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CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO I
PROFª Msc. LÍRIA KÉDINA CUIMAR DE SOUSA E MORAES
ALUNO:
DATA: 
Unidade 11
 INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (art. 107 CTN)
	No sistema do CTN, interpretar é construir sentido à norma, utilizando-se dos métodos disponíveis. Já integrar significa lançar mão de determinados mecanismos para sanar lacunas do ordenamento.
 INTERPRETAÇÃO a lei é a fonte formal do Direito Tributário. Para que ela possa abranger todos os casos que ocorrem na prática, é necessário que ela seja interpretada com o objetivo de chegar-se ao que o seu autor quis dizer ao elaborá-la.
	Hermenêutica é o ato (ou a arte) de investigar ou pesquisar o que uma lei quer dizer exatamente, para aplicá-la a um caso prático. Em outras palavras, hermenêutica é a arte de interpretar leis para aplicá-las aos atos e fatos da vida. A lei é sempre escrita em termos bastante amplos ou gerais, pois é impossível, a não ser em certos casos, que ela possa ser aplicada expressamente a todas as situações que ocorrerão na prática. Por isso, faz-se necessário um esforço muito grande, tanto pela autoridade tributária quanto pelo particular, para entender exatamente o que a lei quer dizer e como é a sua aplicação num caso que eles tenham pela frente para resolver.
	Em resumo: interpretar uma norma legal significa descobrir o que seu autor quis dizer ao elaborá-la. Exemplo: “matar alguém”
 – PRINCIPAIS MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO: Literal ou gramatical: conforme o texto da norma; Lógico-sistemático: conforme o contexto; Histórico: conforme o material que serviu de base para a elaboração da lei e seu histórico ou circunstâncias ocasionais; Teleológico: conforme a finalidade.
Literal ou gramatical o primeiro contato do intérprete com a norma faz-se através das suas palavras. Embora se diga que a interpretação seja a mais pobre de todas, certo é que nenhuma interpretação é possível antes que se tenha passado pelo exame da letra da norma interpretada.
Veja o art. 111 do CTN.
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
Lógico-sistemático  é o método mais importante. Na verdade o intérprete deve procurar sempre conhecer o sistema em que se insere o texto que pretende interpretar e buscar determinar a ligação entre este e os demais elementos da própria lei, do respectivo ramo do direito ou do ordenamento jurídico geral. Assim por exemplo, quando se examina uma “alínea” de uma lei há que se fazê-lo em acordo como o significado do parágrafo a que ela pertence; o parágrafo deve estar em consonância com o artigo; este, com o conjunto da própria lei, e esta deve ser analisada em concatenação com o conjunto das demais normas que compõem o sistema jurídico a que pertence (civil, comercial, tributário, etc.). O método lógico-sistemático pressupõe, sempre, a unidade e a coerência do sistema jurídico.
Histórico Para descobrir a vontade da lei, muitas vezes é útil a pesquisa dos trabalhos legislativos, dos debates havidos, da justificação para as emendas apresentadas, das contestações, do resultado das votações, etc. Trata-se do método histórico. Com base no exame das condições históricas, num período mais ou menos longo, sob cuja influência a norma foi gerada, é que o intérprete colherá as informações mais frutíferas para o seu trabalho. Como se sabe, a norma é feita para regular situações que se apresentam num determinado momento histórico. Mas ela permanece no tempo, enquanto não substituída por outra, atendendo aos casos concretos que vão ocorrendo. Com o passar do tempo, as condições históricas vão se alterando, mas a norma permanece, havendo necessidade de sua adaptação ao novo momento histórico. Isso com base no princípio de que o que importa não é a vontade do legislador e sim o espírito da lei que, como tudo, evolui com o tempo, podendo assumir aspectos que jamais estiveram no pensamento do legislador.
Teleológico ao aplicador da lei cabe, quando a interpreta, atentar para os fins a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Para tanto importa que se investiguem os fins da lei. É o que se chama de método teleológico, ou de investigação teleológica (telos=fim e logos=estudo). Nessa tarefa servir-se-á o intérprete de aspectos históricos, sociológicos, comparativos e quantos outros possam servir à busca da finalidade para a qual a lei foi elaborada.
