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[Apostila] - METROLOGIA BÁSICA - Arcelor Brasil

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PCO 
 
PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO 
OPERACIONAL CST 
 
 
 
 
 
 
 
METROLOGIA BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELABORAÇÃO: DEZEMBRO/ 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão 
FDH - Departamento de Recursos Humanos 
FHD - Divisão de Desenvolvimento e Remuneração 
Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, 930, Jardim Limoeiro - Serra - ES. 
CEP: 29163-970 
Telefone: 0 XX (27) 3348-1420 
Fax: 0 XX (27) 3348-1077 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
Sumário 
 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 8 
2. TERMINOLOGIA E SIGLAS........................................................................................................ 10 
2.1. TERMINOLOGIA.............................................................................................................................. 10 
2.2. SIGLAS ........................................................................................................................................... 17 
3. METROLOGIA BÁSICA ............................................................................................................... 19 
3.1. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES – SI ................................................................................ 19 
3.1.1. O BIPM e a Convenção do Metro ............................................................................................ 19 
3.1.2. As duas classes de unidades SI................................................................................................. 20 
3.1.3. Os prefixos SI ........................................................................................................................... 21 
3.2. SISTEMA DE GRANDEZAS................................................................................................................ 21 
3.3. LEGISLAÇÕES SOBRE AS UNIDADES ................................................................................................ 22 
3.4. UNIDADES SI DE BASE.................................................................................................................... 22 
3.5. SÍMBOLOS DAS UNIDADES DE BASE ................................................................................................ 22 
4. UNIDADES SI DERIVADAS ......................................................................................................... 24 
4.1. UNIDADES EXPRESSAS A PARTIR DE UNIDADES DE BASE ................................................................ 24 
4.1.1 Unidades possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares; unidades utilizando 
unidades possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares ........................................................ 25 
5. MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DECIMAIS DAS UNIDADES SI....................................... 27 
6. MÉTODOS DE MEDIÇÃO ............................................................................................................ 28 
6.1. MÉTODO DE MEDIÇÃO DIRETO ....................................................................................................... 29 
6.2. MODO DE MEDIÇÃO INDIRETO........................................................................................................ 29 
6.3. MÉTODO ABSOLUTO....................................................................................................................... 29 
6.4. MÉTODO COMPARATIVO ................................................................................................................ 30 
6.5. MÉTODO DE INSTRUMENTAÇÃO ..................................................................................................... 30 
7. PADRÕES DE MEDIÇÃO ............................................................................................................. 32 
7.1. GENERALIDADES............................................................................................................................ 32 
7.2. TIPOS DE PADRÕES......................................................................................................................... 34 
8. SISTEMA METROLÓGICO BRASILEIRO ............................................................................... 35 
8.1. SINMETRO – SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL 35 
8.2. ORGANISMOS DO SINMETRO .......................................................................................................... 35 
8.3. FUNÇÕES........................................................................................................................................ 36 
8.4. CREDENCIAMENTO (ACREDITAÇÃO)............................................................................................... 37 
8.5. CERTIFICAÇÃO ............................................................................................................................... 38 
8.6. ENSAIOS E CALIBRAÇÕES............................................................................................................... 38 
9. CONMETRO - CONSELHO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E 
QUALIDADE INDUSTRIAL........................................................................................................................ 39 
9.1. ATRIBUIÇÕES ................................................................................................................................. 39 
9.2. COMITÊS TÉCNICOS DO CONMETRO ............................................................................................... 41 
4 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
10. INMETRO – INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E 
QUALIDADE INDUSTRIAL........................................................................................................................ 41 
10.1. ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS............................................................................................................... 42 
10.2. PROCESSO DE CREDENCIAMENTO (ACREDITAÇÃO) ........................................................................ 43 
10.3. RECONHECIMENTO INTERNACIONAL.............................................................................................. 44 
10.4. LOCALIZAÇÃO DO INMETRO ....................................................................................................... 45 
10.5. PUBLICAÇÕES DO INMETRO ........................................................................................................ 46 
11. ACORDOS DE RECONHECIMENTO MÚTUO ........................................................................ 47 
11.1. RELEVÂNCIA ECONÔMICA DOS ACORDOS DE RECONHECIMENTO MÚTUO ENTRE ORGANISMOS 
ACREDITADORES (CREDENCIADORES)........................................................................................................... 47 
11.2. ACORDOS DE RECONHECIMENTO MÚTUO ASSINADOS PELO INMETRO NA ATIVIDADE DE 
ACREDITAÇÃO (CREDENCIAMENTO) DE LABORATÓRIOS ............................................................................... 47 
11.3. ACORDOS DE RECONHECIMENTO MÚTUO ASSINADOS PELO INMETRO NA ATIVIDADE DE 
ACREDITAÇÃO (CREDENCIAMENTO) DE ORGANISMOS................................................................................... 50 
12. REDES ESTADUAIS DE METROLOGIA................................................................................... 51 
12.1. O QUE UMA É A REDE METROLÓGICA ............................................................................................ 51 
12.2. OBJETIVOS PRINCIPAIS ................................................................................................................... 52 
12.3. PRINCIPAIS REDES ESTADUAIS DE METROLOGIA............................................................................. 53 
12.4. REDE CAPIXABA DE METROLOGIA ..................................................................................................53 
13. SOCIEDADE BRASILEIRA DE METROLOGIA ...................................................................... 53 
13.1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 53 
13.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE METROLOGIA ............................. 55 
13.3. BENEFÍCIOS.................................................................................................................................... 55 
14. REQUISITOS NORMATIVOS RELATIVOS À METROLOGIA (ISO 9001/14001/16949) ... 57 
15. VARIABILIDADE DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO ........................................................... 58 
16. VARIABILIDADE DO PROCESSO DE MEDIÇÃO .................................................................. 60 
16.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 60 
17. TENDÊNCIA.................................................................................................................................... 65 
18. ESTABILIDADE ............................................................................................................................. 65 
19. LINEARIDADE ............................................................................................................................... 67 
20. REPETITIVIDADE......................................................................................................................... 68 
21. REPRODUTIBILIDADE................................................................................................................ 68 
22. INCERTEZA DE MEDIÇÃO......................................................................................................... 70 
22.1. MÉTODO BASEADO NO ISO GUM.................................................................................................. 70 
22.2. AVALIAÇÃO DO TIPO A DA INCERTEZA PADRÃO............................................................................. 71 
22.3. AVALIAÇÃO DO TIPO B DA INCERTEZA PADRÃO ............................................................................. 75 
23. RESOLUÇÃO DA BALANÇA....................................................................................................... 75 
24. LINEARIDADE DA BALANÇA.................................................................................................... 76 
25. ESTABILIDADE NO TEMPO (DRIFT) ....................................................................................... 77 
25.1. EMPUXO DO AR .............................................................................................................................. 77 
5 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
26. CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO (HERANÇA DO CERTIFICADO)................................. 79 
27. CÁLCULO DA INCERTEZA PADRÃO DA ESTIMATIVA DE SAÍDA ................................. 79 
27.1. CÁLCULO DOS GRAUS DE LIBERDADE EFETIVOS, VEFF E DO FATOR DE ABRANGÊNCIA, K ............... 80 
28. INCERTEZA EXPANDIDA DE MEDIÇÃO................................................................................ 81 
29. MÉTODO ALTERNATIVO........................................................................................................... 81 
30. VERIFICAÇÃO DA ADEQUAÇÃO AO USO ............................................................................. 82 
30.1. GENERALIDADES............................................................................................................................ 82 
31. RELAÇÃO ENTRE INCERTEZAS .............................................................................................. 82 
31.1. MÉTODOS CLÁSSICOS PARA ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO AO USO ...................................................... 85 
32. PROPOSTA ATUAL PARA ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO AO USO ...................................... 86 
32.1. APLICAÇÃO DAS NORMAS ISO GUM E ISO TS 16949 ................................................................... 86 
32.2. VERIFICAÇÃO DA ADEQUAÇÃO AO USO EM CONDIÇÕES IDEAIS...................................................... 87 
32.3. VERIFICAÇÃO DA ADEQUAÇÃO AO USO EM CONDIÇÕES ADVERSAS ............................................... 88 
33. PONTOS CRÍTICOS....................................................................................................................... 90 
34. EXEMPLOS ..................................................................................................................................... 91 
35. PLANEJAMENTO DA COMPROVAÇÃO METROLÓGICA - VER ISO 10012:2004 .......... 93 
36. RESPONSÁVEIS PELO SISTEMA DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA .................... 101 
37. FOCO NO CLIENTE .................................................................................................................... 102 
38. OBJETIVOS DA QUALIDADE................................................................................................... 102 
39. CALIBRAÇÃO INTERNA X CALIBRAÇÃO EXTERNA....................................................... 103 
39.1. GENERALIDADES.......................................................................................................................... 103 
39.2. CALIBRAÇÕES EXTERNAS............................................................................................................. 103 
39.3. CALIBRAÇÕES INTERNAS.............................................................................................................. 104 
40. QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL PARA A CALIBRAÇÃO INTERNA DE EQUIPAMENTOS
 ......................................................................................................................................................... 106 
41. CONTROLE DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS ...................................................................... 106 
42. EQUIPAMENTOS, PADRÕES E MATERIAIS DE REFERÊNCIA....................................... 107 
43. MANUSEIO, TRANSPORTE, PRESERVAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE 
EQUIPAMENTOS ....................................................................................................................................... 110 
43.1. MANUSEIO ................................................................................................................................... 110 
43.2. INSPEÇÃO ..................................................................................................................................... 114 
43.3. TRANSPORTE INTERNO................................................................................................................. 114 
43.4. TRANSPORTE EXTERNO................................................................................................................ 115 
43.5. ARMAZENAGEM ........................................................................................................................... 115 
44. MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ................................................................................. 116 
45. PROCEDIMENTOS DE CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ........................................... 117 
46. VALIDAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE CALIBRAÇÃO................................................. 118 
6 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
47. VALIDAÇÃO DE PROGRAMAS DE COMPUTADOR (SOFTWARE) ................................ 119 
48. CÓPIA DE SEGURANÇA DE PROGRAMAS E DE DADOS.................................................. 120 
49. INTERVALOS DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA E SEU AJUSTE .......................... 120 
50. CADASTRO ÚNICO DE EQUIPAMENTOS E SOFTWARES ............................................... 126 
51. REALIZAÇÃO DO PROCESSO DE MEDIÇÃO ...................................................................... 128 
51.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................1928 
51.2. MEDIÇÃO INÉDITA ..................................................................................................................... 1218 
51.3. DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE CICLOS DE MEDIÇÃO ............................................................... 129 
51.4. REALIZAÇÃO DAS LEITURAS ........................................................................................................ 130 
51.5. REGISTRO DAS LEITURAS............................................................................................................. 130 
51.6. RESULTADOS DA MEDIÇÃO.......................................................................................................... 130 
51.7. INCERTEZAS DA MEDIÇÃO ........................................................................................................... 132 
51.8. RASTREABILIDADE....................................................................................................................... 133 
51.9. VALIDAÇÃO DA CALIBRAÇÃO (ADEQUAÇÃO AO USO)................................................................. 133 
51.9.1. Equipamento Adequado ao Uso ............................................................................................. 135 
51.9.2. Equipamento Parcialmente Adequado ao Uso ....................................................................... 135 
51.9.3. Equipamento Não Adequado ao Uso...................................................................................... 136 
52. ETIQUETAS .................................................................................................................................. 137 
52.1. ETIQUETAS DE IDENTIFICAÇÃO ÚNICA......................................................................................... 110 
52.2. ETIQUETA DE STATUS DE CALIBRAÇÃO ....................................................................................... 138 
52.3. EXEMPLOS DE ETIQUETAS............................................................................................................ 114 
53. USO DE LACRES NOS EQUIPAMENTOS DE INSPEÇÃO, MEDIÇÃO E ENSAIOS ....... 139 
54. CRONOGRAMAS DE CALIBRAÇÃO PERIÓDICA............................................................... 140 
55. REGISTROS DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA .......................................................... 140 
56. CORREÇÕES NOS REGISTROS DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA....................... 143 
57. ANÁLISE CRÍTICA DE CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO ............................................. 143 
57.1. CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................................... 110 
57.2. AVALIAÇÃO DE CERTIFICADOS EMITIDOS POR TERCEIROS .......................................................... 114 
57.3. AVALIAÇÃO DE CERTIFICADOS EMITIDOS INTERNAMENTE.......................................................... 114 
57.4. CORREÇÕES EM CERTIFICADOS JÁ EMITIDOS ............................................................................... 115 
58. EXEMPLOS DE CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO........................................................... 146 
59. VERIFICAÇÃO INTERMEDIÁRIA DO STATUS DA CALIBRAÇÃO ................................ 146 
60. FORNECEDORES EXTERNOS.................................................................................................. 146 
60.1. ESPECIFICAÇÃO DE COMPRA ........................................................................................................ 110 
60.2. QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES ............................................................................................. 114 
60.3. ACORDO SOBRE MÉTODO PARA VERIFICAÇÃO............................................................................. 114 
60.4. CLÁUSULAS CONTRATUAIS PARA DIRIMIR QUESTÕES DA QUALIDADE........................................ 115 
60.5. CONTROLE DE RECEBIMENTO ...................................................................................................... 115 
60.6. REGISTROS DA QUALIDADE NO RECEBIMENTO ............................................................................ 115 
7 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
61. AUDITORIA E MONITORAMENTO........................................................................................ 149 
61.1. SATISFAÇÃO DO CLIENTE............................................................................................................. 110 
61.2. AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO DE MEDIÇÃO ...................................................................... 114 
61.3. MONITORAMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO DE MEDIÇÃO (SGM) ............................................... 114 
62. CONTROLE DE NÃO-CONFORMIDADES ............................................................................. 151 
62.1. SISTEMA DE GESTÃO DE MEDIÇÃO NÃO-CONFORMES ................................................................. 110 
62.2. PROCESSOS DE MEDIÇÃO NÃO-CONFORME ................................................................................. 114 
62.3. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO NÃO-CONFORME .......................................................................... 114 
62.4. REGISTRO DE NÃO-CONFORMIDADES, MELHORIAS E POTENCIAIS FONTES DE NÃO-
CONFORMIDADES ....................................................................................................................................... 115 
62.5. AJUSTES E REPAROS..................................................................................................................... 115 
63. ANÁLISE CRÍTICA DO SISTEMA DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA.................... 155 
63.1. MELHORIA ................................................................................................................................... 110 
63.2. AÇÃO CORRETIVA........................................................................................................................ 114 
63.3. AÇÃO PREVENTIVA ...................................................................................................................... 114 
63.4. EFICÁCIA DAS AÇÕES CORRETIVAS/ PREVENTIVAS ..................................................................... 115 
64. NOMENCLATURA E SIMBOLOGIA DE INSTRUMENTAÇÃO ......................................... 158 
65. EXERCÍCIOS DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA ........................................................ 158 
66. RESPOSTA DOS EXERCÍCIOS DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA......................... 170 
67. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................ 177 
68. ANEXOS:........................................................................................................................................ 177 
 
