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Noções de Direito Administrativo para ANS

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Aula 05
Noções de Direito Administrativo p/ ANS - Técnico em Regulação
Professor: Daniel Mesquita
Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação 
ʹANS. Teoria e exercícios comentados 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 
 
 
 
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Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 
 
AULA 05: Agentes Públicos. 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO À AULA 05 2 
2. BASE CONSTITUCIONAL E LEGAL 2 
3. CLASSIFICAÇÃO DE AGENTES PÚBLICOS 13 
A. AGENTES POLÍTICOS 14 
B. SERVIDORES PÚBLICOS 20 
C. MILITARES 24 
D. PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO 24 
4. FUNÇÕES, CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS 28 
A. CRIAÇÃO DE CARGOS 36 
B. ACESSIBILIDADE A BRASILEIROS E ESTRANGEIROS 38 
C. EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO 42 
D. CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES DE CONFIANÇA 77 
E. CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO 92 
F. DIREITO DE ASSOCIAÇÃO SINDICAL E DIREITO DE GREVE 98 
G. REMUNERAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS 105 
H. SERVIDORES EM EXERCÍCIO DE MANDATOS ELETIVOS 129 
5. RESUMO DA AULA 138 
6. QUESTÕES 147 
7. REFERÊNCIAS 185 
 
 
 
 
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Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação 
ʹANS. Teoria e exercícios comentados 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 
 
 
 
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1. Introdução à aula 05 
 
Nesta aula 05��DERUGDUHPRV�D�PDWpULD�³Agentes públicos. Espécies 
e classificação. Cargo, emprego e função públicos.´� 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera 
da prova! 
Chega de papo, vamos a luta! 
 
2. Base constitucional e legal 
 
 O art. 37 da Constituição Federal contém algumas das mais 
importantes disposições constitucionais aplicáveis à administração 
pública em geral, em todas as esferas de governo. No art. 38, CF, estão 
previstas regras aplicáveis ao servidor público da administração direta, 
autárquica e fundacional que esteja no exercício de mandato eletivo. O 
art. 39, CF, traz regras especificamente aplicáveis aos servidores 
públicos estatutários. No art. 40, CF, está disciplinado o regime 
previdenciário desses servidores públicos (Regime Próprio de 
Previdência Social ± RPPS). Por fim, o art. 42, CF, trata dos militares. 
 Vamos falar rapidamente por alguns desses dispositivos 
constitucionais, que são bastante cobrados em provas de concursos, 
antes de entrarmos nos detalhes relativos aos agentes públicos. 
 O art. 37, inciso I, da CF, estabelece que, para o preenchimento 
dos cargos, funções e empregos públicos no Brasil, aplica-se o princípio 
da ampla acessibilidade, garantindo essa possibilidade a todos os 
brasileiros, natos ou naturalizados, que preencherem os requisitos e aos 
estrangeiros, de acordo com a previsão legal. 
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ʹANS. Teoria e exercícios comentados 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 
 
 
 
