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ESTUDOSGEOTÉCNICOS2016ALUNO

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1 
FACULDADES DE ENGENHARIA KENNEDY 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
NOTAS DE AULA 
 
 
 
INFRAESTRUTURA E SUPERESTRUTURA DE ESTRADAS FERROVIAS E AEROPORTOS II 
 
 
 
ESTUDOS GEOTÉCNICOS 
 
 
( ASPECTOS RELACIONADOS À OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO E INFRAESTRUTURA) 
 
 
 
 
 
Elaboração: Prof.a Silvana Trigueiro Cunha Sasdelli Perez 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
1 CONSIDERAÇÕES 
 
A inviabilidade de uma obra de infraestrutura pode estar relacionada aos seguintes fatores 
geológicos e geotécnicos: 
 
 Execução de cortes em rocha, 
 Execução de aterros sobre solos moles, 
 Transporte de materiais constituídos de solos moles; 
 Execução de cortes que atingem o lençol freático. 
 Dureza do material a ser escavado, exigindo técnicas especiais de escavação. 
 
Assim, os resultados da prospecção de solos fornecem informações relevantes à pré-determinação da 
natureza dos perfis de solos e rochas encontrados no subsolo a serem atingidos numa escavação. 
 
 
2 DIFICULDADE DE ESCAVAÇÃO: 
 
Está relacionada à classificação dos materiais de superfície relativa a maior ou menor dificuldade ou 
resistência que eles oferecem ao desmonte: 
 
 
 Teor de umidade 
 
 Baixo teor de umidade dificulta o desmonte em solos secos. 
 Solos muito úmidos têm densidade maior, exigindo maior potência das máquinas para movê-
los. 
 
 Tamanho e forma das partículas 
 Quanto maior, mais difícil será o desmonte pelas bordas das lâminas e das caçambas. 
 
 Existência de Vazios 
 Solo com pequeno volume de vazios oferece maior resistência ao corte. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS PARA FINS DE MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: 
 
Material de 1º categoria: Materiais escaváveis pela lâmina de um trator de esteira. 
– Solos normais, de predominância argilosa, siltosa ou arenosa, e pedregulhos e pedras; 
– Os matacões (blocos de rocha) de até 1m3, que possam ser facilmente carregados e 
transportados. 
 
Material de 2º categoria: Materiais que necessitam do uso do escarificador de um trator de 
esteira para sua escavação, podendo, eventualmente, ser necessário o uso de explosivos. 
– Solos sedimentares em processo adiantado de rochificação e as rochas em processo 
adiantado de deteriorização. 
– Blocos de rocha com volume superior a I m3, que necessitam de fragmentação com explosivos 
para permitir o carregamento e o transporte. 
– Rochas brandas ou rochas alteradas, que necessitam do uso esporádico de explosivo para o 
seu desmonte. 
 3 
 
Material de 3º categoria : Rochas sãs e duras, que necessitam do uso contínuo de explosivos 
para serem escavadas. 
 
 
3 INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICAS E GEOTÉCNICAS 
 
Visam à classificação dos materiais para a execução dos seguintes serviços: 
 
 Terraplenagem, 
 Dimensionamento das fundações das Obras de arte, 
 Elaboração de especificações e recomendações construtivas para a implantação da 
terraplenagem 
 Seleção de materiais para serem empregados na execução da estrutura do pavimento. 
 
 
4 PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO 
 
Conforme NBR 8044 compreendem um ou mais dos seguintes serviços: 
 
a) Levantamento de dados existentes ( cartografia, geologia, geotecnia, hidrologia , etc.) 
b) Reconhecimento topográfico; 
c) Reconhecimento Geotécnico; 
d) Prospecções geofísicas; 
e) Sondagens; 
f) Ensaios “in situ”; 
g) Ensaios de laboratório. 
 