 
8 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Um Sistema de Gestão de Medição (SGM) eficaz assegura que o equipamento de medição e os 
processos de medição são adequados para seu uso pretendido e é importante para atingir os 
objetivos da qualidade do produto e gerenciar o risco de resultado de medição incorreta. O objetivo 
de um SGM é gerenciar o risco de que o equipamento de medição e os processos de medição 
possam produzir resultados incorretos afetando a qualidade dos produtos de uma organização. Os 
métodos usados para o SGM variam da verificação básica do equipamento à aplicação de técnicas 
estatísticas no controle do processo de medição. 
Os processos de medição devem ser considerados como processos específicos que objetivam dar 
suporte à qualidade dos produtos produzidos pela organização. 
Entretanto, a satisfação das necessidades de um SGM não pode e nem deve ser obtida a qualquer 
custo. Este sistema deve se enquadrar nos sistemas de metrologia oficial quer no aspecto da 
metrologia legal quer no da metrologia industrial, condição sem a qual o pressuposto de confiança 
que deve ser oferecido porum Sistema de Garantia da Qualidade é completamente inoperante. 
É objetivo deste curso abordar as ações necessárias para a implementação e manutenção de um 
SGM, de forma a poder assegurar que as medições realizadas são efetuadas com o grau de exatidão 
pretendido, de modo a atender aos requisitos normativos da ISO 9001 e da ISO 14001. 
No gerenciamento dos sistemas de produção, tem-se continuamente a interação entre a qualidade, 
normalização e metrologia. Um controle eficiente dos processos produtivos requer uma análise 
detalhada dos equipamentos de medição utilizados. Neste sentido, o desenvolvimento de um SGM 
que garanta que os equipamentos de medição produzam resultados confiáveis é fundamental para 
garantir a qualidade dos produtos, segurança das instalações e das pessoas envolvidas, o controle 
operacional e a proteção ao meio ambiente. 
É fundamental que o SGM tenha plena integração com os esforços desenvolvidos no âmbito do 
Sistema de Garantia da Qualidade da Organização a que pertença. O modelo de SGM sugerido pela 
norma NBR ISO 10012:2004 é apresentado na figura 1, dentro do conceito de PDCA. 
9 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
Esta Norma inclui tanto requisitos como orientação para implementação de sistemas de gestão de 
medição e pode ser útil na melhoria de atividades de medição e da qualidade de produtos. 
As organizações têm a responsabilidade de determinar o nível dos controles necessários e 
especificar os requisitos do SGM a ser aplicado como parte do seu sistema de gestão global. Exceto 
por acordo, a Norma NBR ISO 10012:2004 não tem a intenção de adicionar, subtrair nem substituir 
qualquer requisito de outras normas. 
Entretanto, seguir os requisitos estabelecidos nesta Norma facilitará o cumprimento dos requisitos 
para medições e controle do processo de medição especificado em outras normas, por exemplo, as 
ABNT NBR ISO 9001:2000, subseção 7.6, e ABNT NBR ISO 14001:1996, subseção 4.5.1. 
A Norma NBR ISO 10012:2004 especifica requisitos genéricos e fornece orientação para a gestão 
de processos de medição e comprovação metrológica de equipamento de medição usado para dar 
suporte e demonstrar conformidade com requisito metrológico. 
 