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 Isso quer dizer que a investidura em cargo ou emprego público 
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo 
ou emprego, na forma prevista em lei. 
 Em relação às pessoas portadoras de necessidades 
especiais, a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos e 
definirá os critérios de sua admissão. 
 O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, 
prorrogável uma vez, por igual período. 
Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, 
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos 
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir 
cargo ou emprego, na carreira. 
Quanto à função de confiança e ao cargo em comissão, são 
destinados apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento. A função de confiança é exercida exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo enquanto o cargo em comissão é 
exercido por qualquer pessoa, desde que cumpridos os requisitos legais 
e obedecidos os percentuais mínimos previstos em lei para servidores 
de carreira. 
Em seu art. 37, inciso IX, a Constituição Federal prevê a 
possibilidade de contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público, cujos casos 
serão estabelecidos em lei. 
É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação 
sindical e o direito de greve. 
No tocante à remuneração ou subsídio dos servidores públicos, 
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada 
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a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, 
sempre na mesma data e sem distinção de índices. 
Além disso, a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, 
funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e 
fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de 
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões 
ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, deverão 
limitar-se ao teto remuneratório previsto no art. 37, inciso XI, da CF. 
Essa regra também se aplica às empresas públicas e às sociedades de 
economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de 
despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
Não serão computadas, para efeito do teto remuneratório, 
as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço 
público. Além disso, em regra, o subsídio e os vencimentos dos 
ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis. 
 A retribuição por subsídio foi fixada na CF para 
os seguintes cargos públicos: chefes do Poder Executivo de todas as 
ordens políticas; auxiliares imediatos do Poder Executivo; membros do 
Poder Legislativo; magistrados federais e estaduais; membros do MP; 
ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas; membros da AGU; 
procuradores federais e estaduais; defensores públicos; servidores 
policiais; demais servidores organizados em carreira, desde que a lei 
que disciplina sua remuneração opte pelo subsídio. 
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Quanto à acumulação remunerada de cargos públicos, a regra é 
sua vedação. Entretanto, o texto constitucional, em seu art. 37, inciso 
XVI, traz exceções, desde que haja compatibilidade de horários e seja 
respeitadoo referido teto remuneratório: 
1. Dois cargos de PROFESSOR; 
2. Um cargo de PROFESSOR com outro, TÉCNICO OU 
CIENTÍFICO; 
3. Dois cargos ou empregos PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS 
DE SAÚDE, com profissões regulamentadas. 
Lembre-se que a proibição de acumular estende-se a empregos e 
funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades 
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. 
No caso de servidor público da administração direta, autárquica e 
fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as 
seguintes regras: 
1) Mandato eletivo federal, estadual ou distrital: afastamento do 
cargo, emprego ou função; 
2) Mandato de Prefeito: afastamento do cargo, emprego ou 
função, com possibilidade de escolher sua remuneração; 
3) Mandato de Vereador: há duas possibilidades ĺ a) 
compatibilidade de horários: vantagens de seu cargo, emprego 
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; b) 
sem compatibilidade de horários: aplicação da regra do 
mandato de prefeito; 
4) No caso de afastamento do cargo, emprego ou função, o 
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, 
exceto para promoção por merecimento. Além disso, para 
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efeito de benefício previdenciário, os valores serão 
determinados como se no exercício estivesse. 
Com base no art. 39 da Constituição Federal, a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os 
servidores da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações públicas. 
Essa é a redação original do texto constitucional e significa que as 
pessoas da Administração Direta e Indireta precisavam uniformizar o 
regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um único regime de 
servidor público para determinada ordem política, ou seja, uma lei que 
regule todos os servidores públicos de cargos efetivos de cada ente 
político (União, Estados, DF e municípios). 
Apesar de a EC nº 19/98 ter alterado a redação do 
supracitado dispositivo para afastar a obrigatoriedade do regime jurídico 
único dos servidores, o STF, no dia 2 de agosto de 2007, concedeu 
medida cautelar na ADI nº 2135 e suspendeu, até decisão final da ação, 
a eficácia da nova redação do dispositivo para manter a redação original 
da Constituição. Ou seja, o STF afastou a EC 19/98 e fez prevalecer a 
necessidade de regime jurídico único até os dias atuais. 
O art. 40 da Constituição Federal trata do regime de previdência 
social aplicável aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos 
estados, do DF e dos municípios, incluídas as respectivas autarquias e 
fundações (RPPS), ou seja: regime próprio de previdência social 
dos servidores públicos efetivos. 
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Esse regime é diferente do regime geral (RGPS), 
disciplinado no art. 201, CF, a que estão sujeitos os demais 
trabalhadores, não só os da iniciativa privada regidos pela CLT, 
autônomos e outros, mas também os servidores ocupantes, 
exclusivamente, de cargo em comissão, cargo temporário e emprego 
público. 
 OBS: o regime geral de previdência aplica-se subsidiariamente 
aos servidores públicos submetidos ao regime próprio. 
 O regime tem caráter contributivo e solidário. Dessa forma, 
não importa apenas o tempo de serviço do servidor; para fazer jus à 
aposentadoria, só será computado o tempo de efetiva contribuição do 
beneficiário. É vedado ao legislador estabelecer qualquer forma 
de contagem de tempo de contribuição fictício (art. 40, § 10, da 
Constituição). A instituição desse regime foi mantida em caráter 
facultativo para Estados e Municípios. 
Devem contribuir para o sistema o ente público, os servidores 
ativos e inativos e os pensionistas. As contribuições devem observar 
critérios que preserve o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema 
(art. 40, caput, da CF). 
No art. 40, §1º, a Constituição Federal prevê 3 
modalidades de aposentadoria: 
1. INVALIDEZ PERMANENTE: com proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição, em todos os casos, exceto quando a 
invalidez decorrer de acidente de serviço, moléstia profissional 
ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei. 
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2. COMPULSÓRIA (invalidez presumida): aos 70 anos de idade, 
independente de ser homem ou mulher, com proventos 
proporcionais ao tempo de contribuição. OBS: somente dará 
direito a proventos integrais se o funcionário já tiver 
completado o tempo de contribuição exigido para a 
aposentadoria voluntária, ou seja, 35 anos, para homem, e 30 
para a mulher. 
3. VOLUNTÁRIA: pode se dar com proventos integrais ou 
proporcionais. 
São 4 requisitos para aposentadoria voluntária com proventos 
integrais: 
ł�WHPSR�GH�HIHWLYR�VHUYLoR�S~EOLFR�����DQRV� 
ł� WHPSR� GH� VHUYLoR� QR� FDUJR� HIHWLYR� HP� TXH� VH� GDUi� D�
aposentadoria: 5 anos; 
ł�LGDGH�PtQLPD�����DQRV��SDUD�R�KRPHP��H�����SDUD�D�PXOKHU� 
ł�WHPSR�GH�FRQWULEXLomR�����DQRV�SDUD�R�KRPHP�H����SDUD�D�
mulher. 
Já para a aposentadoria voluntária com proventos 
proporcionais são apenas 3 requisitos: 
ł�WHPSR�GH�HIHWLYR�VHUYLoR�S~EOLFR�����DQRV� 
ł� WHPSR� GH� VHUYLoR� QR� FDUJR� HIHWLYR� HP� TXH� VH� GDUi� D�
aposentadoria: 5 anos; 
 ł�LGDGH�PtQLPD�����DQRV��SDUD�R�KRPHP��H�����SDUD�D mulher. 
ATENÇÃO, PARA PROVENTOS PROPORCIONAIS não se exige um 
tempo mínimo de contribuição, porém os proventos serão 
proporcionais ao tempo de contribuição. 
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4. ESPECIAL: cabível para o professor, para o deficiente físico, 
para os que exerçam atividades de risco e para aqueles cuja 
atividades sejam exercidas sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física, não sendo 
admitido qualquer outro tratamento especial (art. 40, §§ 4º e 
5º, da CF). 
A aposentadoria especial do professor é a única que 
tem seus requisitos expressos já no texto constitucional. No caso de 
professor ou professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo 
exercício das funções de magistério na educação infantil e ensino 
fundamental e médio, o tempo de contribuição e o limite de idade dão 
reduzidos em 5 anos para a concessão de aposentadoria voluntária com 
proventos integrais. Perceba que os professores universitários estão 
excluídos desse tratamento diferenciado. Ademais, não inclui aaposentadoria voluntária com proventos proporcionais. 
As demais hipóteses de aposentadoria especial possuem sua 
concretização condicionada à definição por lei complementar. 
 Na contagem do prazo para aquisição do direito à 
aposentadoria, o servidor pode considerar o tempo de contribuição 
tanto federal, quanto estadual ou municipal (art. 40, §9º, CF). Além 
disso, aplica-se o princípio da reciprocidade, que admite o 
aproveitamento do tempo de contribuição por serviço prestado à 
atividade privada (art. 40, §3º, CF). 
Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos 
acumuláveis, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à 
conta do RPPS. 
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O art. 40, §3º, da Constituição Federal, é a regra constitucional 
responsável pelo fim da aposentadoria com proventos integrais do 
servidor público. Os proventos não corresponderão, como antes era 
possível, ao valor da última remuneração do servidor. Seu valor será 
uma média calculada, nos termos da lei, com base nas remunerações 
sobre as quais o servidor contribuiu ao longo de sua vida profissional. 
O art. 40, §8º, da CF, prevê a revisão dos proventos, 
assegurando o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em 
caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em 
lei. Assim, fica instituído o princípio da preservação do valor real, que é 
o grande sonho de qualquer trabalhador, já que significa a manutenção 
do poder aquisitivo do servidor, do seu poder de compra. 
Com o fim da aposentadoria integral, levada a cabo pela 
EC41/2003, veio também a obrigatoriedade de instituição do regime 
de previdência complementar. O ente político que pretenda 
estabelecer como teto dos proventos por ela pagos o limite de 
benefícios do RGPS deverá instituir esse regime complementar, por 
meio de lei ordinária de iniciativa do chefe do Poder Executivo 
(Presidente da República, governador do estado ou do DF ou prefeito), 
com a finalidade de permitir que o servidor contribua mais e com isso 
conquiste o direito de adquirir proventos superiores ao teto. 
Esse regime complementar será organizado de forma autônoma 
em relação ao regime geral de previdência social e ao regime de 
previdência próprio do servidor público. Ficará a cargo de entidades 
fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que 
oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente 
na modalidade de contribuição definida. 
O servidor que tenha ingressado no serviço público até a data da 
publicação do ato de instituição do correspondente regime de 
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previdência complementar a ele estará sujeito somente se prévia e 
expressamente formalizar opção nesse sentido. 
$�PHVPD�(&�������LQVHULX�RXWUR�GLVSRVLWLYR�³LQRFHQWH´�QR�DUW�����
da Constituição Federal, trata-se do § 18, que instituiu a 
obrigatoriedade da contribuição do inativo. A contribuição incide 
sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo 
regime próprio de previdência dos servidores civis que superem o limite 
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência 
(atualmente R$ 3.416,54), com percentual igual ao estabelecido para 
os servidores titulares de cargos efetivos (atualmente 11%). OBS: no 
caso de portador de doença incapacitante, essa contribuição 
incidirá apenas sobre as parcelas que superem o dobro do teto 
do RGPS. 
Outro dispositivo inserido pela EC 41/03 foi o §19 do art. 40 da 
Constituição Federal, que trouxe uma nova natureza para a figura do 
³DERQR�GH�SHUPDQrQFLD´, que continua servindo para evitar a saída 
dos servidores e risco de comprometimento dos serviços, garantindo o 
funcionamento da Administração Pública. 
E em que consiste esse instituto? Ele equivale à dispensa 
do pagamento da contribuição previdenciária para o servidor que 
permaneça em atividade após ter completado os requisitos para 
requerer a aposentadoria voluntária não proporcional (60 anos de idade 
e 35 de contribuição, se homem; 55 anos de idade e 30 de 
contribuição, se mulher; 10 anos de efetivo exercício no serviço público; 
5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria). O servidor 
fará jus ao abono enquanto permanecer na ativa, até o limite de 70 
anos, idade em que é alcançado pela aposentadoria compulsória. 
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O art. 41 da Constituição Federal trata da estabilidade do servidor 
público, que consiste em uma garantia constitucional de permanência 
no serviço público, e não no cargo, vinculado à atividade de mesma 
natureza de quando ingressou. 
 