Apesar de não ser considerado como método de interpretação, o CTN traz algumas regras específicas na interpretação da norma tributária: a do art. 111; art. 112; art. 118.
Interpretação benéfica  o art. 112 do CTN traz uma regra de interpretação inspirada no Direito Penal, conhecida como in dubio pro reo, por isso só pode ser aplicada à legislação tributária que disponha sobre infrações e penalidades. Essa regra só pode ser usada em caso de dúvida.
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:
I - à capitulação legal do fato;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
Paulo de Barros Carvalho, comentando o citado dispositivo, conclui que "Não poderia ser de outra maneira. Vigendo no direito tributário o princípio da estrita legalidade, que traz consigo a necessidade de uma tipificação rigorosa, qualquer dúvida sobre o perfeito enquadramento do fato à norma (melhor dizendo, do conceito do fato ao conceito da norma) compromete aquele postulado básico que se aplica com a mesma força no campo do direito penal - in dubio pro reo."
O CTN cita quatro hipóteses na qual a infração tributária será interpretada em favor do contribuinte, somente em caso de dúvida. Tal dispositivo é denominada de interpretação autêntica, pois o método interpretativo foi elaborado pelo próprio legislador, bem como, denominado pelos tributaristas como interpretação benigna.
A interpretação benigna, no dizer do professor Hugo de Brito Machado, é caracterizada como:
“Em caso de dúvida, portanto, em matéria de infrações e penalidades, a regra é a interpretação benigna. Prevalece o princípio originário do Direito Penal de que na dúvida se deve interpretar em favor do réu” (Machado, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 23ª edição, São Paulo: Malheiros, 2003, pág. 115-116.
Ato contínuo, a sanção tributária é decorrente, sempre, de previsão expressa em lei (artigo 97, V, CTN) e proveniente de uma obrigação acessória tributária, seja uma obrigação de fazer ou não fazer, concernente ao interesse de arrecadação ou fiscalização de tributos por parte do Fisco.
Ocorre que a sanção administrativa é decorrente, também, de inadimplemento de uma obrigação de fazer ou não fazer, prevista expressamente em lei, em respeito ao princípio da legalidade (artigo 5, II, CRFB/88). Porém, não existe uma norma geral que regulamenta as sanções administrativas, como ocorre no direito tributário, mas sua disciplina é realizada pelas mais diversas leis, seja Federal, Estadual e Municipal, de acordo com a competência específica fixada pela Constituição Federal.
Não tenho conhecimento de uma norma administrativa qualquer que trate sobre a interpretação da sanção administrativa.
NOTA: pesquisar o que é zetética!
 - INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (art. 108 CTN)
 o sentido jurídico-lingüístico de integrar é de completar o todo, de incorporar apenas o complemento que a tentativa de demonstração do todo revela estar faltando e que a “tensão” de todos os elementos gerais e especiais, lógica, teleológica e sistematicamente reunidos, exige a “construção” daquele complemento e o integra para completar a configuração. 	Por isso a interpretaçãoprecede e possibilita ou não a integração. 
	 A interpretação sempre pressupõe a existência da norma jurídica a ser analisada. Na verdade, somente se interpreta o que existe para ser interpretado. Todavia, é comum a necessidade de se decidir sobre casos para os quais inexiste previsão legal específica. Daí dizer-se existirem lacunas na lei. Contudo, se a lei tem lacunas, não as tem o ordenamento jurídico. Por isso, o artigo 4o da Lei de Introdução ao Código Civil estabelece que “quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito”. A esse sistema de apreciar e revestir de juridicidade os casos que não estão expressamente previstos em lei chama-se integração.
	A integração da legislação tributária envolve dois aspectos, ou dois movimentos:
	1o – ligar a legislação tributária com o Sistema Jurídico;
	2o – encontrar a solução para todas as hipóteses ou todas as possibilidades de ocorrência de fatos que dão origem à tributação.
	A legislação tributária não pode ser examinada separadamente das demais normas jurídicas que compõem o amplo campo do Direito. A legislação tributária se utiliza de elementos de todos os campos do Direito, e não só do Direito Tributário. Sendo assim, há a necessidade de, quem está interpretando a legislação tributária, ir buscar nos outros ramos do Direito os elementos que o legislador “roubou”, desses outros campos. Se isso não for feito, torna-se impossível interpretar uma lei.