 
Figura 1 - Modelo de sistema de gestão de medição. 
 
Ela especifica requisitos de gestão da qualidade de um SGM que pode ser usado por uma 
organização que executa medições como parte de um sistema de gestão global, e para assegurar que 
os requisitos metrológicos são atendidos. 
10 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
Esta Norma não tem a intenção de ser usada como um requisito para demonstrar a conformidade 
com a ABNT NBR ISO 9001, ABNT NBR ISO-14001 ou qualquer outra norma. Partes interessadas 
podem concordar em usar esta Norma como uma entrada para satisfazer os requisitos do SGM nas 
atividades de certificação. 
Esta Norma não pretende ser um substituto ou uma adição aos requisitos da ABNT NBR ISO/ IEC 
17025. 
Nota: Existem outras normas e guias para elementos particulares que afetam os resultados de 
medição, por exemplo, detalhes de métodos de medição, competência de pessoal e comparações 
interlaboratoriais. 
 
2. TERMINOLOGIA E SIGLAS 
 
2.1. TERMINOLOGIA 
A terminologia praticada pelos metrologistas deve ser definida inequivocamente e corretamente 
aplicada, com o objetivo de se evitar interpretações errôneas. Infelizmente não é o que tem ocorrido 
em nosso meio. Observamos uma grande confusão de nomenclatura, principalmente em diferentes 
áreas de conhecimento. 
Em uma área de atuação restrita, com pequeno número de pessoas é razoavelmente fácil de 
uniformizar a nomenclatura. No entanto, medições são praticadas em todos os ramos da ciência e da 
tecnologia e pouca coordenação existia a nível mundial para sua uniformização. 
O problema é complicado pela universalidade de uso de conceitos básicos em tantas áreas diferentes 
em muitos idiomas e pela grande quantidade de termos envolvidos. 
Uma terminologia muito importante a nível internacional é o VIM - International Vocabulary of 
Basic and General Terms In Metrology. 
11 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
Além dos termos e definições constantes nas normas ABNT NBR ISO 9000 e VIM, se aplicam os 
seguintes termos: 
• Ação Corretiva - Ação implementada para eliminar as causas de uma não-conformidade, de 
um defeito ou de outra situação indesejável existente, a fim de prevenir sua repetição. 
• Ação Preventiva - Ação implementada para eliminar as causas de uma possível não-
conformidade, de um defeito ou outra situação indesejável existente, a fim de prevenir sua 
repetição. 
• Análise Crítica pela Administração - avaliação formal, pela administração, do estado e da 
adequação do sistema da qualidade, em relação à política da qualidade e seus objetivos. 
• Anomalia – Qualquer desvio das condições normais de operação ou de especificação. É tudo o 
que for diferente do usual ou anormal. Pode ser um problema com o produto, um ponto fora dos 
limites de especificação do gráfico, um barulho estranho no equipamento, uma rugosidade não 
usual num componente, uma reclamação de cliente etc. 
• Calibração – Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação 
entre os valores indicados por um equipamento de medição ou sistema de medição ou valores 
representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores 
correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. 
Observações: 
- O resultado de uma calibração permite tanto o estabelecimento dos valores do mensurando para 
as indicações como a determinação das correções a serem aplicadas; 
- Uma calibração pode, também, determinar outras propriedades metrológicas como o efeito das 
grandezas de influência. 
• Característica metrológica – propriedade distinta que pode influenciar os resultados de 
medição. 
Notas: 
- Equipamentos de medição normalmente têm várias características metrológicas; 
- Características metrológicas podem estar sujeitas à calibração. 
12 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
• Comprovação metrológica – conjunto de operações necessárias para assegurar que um 
equipamento de medição atende aos requisitos do seu uso pretendido. 
Notas: 
a) Comprovação metrológica normalmente inclui calibração ou verificação, qualquer ajuste ou 
reparo necessário, e subseqüente recalibração, comparação com os requisitos metrológicos para 
o uso pretendido do equipamento, assim como qualquer etiqueta ou lacre necessários; 
b) Comprovação metrológica não é alcançada, até que, e a menos que, a adequação do 
equipamento de medição para o seu uso pretendido tenha sido demonstrada e documentada; 
c) Os requisitos para o uso pretendido incluem considerações tais como amplitude, resolução erro 
máximo/ erro permitido; 
d) Os requisitos de comprovação metrológica são normalmente distintos dos requisitos do produto, 
e não estão especificados nestes requisitos. 
• Correção – valor adicionado algebricamente ao resultado não corrigido de uma medição para 
compensar um erro sistemático. 
Observações: 
A correção é igual ao erro sistemático estimado com sinal trocado. 
Uma vez que o erro sistemático não pode ser perfeitamente conhecido, a compensação não pode ser 
completa. 
• Defeito - Qualquer desvio de uma característica de um item em relação aos seus requisitos 
operacionais. 
• Desvio – valor menos seu valor de referência. 
Nota: Não confundir desvio com erro. 
Embalagem adequada - embalagem que permita transportar o equipamento sem causar-lhe danos 
por vibração, queda ou choque mecânico. O usuário deve definir que tipo de embalagem é adequada 
à sua utilização. 
 
