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Direitos e Garantias Individuais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS II
Quebra do Sigilo Bancário/Fiscal:
Art. 5º. (...)
XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, 
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal;
Obs.: � A quebra do sigilo das comunicações telefônicas depende de ordem judicial.
Sobre a quebra do sigilo bancário/fiscal, existem as seguintes possibilidades:
1. CPI’s federais e estaduais.
2. Autoridades Fiscais: podem requisitar informações bancárias das instituições 
financeiras, observada a LC n. 105/2001.
3. Determinação judicial.
4. Ministério Público: situações excepcionais - defesa do patrimônio público em pro-
cesso administrativo.
Inviolabilidade da Liberdade de Consciência e Crença: Art. 5º, incisos VI, VII e VIII.
Art. 5º. (...)
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias;
Obs.: � • O Estado brasileiro é laico, ou seja, não tem uma religião oficial. No entanto, isso 
não significa que ele seja um estado ateu.
 � • Há uma liberdade em relação aos cultos religiosos e uma proteção aos locais de 
realização desses cultos e suas liturgias.
 � • Imunidade tributária: vedação aos entes de instituírem impostos sobre os templos 
de qualquer culto.
 � • Essa imunidade alcança os cemitérios?
 � Resposta: Sim, pois eles consubstanciam extensões de entidade de cunho religioso, 
sendo vedada a instituição de IPTU sobre eles, segundo entendimento do Supremo 
Tribunal Federal.
Art. 5º. (...)
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas enti-
dades civis e militares de internação coletiva;
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Obs.: � O Estado brasileiro é laico, mas assegura-se a proteção em relação aos cultos, 
aos locais de realização desses cultos, a prestação de assistência religiosa em 
entidades civis e militares de internação coletiva. 
 � Exemplo: O diretor da unidade prisional de segurança máxima ABC expede uma 
portaria vedando, no âmbito da referida entidade de internação coletiva, quaisquer 
práticas de cunho religioso direcionadas aos presos, apresentando, como motivo 
para tal ato, a necessidade de a Administração Pública ser laica.
 � A portaria viola direito fundamental?
 � A Constituição da República de 1988 dispõe que, nos termos da lei, é assegurada 
assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva, de modo 
que a portaria expedida pelo diretor viola um direito fundamental dos internos.
Escusa de Consciência:
Art. 5º. (...)
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de con-
vicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Obs.: � Por exemplo, se uma pessoa não quer prestar o serviço militar obrigatório, devido 
a suas convicções religiosas e filosóficas, a lei preverá a possibilidade de prestação 
de obrigação alternativa. Caso a pessoa também recuse prestar a obrigação 
alternativa, poderá ser privado dos seus direitos políticos.
1. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII/PRIMEIRA FASE) Carlos, 
praticante de religião politeísta, é internado em um hospital de orientação cristã e solicita 
assistência espiritual a ser conduzido por um líder religioso de sua crença. Os parentes de 
Carlos, mesmo cientes de que a assistência solicitada se resumiria a uma discreta conversa, 
estão temerosos de que a presença do referido líder coloque em risco a permanência de 
Carlos no hospital, em virtude de representar uma vertente religiosa não aderente à fé 
adotada pela instituição hospitalar.
Os parentes de Carlos o procuram, como advogado(a), para conhecer os procedimentos 
adequados à situação narrada.
5m
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Você os informou que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o hospital
a. pode negar a autorização para a assistência espiritual em religião diversa daquela 
preconizada pela instituição, embora não fosse o caso de Carlos perder a vaga.
b. não pode negar o apoio espiritual solicitado, mesmo que a assistência seja prestada em 
bases religiosas diversas daquela oficialmente preconizada pelo hospital.
c. somente está obrigado a autorizar a assistência religiosa caso já tivesse permitido que 
sacerdote de outra religião exercesse atividades religiosas em suas instalações.
d. tem, como instituição privada, total autonomia para estabelecer regras para situações 
como esta, podendo permitir ou negar o pedido, de acordo com seu regulamento interno.
Art. 5º. (...)
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas enti-
dades civis e militares de internação coletiva;
Segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o hospital não pode negar o apoio 
espiritual solicitado, mesmo que a assistência seja prestada em bases religiosas diversas 
daquela oficialmente preconizada pelo hospital.
Art. 5º. (...)
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de con-
vicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se 
dará nos casos de:
(...)
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos 
termos do art. 5º, VIII;
Exemplo:
(FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO) Jean Luke, integrante de determinado grupo armado 
fardado de pessoas civil, que, sem autorização governamental, por conta própria com-
bate com violência as queimadas e o desmatamento na Amazônia, bem como protege 
os índios, invocou convicção política para se eximir de obrigação legal a todos imposta e 
recusa-se a cumprir prestação alternativa fixada em lei.
Resposta: Conforme o disposto na Constituição Federal brasileira, Jean Luke 
poderá ser privado de direitos.
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Direitos e Garantias Individuais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
Obs.: � 1. O ensino religioso é de matrícula facultativa ou obrigatória?
 � Resposta: o ensino religioso é de matrícula facultativa.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira 
a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, 
nacionais e regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários 
normais das escolas públicas de ensino fundamental.
 � 2. O ensino religioso em escolas públicas pode ter caráter confessional, ou seja, 
pode estar vinculado a uma religião específica? Sim, é possível ter uma escola 
pública que siga determinada religião, sendo possível, inclusive, o repasse de 
recursos públicos.
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser di-
rigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:
I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros 
em educação;
II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópi-
ca ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. 
Obs.: � 3. O preâmbulo da CRFB/88 “sob a proteção de Deus” é norma de reprodução 
obrigatória?
 � Resposta: Não, uma vez que não é artigo.
15m
�� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Ana Paula Blazute Rocha. 
A presentedegravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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