Agora vamos falar de algumas importantes alterações promovidas 
pela Emenda Constitucional nº 19/1998 na Constituição no que diz 
respeito ao servidor público. 
Com a EC 19/98, a estabilidade passou a ser conferida somente 
após três anos de efetivo exercício e não mais dois anos apenas. 
Ademais, a nova redação passou a exigir outros requisitos além da 
prévia aprovação em concurso público. 
A partir da EC nº 19/98, passaram a ser requisitos concomitantes 
para aquisição de estabilidade: 
1. concurso público; 
2. cargo público de provimento específico; 
3. três anos de efetivo exercício; 
4. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão 
instituída para essa finalidade. 
A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica-
se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do 
vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto 
constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º): 
1. sentença judicial transitada em julgado; 
2. processo administrativo, desde que assegurados o 
contraditório e a ampla defesa; 
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3. insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação 
periódica, na forma de lei complementar, assegurados também 
o contraditório e a ampla defesa; 
4. excesso de despesa com pessoal. 
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, 
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, 
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado 
em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor 
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
Quanto aos militares, o art. 42 da CF preceitua queos membros 
das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições 
organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, sendo as patentes dos 
oficiais conferidas pelos respectivos governadores. 
Por fim, em obediência à redação original do art. 39 da CF 
(determina que as pessoas da Administração Direta e Indireta 
uniformizem o regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um 
único regime para determinada ordem política), a Lei nº 8.112/90 
dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, 
das autarquias e das fundações públicas federais. 
Essas são as principais regras trazidas pela Constituição no que 
diz respeito aos servidores públicos (arts. 37 a 40). 
 
3. Classificação de agentes públicos 
 
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Agora destacaremos a principal classificação de agentes públicos 
adotada. Trata-se da apresentada por Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 
Para ela, os agentes públicos dividem-se em 4 categorias: 
1. agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à 
organização política do País; 
2. servidores públicos: em sentido amplo, englobam as 
pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades 
da Administração Indireta, com vínculo de dependência com o 
poder público (estatutário ou celetista), de natureza 
profissional, de caráter não eventual e mediante remuneração 
paga pelos cofres públicos; 
3. Militares: prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, 
Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e Corpos de 
Bombeiros Militares dos Estados, DF e dos Territórios, com 
vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio; e 
4. particulares em colaboração com o Poder Público: as 
pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, ainda que em 
caráter ocasional ou temporário, sem vínculo empregatício, 
com ou sem remuneração. 
 
a. Agentes políticos 
 3DUD� &HOVR� $QW{QLR� %DQGHLUD� GH� 0HOOR�� ³DJHQWHV� SROtWLFRV� VmR� RV�
titulares dos cargos estruturais à organização política do País, 
ou seja, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço 
constitucional do Estado e, portanto, o esquema fundamental do 
poder��6XD�IXQomR�p�D�GH�IRUPDGRUHV�GD�YRQWDGH�VXSHULRU�GR�(VWDGR�´�
(Curso de Direito Administrativo, 2008). 
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Podemos dizer que o agente político é aquele 
possuidor de cargo eletivo, eleito por mandatos transitórios. Exemplos: 
Os Chefes de Poder Executivo e membros do Poder Legislativo, além de 
cargos de Ministros de Estado e de Secretários nas Unidades da 
Federação, os quais não se sujeitam ao processo administrativo 
disciplinar. 
O regime jurídico desses agentes, os direitos e deveres aplicáveis 
a eles, estão previstos em lei ou, em alguns casos, na própria 
Constituição Federal, afastando, assim, a natureza contratual da 
relação. 
Assim, como bem salienta Fernanda Marinela, o vínculo jurídico 
desses agentes é, em regra, de natureza política. Podem ser 
nomeados, mas, em sua maioria, são escolhidos por eleição popular e o 
que os qualifica não é a aptidão técnica e sim a qualidade de cidadão 
com a capacidade de conduzir a sociedade. 
 Suas principais características são: 
1. Competência prevista na própria Constituição Federal; 
2. Não sujeição às regras comuns aplicáveis aos servidores 
públicos em geral; 
3. Normalmente, a investidura em seus cargos é por meio de 
eleição, nomeação ou designação; 
4. Não são hierarquizados, salvo os auxiliares imediatos dos 
Chefes dos Executivos, sujeitando-se somente às regras 
constitucionais. 
Um parecer da AGU merece um destaque especial: 
Parecer-AGU nº GQ-35, vinculante: ³��� $� /HL� Qž� ������� GH� ������ FRPLQD� D�
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aplicação de penalidade a quem incorre em ilícito administrativo, na condição 
de servidor público, assim entendido a pessoa legalmente investida em cargo 
público, de provimento efetivo ou em comissão, nos termos dos arts. 2º e 3º. 
Essa responsabilidade de que provém a apenação do servidor não alcança os 
titulares de cargos de natureza especial, providos em caráter precário e 
transitório, eis que falta a previsão legal da punição. Os titulares dos cargos 
de Ministro de Estado (cargo de natureza especial) se excluem da viabilidade 
legal de responsabilização administrativa, pois não os submete a positividade 
do regime jurídico dos servidores públicos federais aos deveres funcionais, 
FXMD�LQREVHUYkQFLD�DFDUUHWD�D�SHQDOLGDGH�DGPLQLVWUDWLYD�´ 
 
De acordo com esse parecer, os que possuem cargos eletivos, 
eleitos por mandatos transitórios, como os Chefes de Poder Executivo e 
membros do Poder Legislativo, além de cargos de Ministros de Estado e 
de Secretários nas Unidades da Federação, não se sujeitam ao processo 
administrativo disciplinar. 
Para você que vai fazer esse concurso, é 
IMPORTANTE saber que atualmente há uma tendência a considerar os 
membros da Magistratura (juízes e desembargadores) e do Ministério 
Público (promotores e procuradores de justiça) como agentes políticos. 
 
