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A má consciência

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A má consciência
A má consciência é a atribuição por parte do próprio fraco, a atribuição a si mesmo de uma liberdade para depois atribuir a si mesmo uma culpa; culpa pelo o que? Culpa pelos problemas do mundo, culpa pelo sofrimento que está passando, culpa pela dor que está sentindo, culpa pela própria miséria. A má consciência surge com a internacionalização dos instintos também, surge também com a culpa, culpa de culpar a si próprio, culpa de castigo por ele mesmo ou descendentes como Adão,Eva, etc.
E mais para o homem da má consciência, que destrói o (devir), que tira a inocência desse ciclo que flui, pois afirma que ele é culpado daquilo ou de tal coisa.
Nietzsche também prediz que o homem ativo é soberano, mas esse homem soberano faz o seu destino em sentido diferente desse homem da má consciência, ele de modo nenhum procura culpar a si, ou outros por nada,ele reconhece o mundo como ato de destino, e quando se diz destino, não quer dizer algo indefinido, ou fim qualquer. Então esse homem dos desejos internacionalizados, da má consciência, criou dentro de si mesmo a alma, por desejo de si sacrificar a si mesmo, por não poder expressar a sua dor, ou até impor sobre alguém. Criou isso para que possa sacrificar a si mesmo, pelo ideal ascético, por ser um nada, um fraco que no decorrer da vida, nada conseguiu.
Essa má consciência, com esse desejo de sacrificar-se, nada mais é que uma expressão de poder sobre si mesmo, para violentar a si próprio. É uma desculpa para descontar os instintos violentos em alguém, no único que ele pode, ate então ele mesmo.
Assim com o decorrer do tempo a alma ganha vários nomes: razão, por não agir com sentimentos, ou por impulso, cidadania, consciência social, consciência ecológica, isso é tudo expressão dos fracos, com a criação da alma, por não ter ele poder sobre alguém. O altruísmo então nesse raciocínio é a única maneira de praticar violência, violência que pratica em si próprio.
O que houve com a criação da alma foi uma inversão de valores, porque aquela culpa, da sociedade aristocrática impunha aos seus viventes ali, que tinha todo um sentido externo, acaba virando uma grande vontade de si culpar. Na sociedade dos escravos acontece uma inversão interessantíssima, por tanto a culpa, quanto a dor e o castigo, mudam de função, porque o castigo que era algo externo, que tinha como objetivo de produzir no outro culpa, mas culpa como um causador de dano, e não culpa de um responsável, essa culpa na sociedade dos escravos, dos fracos, tem o sentido de culpa de si mesmo, porque é a internacionalização dos sentimentos.

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