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Resumo Teoria Política G2

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Resumo – Política
Locke
- Estado de natureza, para Locke, era o indivíduo anterior à sociedade e ao Estado, em que os homens viviam em harmonia e igualdade, em paz relativa (diferente do estado de natureza hobbesiano, que era um estado de guerra). Para Locke, os homens, já dotados de razão, desfrutavam da propriedade, o qual era os direitos naturais: vida, liberdade e bens.
 
- A desigualdade de propriedade, se dá a partir do uso da moeda, quando o trabalho deixa de ser a única forma de aquisição de bens, e começa a existir a aquisição pela compra, surgindo então, a propriedade ilimitada.
- O contrato social de Locke, se difere do modelo hobbesiano por tais motivos: para Locke, na falta de lei estabelecida, juiz imparcial e de força coercitiva para a execução das sentenças, a propriedade é ameaçada; logo, os homens formam um pacto de consentimento (diferente da submissão hobbesiana) em que os homens formam uma sociedade civil para a preservação da comunidade quanto aos perigos externos (invasões, guerras, etc...) quanto aos problemas internos (consolidar a propriedade).
- Segundo Locke, todo governo não possui outra finalidade além de conservar a propriedade. Assim sendo, as formas de governo, seja a monarquia, oligarquia, democracia ou o governo misto, como na Inglaterra, devem ser escolhidos por uma decisão majoritária, mas respeitando os direitos da minoria contrária. Disto, há o legislativo e o executivo, sendo o primeiro, o poder supremo, vindo do povo, que visa preservar a propriedade e que o executivo é submisso. Quando um ou os dois poderes, ferem a lei, ou se desviam de sua finalidade, tornando assim, tirânicos, o povo tem direito legítimo de resistência, pois o seu governo não o representa mais e a população não tem a quem apelar.
Montesquieu
- Buscando entender os regimes do passado e presente para formalizar um novo regime ideal para o futuro, Montesquieu investiga o declínio da monarquia e do poder da nobreza. Sendo assim, apresenta os princípios e a natureza dos regimes e a separação de poderes, além do primado da lei.
- A lei, para o pensador, é regente das relações humanas em todos os seus campos (social, econômico, político, etc..). Mais do que isso, ele visa as instituições, as quais regidas pelas leis, regulam a organização do homem quanto ao comércio, a política. A lei tem esse caráter protagonista, pois é, segundo ele, ideal (relevando-se o aspecto religioso, seguem a finalidade divina), legítima (expressos de autoridade competente) e imutável (estão dentro da ordem natural das coisas, do princípio ao fim).
- Montesquieu investigou não o que originou regimes e governos, como Hobbes e Locke, mas assim como Maquiavel, busca entender o seu funcionamento. Daí, ele cita três formas de governo: Monarquia, que é movida pela honra, orientadora das instituições, as quais, a fim de converter os interesses pessoais da nobreza em interesse pelo bem público, devem ser reguladoras do governo e do poder, buscando uma moderação política; República, que é movida pela virtude, pois só o espírito cívico de alguns homens de bem, pode se impor as paixões que influenciam e movem o povo, o que gera instabilidade e ameaças de anarquia e tirania; e o Despotismo, que é movido pelo medo, que acaba por fazer o homem voltar ao estado de natureza de Hobbes, movido por paixões e em contínuo estado de guerra.
- Logo, a Monarquia, por ser o governo das instituições, as quais moderariam o conflito de interesses, é o mais correto, pela avaliação de Montesquieu. Para tanto, ele ressalta a separação de poderes: o executivo, representado pelo rei, nobre; o legislativo, formado por representantes da burguesia (o povo, o cidadão, se restringia a burguesia, pois as camadas mais baixas e pobres, não eram consideradas nos arranjos políticos) e o poder do juiz de julgar, o qual deve ser a boca da lei (deve se ressaltar, para que a justiça seja cumprida de forma eficiente, uma pessoa deve ser julgada pelos seus pares, conforme a classe social).