 
4.1 OBJETIVOS DAS SONDAGENS: 
 
 Determinação do perfil do terreno (PI, TR, ST, SP, SR, SM, SS, SE); 
 Determinação da resistência das camadas (SP, SM); 
 Determinação do nível d’água (PI, ST, SP, SR, SM, SE); 
 Determinação da cota de ocorrência do embasamento rochoso, tipo e grau de sanidade da 
rocha (SP, SM, SS, SE); 
 Existência de matacões (ST, SP, SM, SS, SE) 
 Cubagem de jazidas de solos e rochas (PI, ST, SR, SM, SS, SE); 
 Coleta de amostras (PI, TR, ST, SP, SR, SM). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
4.2 TIPOS DE SONDAGENS 
 
 
 
Tipos de amostras: "deformadas" e "indeformadas". A deformada refere-se ao solo solto, coletado com pá ou 
trado. A indeformada refere-se à coleta de um "pedaço" ou porção do solo extraída com equipamento especial e 
que apresenta a estrutura original da área estudada 
 
Em Laboratório: 
1. A partir de amostras deformadas 
a. Densidade de partículas 
b. Distribuição do tamanho das partículas (granulometria) e Classificação textural. 
c. Umidade 
d. Argila dispersa em água (argila natural). 
2. A partir de amostras indeformadas 
a. Densidade do solo 
b. Porosidade total, macroporosidade e microporosidade 
c. Curva de retenção de água 
d. Análise de agregados (distribuição do tamanho de agregados, % de agregação, estabilidade de 
agregados) 
 
4.2.1 Poços - (NBR 9604/86) 
 
 Pequena profundidade 
 Acima do lençol freático. 
 Permitem um exame do solo nas paredes e fundo da escavação e retiradas de amostras 
indeformadas. 
 
4.2.4 Trincheiras: 
 
 Pequena profundidade 
 Acima do lençol freático. 
 Permitem um exame do solo nas paredes e fundo da escavação e retiradas de amostras 
indeformadas. 
 5 
 
4.2.2 Sondagens a Trado - (NBR 9603/86) 
 
 Utilizadas na cubagem de jazidas de solo ou informações sobre as condições de fundação em 
casos especiais; 
 Profundidade limitada à capacidade de furação e nível d’água 
 Não pode ser aplicado em solos com camadas de pedregulhos, matacões, areias muito 
compactas e abaixo do nível d’água. 
 
 
4.2.3 Sondagens à percussão com SPT Standard Penetration Test (NBR 6484/01) 
 
 Destinadas essencialmente à determinação do perfil do subsolo, determinação da resistência à 
penetração dos materiais atravessados, obtenção de amostras deformadas e medida dos 
níveis d’água subterrânea; 
 Atravessam solos relativamente compactos ou duros; 
 Não ultrapassam blocos de rocha e muitas vezes, pedregulho; 
 
 
4.2.5 Sondagens Rotativas 
 
 Ultrapassam rochas (matacões ou blocos); 
 Utilizam um barrilete com ponta cortante (coroa de Tungstênio ou Diamante) 
 Obtém amostras de rocha e identifica descontinuidades no maciço rochoso; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2.6 Sondagens Mistas; 
 
Sondagem combinada de SPT + Rotativa. 
 
 São executadas onde for inoperante o sistema à percussão, face a impenetrabilidade no terreno 
prospectado. 
 Os dois métodos são utilizados alternadamente, de acordo com a natureza do terreno 
atravessado, até ser atingida a cota do estudo e/ou critérios estabelecidos em especificação para 
sua paralisação. 
 6 
5 ESTUDOS PARA IMPLANTAÇÃO DA INFRA E SUPERESTRUTURA 
 
 Investigação em áreas de corte 
 Investigação em áreas de aterro 
 Investigação para drenagem subterrânea 
 Estudo de ocorrências 
 Jazidas 
 
 
5.1 ETAPAS 
 
 INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR; 
 INVESTIGAÇÃO DEFINITIVA. 
 
5.1.1 INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR; 
 
 Vistoria em campo por profissionais especializados: 
 Condições topográficas e aspectos ligados à drenagem superficial e profunda. 
 Identificação do Lençol Freático 
 Identificação expedita, táctil-visual. 
• Textura (granulometria): grau de finura e uniformidade do solo. 
 
 
 
• Resistência à seco (ao quebrar) 
 Pouco resistentes – siltes 
 Mais resistentes – argilas 
• Compacidade: concentração de grãos por unidade de volume 
 Solos arenosos (compacto ou denso/fofo) 
 7 
• Consistência: grau de adesão entre as partículas do solo / resistência à deformação 
 Solos argilosos (dura, rija, mole). 
• Cor: varia com a umidade e composição química 
 Solos residuais de basalto → marrom avermelhado 
 Solo laterítico de basalto → vermelho 
 Depósitos orgânicos → pretos Material com mica → branco ou amarelado 
 Execução de sondagens de simples reconhecimento: 
- Registrar a profundidade do lençol freático, caso exista; 
- Registrar a espessura média das camadas de solos; 
 Elaboração do perfil geológico-geotécnico. 
 Indicação dos universos de solos. 
 