13 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
• Equipamento crítico - aqueleque deve ser sujeito à Comprovação Metrológica. 
• Equipamento de medição - equipamento de medição, programa de computador, padrão de 
medição, material de referência ou dispositivos auxiliares, ou uma combinação deles, 
necessários para executar um processo de medição. 
• Erro (de medição) – resultado de uma medição menos o valor verdadeiro do mensurando. 
Observação: Uma vez que o valor verdadeiro não pode ser determinado, utiliza-se, na prática, um 
valor verdadeiro convencional. Não confundir erro com desvio. 
a) Erro aleatório – resultado de uma medição menos a média que resultaria de um infinito 
número de medições do mesmo mensurando efetuadas sob condições de repetitividade. 
Observações: 
Erro aleatório é igual ao erro menos o erro sistemático. 
Em razão de que apenas um finito número de medições pode ser feito, é possível apenas determinar 
uma estimativa do erro aleatório. 
a) Erro sistemático – Média que resultaria de um infinito número de medições do mesmo 
mensurando, efetuadas sob condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do 
mensurando. 
Observações: 
Erro sistemático é igual ao erro menos o erro aleatório. 
Analogamente ao valor verdadeiro, o erro sistemático e suas causas não podem ser completamente 
conhecidos. 
Ver tendência. 
• Falha - Término da capacidade de um equipamento em desempenhar uma função requerida 
para a operação. 
• Função metrológica - função com responsabilidade técnica e administrativa para definir e 
implementar o Sistema de Gestão de Medição (SGM). 
14 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
a) Equipamento Não-conforme - Equipamento que não atende a um ou algum requisito 
especificado. 
b) Incerteza - Parâmetro, associado ao resultado de medição, que caracteriza a dispersão dos 
valores que podem ser razoavelmente atribuídos a um mensurando. 
Observações: 
- O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão (ou um múltiplo dele), ou a metade de 
um intervalo correspondente a uma probabilidade de abrangência estabelecida. 
- A incerteza de medição compreende, em geral, muitos componentes. Alguns destes 
componentes podem ser estimados com base na distribuição estatística dos resultados das séries 
de medições e podem ser caracterizados por desvios padrão experimentais. Outros 
componentes, que também podem ser caracterizados por desvios padrão, são avaliados por meio 
de distribuição de probabilidades assumidas, baseadas na experiência ou em outras informações. 
- Entende-se que o resultado da medição é a melhor estimativa do valor do mensurando, e que 
todos os componentes da incerteza, incluindo aqueles resultantes dos efeitos sistemáticos, como 
os componentes associados com correções e padrões de referência, contribuem para a dispersão. 
• Medição - Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma 
grandeza.Metrologia – Ciência da medição. 
a) Material de referência - Material ou substância que tem um ou mais valores de propriedades 
que são suficientemente homogêneos e bem estabelecidos para ser usado na calibração de um 
aparelho, na avaliação de um método de medição ou atribuição de valores a materiais. 
b) Material de referência certificado - Um material de referência, acompanhado por um 
certificado, com um ou mais valores de propriedades, e certificados por um procedimento que 
estabelece sua rastreabilidade à obtenção exata da unidade na qual os valores da propriedade 
são expressos, e cada valor certificado é acompanhado por uma incerteza para uma 
probabilidade de abrangência estabelecida. 
• Não-conformidade – Não atendimento a um requisito normativo especificado. 
15 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
• Padrão - Medida materializada, equipamento de medição, material de referência ou sistema de 
medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais 
valores de uma grandeza para servir como referência. 
c) Padrão internacional - É aquele reconhecido por um acordo internacional para servir, 
internacionalmente como base para estabelecer valores a outros padrões da grandeza a que se 
refere. 
No caso do quilograma, existe somente um artefato no BIPM que representa o padrão de massa a 
nível internacional. Outros padrões, como o de comprimento, podem ser realizados em muitos 
países, a partir da definição do metro. 
d) Padrão nacional - É aquele reconhecido por decisão nacional para servir, em um país, como 
base para estabelecer valores a outros padrões da grandeza a que se refere. Geralmente é o 
padrão de melhor qualidade metrológica do país, que é chamada de padrão primário. 
Ocasionalmente, isto pode não vir a ser verdadeiro, pois pode acontecer de existir padrões 
melhores que o padrão nacional. 
e) Padrão primário - É o padrão que é designado ou amplamente reconhecido como tendo as 
mais altas qualidades metrológicas e cujo valor é aceito sem referência a outros padrões da 
mesma grandeza. 
f) Padrão secundário - É um padrão cujo valor é estabelecido por comparação a um padrão 
primário da mesma grandeza. 
g) Padrão de referência – É o padrão da mais alta qualidade metrológica disponível em um certo 
local ou em uma dada organização, a partir do qual as medições são derivadas. 
h) Padrão de trabalho - Padrão utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar medidas 
materializadas, equipamentos de medição ou materiais de referência. 
i) Padrão de transferência - Padrão utilizado como intermediário para comparar padrões. 
j) Padrão itinerante – Padrão, algumas vezes de construção especial, para ser transportado entre 
locais diferentes. 
16 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
• Pontos de Controle de Processo - são locais onde existem equipamentos de medição, de 
monitoração e controle de processo para garantir a conformidade de atendimento aos requisitos 
especificados nas dimensões de Qualidade, Segurança, Meio-Ambiente e Saúde. 
• Processo de medição - conjunto de operações para determinar o valor de uma grandeza. 
• Rastreabilidade - Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão estar 
relacionado a referências estabelecidas, geralmente padrões nacionais ou internacionais, através 
de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas estabelecidas. 
• Reparo - Ação implementada sobre um produto (bem ou serviço) não-conforme de modo que 
este passe a satisfazer os requisitos de uso previsto, embora possa não atender aos requisitos 
originalmente especificados. 
• Repetitividade - Grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um 
mesmo mensurando efetuadas sob as mesmas condições de medição. 
• Reprodutibilidade - Grau de concordância entre os resultados das medições de um mesmo 
mensurando efetuadas sob condições variadas de medição. 
• Retrabalho - Ação implementada sobre um produto não-conforme de modo que ele atenda aos 
requisitos especificados. 
• Sistema Internacional de Unidades – SI - Sistema coerente de unidades adotado e 
recomendado pela CGPM. O SI foi ratificado pela 11ª CGPM/ 1960 e atualizado até a 20ª 
CGPM/ 1995. 
• Valor Verdadeiro Convencional - Valor atribuído a uma grandeza específica e aceito, às vezes 
por convenção, como tendo uma incerteza apropriada para uma dada finalidade. 
17 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
2.2. SIGLAS 
 
- ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas 
- BIPM - Bureau Internacional de Pesos e Medidas 
- CBM - Comitê Brasileiro de Metrologia 
- CIML - Comitê Internacional de Metrologia Legal 
- CIPM - Comitê Internacional de Pesos e Medidas 
- CGPM - Conferência Geral de Pesos e Medidas 
- CONACRE - Comitê Nacional de Credenciamento (Acreditação) 
- CONMETRO - Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, é oórgão político central do SINMETRO, do qual participam oito ministérios, a ABNT - 
Associação Brasileira de Normas Técnicas, o IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do 
Consumidor e a CNI - Confederação Nacional da Indústria, sendo presidido pelo Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e secretariado pelo INMETRO. 
- CMEM - características metrológicas do equipamento de medição. 
- DIMCI - Diretoria de Metrologia Científica (INMNETRO) 
- DIMEL - Diretoria de Metrologia Legal (INMNETRO) 
- GUM - Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement (Guia para a expressão da 
incerteza de medição) 
- IEC - Comissão Internacional de Eletrotécnica 
- INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial: 
- IPEM - Institutos Estaduais de Pesos e Medidas 
- ISO - Organização Internacional de Normalização 
- MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia 
- MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; 
- MRA - Acordo de Reconhecimento Mútuo 
- OCC - Organismo de Certificação Credenciado 
- OI - Organismo de Inspeção 
18 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
- OIML - Organização Internacional de Metrologia Legal 
- OMC - Organização Mundial do Comércio 
- RBC - Rede Brasileira de Calibração 
- RBLE - Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios 
- RNML - Rede Nacional de Metrologia Legal 
- RMC – Requisito Metrológico do Cliente. 
- SBC - Sistema Brasileiro de Certificação 
- SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
- SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
- SGM - Sistema de Gestão de Medição - conjunto de elementos inter-relacionados e 
interativos, necessários para obter a comprovação metrológica e o controle contínuo dos 
processos de medição. 
- SI – Sistema Internacional de Unidades - Sistema coerente de unidades adotado e 
recomendado pela CGPM. O SI foi ratificado pela 11ª CGPM/ 1960 e atualizado até a 20ª 
CGPM/ 1995. 
- SIM - Sistema Interamericano de Metrologia 
- SINMETRO - Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - 
Criado em 1973, tem como finalidade o desenvolvimento e implementação da política nacional 
de metrologia, normalização e avaliação da qualidade industrial. Qualquer entidade pública ou 
privada que exerça atividade relacionada aos assuntos pode integrar-se ao SINMETRO. Possui 
como órgão normativo o CONMETRO e como órgão executivo o INMETRO. 
- VIM - Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia. 
19 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
3. METROLOGIA BÁSICA 
 