1) ³2V�PDJLVWUDGRV�HQTXadram-se na espécie de agente político, 
investidos para o exercício de atribuições constitucionais, 
sendo dotados de plena liberdade funcional no desempenho de 
suas funções, com prerrogativas próprias e legislação 
HVSHFtILFD´� �5(� ��������63�� 67)� ± Segunda Turma, Rel. Min. 
Néri da Silveira, julg: 05.03.2002, DJ: 12.04.2002). 
2) Segundo o STF, a função dos agentes diplomáticos é 
eminentemente política (Ext 1082, STF ± Tribunal Pleno, Rel. 
Min. Celso de Mello, julg: 19.06.2008, DJe: 07.08.2008). 
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1) (FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho) São 
considerados agentes públicos 
a) apenas aqueles que exercem atividades típicas de governo, 
detentores de mandato eletivo e seus auxiliares diretos. 
b) apenas aqueles ligados ao Poder Público por vínculo de 
natureza estatutária, investidos mediante nomeação para cargo público. 
c) os servidores públicos, os agentes políticos, os militares e os 
particulares em colaboração com o Poder Público. 
d) os servidores públicos, desde que detentores de vínculo 
estatutário, bem como os agentes políticos, excluídos os militares. 
e) exclusivamente os servidores públicos, detentores de vínculo 
estatutário ou celetista, excluídos os agentes políticos. 
 
Como acabei de afirmar, os agentes públicos dividem-se em 4 
categorias:1. agentes políticos; 
2. servidores públicos; 
3. militares; e 
4. particulares em colaboração com o Poder Público. 
*DEDULWR��/HWUD�³F´� 
 
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2) (FCC-2015- TRT - 6ª Região (PE)- Juiz do Trabalho 
Substituto) O conceito de agente público NÃO é coincidente com o de 
agente político, cabendo destacar que 
 a) os particulares que atuam em colaboração com a 
Administração, embora no exercício de função estatal, não são 
considerados agentes públicos. 
 b) todos aqueles que exercem função estatal em caráter 
transitório, sem vínculo com a Administração, não são considerados 
agentes públicos e sim agentes políticos. 
 c) apenas os ocupantes de cargos, empregos e funções na 
Administração pública podem ser considerados agentes públicos. 
 d) são exemplos de agentes políticos os Chefes do Executivo e 
seus auxiliares imediatos, assim entendidos Ministros e Secretários de 
Estado. 
 e) os detentores de mandato eletivo são os únicos que se 
caracterizam como agentes políticos. 
Resposta: 
Como já estudamos, o agente político é aquele titular de cargo 
estrutural à organização política do País, ou seja, são os ocupantes dos 
cargos que compõem o arcabouço constitucional do Estado e, portanto, 
o esquema fundamental do poder. Exemplos: Os Chefes de Poder 
Executivo e membros do Poder Legislativo, além de cargos de Ministros 
de Estado e de Secretários nas Unidades da Federação. 
*DEDULWR��/HWUD�³G´ 
 
3) (FCC - 2007 - MPU ± Analista) No âmbito da estrutura 
administrativa brasileira, 
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a) os agentes políticos exercem funções governamentais, judiciais 
e quase-judiciais, elaborando normas legais, conduzindo os negócios 
públicos, decidindo e atuando com independência nos assuntos de sua 
competência. 
b) os Poderes de Estado compreendem o Legislativo, o Executivo, o 
Judiciário e o Ministério Público, e a cada um deles correspondendo 
funções reciprocamente delegáveis, sendo vinculados e harmônicos 
entre si. 
c) as entidades estatais são unicamente a União, os Estados-
membros, os Municípios, os Territórios e o Distrito Federal. 
d) os cargos são os encargos administrativos atribuídos e 
delimitados por lei às funções lotadas nos órgãos públicos. As funções 
são providas por agentes públicos ou políticos, de forma efetiva e 
apenas mediante concurso de provas e títulos. 
e) a investidura do agente público comissionado para cargos ou 
funções de confiança, dada a precariedade de sua nomeação, goza da 
presunção de definitividade, tornando o agente estável após o estágio 
probatório. 
 
Letra (A). Reproduz o conceito de agente político trazido por Hely 
Lopes Meirelles. Logo, está CORRETA. 
Letra (B). Os Poderes da União (Legislativo, Executivo e Judiciário) 
são independentes e harmônicos entre si e as suas funções são 
reciprocamente indelegáveis. Logo, está INCORRETA. 
Letra (C). As entidades estatais são unicamente a União, os 
Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal, não incluindo os 
territórios. Logo, está INCORRETA. 
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Letra (D). Cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser 
cometidas a um servidor, criando com este um vínculo estatutário. 
Acessível a todos os brasileiros, criado por lei, com denominação 
própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em 
caráter efetivo ou em comissão. Aquele que ocupa o cargo público é 
chamado de funcionário público. A função pública é o conjunto de 
atribuições às quais não corresponde um cargo ou emprego (conceito 
residual). Abrange 2 tipos de situação: função exercida por servidores 
contratados temporariamente, para a qual não se exige, 
necessariamente, concurso público, e função de natureza permanente, 
correspondentes a chefia, direção, assessoramento (função de 
confiança, de livre provimento e exoneração). Logo, está INCORRETA. 
Letra (E). Não se adquire, em nenhuma hipótese, estabilidade em 
decorrência do exercício de cargo comissionado, não importa durante 
quanto tempo o servidor o exerça. Logo, está INCORRETA. 
*DEDULWR��/HWUD�³D´� 
 
b. Servidores públicos 
 Em sentido amplo, englobam as pessoas físicas que prestam 
serviços ao Estado e às entidades da Administração Indireta, sejam 
pessoas jurídicas de direito público ou privado, com vínculo 
empregatício (ou seja, natureza profissional, de caráter não eventual e 
sob vínculo de dependência) e mediante remuneração paga pelos cofres 
públicos. 
 Subdividem-se em: 
1. SERVIDORES ESTATUTÁRIOS: sujeitos ao regime 
estatutário (= regime disposto em lei especial para disciplinar 
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os servidores de determinado ente público) e ocupantes de 
cargos públicos (aqui se incluem os ocupantes de 
funções de confiança e cargos em comissão). 
No regime estatutário, ressalvadas as pertinentes disposições 
constitucionais impeditivas, o Estado deterá o poder de 
alterar legislativamente o regime jurídico de seus servidores, 
inexistindo a garantia de que continuarão sempre 
disciplinados pelas disposições vigentes quando de seu 
ingresso, já que não há direito adquirido quanto à 
manutenção do regime. 
2. EMPREGADOS PÚBLICOS: contratados sob o regime da 
legislação trabalhista (CLT) e ocupantes de emprego público, 
tendo como vínculo jurídico um contrato de trabalho (regime 
contratual). 
Para o regime celetista ou contratual, os direitos e obrigações 
constituídos na ocasião da avença são unilateralmente 
imutáveis, gerando para o servidor direito adquirido. 
3. SERVIDORES TEMPORÁRIOS: contratados por tempo 
determinado para atender à necessidade temporária de 
excepcional interesse público. Exercem função, sem estarem 
vinculados a cargo ou emprego público. 
 