5.1.2 INVESTIGAÇÃO DEFINITIVA 
 
 Execução de Sondagens com profundidade e espaçamentos mínimos recomendados pelas 
normas e especificações; 
 Se houver insuficiência de informações → sondagens complementares ou intermediárias. 
 
 
5.1.3. EXECUÇÃO DOS ENSAIOS: 
 
1. Granulometria 
 
Consiste na distribuição em peso das diversas dimensões das partículas constituintes do solo (peso 
dos grãos retidos em cada peneira) 
 
Análise Granulométrica 
 
 Peneiramento – fração grossa ( solos granulares ) 
 Sedimentação – fração fina ( solos coesivos ) 
 
Curvas Granulométricas : 
 
 Classificação e especificação dos materiais 
 Verificação do comportamento dos materiais (estabilidade, resistência) 
 Determinação das faixas granulométricas 
 
 
2. Índices Físicos 
 
Indicam o estado do solo. As propriedades de densidade, porosidade e absorção d'água fornecem 
indicação de fissuras, poros e vazios, sendo fatores determinantes para a resistência e durabilidade da 
estrutura. 
 
 8 
 Massa específica aparente úmida 
 Massa específica aparente seca 
 Massa específica real dos grãos dos solos 
 Teor de umidade 
 Índice de vazios 
 Porosidade 
 In situ (condição úmida) 
 
3. Limites de Consistência (Atterberg) 
 
Permite avaliar a plasticidade dos solos finos - propriedade dos solos coesivos de poderem sofrer 
grandes deformações sem ruptura ou fissuramento. 
 
 
Quando muito úmido, o solo se comporta como um líquido; quando perde parte de sua água, fica plástico; e 
quando mais seco, torna-se quebradiço. 
 
 
 LL: Limite de Liquidez; (quantidade de umidade no qual o solo muda do estado líquido para o 
estado plástico, ou seja, perde a sua capacidade de fluir). Está relacionado com a capacidade 
do solo em absorver água. 
 
 Relacionado com a capacidade do solo de absorver àgua 
 
 LP: Limite de Plasticidade; (teor de umidade no qual o solo começa a se fraturar). 
 
 LC: Limite de Contração; (teor de umidade a partir do qual o solo não mais se contrai, não 
obstante continue perdendo peso). 
 
 Índice de plasticidade (IP): é a diferença entre LL e LP 
 
 
 
4. Ensaio de Compactação 
 
A compactação é um método de estabilização de solos que se dá por aplicação de alguma forma de 
energia (impacto, vibração, compressão estática ou dinâmica). Seu efeito confere ao solo um aumento 
de seu peso específico e resistência ao cisalhamento, e uma diminuição do índice de vazios, 
permeabilidade e compressibilidade. 
 
Os ensaios de compactação visam determinar as condições ótimas de umidade e densidade 
(resistência), nas quais deverão ser executadas as camadas de aterro ou subleitos. 
 
Através do ensaio de compactação é possível obter a correlação entre o teor de umidade e o peso 
específico seco de um solo quando compactado com determinada energia. 
 
 9 
O ensaio mais comum é o de Proctor (Normal, Intermediário ou Modificado), que é realizado através 
de sucessivos impactos de um soquete padronizado na amostra. 
 
 
 Energia de Compactação: 
 
o Normal E = 6 kg.cm/cm3 
o Intermediário E = 12,9 kg.cm/cm3 
o Modificado E = 25 kg.cm/cm3 
 
 
5. Resistência CBR (California Bearing Rate) → ISC 
 
Através do ensaio de CBR é possível conhecer qual será a expansão de um solo sob um pavimento 
quando este estiver saturado, e fornece indicações da perda de resistência do solo com a saturação. 
 
O ensaio determina o Índice de Suporte Califórnia (CBR) e a Expansão (E) 
 
O Índice de Suporte Califórnia (ISC ou CBR - California Bearing Ratio) é a relação, em percentagem, 
entre a pressão exercida por um pistão de diâmetro padronizado necessária à penetração no solo até 
determinado ponto e a pressão necessária para que o mesmo pistão penetre a mesma quantidade 
em solo-padrão de brita graduada. 
 