3.1. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES – SI 
3.1.1. O BIPM E A CONVENÇÃO DO METRO 
O Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) foi criado pela Convenção do Metro, assinada 
em Paris em 20 de maio de 1875 por 17 Estados, por ocasião da última sessão da Conferência 
Diplomática do Metro. Esta Convenção foi modificada em 1921. 
O Bureau Internacional tem sua sede perto de Paris, nos domínios do Pavilhão Breteuil (43.520 m2) 
(Parque de Saint-Cloud), posto à sua disposição pelo governo francês; e sua manutenção no que se 
refere às despesas é assegurada pelos Estados Membros da Convenção do Metro. Em 31 de 
dezembro de 1997, 48 Estados eram membros desta Convenção, inclusive o Brasil. 
O Bureau Internacional, que tem por missão assegurar a unificação mundial das medidas físicas, é 
encarregado: 
a) de estabelecer os padrões fundamentais e as escalas das principais grandezas físicas, e de 
conservar os protótipos internacionais; 
b) de efetuar a comparação dos padrões nacionais e internacionais; 
c) de assegurar a coordenação das técnicas de medidas correspondentes; 
d) de efetuar e de coordenar as determinações relativas às constantes físicas que intervêm naquelas 
atividades. 
O Bureau Internacional funciona sob a fiscalização exclusiva do Comitê Internacional de Pesos e 
Medidas (CIPM), sob autoridade da Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM). 
Aproximadamente 45 físicos e técnicos trabalham nos laboratórios do Bureau Internacional; fazem 
pesquisas metrológicas, principalmente, e comparações internacionais das realizações das unidades 
e verificações de padrões. Esses trabalhos são objeto de um relatório anual detalhado, que é 
publicado como procès-verbaux das sessões do Comitê Internacional. 
20 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
3.1.2. AS DUAS CLASSES DE UNIDADES SI 
No SI distinguem-se duas classes de unidades: 
a) Unidades de base; 
b) Unidades derivadas. 
Sob o aspecto científico, a divisão das unidades SI nessas duas classes é arbitrária porque não é uma 
imposição da física. 
Entretanto, a Conferência Geral, levando em consideração as vantagens de se adotar um sistema 
prático único para ser utilizado mundialmente nas relações internacionais, no ensino e no trabalho 
científico, decidiu basear o Sistema Internacional em sete unidades perfeitamente definidas, 
consideradas como independentes sob o ponto de vista dimensional: o metro, o quilograma, o 
segundo, o ampére, o kelvin, o mol e a candela. Estas unidades SI são chamadas unidades de base. 
A segunda classe de unidades SI abrange as unidades derivadas, isto é, as unidades que podem ser 
formadas combinando-se unidades de base segundo relações algébricas que interligam as grandezas 
correspondentes. Diversas destas expressões algébricas, em razão de unidades de base, podem ser 
substituídas por nomes e símbolos especiais, o que permite sua utilização na formação de outras 
unidades derivadas. 
As unidades SI destas duas classes constituem um conjunto coerente, na acepção dada 
habitualmente à expressão “sistema coerente de unidades”, isto é, sistema de unidades ligadas pelas 
regras de multiplicação e divisão, sem qualquer fator numérico diferente de 1. 
Segundo a Recomendação 1 (1969; PV, 37, 30-31 e Metrologia, 1970, 6, 66) do CIPM, as unidades 
desse conjunto coerente de unidades são designadas sob o nome de unidades SI. 
É importante acentuar que cada grandeza física tem uma só unidade SI, mesmo que esta unidade 
possa ser expressa sob diferentes formas. 
Porém o inverso não é verdadeiro: a mesma unidade SI pode corresponder a várias grandezas 
diferentes. 
21 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
3.1.3. OS PREFIXOS SI 
A Conferência Geral adotou uma série de prefixos para a formação dos múltiplos e submúltiplos 
decimais das unidades SI. De acordo com a Recomendação 1 (1969) do CIPM, o conjunto desses 
prefixos é designado pelo nome de prefixos SI. As unidades SI, isto é, as unidades de base e as 
unidades derivadas do SI, formam um conjunto coerente. 
Os múltiplos e submúltiplos das unidades SI, formados por meio dos prefixos SI, devem ser 
designados pelo seu nome completo: “múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI”. Esses 
múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI não são coerentes com as unidades SI 
propriamente ditas. 
Como exceção à regra, os múltiplos e submúltiplos do quilograma são formados adicionando os 
nomes dos prefixos ao nome da unidade “grama” e símbolos dos prefixos ao símbolo da unidade 
“g”. 
 
3.2. SISTEMA DE GRANDEZAS 
O sistema de grandezas a ser utilizado com as unidades SI, campo do qual se ocupa o Comitê 
Técnico 12 da Organização Internacional de Normalização (ISO), publicou a partir de 1955 uma 
série de normas internacionais sobre as grandezas e unidades, recomendando fortemente o uso do 
Sistema Internacional de Unidades. 
Nessas normas internacionais, a ISO adotou um sistema de grandezas físicas baseado nas sete 
grandezas de base: comprimento, massa, tempo, intensidade de corrente elétrica, temperatura 
termodinâmica, quantidade de matéria e intensidade luminosa. 
As outras grandezas— grandezas derivadas — são definidas em função dessas sete grandezas de 
base; as relações entre as grandezas derivadas e as grandezas de base são expressas por um sistema 
de equações. É conveniente empregar com as unidades SI esse sistema de grandezas e esse sistema 
de equações. 
22 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
3.3. LEGISLAÇÕES SOBRE AS UNIDADES 
Os países fixam por via legislativa as regras concernentes à utilização das unidades no plano 
nacional, de uma maneira geral ou em apenas alguns campos, como no comércio, na saúde ou na 
segurança pública, no ensino etc. Em um número crescente de países essas legislações são baseadas 
no emprego do Sistema Internacional de Unidades. 
A Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML), criada em 1955, cuida da uniformidade 
internacional dessas legislações. 
 
3.4. UNIDADES SI DE BASE 
As definições oficiais de todas as unidades de base do SI foram aprovadas pela Conferência Geral. 
A primeira dessas definições foi aprovada em 1889, e a mais recente em 1983. Essas definições são 
modificadas periodicamente a fim de acompanhar a evolução das técnicas de medição e para 
permitir uma realização mais exata das unidades de base. A Figura 2 – Grandezas de Base - mostra 
os símbolos utilizados para as Unidades SI de base. 
 
3.5. SÍMBOLOS DAS UNIDADES DE BASE 
As unidades de base do Sistema Internacional estão reunidas na tabela 1 com seus nomes e 
símbolos (10ª CGPM — 1954, Resolução 6; 11ª CGPM — 1960, Resolução 12; 13ª CGPM — 
1967, Resolução 3; 14ª CGPM — 1971, Resolução 3). 
 
23 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
 
Figura 2 - Grandezas de Base. 
 
 
Tabela 1 - Unidades SI de Base. 
24 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
4. UNIDADES SI DERIVADAS 
 
As unidades derivadas são unidades que podem ser expressas a partir das unidades de base, 
utilizando símbolos matemáticos de multiplicação e de divisão. Dentre essas unidades derivadas, 
diversas receberam nome especial e símbolo particular, que podem ser utilizados, por sua vez, com 
os símbolos de outras unidades de base ou derivadas para expressar unidades de outras grandezas. 
 
4.1. UNIDADES EXPRESSAS A PARTIR DE UNIDADES DE BASE 
A tabela 2 fornece alguns exemplos de unidades derivadas expressas diretamente a partir de 
unidades de base. As unidades derivadas são obtidas por multiplicação e divisão das unidades de 
base. 
 
 
Tabela 2 - Exemplos de unidades SI derivadas, expressas a partir das unidades de base. 
25 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
4.1.1 UNIDADES POSSUIDORAS DE NOMES ESPECIAIS E SÍMBOLOS PARTICULARES; 
UNIDADES UTILIZANDO UNIDADES POSSUIDORAS DE NOMES ESPECIAIS E 
SÍMBOLOS PARTICULARES 
Por questões de comodidade, certas unidades derivadas, que são mencionadas na tabela 3, 
receberam nome especial e símbolo particular. Esses nomes e símbolos podem ser utilizados, por 
sua vez, para expressar outras unidades derivadas: alguns exemplos figuram na tabela 3. Os nomes 
especiais e os símbolos particulares permitem expressar, de maneira mais simples, unidades 
freqüentemente utilizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tabela 3 - Unidades SI derivadas possuidoras de nomes especiais e símbolos 
particulares 
26 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
Os três últimos nomes e símbolos que figuram no final da tabela 3 são unidades particulares: elas 
foram, respectivamente, aprovadas pela 15ª CGPM (1975, Resoluções 8 e 9; CR, 105 e Metrologia, 
1975, 11, 1980); 16ª CGPM (1979, Resoluções 5; CR; 100 e Metrologia, 1980, 16, 56) visando à 
proteção da saúde humana. 
Tabela 4 - Exemplos de unidades SI derivadas, cujos nome e símbolo compreendem 
unidades. 
27 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
Na última coluna das tabelas 3 e 4 encontramos a expressão das unidades SI mencionadas em 
função das unidades SI de base. Nesta coluna, fatores tais como m0, kg0 etc., considerados como 
iguais a 1, não são geralmente escritos explicitamente. 
a) O radiano e o esterradiano podem ser utilizados nas expressões das unidades derivadas, a fim de 
distinguir grandezas de natureza diferente tendo a mesma dimensão. Na tabela 4 são dados 
exemplos de sua utilização para formar nomes de unidades derivadas. 
b) Na prática, emprega-se os símbolos rad e sr, quando útil, porém a unidade derivada “1” não é 
habitualmente mencionada. 
c) Em fotometria, mantém-se, geralmente, o nome e o símbolo do esterradiano, sr, na expressão 
das unidades. 
Esta unidade pode ser utilizada associada aos prefixos SI, como, por exemplo, para exprimir o 
submúltiplo miligrau Celsius, moC. 
 
5. MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DECIMAIS DAS UNIDADES SI 
 
- Prefixos SI 
A 11ª CGPM (1960, Resolução 12; CR, 87) adotou uma série de prefixos e símbolos prefixos para 
formar os nomes e símbolos dos múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI de 1012 a 10-12. 
Os prefixos para 10-15 e 10-18 foram adicionados pela 12ª CGPM (1964, Resolução 8; CR, 94), 1015 e 
1018 pela 15ª CGPM (1975, Resolução 10; CR 106 e Metrologia, 1975, 11,180-181) e 1021, 1024, 10-
21, 10-24 pela 19ª CGPM (1991, Resolução 4; CR 97 e Metrologia, 1992, 29, 3). Os prefixos e 
símbolos de prefixos adotados constam da tabela 5. 
 
28 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
 
Tabela 5 - Prefixos SI. 
 
- O kilograma 
Entre as unidades de base do Sistema Internacional, a unidade de massa é a única cujo nome, por 
motivos históricos, contém um prefixo. Os nomes dos múltiplos e dos submúltiplos decimais da 
unidade de massa são formados pelo acréscimo dos prefixos à palavra “grama” (CIPM — 1967, 
Recomendação 2; PV, 35, 29 e Metrologia, 1968, 4, 45). 
Por exemplo: 
10-6 kg = 1 miligrama (1mg), porém nunca 1 microquilograma (1μkg). 
 
6. MÉTODOS DE MEDIÇÃO 
 
Existem vários métodos para a determinação de uma grandeza, os quais são objeto de terminologia 
especifica. Alguns métodos mais importantes estão relacionados a seguir. 
29 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
6.1. MÉTODO DE MEDIÇÃO DIRETO 
É o método pelo qual o mensurando é obtido diretamente, sem a necessidade de cálculos posteriores 
em comparação com outra grandeza de mesma unidade. 
Quando se mede um comprimento utilizando-se uma régua ou trena, obtém-se o valor medido 
diretamente da escala. 
 
6.2. MODO DE MEDIÇÃO INDIRETO 
É aquele em que o valor da medição desejada é conseguido somente depois de alguns cálculos 
Intermediários. Na medição da área de um retângulo, mede-se primeiramente os lados do retângulo. 
Multiplicando-se estes lados, obtém-se a área. Trata-se de uma medição indireta. Primeiro, mediu-
se os lados com unidades em (por exemplo) metros. O resultado é dado em outra unidade 
(derivada), ou seja, metros quadrados. 
 
6.3. MÉTODO ABSOLUTO 
As constantes físicas fundamentais tais como a velocidade da luz no vácuo, ou a carga elétrica, 
devem ser determinadas com grande exatidão e baseadas nas definições das grandezas 
fundamentais. 
Sendo que a velocidade da luz c é expressa como c = λ . f onde λ é o comprimento de onda e f a 
freqüência da luz. O valor de c é determinado pela medição de λ e f de acordo com as definições do 
metro e do segundo. A medição de uma grandeza física que é reduzida a uma medição de uma 
grandeza fundamental é denominada de medição absoluta. 
Medição de um bloco padrão por método interferométrico. por exemplo, é uma medição absoluta 
pois utiliza o comprimento de onda padrão. 
30 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
6.4. MÉTODO COMPARATIVO 
Quando uma grandeza física é medida diretamente em comparação com referências do mesmo tipo 
é chamada de medição comparativa em contraste com medição absoluta.A precisão de medições com métodos comparativos pode ser melhor do que com medições 
absolutas no entanto a exatidão é garantida pelas medições absolutas. As medições absolutas podem 
não ser de uso prático nem industrial, mas são essenciais nos laboratórios nacionais para o 
desenvolvimento da ciência e tecnologia. 
 
6.5. MÉTODO DE INSTRUMENTAÇÃO 
 
a) Método da deflexão 
Considere a medição de temperatura com um termômetro de vidro. Quando o termômetro está à 
temperatura ambiente observamos que o topo da coluna de mercúrio registra a temperatura da sala. 
Ao deslocarmos este mesmo termômetro para um banho de óleo observamos que a coluna se 
desloca até entrar em equilíbrio com a nova temperatura que está sendo medida. 
A exatidão é limitada tendo em vista as limitações físicas para o desenho da escala que não pode ser 
muito grande e as dimensões do ponteiro que não podem ser muito pequenas. 
A energia para mover o ponteiro ou a coluna de mercúrio é fornecida pela própria grandeza a ser 
medida, conseqüentemente o objeto a ser medido sofre perturbações. 
 
b) Método do zero 
Um exemplo de método do nulo é a medição por comparação de uma tensão contínua (mensurando) 
com um calibrador de tensão CC (padrão de referência). As tensões são colocadas em oposição e 
coloca-se em série no circuito um galvanômetro ou um detector de nulo de alta sensibilidade. A 
precisão do método é muito grande, dependendo da resolução do calibrador usado como padrão, da 
sensibilidade do galvanômetro e da estabilidade do mensurando. O calibrador é ajustado de tal 
maneira que o galvanômetro seja levado à condição de equilíbrio (ponto zero). O valor do 
mensurando é o valor mostrado pelo calibrador. 
31 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
c) Método diferencial 
No método diferencial mede-se a diferença entre um valor conhecido e o mensurando, obtendo-se 
seu valor por meio de cálculo. 
Neste método tanto o mensurando como a referência devem ser de mesma natureza e para se obter 
grande precisão os valores devem ser aproximadamente iguais. 
Considere-se por exemplo, a medição da tensão de uma pilha-padrão comparando-a diretamente a 
outra pilha com valor conhecido. 
As duas tensões serão colocadas em oposição e a diferença medida através de um nanovoltímetro. 
Primeiramente mede-se a diferença no nanovoltímetro cujo valor é Vd. O valor da pilha 2, que é o 
mensurando, será V2 = V1 - Vd considerando-se conhecido o valor de V1. 
Com o método diferencial usando-se equipamentos comerciais consegue-se resolução de 1 nV, 
enquanto que se utilizarmos métodos convencionais alcançamos no máximo 100 nV. Nas medições 
diferenciais deve-se levar os sinais algébricos em consideração. 
 
d) Método da substituição 
Considere a medição de massa por uma balança de pratos, cujos braços tem comprimentos 
diferentes. Se utilizarmos esta balança para medição convencional, existirão erros pois o equilíbrio 
dos momentos não significa que as massas nos dois lados são iguais. 
A utilização do método de substituição elimina este erro. O primeiro passo é balancear a massa do 
mensurando contra outros pesos. Após este balanceamento, retira-se o mensurando e no seu lugar 
colocam-se outros pesos de valores conhecidos. A massa do último conjunto de pesos é a massa do 
mesurando. 
Existem ainda outros métodos, mas menos usuais. O importante é escolher adequadamente o 
método de medição a ser utilizado, de acordo com os objetivos pretendidos e o tipo de 
instrumentação disponível. 
32 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
7. PADRÕES DE MEDIÇÃO 
 
7.1. GENERALIDADES 
A metrologia viabiliza o pleno desenvolvimento científico e tecnológico; é um componente 
fundamental para qualidade, avalia a conformidade de produtos, processos e serviços; supera 
barreiras técnicas e protege o consumidor e o meio ambiente. 
A metrologia contribui para a melhoria da qualidade dos processos produtivos, o que deve ser 
perseguido continuamente por todas as Organizações que pretendem participar de um mercado 
altamente competitivo e globalizado. 
A contribuição do desenvolvimento da metrologia no gerenciamento dos processos é um 
componente importante no aprimoramento da qualidade onde o SGM possibilita a redução na 
variação das especificações técnicas dos produtos, prevenção dos defeitos e a compatibilidade das 
medições. 
Metrologia, segundo o VIM, é Ciência da medição. A metrologia abrange todos os aspectos teóricos 
e práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou 
da tecnologia. 
Um padrão de medição é uma medida materializada (objeto físico), equipamento de medição ou 
sistema com a função de definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais 
valores conhecidos de uma grandeza, com o objetivo de disseminá-la para outros equipamentos de 
medição por comparação. Como exemplos podemos citar: bloco-padrão, resistor-padrão, 1 kg de 
massa-padrão, amperímetro-padrão etc. Cada unidade e seu padrão foi criado e desenvolvido pelo 
próprio homem. A filosofia geral adotada para a criação de um padrão primário é que eles sejam 
baseados em algum princípio físico estável. 
É importante também, que a partir das definições das unidades fundamentais, os laboratórios 
tenham facilidade de concretizar padrões para utilização prática. 
33 
 
 
 
