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RESPOSTA DA PROVA DE DISCIPLINA DE PSICOLOGIA EM ENFERMAGEM - PROVA AGES

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Psicologia100%
Aos 72 anos temos Josuel na terceira idade. Nos idosos observamos mudanças físicas, emocionais e sociais, assim como o senhor Josuel, apesar de inevitáveis e muitas vezes irreversíveis pode-se oferecer um retardo ou alivio a estas condições, para isto é essencial que se acompanhe essa fase do envelhecimento para garantir que ela ocorra de forma saudável e da forma mais digna possível, estimulando a capacidade de adaptação. [FARAH E SÁ, 2008]
O declínio funcional é de intenso incomodo e insatisfação pois o corpo não se recupera como antes nas doenças e não mantem o padrão de constância e regularidade esperada o que é motivo de bastante estresse e sofrimento psíquico e emocional como as alterações na função renal de Josuel (a ausência da micção, dor suprapubica, obstrução urinária). Um sofrimento a parte para o idoso do sexo masculino é a sensação da perda da “masculinidade” ao não conseguir manter relações sexuais com sua parceira, isto também é algo a ser trabalhado pois a descaracterização do papel social que Josuel assim como os demais homens passa também pela parte da sexualidade que eles consideram muito importante, a superação, entendimento e aceitação deve ser sempre trabalhados com conversas aconselhamento, a formação de novos papéis e de outras coisas que lhe tragam prazer, para que ele não veja as mudanças como apenas deterioração se ligando apenas as experiências negativas. [FARAH E SÁ, 2008]
O adoecer no idoso, no caso também à Josué é algo inevitável e deve se evitar que pese negativamente, pois principalmente durante a hospitalização a rotina é muitas vezes institucional e a rotina pro idoso é algo muito importante, além do afastamento do seu lar, das suas coisas pessoais, da convivência com toda a família e amigos, a falta da perceptiva de cura, medo da incapacidade e da perda da autonomia, sem falar no incomodo que é pro idoso conviver com pessoas estranhas e num momento tão frágil, deve-se possibilitar as visitas, respeitar as suas limitações, interação e horários como do banho, alimentação, apresentar o ambiente e a equipe e trazer se possível elementos e pertences que o aproximem de casa, hobbies e outros. A enfermagem deve estar atenta para que a internação seja um acontecimento o mínimo traumático para Josué, e deixa-lo sempre acompanhado de um familiar, assim como rege o Estatuto do Idoso. [FARAH E SÁ, 2008]
Na outra internação aos 48 anos, adulto intermediário, temos segundo Erickson o conflito entre produtividade e auto-absorção, no qual Josué é o provedor da casa, essencial para o funcionamento da instituição familiar, dos paradoxos para satisfazer-se profissional x conjugal x e do aparecimento do declínio físico, porém é uma fase de praticidade dentro da rotina quanto a cognição, emocionalmente tem-se um melhor controle em lidar com sentimentos, mas é influenciado pelas experiências vividas. A resiliência é a capacidade de continuar ou recomeçar independente da gravidade dos problemas, está ligado com a superação dos acontecimentos ruins ou trágicos, como a perda de pessoas importantes. Josué passou por muitas perdas a dos pais e a da filha, a forma com que ele lidou com essas perdas irá influenciar como irá lidar com os outros desafios da vida, o adoecimento e a internação e sua reação de desistir de lutar pode estar relacionado a diminuição do processo de resiliência que deve ser estimulada. Quando adulto temos a capacidade mais elástica de lidar com as dificuldades e mudanças inclusive de ambiente mantendo a perseverança e a resistência, por isso a hospitalização é melhor aceita que no idoso além de que a esperança da melhora é mais real o que gera mais otimismo e confiança pois ela está presente num contexto maior nas suas conquistas, na satisfação dos filhos na faculdade e dos cuidados da esposa, o que mesmo doente não interfere na sensação de jovialidade , de planejar e de se sentir capaz. [FARAH E SÁ, 2008; YUNES, 2003]
