em processo de competência originária de tribunal.
2. Qualificação das Partes: A qualificação das partes é imprescindível para identificar quem ocupa os polos ativo e passivo do processo (elemento subjetivo da demanda). Deve ser a mais completa possível e o art. 319, II, do CPC, exige como qualificação mínima a ser informada na petição inicial: os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu.
3. Causa de Pedir: A causa de pedir (causa petendi, em latim) compreende os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido, ou melhor, os fatos aos quais o autor atribui efeitos jurídicos (elemento objetivo da demanda). Divide-se em remota (fatos) e próxima (fundamentos jurídicos). Na causa de pedir remota (fundamentos de fato), o autor narra os fatos que levaram à demanda, ou seja, a conduta (comissiva ou omissiva) do réu que gerou o conflito e o levou a buscar a tutela jurisdicional. É neste ponto que a petição inicial deve transpor o mundo dos fatos para o processo, descrevendo a situação conflituosa. A causa de pedir remota pode ser composta, quando contiver mais de um fato que embase a pretensão da parte autora. Nacausa de pedir próxima (fundamentos de direito), o autor qualifica juridicamente os fatos, ou seja, especifica quais são os efeitos jurídicos produzidos pela causa de pedir remota.
4. Pedido: O pedido é o núcleo da petição inicial, contém a afirmação da existência da pretensão do autor, o que delimita a atuação jurisdicional e o contraditório, além de definir outras questões processuais, tais como a conexão, continência, litispendência e coisa julgada. É a parte da petição inicial em que são descritas as consequências jurídicas da causa de pedir. O pedido é um delimitador da atividade jurisdicional, porque define qual é o objeto litigioso e, consequentemente, qual será o mérito do processo. O pedido pode ser mediato (ligado ao direito material postulado) e imediato (a tutela jurisdicional requerida).
REQUISITOS UM POR UM
5. Valor da Causa: O valor da causa consiste no conteúdo econômico da controvérsia, que observa as regras dos arts. 291/293 do NCPC, que contêm os critérios para a sua atribuição. O valor a ser apurado é aquele existente no momento da propositura da petição inicial, não devendo ser alterado ainda que o conteúdo econômico do processo seja modificado por fato superveniente. A fixação do valor da causa tem diversas consequências processuais, como, por exemplo, a definição da competência (arts. 44 e 63 do CPC ou, ainda, de acordo com as leis dos Juizados Especiais – Leis nº 9.099/95, 10.259/2001 e 12.153/2009), o valor dos honorários de sucumbência (art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC), o cabimento – ou não – da remessa necessária (art. 496, § 3º, do CPC), o valor das custas processuais e do preparo recursal (conforme as normas regimentais de cada Tribunal) e o valor de multas (arts. 77, § 2º, 81, 334, § 8º, 702, §§ 10 e 11, e 1.026, §§ 2º e 3º, todos do CPC).
6. Produção de Provas: A exigência da indicação dos meios de prova na petição inicial significa que a parte autora deve especificar as provas que a parte autora pretende utilizar para demonstrar a veracidade dos fatos alegados. As provas devem ser produzidas, em princípio, pela parte que tem o ônus de provar os fatos alegados no processo. Em regra, adota-se a teoria estática do ônus da prova, razão pela qual: (a) o autor tem o ônus de provar o fato constitutivo de seu direito; (b) e o réu tem o ônus de provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da parte autora (art. 373 do CPC). Assim, em regra, quem alega deve provar. Como exceção à regra, pode ser utilizada, na decisão de saneamento do processo (art. 357 do CPC), a teoria da distribuição dinâmica ou diversa do ônus da prova, que permite às partes ou ao juiz a modificação da regra da teoria estática, atribuindo o ônus para quem tiver maior facilidade na produção da prova, do próprio fato alegado ou do fato contrário (art. 373, § 1º, do CPC).
7. Audiência de Conciliação ou Mediação: A parte autora deve declarar sua opção pela realização – ou não – da audiência de conciliação ou mediação (art. 319, VII, CPC). Este requisito decorre do princípio da promoção da autocomposição, que abrange também os representantes das partes (art. 3º, § 3º, do CPC). Assim, o momento adequado para a parte autora manifestar sua vontade sobre a realização da audiência é a petição inicial. O uso da expressão “pela realização ou não” no inciso VII do art. 319 gera polêmica: o autor deve se manifestar pela concordância, sob pena de emenda (e eventual indeferimento), ou deve se manifestar apenas quando quiser expressar a sua discordância? Em suma, se o autor descumprir o requisito, existem duas soluções possíveis: (a) o juiz determina a emenda da petição inicial, sob pena de indeferimento; (b) ou considera o silêncio do autor como concordância com a realização da audiência. Na prática, prevalece a segunda alternativa, com a aplicação da instrumentalidade das formas. Tendo em vista que todos têm a obrigação de promover a autocomposição no processo, a omissão sobre o eventual desinteresse na realização da audiência leva a uma presunção de interesse. Assim, caso não se manifeste na petição inicial, reputa-se a concordância tácita do autor com a realização da audiência (sem a necessidade de emenda da inicial). É uma opção do autor afirmar que não tem interesse na audiência, logo, não precisa se manifestar caso tenha interesse.
8. Documentos Indispensáveis: Trata-se da prova documental (ou, ainda, a prova documentada) que deve ser apresentada com a petição inicial, sem a qual não é possível o início do processo e o futuro julgamento de mérito. Portanto, compreende documentos formalmente indispensáveis à apresentação da petição inicial (tais como a procuração, o CPF ou CNPJ da parte autora, o seu comprovante de domicílio, os atos constitutivos da pessoa jurídica autora etc.) e documentos materialmente relevantes para a demonstração dos fundamentos de fato da causa de pedir. Ainda, quando um ou alguns desses documentos indispensáveis ao protocolo da petição inicial estiverem em poder do réu, a parte autora deve requerer a determinação judicial para a sua apresentação.
Cardoso, 2020.
PROVAS 
- As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados. Não fala mais na citação do réu.
Antes de o réu apresentar defesa haverá a REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
Tem que seguir o inciso VII do art. 319 e diz: a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
REFERÊNCIAS 
BARROSO, Carlos Eduardo Ferraz de Mattos  Processo Civil : teoria geral do processo e processo de conhecimento volume 11 3 ed., ver., São Paulo: Saraiva, 2000.
NERY JUNIOR, Nelson Código Processo Civil
Comentado e legislação processual civil extravagante em vigor,  Editora Revista dos Tribunais, 2002.
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