 
Metrologia Básica 
 
O desenvolvimento e manutenção de padrões primários é uma área especial da ciência da medição, 
realizada em laboratórios nacionais, com objetivos de desenvolver, manter e utilizar instrumentação 
que proverão os padrões para as unidades fundamentais e derivadas com a mais alta exatidão e 
reprodutibilidade. Fatores como custo, tempo de execução da montagem dos equipamentos e 
realização das medições, tamanho e portabilidade dos equipamentos, produção em escala e outros 
fatores que são importantes para usuários industriais são de importância secundária no 
desenvolvimento de padrões indispensáveis para a melhoria da performance metrológica. Leva-se 
muito tempo para o desenvolvimento de novos equipamentos e a aceitação a nível mundial dos 
mesmos. 
O Bureau International des Poids et Mesures (BIPM), localizado em Sévres, França, é a 
organização responsável pela administração das unidades legais do mundo e dos padrões para o 
sistema SI desde 1875, quando da assinatura da Convenção do Metro. 
Além do BIPM, que é um órgão internacional, existem vários laboratórios no mundo que trabalham 
na área de metrologia cientifica e industrial fazendo vultosos investimentos em pesquisas para 
melhorar cada vez mais a qualidade dos padrões metrológicos. 
Pode-se citar como exemplo de laboratórios nacionais de maior relevância os seguintes: 
a) NIST – National Institute of Standards and Technology (USA) 
b) PTB - Physikalisch-Technishe Bundesanstalt (Alemanha) 
c) NRC - National Research Council (Canadá) 
d) NPL - National Phisycal Laboratory (Inglaterra) 
e) NRLM - National Research Laboratory of Metrology (Japão) 
f) CSIRO - National Measurement Laboratory (Austrália) 
Cada país possui seu laboratório nacional, com o objetivo de manter, desenvolver e disseminar os 
padrões primários, assim como definir a política metrológica a ser aplicada na nação. 
Com o objetivo de harmonizar as medições em todos os paises, o BIPM organiza programas de 
comparação interlaboratorial, quando são verificadas as capacitações dos laboratórios participantes. 
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Metrologia Básica 
 
7.2. TIPOS DE PADRÕES 
Existe uma hierarquia entre os padrões dependendo de suas qualidades metrológicas e do tipo de 
utilização a que estão destinados. Os principais tipos de padrão são: 
a) padrão internacional 
b) padrão nacional 
c) padrãoprimário 
d) padrão secundário 
e) padrão de referência 
f) padrão de trabalho 
g) padrão de transferência 
h) padrão itinerante 
i) material de referência 
j) material de referência certificado 
Qualquer laboratório que tenha um sistema de controle metrológico pode ter vários destes tipos de 
padrões citados. O INMETRO, por exemplo, tem padrões primários, secundários, itinerantes, de 
referencia, de trabalho etc. 
Como já foi citado, existe uma hierarquia metrológica entre os padrões e equipamentos dependente 
das qualidades metrológicas. 
Todos os equipamentos desta hierarquia devem estar de alguma maneira, objetivamente 
relacionados, tal que em qualquer ponto da mesma possa se retroceder aos padrões primários. 
Este relacionamento é conceituado pela rastreabilidade. Através de intercomparações contínuas, os 
valores dos padrões primários são disseminados para os padrões secundários, de trabalho e assim 
por diante. Portanto, mesmo nas escalas mais baixas da hierarquia, seguindo os procedimentos de 
rastreabilidade, as medições estarão rastreadas aos padrões da mais alta hierarquia. 
 
 
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Metrologia Básica 
 
8. SISTEMA METROLÓGICO BRASILEIRO 
 
8.1. SINMETRO – SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E 
QUALIDADE INDUSTRIAL 
8.1.1. OBJETIVO 
O Sinmetro é um sistema brasileiro, constituído por entidades públicas e privadas, que exerce 
atividades relacionadas com metrologia, normalização, qualidade industrial e certificação de 
conformidade. 
O Sinmetro foi instituído pela lei 5966 de 11 de dezembro de 1973 para criar uma infra-estrutura de 
serviços tecnológicos capaz de avaliar e certificar a qualidade de produtos, processos e serviços por 
meio de organismos de certificação, rede de laboratórios de ensaio e de calibração, organismos de 
treinamento, organismos de ensaios de proficiência e organismos de inspeção, todos credenciados 
(acreditados) pelo Inmetro. 
Apóiam esse sistema os organismos de normalização, os laboratórios de metrologia científica e 
industrial e os institutos de metrologia legal dos estados. Esta estrutura está formada para atender às 
necessidades da indústria, do comércio, do governo e do consumidor. 
O Sinmetro está envolvido em muitas atividades relacionadas ao Programa Brasileiro de Qualidade 
e Produtividade - PBQP, programa voltado para a melhoria da qualidade de produtos, processos e 
serviços na indústria, comércio e administração federal. 
 
8.2. ORGANISMOS DO SINMETRO 
Dentre as organizações que compõem o Sinmetro, as seguintes podem ser relacionadas como 
principais: 
a) Conmetro e seus Comitês Técnicos; 
b) Inmetro; 
c) Organismos de Certificação Credenciados (Acreditados), (Sistemas da Qualidade, Sistemas de 
Gestão Ambiental, Produtos e Pessoal) – OCC; 
d) Organismos de Inspeção Credenciados (Acreditados) – OIC; 
e) Organismos de Treinamento Credenciados (Acreditados) – OTC; 
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Metrologia Básica 
 
f) Organismo Provedor de Ensaio de Proficiência Credenciado (Acreditado) - OPP; 
g) Laboratórios Credenciados (Acreditados) – Calibrações e Ensaios – RBC/ RBLE; 
h) Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT; 
i) Institutos Estaduais de Pesos e Medidas – IPEM; 
j) Redes Metrológicas Estaduais. 
 
8.3. FUNÇÕES 
8.3.1. METROLOGIA CIENTÍFICA E INDUSTRIAL 
Na área da metrologia científica e industrial o Sinmetro é de grande importância para a ciência e a 
economia do Brasil, tendo em vista que esse Sistema é o responsável pelas grandezas metrológicas 
básicas. Este Sistema, sob coordenação do Inmetro, transfere para a sociedade padrões de medição 
com confiabilidade igual à de outros países, mesmo os chamados países do primeiro mundo. 
Junto com a normalização e a regulamentação técnica, esta área é um dos pilares das atividades do 
Sinmetro. 
 
8.3.2. METROLOGIA LEGAL 
Considera-se que esta área se constitui num dos maiores sistemas conhecidos de defesa do 
consumidor no Brasil. 
O Inmetro atua como coordenador da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ, 
constituído pelos IPEMs dos estados brasileiros. 
Durante os trabalhos de fiscalização, os órgão da RBMLQ coletam produtos nos estabelecimentos 
comerciais para avaliar o peso, o volume e verificam se a qualidade dos produtos é adequada para o 
consumo. Este é um trabalho de utilidade pública que alcança mais de cinco mil municípios 
brasileiros. 
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Metrologia Básica 
 
8.3.3. NORMALIZAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO TÉCNICA 
Uma das atividades do Sinmetro é a de elaborar normas para dar suporte à regulamentação técnica, 
facilitar o comércio e fornecer a base para melhorar a qualidade de processos, produtos e serviços. 
A área de normalização no Sinmetro está sob a responsabilidade da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT), que tem autoridade para credenciar (acreditar) Organismos de 
Normalização Setoriais (ONS) para o desempenho dessas tarefas. 
A ABNT é uma organização não governamental , mantida com recursos da contribuição dos seus 
associados e do Governo Federal. 
A ABNT representa o Brasil na ISO/ IEC e nos foros regionais de normalização, auxiliada por 
entidades governamentais e privadas. 
A ABNT tem participação em vários comitês técnicos, como o ISO TC 176 (qualidade), ISO TC 
207 (meio ambiente) e ISO/ CASCO, além do ISO/ TMB (Technical Management Board). 
As atividades relacionadas ao credenciamento (acreditação) e à avaliação de conformidade no 
Sinmetro são baseadas nas normas e guias ABNT/ ISO/ IEC. 
 
8.4. CREDENCIAMENTO (ACREDITAÇÃO) 
Na área de avaliação de conformidade, o Sinmetro oferece aos consumidores, fabricantes, governos 
e exportadores uma infra-estrutura tecnológica calcada em princípios internacionais, considerada de 
grande confiabilidade. Para que isto seja possível, todos os serviços nesta área são executados por 
organizações credenciadas (acreditadas) pelo Inmetro. 
O Inmetro é o único órgão credenciado (acreditador) do Sinmetro, seguindo a tendência 
internacional atual de apenas um credenciador (acreditador) por país ou economia. O Inmetro é 
reconhecido internacionalmente como o organismo de credenciamento (acreditação) brasileiro. 
O Inmetro baseia o seu credenciamento (acreditação) nas normas e guias da ABNT, Copant, 
Mercosul e nas suas orientações do IAF, ILAC, IATCA e IAAC, principalmente. 
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Metrologia Básica 
 
O Inmetro é assessorado pelos Comitês Técnicos do Conmetro na preparação dos documentos que 
servem de base para o credenciamento (acreditação). 
O Inmetro credencia (acredita) Organismos de certificação, organismos de Inspeção, Organismos de 
Treinamento, Laboratórios de Calibração e Laboratórios de Ensaios. 
 
