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DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO

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Desenvolvimento Socioeconômico 
Qual a gênese do capitalismo?
Decomposição do feudalismo e desenvolvimento de novas formas de organização econômica e social, possibilitando a constituição de um Estado Absoluto, levando a desarticulação das tradições, transformando o campo, o mercado de trabalho e constituindo as cidades.
Por que na Inglaterra?
Devido a formação de um Estado Absoluto que possibilita a concentração e impulso da monetarização, proporcionando a expansão mercantil e influenciando a política britânica. Tal constituição, desarticula as tradições feudalistas transformando o campo, o mercado de trabalho e constituindo as cidades. Portanto, com clero dissolvido, associado ao avanço da mercantilização (monetarização), desenvolvimento orgânico do comércio e produção (relação campo e cidade – o campo se constitui em importante mercado consumidor da produção urbana), fundação do Banco da Inglaterra (instrumento econômico e político) e o movimento revolucionário (Revolução Industrial – torna a Inglaterra hegemônica) constituem os principais fatores do pioneirismo inglês.
Por que o pioneirismo inglês foi Singular?
Porque é o único caso em que o D2 (produtor de bens de consumo – têxteis) gera a necessidade de avanço e implementa a indústria mecanizada para suprir a escassez gerada pela extração de carvão. Logo, a produção de bens de capital (D1) nasce pela indústria mecânica que possibilita o desenvolvimento da cadeia produtiva.
Defina capitalismo originário e atrasado.
Capitalismo originário: surge na Inglaterra com a Primeira Revolução Industrial e inaugura o modo de constituição plena do capitalismo, através da acumulação primitiva do capital. Esta possibilita o surgimento do sistema bancário que institui o crédito (disposição de todo o capital existente); dada essa característica, o capital se autofinancia.
Capitalismo Atrasado: surge durante a Segunda Revolução Industrial (novo padrão tecnológico e financeiro) com o desenvolvimento das relações internacionais, onde para seu crescimento a Inglaterra fomenta a industrialização de outras nações para criar mercado, podendo ser divido em 2 ondas: 
Etapa Concorrencial: para industrializar é preciso a existência de um aparelho industrial integrado diferenciando o D1 (produtor de bens de capital – possibilita o desenvolvimento produtivo) do D2 (produtor de bens de consumo – indústria têxtil), permitindo a verticalização da estrutura produtiva e integração entre os seguimentos; existência de um sistema de crédito com mobilidade de capital, possibilitando o crédito de longo prazo e consolidando os bancos fora da Inglaterra; a existência de força de trabalho, isto é, de uma classe operária; uma tecnologia que não exigisse conhecimento técnico para sua produção; e posição hegemônica da Inglaterra, possibilitando o livre cambismo e estimulando a industrialização dos outros países (complementariedade restrita – ao se industrializarem concorrem com a Inglaterra). Portanto, os países ao se industrializarem constituem plenamente seu modo de produção, através da concorrência e o capitalismo se altera, pois há alterações nas relações internacionais ( 2º divisão nacional do trabalho). Termina no auge do capitalismo.
Etapa Monopolista: eram obrigados a incorporar técnicas da Segunda Revolução Industrial (novo padrão tecnológico e financeiro), o que acentuava as descontinuidades entre seus avanços técnicos prévios e as exigências técnicas da industrialização. No mercado mundial, a construção ferroviária e a extensa incorporação de novas áreas à produção, possibilitou aumento na oferta de produtos agrícolas, e o período da Grande Depressão caracteriza-se pelas constantes quedas de preços dos mesmos (período de deflação), resultando porém em uma concorrência intercapitalista (desenvolvimento concorrencial entre os países) com altos volumes de capital, grandes escalas produtivas e inovação técnica-industrial. Ao possuir uma relação mais estreita com os bancos mobilizam o mercado e estimulam a produtividade.
Por que após o capitalismo originário, o D2 não consegue criar mais condições para a industrialização?
Os processos de industrialização após à Revolução Industrial constituem o Capitalismo Atrasado. Este processo ocorreu em um período em que a Inglaterra era hegemônica, isto é, principal centro industrial e financeiro. É por isso que somente a implementação da indústria têxtil é incapaz para iniciar a industrialização sozinha, pois há a necessidade de importar máquinas e insumos de modo a restringir a expansão da demanda interna. Logo, há insuficiência técnica e financeira que só poderá ser vencida com o apoio do Estado no sentido de centralizar os recursos, criar infraestrutura, gerar demanda e viabilizar a industrialização. Portanto, a indústria têxtil (D2) financiando o desenvolvimento produtivo (D1) não ocorre	.
Qual a diferença entre centralização e concentração?
A centralização não depende do incremento positivo do capital social, pois há volume de capital novo, aumentando a capacidade produtiva. Enquanto a concentração depende deste incremento para aumentar sua capacidade produtiva.
Por que há a tendência há monopolização?
Pois o capitalismo se torna mais agressivo e é impulsionado pela concorrência que é parte consecutiva do processo, pois esta possibilita o aumento de produtividade, aumento da escala produtiva, redução dos preços, além do crédito.
O que foi a Primeira e Segunda Revolução Industrial?
Revolução Industrial representa a constituição/generalização de relações capitalistas de produção. O ponto de partida foi a introdução da máquina-ferramenta que permitiu a superação dos limites impostos pela força de trabalho no aumento da produtividade. Logo, a maquinaria passou a ditar o ritmo do processo e reduzir os custos unitários de produção, pois surge a 1º Divisão Social do Trabalho e novas fontes de energia como o vapor.
Segunda Revolução Industrial constitui um novo padrão tecnológico e financeiro, dando lugar a novos ramos de produção, pois nascia ali o aço, a eletricidade, o motor a combustão e a química pesada. Essa nova tecnologia era resultado da aplicação consciente de conhecimentos científicos nos processos produtivos. Assim, o capital começa a financiar as pesquisas para busca deliberada de inovações. Por outro lado, há o estreitamento da relação banco e indústria, inaugurando as Sociedades Anônimas (origem do capital financeiro) com posição estratégica dos bancos (monopolizadores de crédito).