	Exemplo – lei tributária que fala sobre dividendos, sem esclarecer o que são dividendos. Há necessidade de se recorrer a outro ramo do Direito – o Direito Empresarial – para se interpretar a lei tributária e descobrir o que é que se está tributando. (a propósito, dividendo é a quota nos lucros de uma sociedade por ações expressa como uma porcentagem do valor nominal das ações possuídas).
	O art. 108 do CTN estabelece que, na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada, a analogia, os princípios gerais de Direito Tributário, os princípios gerais de Direito Público e a equidade.
1 – ANALOGIA  é a operação pela qual se suprem as omissões das lei, aplicando à apreciação da relação jurídica as normas que disciplinam casos semelhantes. A aplicação da analogia na interpretação da Lei Tributária baseia-se no fato de que as lei não podem prever e regular TODOS os casos que acontecem. Sua função é dar tratamento semelhante aos fatos semelhantes.
	Quando falta disposição expressa, a autoridade deverá buscar na legislação norma que discipline matéria semelhante, de modo que a razão da disciplina expressa nessa matéria possa aplicar-se à daquela: havendo a mesma razão, há de haver a mesma solução. Isso é analogia.
	Quer dizer, a interpretação analógica é aquela que, partindo de um texto de lei, faz incluir nele as situações análogas – ou seja, as situações semelhantes – embora não expressamente referidas no texto.
Guarde isto: o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
2 – PRINCÍPIOS GERAIS
	A doutrina não é pacífica sobre esses princípios. A maioria ensina que eles não estão escritos em norma alguma e se formam ao longo do tempo. Como o Direito não é um amontoado desconexo de regras, mas um mundo de normas harmônicas e coordenadas, podem ser extraídas das regras particulares princípios gerais, que se aplicam não só àquelas situações previstas, mas também às que são objeto de lacuna da lei. Na impossibilidade de aplicar a analogia, a autoridade buscará os princípios gerais que se podem extrair do conjunto da legislação. Em outras palavras, ele deverá aplicar as normas que o legislador criaria para aquela hipótese lacunosa, ou decidir segundo a regra que ele adotaria se fosse legislador. Esses princípios gerais – diz o CTN – serão sucessivamente buscados no Direito Tributário e no Direito Público (constitucional, administrativo, financeiro, processual, etc.).
2.1 – PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
	Representam o resultado de tudo o que aconteceu no sistema tributário ao longo do tempo. Quando não se consegue resolver uma questão tributária através da analogia, deve-se procurar resolvê-la através dos Princípios Gerais, isto é, usar os princípios que o tempo estabeleceu como válidos para se aplicar na solução de problemas tributários. Como por exemplo, o princípio da não-bitributação, isto é, o contribuinte não deve pagar duas vezes o mesmo imposto. Através dos Princípios Gerais de Direito Tributário procura-se, quando necessário, resolver os pontos obscuros da lei e que não foram possíveis de resolver com a aplicação da analogia.
A maioria da doutrina ensina que após a analogia, devem ser usados os princípios descritos na CRFB, tais como, legalidade, anterioridade, irretroatividade, isonomia, etc.
2.2 – PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PÚBLICO
	Não se havendo solucionado nem pela analogia, nem pelos Princípios Gerais de Direito Tributário, correm-se para os de Direito Público. Estes são formados com o tempo e representam o conjunto de tudo o que foi acontecendo no Direito Público e que, sem terem sido escritos em alguma lei, servem para orientar o Direito em algumas vezes O Direito Tributário vai buscar nesses o socorro necessário para resolver os casos imprevistos ou obscuros, a exemplo do que ocorre com a utilização dos Princípios Gerais de Direito Tributário.
3 – EQUIDADE é a disposição, pela autoridade tributária, de reconhecer IGUALMENTE o direito de cada um. Pode-se dizer que a eqüidade significa o tratamento IGUAL para casos IGUAIS, quando a lei não é clara para o caso que está sendo analisado.