8.5. CERTIFICAÇÃO 
São os organismos de certificação credenciados (acreditados), supervisionados pelo Inmetro, que 
conduzem a certificação de conformidade no Sinmetro, nas áreas de produtos, sistemas da 
qualidade, pessoal e meio ambiente. 
Estes organismos são entidades públicas, privadas ou mistas, nacionais ou estrangeiras, situadas no 
Brasil ou no exterior, sem fins lucrativos e que demonstraram competência técnica e organizacional 
para aquelas tarefas. 
Operam em bases semelhantes aos organismos estrangeiros, utilizando normas e guias ABNT, 
Copant, Mercosul, ISO/ IEC e as recomendações do IAF, IATCA e IAAC, principalmente. 
A certificação de pessoal é apoiada pelos organismos de treinamento credenciados (acreditados) 
pelo Inmetro. 
 
8.6. ENSAIOS E CALIBRAÇÕES 
Os ensaios e calibrações executados no Sinmetro são de responsabilidade dos laboratórios públicos, 
privados ou mistos, nacionais ou estrangeiros, constituintes da RBC e RBLE. Tais serviços são 
utilizados, na maioria doscasos, para a certificação de produtos (ensaios) e calibração de padrões de 
trabalho na indústria, além da calibração dos próprios equipamentos industriais. 
Todos os serviços nesta área são executados por laboratórios credenciados (acreditados) pelo 
Inmetro, no Brasil e no exterior. 
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Metrologia Básica 
 
A base para o credenciamento (acreditação) e operação dos laboratórios constituintes da RBC e 
RBL, são as normas e guias da ABNT, Copant, Mercosul e ISO/ IEC e suas interpretações pelo 
ILAC e IAAC, principalmente. 
Laboratórios de agrotóxicos e de análises clínicas podem ser também credenciados (acreditados) 
pelo Inmetro. 
Os organismos de ensaios de proficiência são credenciados (acreditados) pelo Inmetro para dar 
maior confiabilidade às Redes Laboratoriais. 
 
9. CONMETRO - CONSELHO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO 
E QUALIDADE INDUSTRIAL. 
 
O Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial é um colegiado 
interministerial que exerce a função de órgão normativo do Sinmetro e que tem o Inmetro como sua 
secretaria executiva. Integram o Conmetro os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior; da Ciência e Tecnologia; da Saúde; do Trabalho e Emprego; do Meio Ambiente; das 
Relações Exteriores; da Justiça; da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento; da Defesa; o 
Presidente do Inmetro e os Presidentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, da 
Confederação Nacional da Indústria - CNI e do Instituto de Defesa do Consumidor - IDEC. 
9.1. ATRIBUIÇÕES 
O Conmetro é o órgão normativo do Sinmetro e é presidido pelo Ministro do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior. Compete ao Conmetro: 
a) Formular, coordenar e supervisionar a política nacional de metrologia, normalização industrial e 
certificação da qualidade de produtos, serviços e pessoal, prevendo mecanismos de consulta que 
harmonizem os interesses públicos, das empresas industriais e dos consumidores; 
b) Assegurar a uniformidade e a racionalização das unidades de medida utilizadas em todo o 
território nacional; 
c) Estimular as atividades de normalização voluntária no país; 
d) Estabelecer regulamentos técnicos referentes a materiais e produtos industriais; 
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Metrologia Básica 
 
e) Fixar critérios e procedimentos para certificação da qualidade de materiais e produtos 
industriais; 
f) Fixar critérios e procedimentos para aplicação das penalidades nos casos de infração a 
dispositivo da legislação referente à metrologia, à normalização industrial, à certificação da 
qualidade de produtos industriais e aos atos normativos dela decorrentes; 
g) Coordenar a participação nacional nas atividades internacionais de metrologia, normalização e 
certificação da qualidade. 
O conselho é constituído pelos seguintes membros: 
I - Ministros de Estado: 
- do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; 
- do Meio Ambiente; 
- do Trabalho e Emprego; 
- da Saúde; 
- da Ciência e Tecnologia; 
- das Relações Exteriores; 
- da Justiça; 
- da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento; 
- da Defesa. 
II - Presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. 
III - Presidente das seguintes Instituições: 
- Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT 
- Confederação Nacional da Indústria – CNI 
- Instituto de Defesa do Consumidor – IDEC 
O Conmetro atua, na prática, por meio de seus comitês técnicos assessores, que são abertos à 
sociedade, pela participação de entidades representativas das áreas acadêmica, indústria, comércio e 
outras atividades interessadas na questão da metrologia, da normalização e da qualidade no Brasil. 
Os comitês técnicos assessores do Conmetro são o CNN, CBC, Conacre, CBM, CCAB e o TBT/ 
OMC. 
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Metrologia Básica 
 
9.2. COMITÊS TÉCNICOS DO CONMETRO 
a) Comitê Brasileiro de Normalização - CBN 
b) Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade - CBAC 
c) Comitê Brasileiro de Metrologia - CBM 
d) Comitê do Codex Alimentarius do Brasil - CCAB 
e) Comitê de Coordenação de Barreiras Técnicas ao Comércio - CBTC 
 
10. INMETRO – INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E 
QUALIDADE INDUSTRIAL 
 
O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro - é uma 
autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que 
atua como Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial (Conmetro), colegiado interministerial, que é o órgão normativo do Sistema Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). 
Objetivando integrar uma estrutura sistêmica articulada, o Sinmetro, o Conmetro e o Inmetro foram 
criados pela Lei 5.966, de 11 de dezembro de 1973, cabendo a este último substituir o então 
Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM) e ampliar significativamente o seu raio de atuação a 
serviço da sociedade brasileira. 
No âmbito de sua ampla missão institucional, o Inmetro objetiva fortalecer as empresas nacionais, 
aumentando sua produtividade por meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria da 
qualidade de produtos e serviços. 
Sua missão é promover a qualidade de vida do cidadão e a competitividade da economia através da 
metrologia e da qualidade. 
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Metrologia Básica 
 
10.1. ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS 
Dentre as competências e atribuições do Inmetro destacam-se: 
- Metrologia Científica e Industrial; 
- Metrologia Legal; 
- Avaliação da Conformidade; 
- Organismo Credenciador (Acreditador); 
- Secretaria Executiva do Conmetro e dos seus comitês técnicos assessores; 
- Supervisor dos Organismos de Fiscalização e Verificação da Certificação (*); 
- Executar as políticas nacionais de metrologia e da qualidade; 
- Verificar a observância das normas técnicas e legais, no que se refere às unidades de medida, 
métodos de medição, medidas materializadas, equipamentos de medição e produtos pré-
medidos; 
- Manter e conservar os padrões das unidades de medida, assim como implantar e manter a 
cadeia de rastreabilidade dos padrões das unidades de medida no País, de forma a torná-las 
harmônicas internamente e compatíveis no plano internacional, visando, em nível primário, à 
sua aceitação universal e, em nível secundário, à sua utilização como suporte ao setor 
produtivo, com vistas à qualidade de bens e serviços; 
- Fortalecer a participação do País nas atividades internacionais relacionadas com metrologia e 
qualidade, além de promover o intercâmbio com entidades e organismos estrangeiros e 
internacionais; 
- Prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial - Conmetro, bem assim aos seus comitês de assessoramento, atuando como 
sua Secretaria-Executiva; 
- Fomentar a utilização da técnica de gestão da qualidade nas empresas brasileiras; 
- Planejar e executar as atividades de acreditação (credenciamento) de laboratórios de calibração 
e de ensaios, de provedores de ensaios de proficiência, de organismos de certificação, de 
inspeção, de treinamento e de outros, necessários ao desenvolvimento da infra-estrutura de 
serviços tecnológicos no País; e 
- Coordenar, no âmbito do Sinmetro, a certificação compulsória e voluntária de produtos, de 
processos, de serviços e a certificação voluntária de pessoal. 
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Metrologia Básica 
 
(*) O Inmetro delega as atividades de verificação, fiscalização e da certificação às entidades da 
Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ que são os Institutos de Pesos e 
Medidas (IPEM) dos estados brasileiros. 
O Inmetro opera em Xerém, no Rio de Janeiro,

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