6. Resiliência dos Solos ou Triaxial 
 
Mede a deformação elástica ou recuperável dos solos sob a ação de cargas repetitivas. Solos podem 
se contrair muito ao perder umidade, desenvolvendo trincas de secagem. 
 
7. Expansibilidade ( solos lateríticos ). 
 
Solos lateríticos apresentam baixa expansão quando compactados no ponto ótimo, mesmo se 
submersos em água, e a expansão não é dependente da sobrecarga. 
Solos lateríticos: Grãos constituídos de Óxidos e Hidróxidos de Fe e Al. Pouco expansivos em 
contato com a água. Quando seco, funcionam como cimento natural. 
 
Solos Saprolíticos: Presença de grãos de areia em sua constituição argilo-mineral. Têm elevada 
expansibilidade na presença de água. Solos de comportamento não Laterítico. 
 
Solos diatomáceos ou micáceo : Altamente elásticos, conforme indica seu elevado limite de liquidez. 
 
8. Adensamento: 
 
Permite estimar o grau de deformação permanente e a redução do índice de vazios de uma massa de 
solo em função do tempo e da pressão aplicada 
 
 10 
• Ensaio particularmente importante para argilas e solos problemáticos (colapsíveis ou 
expansivos) 
 
O adensamento é o fenômeno pelo qual os recalques ocorrem com expulsão da água dos vazios. 
 
9. Resistência à compressão simples: 
 
Este ensaio é utilizado para determinar a resistência não drenada de solos argilosos. Através do 
ensaio de compressão simples em argilas pode-se definir a sua sensibilidade, isto é, a maior ou menor 
perda de resistência de uma argila, que ocorre pelo amolgamento (perda da estrutura). 
 
 
6 INVESTIGAÇÕES NO SUBLEITO: 
 
Sondagem nos eixos e nos bordos da via; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Inspeção expedida no campo: 
 Os materiais serão classificados da seguinte forma: 
 Bloco de rocha: pedaço isolado de rocha que tenha diâmetro superior a 1 m; 
 Matacão: pedaço de rocha que tenha diâmetro médio entre 25cm e 1m; 
 Pedra de mão: pedaço de rocha que tenha diâmetro médio entre 76 mm e 25 cm; 
 Pedregulho: fração de solo entre as peneiras de 76 mm (3") e de 2,0 mm (nº 10); 
 Areia: 
 Grossa: fração de solo entre as peneiras de 2,0 mm (nº 10) e 0,42 mm (nº 40); 
 Fina: fração de solo entre as peneiras de 0,42 mm (nº40) e 0,075 mm (nº 200); 
 Silte e Argila: fração de solo constituída por grãos de diâmetro abaixo de 0,075mm. 
 
 
 Identificação dos diversos horizontes de solo (camadas); 
 
 Deverão ainda ser observados: 
 A Resistência do material (pouco resistentes: Siltes; mais resistentes:Argilas) 
 A Textura (granulometria) 
 A Compacidade (Solos arenosos: compacto, denso) 
 A Consistência (Solos argilosos: duro, rijo, etc.) 
 A Cor: Varia com a umidade e composição química. 
 
 11 
7 INVESTIGAÇÃO EM ÁREAS DE ATERRO E EMPRÉSTIMO 
 
A realização das investigações visa à classificação dos materiais a serem utilizados e, objetivando 
informações para o estudo da estabilidade dos aterros. 
 
Devido ao grande volume necessário de solos para a execução de aterros na construção de uma obra 
viária, e a conseqüente necessidade de barateamento dos custos de implantação, a seleção dos 
materiais para a constituição dos mesmos se prende fundamentalmente à disponibilidade de materiais 
a distâncias convenientes. 
 
 Para o corpo do aterro: 
o É desaconselhável o uso de solos contendo matéria orgânica, assim como de solos 
turfosos e argilas orgânicas , 
o Proibidos os solos com baixa capacidade de suporte e com expansão superior a 4,0%. 
o Deverão ter CBR mínimo de 2%. 
o Grau de compactação de 95% ( proctor normal) da massa específica aparente seca 
máxima, segundo o ensaio DNER ME-47-64. Para a camada final do aterro: 
o Os últimos 60 cm deverão ser reservados os melhores solos disponíveis e limita-se a 
expansão a taxa máxima de 2,0 %, CBR maior que 8%. 
o Grau de compactação de 100% (proctor normal )da massa específica aparente seca 
máxima, obtida no ensaio DNER ME-47-64. 
 