	Exemplo: uma pessoa vendia, na rua, uma determinada mercadoria sem a devida licença municipal, sendo esta a sua única atividade. A legislação previa a apreensão das mercadorias no caso de não pagamento da taxa de licença. Os fiscais, em vista disso fizeram a devida apreensão daquilo que era a única forma de sustento daquela pessoa. Em requerimento ao Prefeito, o vendedor solicitou a devolução do material apreendido e dispensa da multa, propondo-se a pagar só o tributo devido no caso. Estudada a questão, decidiu-se por devolver a mercadoria e dispensar a multa, em vista das características da situação. Criou-se então um precedente. Todos os casos IGUAIS a este foram, por EQÜIDADE, resolvidos da mesma maneira, ou seja, uma vez acontecidos fatos como os narrados, há um precedente que não poderá ser ignorado pela autoridade aplicadora da legislação, verificando-se então a eqüidade representada pela aplicação de soluções iguais em casos idênticos.
É preciso alertar, contudo, que existem autores que consideram – e este parece ser o entendimento da Receita Federal – que a equidade nada tem a ver com a igualdade, sustentando que a eqüidade nada mais é do que o abrandamento da lei, para ajustá-la aos moldes de um caso concreto. Isto porque, como as normas jurídicas são feitas atendendo-se ao que mais comumente ocorre, pode muito bem acontecer que elas sejam inadequadas, injustas ou excessivamente severas. “As leis devem ser interpretadas com eqüidade, bom-senso e sem rotina”- era a divisa do célebre juiz Magnaud�.
Como da analogia resulta uma solução não prevista em regra expressa, pode ocorrer que essa solução acarrete um gravame ao contribuinte, mas, em atenção ao princípio da legalidade, que paira sobranceiro em matéria de instituição de tributos, da aplicação da analogia não pode resultar a exigência de tributo não previsto em Lei (CTN, art. 108, §1o). Do mesmo modo. Já que da equidade resulta um abrandamento dos rigores da lei, de sua aplicação não pode, entretanto, resultar a dispensa do tributo devido e sim, quando muito, da penalidade, pecuniária ou não, segundo dispuser a lei, que determinará qual é a autoridade competente para concedê-la (CTN, art. 108, §2o).
Conclusão: A eqüidade é, portanto, um instrumento através do qual se procuradar a uma pendência tributária – ou seja, a um CONFLITO entre Fisco e contribuinte – uma solução de justiça, quando a lei não for clara.
	
– PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PRIVADO (CTN, arts. 109 e 110) são utilizados para pesquisa de definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, MAS NÃO PARA DEFINIÇÃO DOS RESPECTIVOS EFEITOS TRIBUTÁRIOS. Isto quer dizer que o que vale para as relações entre os particulares, nem sempre vale para as relações entre Fisco e contribuinte, ou seja, nem sempre o Fisco aceita o que os particulares combinaram, da forma como eles combinaram. Isto pode ser melhor entendido com um exemplo: uma pessoa compra uma casa, sobre essa casa, incide o ITBI. Para fugir ao pagamento do imposto, comprador e vendedor concordam em não passar a escritura de compra e venda, substituindo-a por um contrato de aluguel por prazo super-longo e pagamento antecipado, na quantia correspondente ao valor do imóvel. Para o Direito Privado, não houve a compra e venda. Para o Direito Tributário, porém, o efeito tributário está claro e muito bem definido. Houve uma compra e venda disfarçada de locação.
	A lei tributária pode lançar mão de institutos, conceitos e formas do direito privado para estabelecer efeitos tributários. Pode, também, como manifestação de sua autonomia, alterar essas figuras do direito privado, conceituando-as com forma diversa da que lhes foi dada, de modo a que produzam o verdadeiro efeito econômico (venda, no caso do exemplo), que poderá ter interesse tributário. O Direito Tributário só não pode alterar figuras do Direito Privado quando estas tenham sido escolhidas pelas Constituições e Leis Orgânicas para definir ou limitar competências tributárias. 
- Interpretação - atividade de identificar o conteúdo, o sentido e o alcance das normas, segundo os princípios hermenêuticos.
hermenêutica - teoria científica que pesquisa os meios de interpretação.
integração - para o Prof. Paulo pertence ao processo de interpretação.