A Constituição exige a adoção, por parte de cada ente da 
Federação, de um só regime jurídico (regime jurídico único) 
aplicável a todos os servidores integrantes de sua administração 
direta, autarquias e fundações públicas. 
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CUIDADO!Os servidores das empresas públicas, sociedadesde 
economia mista e fundações privadas regem-se pela legislação 
trabalhista. 
No caso dos empregados públicos, não podem Estados e 
Municípios derrogar outras normas da legislação trabalhista, já que não 
têm competência para legislar sobre Direito do Trabalho, reservada 
privativamente à União (art. 22, I, CF). 
 Aos servidores temporários aplica-se regime jurídico especial a 
ser disciplinado em lei de cada unidade da federação. 
 
 
4) (FCC ± 2013 ± TRT 5ª Região (BA) ± Técnico Judiciário ± 
Área Administrativa) Considerando o tipo de vínculo que une o 
particular ao Estado, pode-se afirmar corretamente que são servidores 
públicos os 
a) ocupantes de cargos públicos criados por lei e admitidos sob 
o regime estatutário, não integrando essa categoria os empregados 
públicos, porque admitidos sob o regime da legislação trabalhista. 
b) ocupantes de emprego público que têm vínculo contratual 
sob a regência da CLT e os ocupantes de cargos públicos criados por lei 
e admitidos sob o regime estatutário. 
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c) que ingressam no serviço público mediante concurso público 
de provas ou de provas e títulos, não integrando referida categoria os 
que ocupam cargos de livre provimento e exoneração. 
d) que ingressam no serviço público mediante concurso público 
de provas ou de provas e títulos, não integrando referida categoria os 
contratados temporariamente com supedâneo no artigo 37, IX, da 
Constituição Federal. 
e) investidos em cargos públicos efetivos criados por lei e 
admitidos sob o regime estatutário, não integrando essa categoria os 
empregados públicos, porque admitidos sob o regime da legislação 
trabalhista e os investidos em cargo em comissão. 
 
Para responder esta questão, vamos considerar a doutrina de 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro no tocante à classificação dos agentes 
públicos, estudada no tópico da aula. 
Letra (A). Como acabamos de analisar, os empregados 
públicos também integram o conceito de servidores públicos. Portanto, 
está INCORRETA. 
Letra (B). Tanto os ocupantes de cargos públicos como os 
ocupantes de empregos públicos estão dentro do conceito de servidores 
públicos. Portanto, está CERTA. 
Letra (C). Os ocupantes de cargo público, seja efetivo ou em 
comissão (livre provimento e exoneração), integram o conceito de 
servidores públicos. Portanto, está ERRADA. 
Letra (D). Os contratados temporariamente também são 
conceituados como servidores públicos. Logo, está INCORRETA. 
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Letra (E). Os empregados públicos e os investidos em cargo 
em comissão integram sim o conceito de servidores públicos. Portanto, 
está ERRADA. 
Gabarito: B 
 
c. Militares 
 Abrangem as pessoas físicas que prestam serviços às Forças 
Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e 
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e dos Territórios, com 
vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio, mediante 
remuneração paga pelos cofres públicos. Eram considerados servidores 
públicos até a EC nº 18/98, sendo excluídos da categoria, só lhes 
aplicando as normas referentes aos servidores públicos quando houver 
previsão expressa nesse sentido. 
 
d. Particulares em colaboração com o Poder Público 
 Englobam as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, 
ainda que em caráter ocasional ou temporário, sem vínculo 
empregatício, com ou sem remuneração. 
 Dividem-se em: 
1. DELEGADOS DO PODER PÚBLICO: exercem função pública, 
em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob 
fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem 
não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários 
do serviço. Exemplos: os que exercem serviços notariais e de 
registro, os leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos. 
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 Importante ressaltar que os oficiais dos 
serviços notariais, apesar da exigência de concurso público, 
não perdem a qualidade de particular, não devendo ser 
incluídos na categoria de servidores públicos, como alguns 
acabam confundindo. Como bem salienta o STF, os notários e 
os registradores exercem atividade estatal, entretanto não 
são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam 
cargo público, não sendo, assim, servidores públicos (ADI 
2602/MG, STF ± Tribunal Pleno, Rel. Min. Joaquim Barbosa e 
Min. Eros Grau, julg: 24.11.2005, DJ: 31.03.2006). 
2. REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS PARA O 
EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS RELEVANTES: não 
têm vínculo empregatício e, em geral, não recebem 
remuneração. São agentes convocados para exercer função 
pública, tendo assim a obrigação de participar sob pena de 
sanção. Exemplos: jurados, convocados para prestação de 
serviço militar ou eleitoral, comissários de menores, 
integrantes de comissões, grupos de trabalho, etc. 
3. GESTORES DE NEGÓCIO: assumem, espontaneamente, 
determinada função pública em momento de emergência, como 
epidemia, incêndio, enchente, etc. 
 Para sistematizar, apresentamos o esquema da 
classificação de Di Pietro. ABRA O OLHO, e tenha esse quadro sempre 
em mente! 
 
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Agentes políticos 
 
Titulares dos cargos estruturais à organização 
política do País (Ex.: Presidente, Senadores, 
Governadores, Deputados etc). 
Servidores 
públicos 
 
Servidores ESTATUTÁRIOS: regime estatutário e 
ocupantes de cargos públicos (Ex.: você ao passar 
neste concurso) 
EMPREGADOS PÚBLICOS: regime trabalhista e 
ocupantes de emprego público (Ex.: carteiro dos 
Correios); 
SERVIDORES TEMPORÁRIOS: contratados por 
tempo determinado para atender à necessidade 
temporária de excepcional interesse público (Ex.: 
enfermeiro contratado para fazer frente a um surto 
de dengue). 
Militares 
 
Prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, 
Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e 
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e 
dos Territórios, com vínculo estatutário e regime 
jurídico próprio (Ex.: soldado do Exército e da PM). 
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Particulares em 
colaboração com 
o Poder PúblicoDELEGADOS DO PODER PÚBLICO: exercem função 
pública, em seu próprio nome, sem vínculo 
empregatício, porém sob fiscalização do Poder 
Público (Ex.: donos de cartórios). 
REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS 
PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS 
RELEVANTES: não têm vínculo empregatício e, em 
geral, não recebem remuneração (Ex.: jurado do 
Tribunal do Júri). 
GESTORES DE NEGÓCIO: assumem, 
espontaneamente, determinada função pública em 
momento de emergência (Ex.: cidadão que se 
prontifica a catalogar donativos para vítimas de 
enchentes). 
 