O Grau de Compactação (GC) é medido em percentual (%) e indica se o solo foi compactado a mais 
ou a menos da densidade especificada em laboratório. 
 
GC (%) = Densidade aparente seca (no campo) 100% 
 Densidade máxima seca (no laboratório) 
• Densidade ( massa específica) 
• Massa específica aparente seca máxima é obtida através da compactação do solo em sua umidade ótima 
• Quando um material é seco, tem sua água removida, obtém-se a massa especifica aparente seca 
 
 
 A Escolha da área de empréstimo será em função dos seguintes parâmetros: 
 
 O Projeto de Terraplenagem 
 DMT: Distância do centro de gravidade de massa de solo, rocha ou outro material inerte 
a ser transportado até o centro de gravidade do local do seu destino. 
 Volume de material disponível 
 Tipos de solo e seu teor de umidade 
 12 
 
 
 Pelo menos, 5 furos, distribuídos pela área de empréstimo, com profundidade de prospecção 
igual à prevista para o empréstimo. 
 Os furos serão executados de maneira a que fiquem bem delimitadas as extremidades da área 
de empréstimo, sendo alguns distribuídos em seu interior a fim de se poder melhor caracterizar 
o material terroso. 
 
De todos os furos serão coletadas amostras, nos diversos horizontes, as quais serão submetidas aos 
ensaios geotécnicos de caracterização, compactação, ISC e massas específicas. 
 
 Quer seja empréstimo lateral, quer seja concentrado, serão realizados ensaios de massa 
específica aparente do solo no estado natural (densidade ”in situ”), de modo a ter elementos 
para definir o fator de empolamento a ser utilizado na planilha de cubação. 
 
o Empolamento: Pode ser definido como o aumento de volume sofrido por um material ao ser 
removido de seu estado natural. É expresso como sendo a percentagem do aumento de 
volume em relação ao volume original. (Aumento do índice de vazios). 
 
 Fator de empolamento ( coeficiente de empolamento) : Definido pela relação entre as 
massas específicas do material no estado solto em relação ao material natural. 
 
Volume solto Vs > Volume natural Vn 
Massa específica solta ( s) < Massa específica natural ( n) 
 
 
 
7.1 Estudo de fundação dos aterros 
 
Toda vez que houver dúvidas relativas à capacidade de suporte dos terrenos de fundação dos aterros, 
haverá a necessidade do desenvolvimento de uma campanha de investigação geotécnica especial 
que defina a capacidade de suporte do terreno natural. 
 
 13 
Estes estudos serão apoiados mediante os seguintes ensaios: 
 
 Teor de umidade natural, 
 Massa específica aparente, 
 Massa específica real dos grãos, 
 Limites de liquidez e de plasticidade, 
 Resistência à compressão simples, 
 Adensamento; 
 Ensaio triaxial. 
 
7.2 Estudos de estabilidade de taludes 
 
Importancia: 
 
Possibilita o conhecimento dos parâmetros de resistencia do solo de forma a prever e prevenir a 
movimentação do mesmo, evitando-se assim perdas humana e materiais. 
 
O comportamento dos taludes de corte deverá ser investigado toda vez que possuir altura superior a 5 
metros. 
 
8 INVESTIGAÇÃO EM ÁREA DE PEDREIRAS 
 
A prospecção preliminar de pedreiras é realizada pelas indicações da geologia, com avaliação do 
local por meio de sondagens e de levantamento expedito: 
 
 O volume da capa (ou expurgo) da pedreira 
 A altura e largura da frente de exploração da rocha sã da pedreira 
Ensaios em laboratório (rochas) 
 A coleta de amostras de rochas deve ser submetida aos ensaios: 
 
 Caracterização, Densidade in situ, Teor de Umidade, Compactação e CBR: CAPA 
(camada de solo e/ou de rocha decomposta que cobre a pedra que se pretende explorar na 
pedreira). 
 
 Abrasão Los Angeles: Verifica se o material é, suficientemente, resistente a um determinado 
tipo de esforço mecânico e ao desgaste. 
 
 Sanidade: Mede a resistencia que o agregado oferece a ação do intemperismo. Também 
chamado de Durabilidade ou Resistencia Química. 
 
 14 
 Adesividade: Verifica a capacidade de fixar o betume na superfície do agregado. 
 
 Petrografia: análise macroscópica para identificação da estrutura, textura, coloração e estado 
geral de sanidade, microscópica para identificação dos tipos de minerais, seus estados de 
alteração, suas granulações e quantidades. 
 