- a linguagem existe em 3 planos:
- sintático - relacionamento dos símbolos entre si, sem ligação com o mundo exterior;
- semântico - conteúdo da mensagem legislador;
- pragmático - se identifica a motivação que o legislador busca nos comportamentos humanos;
- métodos de interpretação:
-- LITERAL OU GRAMATICAL - se restringe à análise gramatical do comando jurídico.
- HISTÓRICO-EVOLUTIVO - analisa as tendências e as circunstâncias que cercam a produção da norma.
- LÓGICO - aplica o conjunto das regras da lógica formal.
- TELEOLÓGICO - se preocupa com a finalidade da norma.
- SISTEMÁTICO - se envolve com a multiplicidade dos comandos normativos (dá o perfeito conhecimento do sistema e atinge os três planos acima).
- a doutrina tradicional entende deva ser feita utilização de todos os métodos. Mas, boa parte dos juristas defendam o método sistemático, pois atende aos 3 planos da linguagem e também pela unidade do direito (totalidade do sistema jurídico). O método lógico e literal operam somente no plano sintático. O histórico e o teleológico influem no nível semântico e pragmático. Não se pode valorizar a interpretação literal já que hão de ser corrigidos desvios técnicos, dada a heterogeneidade do legislativo.
- lacuna - quando identificada o Art. 108 do Código define os itens que serão sucessivamente aplicados:
- analogia - procedimento quase lógico que envolve 2 fases: a constatação (comparação dos fatos) e o juízo de valor.
- analogia X interpretação extensiva (zona penumbra)
- pressupostos da analogia:
1. que o caso não esteja previsto;
2. é preciso que o que falta (o fato omisso) seja semelhante ao previsto;
3. que haja identidade de razão.
- Princípios Gerais de Direito Tributário - estrita legalidade; anterioridade; competência privativa dos entes políticos para instituir impostos; competência geral para instituir taxas e contribuições de melhoria; indelegabilidade da competência tributaria; isonomia recíproca das pessoas políticas; não cumulativa do ICMS e do IPI; territorialidade da tributação; princípio da irretroatividade da lei tributaria.
- Princípios gerais de direito público - da Federação; da República, da igualdade; da legalidade; irretroatividade das leis; universalidade da jurisdição; ampla defesa e do devido processo legal; autonomia dos Municípios; indisponibilidade dos bens públicos; da Supremacia do interesse público sobre o particular.
- Eqüidade - não podendo ocasionar a dispensa do tributo, conf. Art. 108, § 2º, está ligada ao senso de justiça (ideal de justiça, não só na interpretação, mas também na integração). A equidade confere um poder discricionário ao juiz. A equidade é um ato só do judiciário, que revela o direito latente, naquele caso concreto.
- Princípios Gerais do Direito Privado - a definição, o conteúdo e o alcance dos institutos de direito privado não podem ser alterados. Ex.: industrialização.
- casos de interpretação literal expressa, que não permitem ao intérprete adentrar nos planos semânticos e pragmáticos: Art. 111 CTN.
- Art. 112 - interpretação mais favorável ao acusado INTERPRETAÇÃO BENIGNA).
�	 Direito Alternativo,  também denominado jurisprudência alternativa, trata-se de uma corrente de aplicação do Direito, desenvolvida por uma facção da magistratura do Rio Grande do Sul que defende a mais ampla liberdade do juiz na decisão das lides, podendo, mesmo, decidir contra legem, ou seja, contra lei expressa, em nome de uma justiça ideal. Tal doutrina evoca, em parte, a chamada Escola do Direito Livre, mas se identifica com as idéias de Paul Magnaud (1848-1926), magistrado francês apelidado o bom juiz Magnaud, em face de suas audaciosas e irreverentes decisões contra o texto expresso das leis, protegendo os humildes e verberando os ricos. O Direito Positivo brasileiro proíbe a decisão judicial contra lei expressa, ex vi dos arts. � HYPERLINK "http://www.dji.com.br/codigos/1973_lei_005869_cpc/cpc0125a0133.htm" \l "Art. 127"��127� e � HYPERLINK "http://www.dji.com.br/codigos/1973_lei_005869_cpc/cpc0485a0495.htm" \l "V - vio"��485, V�, do CPC.

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