Rousseau 
- Rousseau fala da política, de forma a propor o exercício do poder soberano do Estado pelo povo (aqui, as camadas baixas e pobres), para assim concretizar a sua libertação e o fim das desigualdades. Aliás, ele avalia a desigualdade, mesmo que não conseguindo apontar a sua origem, ele ataca a sua legitimação. Sendo assim, ele nos fala do império da lei, a qual deve ser formulada pelo povo e deve ser obedecida por ele, visando seu próprio bem e o fim da desigualdade que o aflige.
- O contrato social para ele, é uma forma de que o homem, o qual nasce livre e bom, é corrompido pelas paixões e aprisionado pela vida em sociedade, encontra para poder preservar sua liberdade e ao mesmo tempo ser capaz de manter as relações sociais com seus pares, sem comprometer seu bem-estar e sua segurança. Deste modo, instituindo um processo de justiça e paz, seria mais um passo para chegar a igualdade na sociedade.
- Segundo o pensador, o governo, o corpo administrativo, é um funcionário do povo soberano, não um corpo autônomo e independente. Seja qual for o regime do Estado, o que importa é que o chefe de governo e os representantes sejam funcionários do povo.
- Ele fala também da representação política, criticando-a, pois quando o povo delega representantes, já não é mais livre. Mas, ele compreende que, em nível de governo, se faz necessária tal representação, sendo, desta maneira, assim como o executivo,é vigiado e submisso ao povo, os representantes também o são.
Burke
- Burke critica a Revolução Francesa, por ser uma ruptura violenta a ordem natural, um atentado as tradições sociais acumuladas pela sociedade. Contrapondo-se a isso, ele exalta o Constitucionalismo inglês, por ser o “lar” das tradições e das experiências históricas do seu povo e da política nacional.
- Devido a influência religiosa, Burke fala na ordem natural do universo, criado por Deus e regido pelas leis por Ele instituídas. Desse pensamento, deriva a hierarquização da sociedade, a desigualdade e as relações entre governantes e governados. Dessas condições, se origina a sociedade civil.
- O estado de natureza, para Burke, é o estado de sociedade. E esta sociedade, naturalmente, seguindo a ordem natural das coisas, possui uma desigualdade derivada da hierarquia, estendida a todos os homens. Logo, a Rev. Francesa, ao promover a igualdade, foi contra a ordem natural e a existência da sociedade civil.
- Ele venera o Estado inglês, pois, segundo o pensador, o país passou por uma série de situações que eram propícias ao acontecimento de uma revolução aos moldes do que houve na França, mas o Estado foi forte e capaz de fazer um arranjo, de se reformar, preservando a ordem natural e valorizando a continuidade das tradições, do poder e a constituição.
- O constitucionalismo, é por Burke apontado como um imperativo estendido a todos, um contrato voluntário da sociedade, cujo poder se irradia a todos, sem restrições ou privilégios, buscando preservar a história e as experiências do povo inglês. A Constituição é o que garante equilíbrio entre o poder do rei e o poder do parlamento, não retira o poder real, respeitando a hierarquia e a ordem natural, mas garante ao parlamento o seu papel de contrapeso, controlador dos abusos do rei.
- Ao falar da representação, Burke entende que o representante, não deve seguir os interesses de sua base eleitoral, mas deve agir de forma independente durante o seu mandato, conforme o seu próprio julgamento e visão, mas seguindo os interesses gerais da nação. Ainda no campo da representação, ele fala sobre o papel dos partidos políticos, dando a eles a sua concepção moderna, de que não são facções pretendendo tomar o poder do rei e que buscam o próprio interesse, pelo contrário, são homens reunidos, os quais, seguindo uma ideologia a que todos concordam, buscam a promoção dos ideais nacionais e o bem comum de seu povo.

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