 Impurezas: identificação de materiais pulverulentos, presença de matéria orgânica, presença 
de argilas e materiais friáveis, presença de sais solúveis. 
 
9 INVESTIGAÇÃO PARA DRENAGEM SUBTERRÂNEA 
 
 Nos cortes, ou aterros nos quais está prevista drenagem subterrânea, deverão ser executadas 
sondagens a intervalos de 200 m, com profundidade de 1,50 m em relação ao greide de 
terraplenagem, e no eixo do futuro acostamento, no caso de rodovias. 
 Deverão ser aproveitados os furos da sondagem de subleito realizados. Os furos 
permanecerão abertos para leitura do nível d’água após 24hs. 
 
 
 
 
 
9 ESTUDO DOS LOCAIS DAS FUNDAÇÕES DE OBRAS DE ARTE ESPECIAIS 
 
Definido os locais para a execução das O.A.E, deverão ser realizadas sondagens à percussão e 
rotativas, com objetivos de determinação da espessura da camada de solo, sua natureza, 
compacidade ou consistência, zona de alteração da rocha matriz, etc. 
 
É necessária a realização dos seguintes ensaios: 
 
 Umidade natural; 
 Massa específica aparente; 
 Massa específica real dos grãos; 
 Granulometria com sedimentação; 
 Limites de Atterberg; 
 Ensaio triaxial. 
 
 
10. ESTUDOS DE OCORRÊNCIAS DE MATERIAIS PARA PAVIMENTAÇÃO 
 
10.1. Jazidas para pavimentação 
 
O termo “Jazida” denomina todo depósito natural de material capaz de fornecer matéria-prima para as 
mais diversas obras de engenharia e o termo “Ocorrência” é empregado quando a matéria-prima ainda 
não está sendo explorada 
 15 
 
 
 
Os estudos de Ocorrências consistem na realização de estudos específicos nas Jazidas da região 
próxima à construção da rodovia que serão analisadas para possível emprego na construção das 
camadas do pavimento. 
 
Aspectos a serem observados: 
 
1. Facilidade de acesso; 
2. Distancias de Transporte; 
3. Propriedade da Terra; 
4. Avaliação ambiental; 
5. Condições técnicas de exploração; 
6. Qualidade e características dos materiais disponíveis; 
7. Outros aspectos relevantes. 
 
10.2. Prospecção preliminar 
 
A prospecção é feita para se identificar as ocorrências que apresentam a possibilidade de seu 
aproveitamento, tendo em vista a qualidade do material e seu volume aproximado. 
 
A prospecção preliminar compreende: 
 
 Inspeção expedita no campo; 
 
 Sondagens e Ensaios de laboratórios. 
o Execução de 4 a 8 furos a trado de sondagem na área. 
 Espaçamento dos poços: de 30 metros. 
 Profundidade em que o material for aproveitável. 
o Execução de Ensaios: 
 Limites de liquidez e plasticidade; 
 Granulometria; 
 Equivalente de areia, para os materiais destinados às sub-bases ou base 
granulares; 
 Compactação; 
 CBR; 
 Granulometria por sedimentação. 
 
 Para pedreiras: 
 Granulometria, Resistência ao desgaste por abrasão Los Angeles, adesividade a produtos 
betuminosos, Durabilidade, dentre outros. 
 
 Para areais: 
 Ganulometria, Teor de matéria orgânica, Equivalente de areia, dentre outros. 
 16 
 
10.3. Prospecção definitiva 
 
 Levantamento planialtimétrico da área; 
 Execução de Sondagens nos nós do reticulado. 
 Cubagem da jazida. Determinação das quantidadese da qualidade dos materiais 
disponíveis 
 
 
 Execução de Ensaios: 
o Limites de liquidez e plasticidade; 
o Análise granulométrica por lavagem; 
o Equivalente de areia, ( sub-bases e bases granulares); 
o Granulometria por sedimentação. 
o Teor de matéria orgânica, (AREIA ). 
o Resistência ao desgaste por abrasão LosAngeles, durabilidade, dentre outros 
 
 Para pedreiras: 
o Granulometria, 
o Resistência ao desgaste por abrasão Los Angeles, 
o Adesividade a produtos betuminosos, 
o Durabilidade, dentre outros. 
 
 Para areais: 
o Granulometria, 
o Teor de matéria orgânica, 
o Equivalente de areia, etc 
 
 
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