É comum vermos nos idosos assim como Josué a depressão ou pensamentos depressivos como os citados “cansado de lutar pela vida”, “esgotado”, de que a sua família não depende ou precisa dele, e menos vontade de se cuidar, cuidar da saúde, intensificada pela tão conhecida passividade nesta fase. Porém não se pode achar normal esses indícios, o idoso nesse caso pode ser encaminhado par avaliação com o psicólogo e se ele julgar necessário também com o psiquiatra, não é incomum complicações como o suicídio e a dada então a importância da identificação precoce e intervenção correta nas alterações psíquicas para que não levem a consequências tão graves. A enfermagem deve estimular uma boa alimentação, exercícios, o encontro com amigos, pessoas queridas, ambientes do gosto do Josuel, a criar novas metas de vida e envolver a família nos cuidados e na interação para que ele não pense “já fez tudo que tinha para fazer, agora só envelhecer”, integrar o idosos as atividades e rotina da família principalmente as de lazer é difícil até pelo conflito de gerações, mas não é impossível quando se cria na família o sentimento de responsabilidade, vínculo e afeto para com Josué. Pois situações como o uso das sondas e a diminuição das funções psicomotoras e da postura e equilíbrio podem isolá-lo do convívio. [FARAH E SÁ, 2008]
É preciso investigar também visto que é identificado algumas questões psíquicas e emocionais se há o comprometimento no sentido de aumento dos sintomas físico de forma psicossomática. Nesses casos apenas as medicações e procedimentos não interromperam o ciclo se confirmado esta possibilidade ele precisará também de acompanhamento psicológico. [FARAH E SÁ, 2008; CAPITAO E CARVALHO, 2006]
Josué fala também que não trabalha como antes e isto não é apenas resultado da disfunção funcional já citada mas também de sua consequência cognitiva, o idoso tem o declínio da capacidade de memória e de percepção, que atrapalha na suas funções ocupacionais, porém apesar da comparação das capacidades de antes e de agora, ele se manter no trabalho é um estimulo para retardar as perdas dessas funções e também uma forma de socializar, a manutenção da autonomia ou de uma parcela dela é algo importante para o idoso e deve ser preservado em Josuel, deve lembrado desses benefícios e olhar de forma positiva e se comparar sempre com o melhor, a manter o foco nas funções que perdeu mas naqueles que ainda mantem bem e tirar proveito disso, entendendo e respeitando seus limites. Nesse momento pelo processo de “herança” é importante a participação dos filhos se possível na ajuda dessa continuidade com a eleição de algum filho ou neto que o ajude a manter o “legado” para ensinar a profissão de cinematografista por exemplo seria muito gratificante e renovador para Josuel. [FARAH E SÁ, 2008]
É um momento sem dúvida de reflexão das passagens da vida e pode ser segundo Erickson um conflito da integralidade do ego e do desespero. Integralidade quanto se aceita bem o envelhecer e a proximidade da morte, vivendo com a maturidade das escolhas e experiências vividas, é este lado que deve ser trabalhado com o Josuel para que ele aproveite a vida dentro das suas limitações, tendo satisfação pela vida que levou e aceitando melhor o ciclo vital, quebrando o desespero visto nas suas falas por interpretar essa fase como algo triste e sem perpectivas visando apenas o declínio e nada mais. [FARAH E SÁ, 2008]
A enfermagem deve estar atenta para interação com a família, independência econômica, o declínio funcional, o grau de dependência e se esta apresentando autonomia, se há isolamento social e sinais de depressão. Encontrar intervenções especificas para Josué que estimule a afetividade, cognição, alguma forma de expressar como possível a sexualidade, e a espiritualidade, melhorando o autoconceito e a autoestima. Identificando possíveis consequências dos medicamentos e procedimentos e suas consequências, avaliando a capacidade funcional para saber qual o grau de dependência nas suas atividades diárias e a melhor forma de ajudar Josuel. A enfermagem não deve atender commenos atenção porque é idoso e porque tem menos chance de recuperação ou reabilitação, deve saber lidar com o tempo de Josuel se recuperar e cooperar nos procedimentos, sabendo lidar muitas vezes com um movimento inconsciente de repulsa ao idoso pela forma negativa que muitos tem da velhice, e sempre estimulando a comunicação e o diálogo e passar confiança. [FARAH E SÁ, 2008]
FARAH, Olga G.D; Sá, Ana Carolina. Psicologia aplicada à enfermagem. Barueri: Ed. Manole, 2008.
YUNES, Maria Angela Mattar. Psicologia positiva e resiliencia: o foco no individuo e na família. Maringa: Psicologia em estudo, 2003.
CAPITÂO, Cláudio Garcia; CARVALHO, Érica Bonfá. Psicossomática: duas abordagens de um mesmo problema. Revista de Psicologia da vetor Editora, 2006.

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