 
 
 
 
5) (FCC ± 2012 ± TJ/RJ ± Analista Judiciário ± Execução de 
Mandados) As pessoas que exercem atos por delegação do Poder 
Público, tais como os serviços notariais e de registro podem ser 
consideradas 
a) servidores públicos estatutários, caso tenham prestado 
concurso público. 
b) empregados públicos, desde que tenham prestado concurso 
público. 
c) particulares em colaboração com o Poder Público, sem 
vínculo empregatício. 
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d) funcionários públicos lato sensu, na medida em que se 
submetem à fiscalização do Poder Público. 
e) agentes públicos estatutários, desde que recebam 
remuneração do Poder Público. 
 
Os particulares em colaboração do Poder Público são pessoas 
físicas que prestam serviços ao Estado, ainda que em caráter ocasional 
ou temporário, sem vínculo empregatício, com ou sem remuneração. 
Abrangem os delegados do poder público, que exercem função pública, 
em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob fiscalização 
do Poder Público. A remuneração que recebem não é paga pelos cofres 
públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço. Exemplos: os que 
exercem serviços notariais e de registro, os leiloeiros, tradutores e 
intérpretes públicos. 
Assim, a resposta correta é a letra C. 
Gabarito: C 
 
 
4. Funções, cargos e empregos públicos 
 
Qual seria a distinção entre cargo, emprego e função pública? 
 
x CARGO PÚBLICO: conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor, criando com este um vínculo estatutário. 
Segundo Marinela, cargo público é a mais simples e indivisível 
unidade de competência a ser expressa por um agente público para o 
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exercício de uma função pública, representando um lugar dentro da 
organização funcional da Administração Pública direta, autárquica e 
fundacional. Possui regime jurídico definido em lei, denominado assim 
regime legal ou estatutário, de índole institucional e não contratual. 
$VVLP��SDUD� OHPEUDU�R�TXH�p� FDUJR�S~EOLFR� �FRPR�XP�³OXJDU´�
dentro da estrutura da Administração), tenha em mente a seguinte 
imagem + vínculo estatutário: 
 
Fonte: 
www.moveisparaescritorio.ind.br 
 
 
 
 
+ VÍNCULO ESTATUTÁRIO 
O cargo público é acessível a todos os brasileiros. 
Em regra, é criado por lei, que definirá um número 
determinado, uma denominação própria e correspondente vencimento 
pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em 
comissão. Essa lei é de iniciativa de cada Poder. 
EXCEÇÃO: no caso dos serviços auxiliares do Poder 
Legislativo, a criação do cargo público será feita por resolução de cada 
uma das Casas do Congresso Nacional, não dependendo de lei, 
lembrando, entretanto, que a fixação de sua remuneração depende de 
lei. 
Por paralelismo de formas, sua extinção também só poderá 
ocorrer por meio de lei, ressalvado o caso de cargos públicos vagos, 
que poderão ser extintos por decreto do Presidente da República. 
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Aquele que ocupa o cargo público é chamado de funcionário 
público. 
 
Em relação ao cargo público, Marinela ainda destaca outros 
conceitos relacionados: 
a) Carreira: é um conjunto de cargos organizados em uma 
estrutura escalonada, hierarquizada; 
b) Classe: é o agrupamento de cargos da mesma profissão e com 
idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos, 
consistindo nos degraus de acesso dentro da carreira; 
c) Quadro: é o conjunto de carreiras e cargos isolados que 
compõe a estrutura de um órgão ou Poder, podendo ser 
permanente ou provisório. 
Por fim, Marinela traz duas formas de classificar os cargos 
públicos: 
1) De acordo com a sua posição estatal no quadro funcional da 
Administração, em: 
a) Cargos de carreira: aqueles organizados em uma série de 
classes, que consiste nos agrupamentos de cargos da 
mesma profissão, com idênticas atribuições, 
responsabilidades e vencimentos, estando essas classes 
escalonadas em função do grau de hierarquia existente no 
serviço, que decorre do nível de responsabilidade e 
complexidade de suas atribuições. Nesse caso, é garantido 
aos servidores a possibilidade de ascensão funcional, o que 
ocorre, normalmente, por meio de promoção. 
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b) Cargos isolados: apesar de estarem no quadro funcional da 
Administração, não estão escalonados; são estanques, não 
contando os seus ocupantes com a possibilidade de 
progressão, de ascensão funcional. 
2) Conforme a sua vocação para retenção de seus ocupantes, 
considerando se o servidor tem maior ou menor garantia de 
permanência, em: 
a) Cargo em comissão: consiste em um lugar no quadro 
funcional da Administração que conta com um conjunto de 
atribuições e responsabilidades de direção, chefia e 
assessoramento. É ocupado em caráter transitório e pode 
ser preenchido por qualquer pessoa. É de livre nomeação e 
livre exoneração, não dependendo de qualquer justificativa 
ou motivação. Assim, não há qualquer garantia de 
permanência. 
b) Cargo efetivo: depende de prévia aprovação em concurso 
público, sendo que a nomeação é feita em caráter definitivo 
e seu ocupante tem a possibilidade de, preenchidos os 
requisitos constitucionais (art. 41, CF), adquirir a 
estabilidade. Nesse caso, a retirada do servidor não ocorre 
de forma livre, dependendo de motivação com prévio 
processo administrativo, ou seja, conta com maior garantia 
de permanência. 
c) Cargo vitalício: é o mais seguro, o que oferece ao servidor a 
maior garantia de permanência, pelo fato de o desligamento 
só poder ocorrer via processo judicial. Em regra, esse cargo 
depende de prévia aprovação em concurso público, como na 
Magistratura (art. 95, I, CF) e no Ministério Público (art. 
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constitucional, tais como os Ministros e Conselheiros dos 
Tribunais de Contas (art. 73, §3º, CF). Essa garantia se 
justifica pela independência necessária à atuação desses 
agentes. 
 
x EMPREGO PÚBLICO: é um núcleo de encargo de trabalho 
permanente a ser preenchido por agente contratado para desempenhá-
lo, ou seja, também é uma unidade de atribuições e responsabilidades, 
distinguindo-se do cargo pelo tipo de vínculo que liga o servidor ao 
Estado. 
O ocupante de emprego público tem um vínculo contratual e 
submete-se ao regime trabalhista (CLT), com a aplicação de algumas 
normas do regime público. 
 
 
Fonte: 
www.moveisparaescritorio.ind.br 
 
 
 
 
+ VÍNCULO TRABALHISTA 
Para o âmbito federal, a União, com o 
objetivo de definir as regras aplicáveis aos empregados públicos, editou 
a Lei nº 9.962/00. O diploma estabelece, dentre outras regras, que a 
escolha desses empregados deve ser por meio de concurso público (art. 
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2º), trata-se de um contrato com prazo indeterminado e a sua resilição 
não pode ser unilateral (art. 3º). Assim fica afastada a dispensa desses 
empregados de forma imotivada, só sendo possível quando ocorrer: 
falta grave (art. 482, CLT); acumulação ilegal de cargos, empregos e 
funções públicas; necessidade de redução de quadros por excesso de 
despesa (art. 169, CF) e insuficiência de desempenho apurada em 
processo administrativo. 
A criação e a extinção desses empregos públicos também 
devem ser feitos por meio de lei. 
 
x FUNÇÃO PÚBLICA: é o conjunto de atribuições às quais não 
corresponde um cargo ou emprego (conceito residual), não contando, 
assim, com um lugar no quadro funcional da Administração. Segundo 
Marinela, consiste no conjunto de atribuições e responsabilidades 
assinaladas a um servidor; é a atividade em si mesma, ou seja, 
corresponde às inúmeras tarefas que devem ser desenvolvidas por um 
servidor. 
A criação e a extinção dessa função também deve ser feita por 
meio de lei. 
Abrange 2 tipos de situação: função exercida por servidores 
contratados temporariamente, para a qual não se exige, 
necessariamente, concurso público, e função de natureza permanente, 
correspondentes a chefia, direção, assessoramento (função de 
confiança, de livre provimento e exoneração). 
 PARA AS OBSERVAÇÕES: 
OBS1) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, 
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a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, 
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se 
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
OBS2) No art. 37, II, da Constituição Federal, o constituinte só 
exigiu concurso público para a investidura em cargo ou 
emprego. Nos casos de função, essa exigência não existe. 
 Confira os seguintes dispositivos constitucionais: 
37. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação 
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a 
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, 
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração; 
(...) 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos 
por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos 
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento 
 
 IMPORTANTE OBSERVAR que os tribunais 
brasileiros já sedimentaram o entendimento de que não existe direito 
adquirido à manutenção do regime jurídico do servidor público; 
o regime jurídico pode ser alterado unilateralmente pelo poder público, 
com a simples alteração da lei de regência. 
 
 
6) (FCC/2009/TCE-GO/Analista Externo) A pessoa legalmente 
investida em cargo, de provimento efetivo ou em comissão, com 
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denominação, função e vencimento próprios, número certo e 
remunerado pelos cofres públicos." 
Esta é a definição de 
a) agente público. 
b) particular em colaboração com a Administração. 
c) servidor público em sentido amplo. 
d) empregado público. 
e) funcionário público. 
 
Letra (A). Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, agente público é 
toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas 
da Administração Indireta. Trata-se de um conceito amplo. Logo, está 
INCORRETA. 
Letra (B). Particulares em colaboração com a Administração 
englobam as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, sem 
vínculo empregatício, com ou sem remuneração. Logo, está 
INCORRETA. 
Letra (C). Servidor público em sentido amplo engloba as pessoas 
físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da Administração 
Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos 
cofres públicos. Logo, está INCORRETA. 
Letra (D). Empregados públicos são os servidores públicos 
contratados sob o regime da legislação trabalhista (CLT) e ocupantes de 
emprego público. Logo, está INCORRETA. 
Letra (E). Funcionários públicos são sujeitos ao regime estatutário 
(= regime disposto em lei especial para disciplinar os servidores de 
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determinado ente público) e ocupantes de cargos públicos. Logo, está 
CORRETA. 
Gabarito: /HWUD�³H´� 
 
a. Criação de cargos 
 E como se dá a criação, transformação e extinção de cargos, 
empregos e funções públicas? 
No âmbito federal, isso ocorre por meio de lei, da competência do 
Congresso Nacional. A iniciativa dessa lei é privativa do Presidente da 
República, quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos 
na administração federal direta e autárquica. 
 De acordo com o princípio do paralelismo, o STF considera que os 
Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados-
membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a 
Assembleia Legislativa tem a competência de editá-la. 
 No caso específico de cargo ou função pública que estejam 
vagos,a extinção pode ser feita mediante decreto do próprio Chefe 
do Executivo (não precisa edição de lei pelo Legislativo). 
 A extinção de função ou cargo público preenchido 
somente poderá ser efetivada mediante lei; caso o cargo esteja 
vago, a competência para sua extinção é privativa do Chefe do 
Poder Executivo, mediante decreto autônomo. 
 
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7) (FCC ± 2014 ± TRT 2ª Região (SP) ± Técnico Judiciário ± 
Área Administrativa) Diante de real demanda de pessoal na 
Administração direta e indireta, o Chefe do Executivo de determinado 
ente federado editou decreto criando número bastante relevante de 
cargos os quais deveriam ser preenchidos por meio de concurso público, 
regra expressa da Constituição Federal. 
A conduta adotada pelo Governador 
a) é regular e válida, caso reste demonstrada a disponibilidade 
orçamentária para esse incremento de despesas. 
b) não é compatível com a norma constitucional, que exige lei 
para criação de cargos, por meio da qual são definidas as atribuições e 
padrões de remuneração dessas unidades de poderes e deveres 
estatais. 
c) é regular e válida desde que tenham sido especificadas as 
atribuições e padrões de remuneração para cada natureza de função a 
ser desenvolvida. 
d) não é compatível com a norma constitucional, que exige 
convalidação por medida provisória que demonstre a disponibilidade de 
recursos e o interesse público na conduta. 
e) é inconstitucional, tendo em vista que a atividade de criação de 
cargos depende de autorização legislativa ou de autorização judicial, 
mediante provocação do Chefe do Executivo. 
 
Como visto na aula, no âmbito federal, a criação de cargos, 
empregos e funções públicas ocorre por meio de lei, da competência 
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do Congresso Nacional. A iniciativa dessa lei é privativa do Presidente 
da República, quando se tratar de cargos, funções ou empregos 
públicos na administração federal direta e autárquica. 
 De acordo com o princípio do paralelismo, o STF considera que os 
Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados-
membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a 
Assembleia Legislativa tem a competência de editá-la. 
Portanto, no caso da questão, a criação dos cargos depende de lei 
e não de decreto, não sendo a conduta do Governador compatível com 
a CF. Assim, a resposta correta é a letra B. 
Gabarito: B 
 
b. Acessibilidade a brasileiros e estrangeiros 
Marinela conceitua acessibilidade como o conjunto de regras e 
princípios que regulam o ingresso de pessoas nos quadros da 
Administração Pública. 
 De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos, 
empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei. Trata-se do princípio da ampla 
acessibilidade. 
 Os referidos requisitos estabelecidos em lei devem, 
obrigatoriamente, mostrar-se necessários ao adequado desempenho da 
função pública correspondente. Além disso, é vedado o 
estabelecimento de exigências ou condições pelos editais de concursos 
públicos que não possuam amparo legal. OBS: a EC nº 45/2004 
estabeleceu duas hipóteses novas de requisitos constitucionais 
especificamente para o acesso aos cargos de juiz e de membro 
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do Ministério Público, tanto estaduais quanto federais. A 
referida emenda passou a exigir do bacharel em direito, em 
ambos os casos, no mínimo 3 anos de atividade jurídica, além da 
aprovação em concurso público de provas e títulos. 
 No caso dos brasileiros, natos ou naturalizados, basta o 
atendimento aos requisitos da lei para que se tenha a possibilidade de 
acesso aos cargos, empregos e funções públicas. Já para os 
estrangeiros, é necessária a edição de lei que estabeleça as condições 
de ingresso; por exemplo, o art. 5º, §3º, da Lei nº 8.112/90 prevê que 
as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros. 
Segundo Fernanda Marinela, esse conjunto de normas que define 
os requisitos e parâmetros para o acesso ao serviço público deve ser 
respeitado rigorosamente pelos Administradores, gerando, assim, no 
que tange aos parâmetros exigidos, um direito subjetivo para os 
candidatos a essas vagas, sendo vedada qualquer possibilidade de 
discriminação abusiva, o que gera flagrante desrespeito ao princípio da 
isonomia. 
 
Quanto aos brasileiros, é importante ressaltar a exceção do art. 
12, §3º, da CF, que listou alguns cargos que só podem ser preenchidos 
por brasileiros natos, em razão da segurança nacional. 
Art. 12.§3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
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VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
23, de 1999) 
 
Além disso, exige-se a qualidade de brasileiro nato aos cidadãos 
que vão ocupar as seis vagas no Conselho da República (art. 89, VII). 
 Esse tópico não pode ser encerrado sem a seguinte transcrição da 
Lei nº 8.112/90, que trata da contratação de professores estrangeiros: 
Art. 5º (...) 
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. 
 
 
8) (FCC/2010/TRT-8ªReg/Técnico Judiciário) Sobre cargo 
público é correto afirmar: 
a) Cargo público e emprego público são expressões sinônimas. 
b) Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham 
os requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei. 
c) Cargo em Comissão pode ser provido em caráter permanente. 
d) Nem todo cargo tem função, mas a toda função corresponde um 
cargo. 
e) A criação de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder 
Executivo. 
 
Letra (A). Cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser 
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cometidas a um servidor, criando com este um vínculo estatutário. 
Acessível a todos os brasileiros, criado por lei, com denominação 
própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em 
caráter efetivo ou em comissão. Já o emprego público é uma unidade 
de atribuições, distinguindo-se do cargo pelo tipo de vínculo que liga o 
servidor ao Estado. O ocupante de emprego público tem um vínculo 
contratual. Portanto, não são expressões sinônimas. Logo, está 
INCORRETA. 
Letra (B). Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis 
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim 
como aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, inciso I, CF). Logo, está 
CORRETA. 
Letra (C). Os cargos em comissão são livres de nomeação e 
exoneração, portanto não podem ser permanentes. Logo, está 
INCORRETA. 
Letra (D). Não existe cargo sem função, uma vez que todo cargo 
encerra um conjunto de atribuições. Além disso, nem toda função 
corresponde a um cargo, são os casos por exemplo, das funções 
ocupadas por aqueles contratados temporariamente e das funções de 
livre provimento. Logo, está INCORRETA. 
Letra (E). O cargo público somente pode ser criado por lei, o chefe 
do executivo poderá apenas extinguir os cargos quando vagos, mas 
nunca criá-los. Logo, está INCORRETA. 
*DEDULWR��/HWUD�³E´� 
 
9) (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário) É requisito básico 
para investidura nos cargos públicos em geral: 
a) nacionalidade brasileira ou estrangeira. 
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b) nível de escolaridade mínimo igual ou equivalente a ensino 
universitário. 
c) idade mínima de vinte e um anos. 
d) aptidão física e mental. 
e) aprovação em concurso público de provas e títulos. 
 
Os requisitos básicos para investidura em cargo público estão 
elencados no art. 5º, da Lei 8.112/90, tais quais: a nacionalidade 
brasileira, o gozo dos direitos políticos, a quitação com as obrigações 
militares e eleitorais, o nível de escolaridade exigido para o exercício do 
cargo, a idade mínima de dezoito anos e aptidão física e mental. 
*DEDULWR��/HWUD�³G´� 
 
c. Exigência de concurso público 
 A investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, 
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
 Esse dispositivo é aplicável à administração direta e indireta, 
inclusive para o preenchimento de empregos nas empresas 
públicas e sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de 
direito privado integrantes da administração indireta. 
 Ao falar em concurso público, a Constituição Federal está exigindo 
procedimento aberto a todos os interessados, ficando vedados os 
chamados concursos internos, só abertos a quem já pertence ao quadro 
de pessoal da Administração Pública. Além disso, deve-se propiciar igual 
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oportunidade de acesso a cargos e empregos públicos a todos os que 
atendam aos requisitos estabelecidos de forma geral e abstrata em lei. 
 Marinela entende que o concurso público é um procedimento 
administrativo colocado à disposição da Administração Pública para a 
escolha de seus futuros servidores. Representa a efetivação de 
princípios como a impessoalidade, a isonomia, a moralidade 
administrativa, permitindo que qualquer um que preencha os requisitos, 
sendo aprovado em razão de seu mérito, possa ser servidor público, 
ficando afastados os favoritismos e perseguições pessoais, bem como o 
nepotismo. 
 Como bem lembrado por Marinela, para evitar 
os abusos, os Tribunais Superiores vem realizando um papel 
fundamental para aplicação dessa exigência, reconhecendo, por 
exemplo: 
1) a impossibilidade de provimento ou deslocamento de um 
servidor para cargos de carreiras diversas, antigamente 
denominadas transposição ou ascensão funcional (Súmula nº 
685 do STF); 
2) a impossibilidade de transformação de cargos ou a 
transferência de servidores celetistas não submetidos a 
concurso público para servidores estatutários, o que pressupõe 
a ocupação de cargos efetivos (ADI 248/RJ, STF ± Tribunal 
Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, DJ: 08.04.1994; RMS 
13604/RO, STJ ± Sexta Turma, Rel. Min. Paulo Medina, julg: 
03.03.2005, DJ: 18.04.2005); 
3) a proibição para criação de novas carreiras com inúmeros 
cargos para serem preenchidos com antigos servidores de 
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carreiras diversas, independentemente de serem eles celetistas 
ou estatutários. Nova carreira exige novo concurso público; 
4) ser vedado o aproveitamento de servidores de um ente político 
em cargos ou empregos de outros entes públicos. A exigência 
de concurso público se refere à investidura em cargo ou 
emprego público de carreira de cada pessoa jurídica de direito 
público, não autorizando o provimento inicial de cargo ou 
emprego de entidade política diversa (ADI 402, STF ± Tribunal 
Pleno, Rel. Min. Moreira Alves, DJ: 20.04.2001); 
5) ser proibido o aproveitamento de servidores de cargos extintos 
em outros cargos em que não haja plena identidade 
substancial entre eles, compatibilidade funcional e 
remuneratória e equivalência dos requisitos exigidos em 
concurso (ADI 3.051/MG, STF ± Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos 
Britto, DJ: 28.10.2005; EREsp 279.920/PE, Rel. Min. Paulo 
Medina, DJ: 06.02.2006). 
 
CUIDADO COM AS EXCEÇÕES, MEUS CAROS!!! 
Para os cargos em comissão e para a contratação por tempo 
determinado (contratos temporários) para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público, dispensa-se o concurso 
público. Também a nomeação dos membros dos Tribunais não 
necessita ser precedida de concurso público. Outras exceções são: 
cargos de mandato eletivo e ex-combatentes que tenham 
efetivamente participado das operações bélicas da Segunda Guerra 
Mundial. 
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Segundo o art. 11 da Lei nº 8.112/90, o concurso será de provas 
ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme 
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, 
condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor

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